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ERMIDA DE NOSSA SENHORA DO VALE - CÊTE - PAREDES

Apontamento AuToCaRaVaNiStA:
A Ermida de Nossa Senhora do Vale, fica situada no Largo Vitorino Leão Ramos, Freguesia de Cête, Concelho de Paredes, Distrito do Porto. Capela Medieval em bom estado de conservação, já que foi recentemente restaurada, e no seu interior foram descobertas pinturas primitivas idênticas à talha que as cobria e que foram retiradas. As pinturas ainda não foram restauradas. No exterior no perímetro do adro existe um cruzeiro muito original com uma espécie de cruz de Cristo, que penso seja exemplar único em Portugal.


Esta Ermida está integrada nos caminhos de Santiago, como se pode comprovar através do escudo em pedra cravado na parede interior da Ermida. A capela encontrava-se fechada, porque só abre para o culto no Sábado à noite, e não é sempre. A sorte procura-se, e lá encontramos quem tivesse a chave para amavelmente nos abrir a porta.




  
              HISTÓRIA:
A arquitetura desta Ermida evidencia uma forma de construção própria dos finais do século XV ou inícios do século XVI, sendo patentes semelhanças com a arquitetura do Mosteiro de São Pedro de Cête, nomeadamente no que respeita às pedras de armas.
É provável que o responsável pela encomenda das obras da época manuelina do Mosteiro de Cête e da construção da cabeceira da Ermida tenha sido a mesma pessoa.

Fonte: http://www.rotadoromanico.com/



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PAREDES - PORTO

Apontamento AuToCaRaVaNiStA:

Paredes é uma cidade Portuguesa Sede de Concelho, e pertencente ao Distrito do Porto.
O Município de Paredes tem um vasto leque de património histórico-religioso, ligado sobretudo à Rota do Românico do Vale do Sousa. Pode fazer aqui através do Portal AuToCaRaVaNiStA uma visita guiada acedendo ao nosso Portefólio na barra lateral com a etiqueta "Paredes". Boa viagem virtual por Paredes.


Gastronomia Low Cost "O Pintarelas"
Cidade interessante, não só pela sua história mas também pela sua gastronomia, onde se destaca o cabrito no forno a lenha a sopa seca entre muitas outras iguarias. Desta feita fomos ao Pintarelas, e experimentamos o cabrito assado, o cozido, e o bacalhau. Tudo muito bom, na quantidade, na qualidade, e também no preço.
Se quer comer bem e a preço low cost, esta é uma excelente escolha na cidade de Paredes, junto ao parque da feira.






            HISTÓRIA:
O Concelho de Paredes situa-se na região do Vale do Sousa e é constituído por 24 freguesias. 
Testemunhos arqueológicos demonstram que há mais de 5000 anos o Homem escolheu o território do actual concelho de Paredes, para viver e morrer. 
A sedentarização de povos nesta zona perdurou e foram deixando vestígios das suas aldeias e dos seus utensílios. 
No caso dos Romanos, chegaram à Península Ibérica durante o século II a. C. e o seu interesse na expansão do Império e a busca de riqueza conduziram-nos às jazidas auríferas de Castromil e das Banjas (Sobreira), onde a intensiva exploração do ouro ficou visível nos numerosos poços, galerias e cortas.


O actual Município de Paredes assenta no antigo Julgado de Aguiar de Sousa, com origem nos primórdios da nacionalidade, que se apresentava como um espaço político, judicial e administrativo independente, exercendo domínio sob um vasto território, composto por 48 freguesias. 
A partir dos finais do século XVI, as funções de Aguiar de Sousa como cabeça de Julgado, transitam para o lugar das Paredes, situado na freguesia de Castelões de Cepeda, junto à estrada que ligava Porto – Vila Real, com Cadeia e Casa de Audiências.
Fruto da presença de importantes famílias nobres, desde a Idade Média, nas terras deste Julgado, surge a fundação de quatro mosteiros e a formação dos respectivos Coutos, bem como a delimitação de Honras com inúmeros privilégios que lhe eram associados. Esta situação permitiu que, durante a crise liberal, com as reformas administrativas de Mouzinho da Silveira (1833-1834), Baltar, Louredo e Sobrosa ascendessem a Concelho, sendo extintos em 1837, como consequência da reorganização administrativa de Passos Manuel, altura em que foi criado o Concelho de Paredes. Este inicialmente era constituído por 23 freguesias, sendo que, em 1855, criou-se a freguesia de Recarei, a partir de vários lugares da freguesia da Sobreira, passando a corresponder às 24 freguesias actuais.

O crescente desenvolvimento do concelho levou D. Maria II a conceder o alvará régio, que o elevava à categoria de Vila, em 1844. 
A dirigir os rumos do Concelho de Paredes surge-nos uma figura que ficou conhecida pelo epíteto de “Rei de Paredes”, José Guilherme Pacheco, que foi presidente da câmara de 1864-1871 e durante parte do ano de 1878. Na linha política de Fontes Pereira de Melo procurou promover o progresso de concelho, no campo das acessibilidades, transportes, comunicações e educação. Ao longo dos tempos, as artes do mobiliário evoluíram de forma significativa ajustando-se às novas tecnologias e métodos de fabrico de acordo com os gostos e exigências do “modus-vivendi”. 
A disponibilidade de capitais, graças ao regresso dos brasileiros de torna-viagem, nos finais do século XIX e inicio do século XX, contribui directa e indirectamente para o desenvolvimento desta indústria, seja pelo investimento directo nalgumas fábricas (como é o caso da fábrica “A Boa Nova”), quer pelas encomendas de mobiliário feitas por esses brasileiros, quer ainda pelo mobiliário que trouxeram do Brasil e que inspirou os marceneiros locais. 
A relação tradição/modernidade desta da arte de trabalhar a madeira nas suas diferentes vertentes sustentam um produto turístico-cultural denominado “Rota dos Móveis”.
Como resultado de todo um processo de desenvolvimento, Paredes é elevado à categoria de cidade em 20 de Junho de 1991, reunindo todos os requisitos exigidos pela lei vigente. 
O crescimento demográfico e económico convergido a diferentes freguesias permitiu que em 2003, as freguesias de Baltar, Cête, Recarei, Sobreira e Vilela fossem elevadas a Vila e as freguesias de Gandra, Lordelo e Rebordosa fossem elevadas à categoria de Cidade.

Fonte: www.cm-paredes.pt

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S. PEDRO DE ABRAGÃO - PENAFIEL - PORTO

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Abragão é uma freguesia Portuguesa pertencente ao Concelho de Penafiel Distrito do Porto, Portugal. Coordenadas: N 41° 9' 26.601" - W 8° 13' 20.889". S. Pedro de Abragão nome dado ao monumento Nacional classificado pela Rota do Românico que tem no exterior um sarcófago original em forma de pirâmide retangular. A igreja de S. Pedro de Abragão é construída em granito, e tem no seu interior pinturas nas paredes, muito usual neste tipo de igrejas e capelas do Românico na sua traça original, embora muitas delas tenham com o tempo sido cobertas, ou por barro e cal, ou por talha de madeira, principalmente nos altares. Nota: os comentários aquí produzidos são a interpretação do autor, contudo poderá haver incorreções.



             HISTÓRIA:
A existência da Igreja de São Pedro de Abragão está documentada desde 1105, data em que Paio Peres Romeu doa, em testamento, “a quarta parte de Sancto Petro de Auregam ao Mosteiro do Salvador de Paço de Sousa”, embora tenha sido totalmente remodelada no século XIII, por iniciativa de D. Mafalda, filha do rei D. Sancho I, segundo a tradição.
Em 1668, a nave românica é demolida para permitir a construção de uma nova, mais ampla.
Em 1820 é-lhe acrescentada uma torre sineira. A cabeceira e o respetivo arco cruzeiro constituem os únicos elementos românicos que restam da construção original.

Fonte: http://www.rotadoromanico.com/


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IGREJA SANTA RITA E BOM PASTOR - ERMESINDE - VALONGO

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A Igreja de Santa Rita está situado na Cidade de Ermesinde, Concelho de Valongo, Distrito do Porto, Portugal.
A Igreja de Santa Rita e o Convento da Formiga são na verdade o maior ex-Libbris de Ermesinde, situado na zona central da cidade e com utilizações polivalentes, o Convento como Colégio, e os terrenos da quinta da Formiga para a prática desportiva, no caso a Dragon Force.
A Igreja do Bom Pastor é um edificio bem mais moderno, fica situada também na zona central da Cidade de Ermesinde, Concelho de Valongo. Esta igreja está associada à Beata Irmã Maria do Divino Coração, beatificada pela Santa Sé a 1 de Novembro de 1975. A origem desta Condessa de apelido "Drost", era proveniente de famílias de sangue azul da realeza Alemã, converteu a sua vida a jesus e dedicou-se de corpo e alma a servi-lo, construiu uma igreja, no Porto que posteriormente após a Revolução da implantação da República foi ocupada e demolida para construção de um quartel que ainda hoje permanece. Existem ainda alguns restos mortais da irmã no cemitério de Paranhos que estão guardados num relicário. A figura da Irmã Maria do Divino Coração existente em exposição na Igreja do Bom Pastor em Ermesinde, é feita em cera, e no seu interior estão o restante das ossadas. O relicário com a vértebra real, é apenas simbólico para veneração dos fieis visitantes. 


           HISTÓRIA:
BEATA MARIA DO DIVINO CORAÇÃO:


A Bem-aventurada Maria do Divino Coração, condessa Droste zu Vischering, nasceu em Münster, na Alemanha, a 8 de Setembro de 1863. Formada no culto da virtude e no amor à Santa Igreja, sentiu-se chamada à vida de consagração total a Deus no apostolado.
Na idade de 25 anos entrou para a Congregação do Bom Pastor. Enviada para Portugal em 1894 e nomeada Superiora da casa do Bom Pastor no Porto, foi incrível a actividade que desenvolveu a bem das pessoas, no meio de uma dolorosíssima doença com que o Senhor a experimentou. Sofrendo alegre, vivia só para Deus e para os irmãos.




Confidente do Coração de Jesus, foi por Ele encarregada de promover a Consagração do Género humano ao Seu Divino Coração; essa Consagração realizou-a Leão XIII, que a considerou: “o acto mais grandioso de todo o meu Pontificado”.
Finalmente, cumprida a sua missão, voou para Aquele Coração que escolhera como morada. Foi no dia 8 de Junho de 1899.
Objecto de veneração dos fiéis, que por sua intercessão junto de Deus têm obtido inúmeros favores, a autoridade eclesiástica introduziu a sua Causa que foi culminada com a Beatificação no Ano santo de 1975.

Fonte: http://www.bom-pastor.org

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CASA DO GAIATO - BEIRE - PAREDES

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Situada na Freguesia de Beire, Concelho de Paredes, Distrito do Porto, Portugal.
Mais uma grandiosa obra do Padre Américo, depois da Casa do gaiato de Penafiel dedicado às crianças necessitadas e desprotegidas, surge esta casa, fundada em 1955, dedicada a adultos com deficiência. De salientar que esta excelente obra não é subsidiada pela Segurança Social, e por isso todo o mérito desta excelente obra do Padre Américo e da casa do gaiato, vai inteirinha para a fantástica equipa que orienta e gere esta instituição de utilidade pública, apenas às suas custas. Um bem haja para todos eles pelo excelente trabalho. Gostaria de salientar um pormenor que se destaca logo à entrada, que é a capela. Esta capela foi transformada de um espigueiro! Uma obra notável de arquitetura adaptada, com muito bom gosto, e muita imaginação. Simplesmente maravilhoso. Parabéns.



        HISTÓRIA:
O Padre Américo - PAI AMÉRICO - cujo nome completo é Américo Monteiro de Aguiar, foi o oitavo filho dum família cristã. Nasceu em 23 de Outubro de 1887 na freguesia de Galegos, concelho de Penafiel.

Depois dos estudos preliminares, enverda pela carreira comercial. Trabalha primeiro no Porto, e em 1906 segue para Moçambique. Aos 36 anos volta à Metrópole e ingressa no Convento Franciscano de Vilariño de Ramallosa, Espanha, onde toma o hábito em 14 de Agosto de 1924, do qual sai após dois anos de vida conventual; e sendo-lhe recusada entrada no Seminário do Porto, é recebido no de Coimbra, em 1925.


Recebe a Ordenação sacerdotal em 29 de Julho de 1929 e encarrega-se da Sopa dos Pobres, em Coimbra. «Doente como então era- disse- o meu Prelado havia-me dispensado de todas as obrigações, tendo eu tomado esta de visitar Pobres por não servir para mais nada...». Dedica-se ao apostolado da Caridade nos tugúriosde famílias em dificuldades. Visita hospitais e cadeias. De 1935 a 1939 organiza Colónias de Campo em S. Pedro de Alva, ceira e Miranda do Corvo; e funda o Lar do Ex-Pupilo dos Reformatórios, na Rua da Trindade, Coimbra, em 1 de Janeiro de 1941, depois entregue aos serviços Tutelares de Menores em 1950.

Da trilogia-- Casas do Gaiato, Património dos Pobres, Calvário--adiante se informará.

A morte surgiu no Hospital Geral de Santo António, do Porto, a 16 de Julho de 1956 (aos 68 anos), em consequência dum desastre de automóvel em S. Martinho do Campo, Valongo, no regresso duma viagem ao sul do País.

Foi exumado a 15 de Julho de 1961, no cemitério paroquial de Paço de Sousa, e trasladado no dia 17 para a Capela da Casa do Gaiato de Paço de Sousa, onde jaz em campa rasa- como fora seu desejo.


PRINCIPIOS PEDAGÓGICOS:

1 . Regime de autogoverno: Os chefes são eleitos pela comunidade - OBRA DE RAPAZES, PARA RAPAZES, PELOS RAPAZES.

2 . Liberdade e espontaneidade: " Ninguém espere fazer homens de rapazes domados". "Porta sempre aberta"

3 . Responsabilidade: "Em nossas casas todos e cada um tem a sua responsabilidade"

4 . Virtudes humanas: Solidariedade, generosidade, camaradagem, amor ao próximo "Os mais velhos cuidam dos mais novos"

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5 . Vida familiar: "Não somos asilo, nem reformatório, nem colónia penal. Não há nem nunca houve fardas ou uniformes. " A família é o modelo da Obra".

6 . Ligação à natureza
7 . Formação religiosa
Fonte:http://casadogaiato.no.sapo.pt/

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SANTO ANTONINHO DE BEIRE - PAREDES

Apontamento AuToCaRaVaNiStA:

ATENÇÃO: VISIONAMENTO NÃO ACONSELHÁVEL A PESSOAS SENSÍVEIS.


Esta capela está situada na Freguesia de Beire, Concelho de Paredes, Distrito do Porto, Portugal.
Santo Antoninho de Beire, ou simplesmente o Santinho de Beire como é mais conhecido, está exposto em urna de vidro numa capela própria logo à entrada do cemitério, faleceu em 1907 e foi exumado em 1978. Dado o estado incorrupto do corpo, ou seja o impressionante bom estado de conservação, não mais foi sepultado, estando exposto para veneração aos crentes, os quais fazem promessas, e são relatados algumas graças concedidas, atribuídas a António Moreira Lopes, de seu nome próprio.

Não é reconhecida a sua beatificação ou santidade pela igreja, pelo que o culto é de cariz unicamente popular. De facto é impressionante o seu estado de conservação, contudo há descrições populares de que lhe crescem as unhas, o cabelo, e a barba, mas segundo consta, e dito por populares, tudo isto é falso, fruto da imaginação das pessoas. Costuma-se dizer que uma mentira dita vezes sem conta, acaba por parecer verdade. A visitação, para uns é de crença e de caráter religioso, para outros pura curiosidade.

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CASA DO ZÉ DO TELHADO - MOURIZ - PAREDES

Apontamento AuToCaRaVaNiStA:


A casa do Zé do Telhado está situada na Freguesia de Mouriz, Município de Paredes, Portugal.
Nesta altura da visita está num estado lastimoso. Aquele que foi no seu tempo o Robin dos Bosques Português, e que a maioria das pessoas da minha geração, e anteriores, cresceram a ouvir histórias do Zé do Telhado, como aquele que roubava aos ricos para dar aos pobres. Embora um fora-de-lei, Zé do Telhado era visto aos nossos olhos (povo) como um herói.


Por tudo isto, e não só, é com enorme tristeza que verifiquei o estado lastimoso de abandono da casa do Zé do Telhado, que ainda há alguns anos atrás, serviu de boate (boite) ou casa de meninas, discoteca, ou chamem-lhe o que quiserem, que no meu entender também foi lamentável. Não sei a quem pertence a casa e o terreno! Mas sei, que uma autarquia responsável, e com algum sentido para o turismo e para o interesse Nacional, não deveria passar impune, por deixar ruir um património da nossa história (popular), porque nem só de Reis, Bispos, e outras realezas vive a nossa História. O povo também faz parte da História de Portugal, e o Zé do Telhado faz parte da história do povo. Portugal no seu pior, a opinião é minha, e penso que da maioria das pessoas que compõem o povo. Enfim!


             HISTÓRIA:
LENDA DO ZÉ DO TELHADO


José Teixeira da Silva nasceu no lugar do Telhado, de Castelões de Recezinhos, em 22 de Junho de 1818. Ficou célebre na história de Portugal como Zé do Telhado, um herói que se tornou vilão. Foi um valoroso combatente militar e um controverso salteador. Enquanto militar, há registos e relatos da sua valentia, tendo sido condecorado com a medalha de Torre e Espada, por actos heróicos nas hostes de Sá da Bandeira, do Duque de Setúbal e na revolta da Maria da Fonte, sempre pelos liberais, contra os absolutistas.

As ligações de Zé do Telhado a Lousada remontam à infância e ao seu matrimónio. Casou com sua prima, Ana de Campos Lentine, que morava no lugar de Sobreira, da freguesia de Caíde de Rei, que na altura fazia parte (tal como Castelões de Recezinhos) do antigo concelho de Santa Cruz de Riba Tâmega, que tinha sede em Vila Meã.
Ana era filha de uma tia de Zé do Telhado e de um antigo soldado francês que por cá terá ficado aquando das invasões napoleónicas nos começos do século XIX.
Este era negociador e capador de gado e ensinou o ofício ao seu sobrinho. Mas seria ocupação de pouca dura pois a tradição familiar e os hábitos de guerrilha e combate adquiridos em inúmeras batalhas influenciaram decisivamente para que Zé do Telhado se tornasse salteador. De facto, seu tio-avô e seu pai tinham sido quadrilheiros, bem como o seu irmão mais velho. 
Muito se escreveu e continua a escrever sobre este controverso personagem. Uns, com mais pendor moralista, o invectivam e negam-lhe qualidades, enquanto que outros, mais benevolentes, enaltecem os infortúnios, os sentimentos e as façanhas de Zé do Telhado.
Diz o povo que roubava aos ricos para dar aos pobres, e por isso era por muitos considerado o Robin dos Bosques português.

Tentativa de assalto da quadrilha do Zé do Telhado em Pias

Há relatos de lealdade e honra da sua parte, veja-se o caso da tentativa de assalto à Casa de Pereiró, na freguesia de S. Lourenço de Pias, em Lousada, segundo relato contado de geração em geração naquela senhorial casa.
Isso aconteceu em meados do século XIX. Depois de ter assaltado a Casa de Talhos, em Macieira, Zé do Telhado pretendeu apoderar-se de riqueza em Pias. O alvo seria a Casa de Pereiró, de Constantino Elisiário Ribeiro Peixoto, que recebeu um ultimato do salteador.
Na carta enviada àquele distinto morador de Pias, Zé do Telhado ameaçava que se não colocasse no penedo de Sant’Ana um saco de libras, ele e o seu bando assaltariam a casa de Pereiró. O proprietário não cedeu. Cumprindo a ameaça, os bandoleiros abeiraram-se da casa, onde Constantino Peixoto se tinha entrincheirado com várias armas de fogo.

O rés-do-chão estava fechado, com barricas nas portas e janelas. No andar de cima, estava tudo aberto e uma arma junto de cada janela.
Reza a história que assim que se avistaram os dois protagonistas da contenda, Zé do Telhado patenteou o cavalheirismo que o notabilizou ao perguntar: “Dá-me autorização para assaltar a sua casa?”. O proprietário de Pereiró respondeu de forma provocadora: “Sim!”.
Contando com o apoio da sua destemida e leal criada, que ia carregando as armas com pólvora, Constantino Peixoto correu de janela em janela, disparando contra os assaltantes. Perante essa aguerrida oposição, o bando bateu em retirada.

Tendo admirado a destreza e coragem do destemido dono dessa casa, Zé do Telhado remeteu-lhe, na qualidade de rei dos salteadores da região, uma carta que Constantino Elisiário deveria mostrar no caso de ser assaltado. Servia esta missiva para segurar os seus bens perante os amigos do alheio.
Depois de vários assaltos, nalguns dos quais foi derramado sangue, fugiu para o Brasil, mas segundo o próprio terá confessado a Camilo Castelo Branco na Cadeia da Relação, as saudades dos filhos e da esposa fizeram-no regressar. Foi apanhado pelas autoridades e julgado em 1861, em Marco de Canaveses. A acusação foi feita pelo delegado do Ministério Público, Dr. Joaquim Cabral de Noronha e Meneses, da Casa da Bouça (Nogueira, Lousada). A pena de morte ainda vigorava em Portugal, mas Zé do Telhado livrou-se da forca, devido a várias atenuantes. Mas pagou pelos seus crimes, tendo sido deportado para o ultramar.
Relatos do Diário de Notícias da época, fizeram eco da sua regeneração e de actos heróicos em Angola, onde faleceu em 1875.

Fonte: www.cm-lousada.pt

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PIA DO URSO - S. MAMEDE - BATALHA

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A Pia do Urso é uma aldeia tradicional construida com materiais naturais como o xisto e o granito. Um local recatado e de enorme beleza. A Pia do Urso surge totalmente renovado e com excelentes condições de habitabilidade para um Turismo Rural de luxo. Parque temático, está igualmente servido de restauração e parque de merendas. Um lugar a visitar, recomendado pelo Portal AuToCaRaVaNiStA, a poucos quiilómetros de Fátima e da A.S. da Batalha.




           HISTÓRIA:
A Pia do Urso é um espaço que foi reaproveitado, construindo-se um parque temático e sensorial (adaptado a invisuais), acompanhado de um circuito pedestre. Além da paisagem atractiva e da calma envolvente, o parque é composto por diversas estações interactivas e lúdicas. Um bom local de visita para os mais jovens, que poderão brincar, aprendendo, num ambiente calmo e agradável, para uma tarde bem passada. 
Assim, constitui um óptimo local para se passar uma tarde, um dia ou mesmo residir por lá durante uns tempos, pois será possível alugar casas antigas que, também, foram reconstruidas. Ao longo do percurso podem observar-se diversas formações geológicas - as chamadas "pias" - onde, antigamente, os ursos bebiam água; daí a origem do nome deste local: Pia do Urso.




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BARRANCOS - ALENTEJO - BEJA

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Barrancos, pequena Vila Alentejana encostada a um grande centro histórico Espanhol, de nome Aracena, que damos também o devido destaque no nosso portefólio. Barrancos é uma Vila Portuguesa raiana pertencente ao Distrito de Beja, região do Alentejo e sub-região do Baixo Alentejo. 


Barrancos é conhecido pelas suas tradições tauromáticas, e foi recentemente legalizada a corrida de toiros de morte, proibido pela lei Portuguesa, mas aberta uma exceção por ter tradições já muito antigas. Património histórico visível, destaco a igreja matriz, e as ruínas do Castelo.



           HISTÓRIA:

Historicamente, o território que hoje ocupa o concelho de Barrancos foi ocupado por diferentes civilizações, desde o calcolítico, sendo ocupado depois pelos romanos, visigodos e posteriormente conquistado aos Mouros em 1167, por Gonçalo Mendes da Maia, o Lidador. Após processo de conquista, D. Sancho I ordena o seu repovoamento em 1200. Por essa época, a sede de concelho situava-se na Vila de Noudar (dentro da fortaleza do Castelo do mesmo nome). Em 1295 é concedido foral por D. Dinis à Vila de Noudar, altura em que seria definitivamente incorporada no Reino de Portugal.

A Vila de Noudar, permanece estável durante cerca de 500 anos após a concessão de foral, no entanto, em 1825 inicia-se um lento processo de despovoamento devido à perda da sua importância estratégica e militar o que permitiria a transição da sede de município para a actual vila de Barrancos, assistindo-se ao desaparecimento gradual da sua população. Barrancos, resulta então, de uma transferência de população e poder municipal da antiga Vila Noudar, tendo cumprido recentemente um século de Restauração do Município de Barrancos em 1998, fruto de uma Reforma Administrativa onde foi incorporado no concelho de Moura de 1896 a 1898.
Fonte: www.cm-barrancos.pt

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BARCELOS - BRAGA

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Barcelos é um Município pertencente ao Distrito de Braga, Região Norte de Portugal, e é sobejamente conhecido pelo seu galo, e pela sua lenda. É comum depararmos nos com galos gigantes nas diversas ruas da cidade de Barcelos. Cidade com muita história muito património edificado, e por isso um local a visitar. Servido pelo rio Cávado, tem-se uma vista deslumbrante do alto dos Paços do Conde, um Castelo Palácio, mandado construir por D. Afonso 1º Duque de Bragança e 8º Conde de Barcelos.


   Igreja Matriz de Barcelos:
A sua construção iniciou-se entre 1325 e 1328, com D. Pedro, 3º conde de Barcelos, estando as suas armas patentes nas arquivoltas do portal principal. O seu portal gótico contém ainda alguns motivos decorativos ao gosto românico. Foi o 9º conde, D. Fernando, que conseguiu que o arcebispo de Braga instituísse a Colegiada de Barcelos, em 1464. Foi ampliada nos séculos XV, XVI e XVIII. A frontaria, bastante transformada ao longo dos séculos, resulta na sua parte superior de um restauro do início deste século, quando lhe foi acrescentada a rosácea e a torre sineira. O órgão, atribuído a Miguel Coelho, remonta a 1727, assim como os azulejos historiados que cobrem as paredes no interior. Merecem destaque, também, as imagens de Nossa Senhora da Franqueira, obra gótica do séc. XV, de Nossa Senhora em pedra de ançã do séc. XIV e de Nossa Senhora da Assunção do séc. XVIII. Classificada como Monumento Nacional por Decreto Nº 14425 de 15-10-1927. 


Paço dos Condes de Barcelos:

É um castelo apalaçado característico dos fins da Idade Média, construído na primeira metade do séc. XV, por D. Afonso, 8º Conde de Barcelos, 1º duque de Bragança. As suas 4 chaminés com altos canudos simbolizavam a casa mais rica de Barcelos. Faltam às ruínas de hoje algumas partes importantes deste castelo apalaçado, tais como a torre que se prolongava sobre a entrada da ponte e 3 das 4 chaminés com canudos altos. A sua ruína ter-se-á iniciado a partir do séc. XVIII. A partir dos fins do séc. XIX, estas ruínas passaram para o cuidado da Câmara Municipal de Barcelos. O Museu Arqueológico de Barcelos foi instalado neste espaço no início deste século. Classificado como Monumento Nacional por Decreto de 16-6-1910. 


Ponte Medieval sobre o Cávado:


Edificada sobre o Rio Cávado, faz a ligação entre Barcelos e Barcelinhos. A ponte deve-se a D. Pedro, 3º conde de Barcelos, e estaria concluída em 1328, tendo reforçado o papel de pólo comercial e de prestigiado local de passagem que Barcelos já tinha. A sua construção veio alterar o itinerário do Caminho de Santiago que, antes entrava em Barcelos, pela Fonte de Baixo. É uma edificação gótica com laivos românicos, com cinco arcos desiguais em ogiva, defendida a montante com os talhamares agudos e a jusante com contrafortes quadrangulares. Classificada como Monumento Nacional por Decreto de 16-6-1910. 

Pelourinho de Barcelos:
Também denominado "Picota", localiza-se junto à Igreja Matriz de Barcelos e é constituído por uma base robusta, fuste de recorte octogonal e um remate em "gaiola" muito ornamentado, ao gosto do Gótico final. A sua cronologia deverá situar-se entre o fim do séc. XV e o início do XVI. O seu local original seria a praça entre os Paços do Concelho e a Igreja Matriz - Largo da Picota -, tendo sido restaurado e colocado no seu local actual no início deste século, à custa da demolição das casas existentes em frente à Igreja Matriz. Classificado como Imóvel de Interesse Público por Decreto Nº 23122 de 11-10-1923. 


Torre da Porta Nova:


Faz parte da muralha do séc. XV. Originalmente denominada Torre do Cimo de Vila, é a única existente das 3 torres (com as torres da Ponte e da Porta do Vale), que correspondiam às entradas principais da vila, associadas a 2 torreões (do Fundo de Vila e do Pessegal) que protegiam entradas menores. A Torre era inicialmente em forma de U, aberta para o interior da vila - barbacã de porta -, permitindo a passagem em cotovelo, formando a entrada e a saída um ângulo recto, o que facilitava o controlo das pessoas No séc. XVI ter-lhe-ão acrescentado o remate com cornija renascentista e as ameias decorativas (que vieram substituir as ameias primitivas) e enriquecida no cimo com pequenas gárgulas. Só em 1631 que lhe terão acrescentado a parede de pedra voltada a oeste, com as várias janelas que hoje observamos. Teve, ao longo dos séculos, diversas funções, entre as quais a cadeia desde o séc. XVI até 1932. Actualmente aqui funciona a Delegação de Turismo de Barcelos e o Centro de Artesanato. É Monumento Nacional por Decreto Nº 11454 de 19-2-1926. 

Igreja de Nossa Senhora do Terço:
Faz parte do antigo convento de freiras beneditinas, datado do início do séc. XVIII. Com a lei de 1834, o mosteiro foi vendido e completamente descaracterizado, salvando-se apenas o portal e a igreja, porque entregue aos cuidados da Confraria do Terço. Apesar do seu exterior modesto, a igreja apresenta um deslumbrante espaço interior e é um dos mais excelentes e densos interiores barrocos de Portugal, pelos azulejos que cobrem todas as paredes, pela talha dos seus 3 altares e o púlpito e pelas pinturas do tecto. A sua importância na arte barroca advém sobretudo dos seus grandiosos painéis de azulejo azul e branco, datados de 1713, mostrando cenas da vida de S. Bento e emblemas moralizantes. Possui imagens de N. Sr.ª do Terço, em madeira, do séc. XVIII, uma escultura em pedra ançã de N. Sr.ª da Abadia, datada de meados do séc. XVI, que se encontrava num nicho da Porta Nova, no final da Rua Direita, aqui recolhida quando este foi destruído, e um Cristo Crucificado que poderá datar do séc. XV. Classificada como Imóvel de Interesse Público por Decreto Nº 47508 de 24-1-1967. 

Templo do Senhor Bom Jesus da Cruz
A sua origem está relacionada com o aparecimento miraculoso de uma Cruz de terra negra no chão barrento do Campo da Feira em Dezembro de 1504. Neste local construiu-se em 1505 uma capela, com uma imagem do Senhor da Cruz, que um rico comerciante trouxera da Flandres. O templo actual abriu ao culto em 1710. É um edifício de cúpula e planta centrada com o espaço interior disposto em cruz latina, da autoria do Arquitecto João Antunes. O exterior mostra um jogo entre planos e redondos e entre o granito e a cal branca. No interior temos azulejos azuis e brancos da mesma época, com cenas da Via Sacra e motivos vegetais (da autoria de João Neto), e talha dourada (essencialmente da autoria do escultor e entalhador barcelense Miguel Coelho). A imagem do Senhor Bom Jesus da Cruz é uma escultura quase em tamanho natural, em madeira de carvalho, uma extraordinária obra de arte flamenga, dos inícios de quinhentos. Só o rosto e as mãos estão pintadas. A sua devoção está relacionada com as actividades marítimas, que se desenvolveu nos finais do séc. XV. É em torno deste santuário que Barcelos organiza as maiores festas do seu concelho - Festas das Cruzes. Classificado como Imóvel de Interesse Público por Decreto Nº 42007 de 6-12-1958. 

MUSEU ARQUEOLÓGICO AO AR LIVRE.
O Museu Arqueológico encontra-se instalado na área envolvente das ruínas do Paço Condal. Contém peças provenientes de diferentes locais do concelho, representativas de diversas fases da história de Barcelos. No que respeita ao Paço dos Condes de Barcelos, este foi construído na primeira metade do século XV, pelo 8.º Conde de Barcelos, 1.º Duque de Bragança. Faltam às ruínas de hoje algumas partes importantes deste castelo apalaçado, tais como a torre que se prolongava sobre a entrada da ponte, parte da ala norte com o passadiço que a unia à Colegiada, actual Igreja Matriz, e das quatro chaminés com canudos altos resta apenas uma. Tendo sido alvo de vários projectos de restauro, desde o início deste século, estes nunca se concretizaram e apenas se procedeu à consolidação das estruturas. Propriedade da Câmara Municipal de Barcelos, desde fins do século XIX, é monumento nacional por Decreto de 16 de Junho de 1910. Instalado neste espaço, o Museu Arqueológico foi criado oficialmente em 1920. Já antes desta data, se utilizava a área das ruínas do Paço dos Condes para guardar peças líticas que eram encontradas por todo o concelho, de épocas muito distintas, fruto de achados ocasionais ou provenientes do desmantelamento de monumentos arquitectónicos. Uma boa parte das peças terá sido depositada em redor das ruínas, nos primeiros decénios deste século. Anos mais tarde, será a vez da vizinha Colegiada ofertar as peças que tinham ficado desactivadas com o restauro. O Museu Arqueológico acolhe elementos em granito, que vão desde a Pré-História aos finais da Época Moderna, entre os quais se contam o menhir de Feitos/Palme, sacrófagos medievais, símbolos heráldicos, marcos da Casa de Bragança, elementos arquitectónicos românicos de igrejas ou mosteiros desmantelados. Destaca-se ainda o Cruzeiro do Senhor do Galo, ex-libris de Barcelos, datado dos inícios do século XVIII. 
Fonte: www.cm-barcelos.pt

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