A igreja Românica do Salvador de Tabuado, fica situada na Freguesia de Tabuado, Concelho de Marco de Canaveses, Distrito do Porto, Portugal. Para além da estrutura medieval com arquitetura Românica, destaca-se no seu interior, as Pinturas, a Pia Batismal, alguns Pilares de ornamentação de estilo Românico, etc. Fazem parte ainda do património imóvel de Tabuado, a Torre de Nevões, onde pode visionar a sua reportagem aqui no Portefólio deste Portal, com a etiqueta de Marco de Canaveses.
HISTÓRIA:
Das abundantes descrições de teor geográfico ou corográfico referentes a Tabuado ressaltam as apreciações à forte presença senhorial. Embora designado como couto, termo que lhe adviria da hipotética fundação de um mosteiro dedicado ao Salvador, os autores insistem em salientar a predominância de certas famílias à frente deste pequeno território situado nos limites da província do Minho.
De facto, como esclarece Crispiniano da Fonseca, a denominação
couto aplicada a Tabuado esbarrava com a força do poder senhorial que aqui dominava e parecia enquadrar-se melhor nos atributos jurídicos aplicados às honras, terminologia que, de resto, aparecia no século XVI.
Mas esta variabilidade de jurisdições, estatutos e poderes parece esconder o interesse de uns e outros neste pequeno território, cujo valor se pode explicar toponimicamente: Tabuado, de tábua, expressão corrente na Idade Média para designar a madeira destinada à construção.
Em 1258 refere-se Santa Maria de Tabulata, indicando-se o coutamento e
que a Igreja era de padroeiros da família de Gosendo Alvares. A circunstância de, naquele ano, se referir uma Heremita de Tabulato e uma Heremita de Sancta Maria de Tabulata e dado que o orago Salvador não aparece indicado nas inquirições afonsinas, parece evidenciar que não estava definida, ainda, a igreja matricial, dando assim expressão à tradição que indica a existência de uma comunidade monástica (talvez sedeada na Igreja do Salvador, que depois substituiu a de Santa Maria).
Tendo a honra passado a couto (pela mão do infante Afonso Henriques) e a pretensa Igreja monástica a abadia secular, os interesses quer dos eclesiásticos, quer dos leigos, não deixaram de se sentir até bastante tarde, como provam os contínuos pleitos e demandas acerca das jurisdições sobre o território e a igreja.
Esta foi taxada em 105 libras no ano de 1320, valor que pouco nos
diz acerca da importância do edifício e dos seus rendimentos no contexto regional.
A tradição refere, portanto, que o couto teria sido fundado por Cónegos Regrantes de Santo Agostinho, à semelhança de outros institutos próximos.
Embora as referências documentais disponíveis atestem a existência de um ou dois templos em Tabuado (um consagrado a Santa Maria e outro ao Salvador), cuja fundação é anterior a 1131, a verdade é que os testemunhos arquitetónicos remanescentes nesta Igreja do Salvador falam-nos de uma cronologia mais recente e que deve ser posicionada já a partir de meados do século XIII, conforme nos indica a rosácea protogótica da fachada principal e os elementos estilísticos que nos mostram um flagrante paralelismo com a estética do Mosteiro de Paço de Sousa (Penafiel), integrando-se assim na família das igrejas do designado românico nacionalizado.
O aspeto purista do interior da Igreja deriva de uma profunda intervenção de restauro realizada ao longo da década de 1960 e que, na vontade de devolver a esta Igreja uma pretensa pureza medieval, retirou-lhe significativos testemunhos artísticos e litúrgicos que lhe foram sendo acrescentados ao longo da história.
No entanto, foi durante esta profunda intervenção que se descobriu a única pintura mural nesta Igreja, na parede fundeira da abside, ainda muito bem conservada: na área central, sob um abobadamento de nervuras, surge a imagem de Cristo Salvador, entronizado numa cadeira de espaldar com dossel franjado.
Está ladeada, ao modo de Sacra Conversazione, por São João Baptista, o Precursor, e por São Tiago representado como peregrino, ostentando no chapéu uma vieira e segurando na mão esquerda o bastão de caminhante.
Tendo como fundo, um registo vermelho pontuado por flores-de-lis e rosas, estas três imagens surgem enquadradas por um abobadamento de nervuras. As zonas laterais são ocupadas por um padrão decorativo formado a partir de vários eixos verticais constituído por um padrão decorativo de caráter geométrico, uma espécie de grinalda de losangos.
Realizada nos inícios do século XVI, a pintura mural de Tabuado é um exemplar único, pois não se conhece qualquer outra obra realizada pela mesma oficina que a concebeu.
Fonte: www.rotadoromanico.pt
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A União de Freguesias de Santo Izidoro e Livração, passou a uma única freguesia Portuguesa, através da reorganização do Território em 2013, e pertencente ao Concelho de Marco de Canaveses, Distrito do Porto. Este foi o último monumento do Românico que visitamos durante este perpetro por Marco de Canaveses. Era já hora do Almoço, e há que arrepiar caminho para procurar um local de pasto low cost, já que o Sábado foi dedicado ao Gourmet, e à grande gastronomia tradicional Portuguesa, high cost, low price.
Restaurante típico A Cabana
Sarrabulho doce (típico)
A verdade é que foram todas experimentadas em território Marcoense, a saber em Longóbriga, no Restaurante Sabores da Avó Deolinda, (gourmet) ver a nossa etiqueta no portefólio dedicada a Longóbriga, e no Restaurante Cancela Velha (cozinha tradicional) no centro da cidade, (ver etiqueta correspondente).
Por casualidade durante a viagem, encontramos algo que nos despertou a atenção, era um tasco, mas com cozinha caseira, de nome, a Cabana, com um ambiente familiar, e que acabamos por participar inclusivamente no almoço desta família em questão, provando algumas das gastronomias da terra.
Anho assado no forno a lenha
Cozido à Portuguesa
As entradas a sair na hora, com sabor a frescura, já que estavam a sair quentinhos, e notava-se pelo seu bom sabor. E como sobremesa uma espécie de sarrabulho doce, uma novidade desconhecida pela grande maioria das pessoas, incluindo alguns Marcoenses. Na ementa optamos por cozido à portuguesa, tripas à moda do porto, e anho assado no forno a lenha, que foi o mote da visita a Marco de Canaveses, que celebravam os Fins de Semana Gastronómicos, com o Anho assado como cabeça de cartaz, regado com verde da região.
HISTÓRIA:
Tendo integrado o julgado de Santa Cruz, a paróquia de Santo Isidoro cresceu em redor de um culto tornado hagiotopónimo, revelador da anciania do mesmo e da sua importância no avanço da cristianização local (ou da resistência em tempo de ocupação).
Santo Isidoro de Sevilha foi um bispo hispânico do século VII e, se
como refere Pierre David, o facto de não ser um mártir o coloca como titular de igrejas posteriores ao século IX, não deixa de ser reveladora da presença, ao longo do Tâmega, desta invocação tão próxima dos caminhos da Reconquista.
O padre Carvalho da Costa situa o imóvel no Couto de Travanca,
no ano de 1706, abadia do ordinário cuja renda orçava pelos 250 mil réis. Vinte anos depois Francisco Craesbeeck confirma o padroado dizendo ser uma igreja "antigua e sagrada", mas sem sacrário. Mais completo nas informações é o abade João de Freitas Peixoto que, em 1758, nos concede uma descrição mais focada da sua paróquia, Santo Isidoro.
Esta pertencia ao arcebispado de Braga, onde respondia, no espiritual e eclesiástico, à província de Entre-Douro-e-Minho e ao termo do concelho de Santa Cruz do Tâmega, de que era donatário o Conde de Óbidos. No secular respondia perante Guimarães, cuja comarca integrava.
No ímpeto reorganizador do século XIX a freguesia passou a integrar a comarca de Amarante, o concelho de Marco de Canaveses e a Diocese do Porto, para cujo território transitou em 1882.
A Igreja de Santo Isidoro, edificada na margem direita do rio Tâmega, destaca-se pelo facto de ostentar a estrutura de sabor românico muito bem conservada, com uma só nave e capela-mor retangular.
No interior, aos paramentos lisos, em granito aparente e animados por estreitas frestas, soma-se um simples arco triunfal, ligeiramente quebrado, desprovido de qualquer elemento ornamental.
Desapossada do seu conjunto retabular, a Igreja de Santo Isidoro aparece hoje aos olhos do visitante como um espaço despido, resultado de uma profunda intervenção de restauro de que foi alvo em 1977 e da qual resultou a descoberta do conjunto de pintura mural, de elevada qualidade, que se encontra na parede fundeira da capela-mor e nas imediatamente adjacentes.
Estamos diante de um conjunto pictórico que, além de ter sido datado de 1536, foi assinado pelo pintor Moraes. Pouco ou quase nada se sabe sobre este artista, para além de ter gozado de certa influência aquando do ambiente renascentista que se vivia no geograficamente próximo meio portuense, ao tempo da ação mecenática do bispo de Viseu, D. Miguel da Silva (1480-1556).
Na parede fundeira, a pintura apresenta-se à maneira de um tríptico,
dividido por duas colunas amarelas. O painel central ostentava, naturalmente, a figura do orago da Igreja, Santo Isidoro, de que apenas se veem hoje, em torno da fresta românica, as extremidades da mitra e do báculo e a parte inferior do respetivo manto.
A cabeça do santo encontra-se num fragmento de pedra, exposto na capela-mor. O orago era então ladeado por elegantes figuras femininas apresentadas em trajes cortesãos: a Virgem com o Menino e Santa Catarina de Alexandria, esta última segurando a espada e a roda do seu martírio, tendo aos pés a cabeça decepada do imperador pagão responsável pela sua morte.
Falsas arquiteturas criam um sentido cenográfico. Nas paredes adjacentes, do lado do Evangelho, um São Miguel pesando as almas e a derrotar o dragão e, do lado da Epístola, São Tiago representado como peregrino.
No que toca ao acervo pictórico, devemos destacar ainda duas pinturas a óleo, uma sobre madeira e outra sobre tela. A primeira, do século XVII, representa a cena do Calvário e a outra, do século XIX, com um modelo bem conhecido da Virgem Imaculada.
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A Torre de Nevões está situada na Freguesia de Tabuado, Concelho de Marco de Canaveses, Distrito do Porto - Portugal.
A Torre é de meados do seculo XII, e posteriormente é que lhe foi associado o edifício da Pousada no Século XVI. Funciona também como restaurante, com sessões dançantes no salão nobre, e Bar Discoteca. Este Monumento Medieval é utilizado exclusivamente para eventos, não só gastronómicos, mas também culturais, lúdicos, etc.
HISTÓRIA:
A Torre de Nevões foi no passado uma fortaleza medieval, o solar dos senhores da «Vila Tabulatum». Num dos topos da longa frontaria, destaca-se a torre rectangular ameada.
O edifício terá sido construído no século XV.
De linhas arquitectónicas no estilo manuelino, esta torre senhorial, granítica, de planta rectangular e três registos, exibe, no topo, as características ameias, a par de cinco gárgulas e merlões, sendo o segundo piso iluminado por três janelas de vão rectangular, apresentando, de igual modo, as denominadas “conversadeiras” em três das suas fachadas.
Foram proprietários desta Torre de Nevões, a partir do século XV, a família dos Barros, que começou com o abade Diogo de Barros, tendo passado posteriormente para os Montenegro, por casamento da sétima neta de Diogo de Barros com Sebastião Correia Pereira Montenegro. Atualmente serve para fins lúdicos, gastronómicos, e culturais.
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Soalhães é uma freguesia Portuguesa, pertencente ao Município de Marco de Canaveses, Distrito do Porto. porque já foi sede de Concelho, possui algumas infraestruturas relacionadas com pergaminhos associadps, como a representação de um Pelourinho, ou mesmo da fabulosa Igreja Matriz, um monumento de estilo Românico, que no seu interior ostenta um valioso tesouro em talha dourada, os admiráveis painéis laterais trabalhados em madeira, ou mesmo na arte sacra presente. Um monumento único para admirar e contemplar.
HISTÓRIA:
Soalhães é uma Freguesia do Concelho de Marco de Canaveses com muitas tradições históricas, sendo também a maior Freguesia do concelho com cerca de 23,4 Km2.
Situada na margem direita do Rio Douro, estende-se desde a Serra da Aboboreira, que acompanha em grande extensão, até à ribeira do Juncal. Pela sua localização, seria fácil de prever um forte povoamento pré-histórico. Os dados arqueológicos confirmam-no. Entre os lugares de Quintela e Vinheiros, encontra-se o Castro de São Tiago, perto de duas elevações cónicas, uma das quais tem no topo uma pequena ermida daquela invocação, sendo um dos lugares a visitar e de onde se pode admirar uma paisagem magnífica e passar bons momentos de lazer.
No monte referido são ainda visíveis troços de três ordens de muralhas, formando o mesmo núcleo de anéis, e algumas habitações castrejas, das quais restam apenas várias pedras amontoadas. Do espólio reunido, regista-se um fragmento de asa de ânfora, pedaços de “Tégula” e um cossoiro.
Mas não fica por aqui o património arqueológico de Soalhães. Entre muitos dos vestígios que poderíamos analisar, nos lugares de Miras, Poço, Lavra, Eido, Pinhão (conforme estudos de João Belmiro da Silva), destacaremos a Gruta das Curiscadas, no lugar do mesmo nome, que foi alvo de diversas interpretações por parte da população local. Pensavam ser aquele sítio uma vala comum, dada a grande quantidade de ossadas ali encontradas, bem como outros achados pré-históricos, tais como duas facas de Sílex, dois machados de deorite, e pontas de flechas lascadas e polidas, (estes objectos encontram-se guardados no Museu Martins Sarmento em Guimarães) o que demonstra que povos da época terciária e quaternária já habitavam esta região, o que atesta claramente a antiguidade de Soalhães. É um espaço existente sob um penedo arredondado, o «Penedo de Cuba», com cerca de cinco metros quadrados. Uma gruta natural, ou fenda aproveitada para tumulação desde os tempos pré históricos, classificado como património cultural por decreto n.º 147 de 05/01/1951.
Se a arqueologia comprova o povoamento castrejo de Soalhães, a toponímia atesta a passagem dos godos por aqui. Assim acontece com o próprio nome da freguesia. Segundo Joseph Piel, Soalhães é significativo do antropónimo Sunila ou Soela, nome geográfico abundantemente documentado na Idade Média. O mesmo sucede com Telhe, cujo genitivo, Telli, é um nome pessoal de origem germânica. Ou Mirás, patronímico de um antropónimo da mesma origem.
Soalhães encontra-se documentada a partir de 857, como núcleo da futura freguesia: «Villa de Suylanes». Do ano de 875, é o primeiro diploma relativo ao seu Mosteiro, ao que parece – embora haja dúvidas – fundado por Sancho Ortiz.
Naquele, o tal «humilde et servo Dei Santom presbítero» doa à «baselice sancti Martini episcopi que est fundada in villa de Suylanes», casais, objectos e alfaias de culto.
Em meados do século XI, encontramos novas referências a um Mosteiro que estava então a ser disputado por elementos da estirpe dos gascos, sem grande sucesso. Foi D. Sancho II, antes de 1245, que o extinguiu e o converteu em simples Igreja Paroquial. As próprias Inquirições de 1258 referem-na apenas como tal.
Morgado de Soalhães, por sua vez, iria ser instituído em Maio de 1304 por D. João Martins, Bispo de Lisboa. Filho de Gonçalo Gonçalves de Portocarreiro, Arcebispo de Braga, nomeou para administrador daquele o seu filho Vasco Anes. Um morgado importantíssimo em rendas e honras, pois tinha um património que englobava Lisboa, Porto, Coimbra e Viseu.
Por carta de Julho de 1373, o Rei D. Fernando doou a Gonçalo Mendes de Vasconcelos a terra de Soalhães, concedendo-lhe sobre ela toda a jurisdição. Foi ele, assim o podemos considerar, o primeiro senhor de Soalhães.
Julgado ou Concelho de Soalhães já existia no século XIII. Abrangia as seguintes povoações: Folhada, Fornos, Mesquinhata, Soalhães, Tabuado e Várzea de Ovelha (Aliviada). O concelho recebeu foral de D. Manuel I, em Lisboa, em 15 de Julho de 1514. Iria ser extinto em 30 de Novembro de 1852 por motivos administrativos, ligados à força que então deteve o actual Concelho de Marco de Canaveses.
Símbolo do extinto Concelho é o pelourinho, monumento nacional por decreto n.º 38147 de 05/01/1951 pelo valor histórico e artístico que ostenta. Igual importância, ou talvez mais, tem a Igreja Matriz, originalmente românica, monumento nacional por decreto n.º 129 de 29/09/1977, despacho da SEC de 26/03/1990. Apesar dos restauros que sofreu, ainda apresenta algumas características desse período, como a porta principal, com duas ordens de colunas de cada lado e três arquivoltas quebradas. Os capitéis estão decorados com elementos vegetais e são protogóticos.
Ao lado da fachada, ergue-se uma robusta torre, medieval mas muito desfigurada. No interior do templo destacam-se os 91 caixotões do tecto e os azulejos setecentistas das paredes das naves. O azul dos azulejos e o dourado da talha tornam este monumento uma obra riquíssima, não pela sua grandiosidade, mas pelo cuidado dos pormenores. “O tecto da nave é todo coberto de painéis pintados separados por belas molduras de talha, o mesmo acontecendo nas paredes da mesma quadra. Tudo o resto é azulejo azul, que contorna as molduras, as portas de todos os acidentes arquitectónicos”. (Azularia em Portugal no século XVIII).
Do lado direito de quem entra, ocupando quase totalmente a parede, emerge um painel alusivo a Moisés e à rocha da qual brotou água para manter a sede ao povo no deserto: «E o Senhor disse a Moisés: “Passa diante do povo e toma contigo alguns anciãos de Israel, e toma também em tua mão a tua vara, com que golpeaste o Nilo, e vai. Eis que eu estarei diante de ti, lá sobre a rocha de Horeb, golpearás a rocha e dela jorrará a água para que o povo beba”. E Moisés fez assim na presença dos anciãos de Israel. E pôs àquele lugar o nome Massa e Meriba» (Ex 17, 5-7 A). O painel destaca-se pela grandiosidade da sua área e pelo gosto estético das suas imagens. Apresenta 20x48 azulejos, somente interrompidos por um púlpito entalhado e por dois nichos: um com imagem representando as santas mães, outro representando Nossa Senhora do Rosário, colocadas, ambas em pedestais ornamentados por azulejo de figuras avulsas (restauro efectuado em 1992).
Do lado esquerdo, ocupando quase toda a parede, três painéis a evocarem passagens bíblicas. No primeiro, a de Moisés e a serpente de bronze no deserto: «O Senhor disse a Moisés: “Faz uma serpente de bronze e coloca-a sobre uma haste e todo aquele que for mordido e olhar para ela ficará curado”» (Num 21, 8-9). No segundo, Jesus e a samaritana sentados junto do poço de Jacob: «Existia ali um poço de Jacob... Veio uma mulher samaritana, para tirar água. Diz-lhe Jesus: “Dá-me de beber”» (Jo 4, 6-8). No terceiro, Jesus fala aos seus discípulos.
As molduras são de cabeceiras lisas, separadas por emolduramentos de pilastras e centradas por grinaldas, seguras por medalhões. (Azulejaria em Portugal no século XVIII).
Ainda deste lado, um outro painel representa Melquisedec: «E Melquisedec, rei de Salém, trouxe pão e vinho, pois era sacerdote do Deus Altíssimo e abençoou Abraão dizendo: “Bendito seja Abraão pelo Deus Altíssimo, Senhor do Céu e da terra. Bendito seja Deus Altíssimo que pôs os teus inimigos em tuas mãos.” E Abraão deu-lhe o dízimo de tudo.» (Gen 14, 18-19).
Na capela lateral, denominada Capela das Almas, do lado esquerdo, com 22 azulejos de alto, representa-se S. Miguel a salvar as almas do Purgatório. A moldura apresenta pilastras e medalhões a que os anjos servem de suporte. No lado direito está representado S. Miguel a lutar com o diabo, enquanto as almas sobem ao céu.
Pelourinho de Soalhães
Na sacristia, por seu turno, existe um conjunto de azulejos de figura avulsa, com cantos de estrelas e motivos diversos: barcos, flores, aves, figuras humanas, entre outras representações. E ladeando um pequeno retábulo de altar, encontram-se dois anjos azuis talvez provenientes de outro lado. A partir da análise destes azulejos coloca-se a hipótese do seu autor Policarpo de Oliveira Bernardes, discípulo de Francisco Ferreira de Araújo e filho de António de Oliveira Bernardes, mestres da escola de Coimbra. A sua obra é essencialmente constituída por painéis figurativos de enquadramentos rectilíneos simples, de grande qualidade quanto à composição e configuração das suas figuras.
É de facto, um monumento de imprescindível visita.
Actualmente, Soalhães é a Segunda Freguesia mais populosa do Concelho. Um presente que bem honra o seu passado.
Soalhães, tem como limites a nordeste e leste o concelho de Baião, a sul Paredes de Viadores, a noroeste Tabuado, a poente Manhuncelos, Freixo e Rio de Galinhas.
Os pontos mais altos desta freguesia são a Aboboreira com 793 metros de altitude, a Abogalheira com 962 metros junto ao marco geodésico, a Rua de Eiró com 436 metros.
Esta Freguesia detém bons e bonitos edifícios, agora grandemente modificados. Um dos solares mais importantes desta região, situa-se nesta freguesia «a Casa de Quintã». Construído segundo estilo de D. João V, foi acabado no ano de 1742. É o primeiro edifício do concelho e um dos primeiros de todo o distrito pela sua grandeza. Arquitectura e magnificência tanto no exterior como no interior. Está edificado em quadrado com um artístico chafariz no claustro interno.
Soalhães tem como patrono “ S. Martinho”, Bispo de Tours.
Tem brasão próprio composto por escudo de verde, uma mitra episcopal de prata, forrada e guarnecida de vermelho e dois ramos de três espigas de ouro, folhadas do mesmo, tudo em roquete. O próprio conceito de antiga Vila, é mencionado na coroa mural de quatro torres que por esta razão é atribuída à Freguesia. Listel branco com a legenda a negro ”SOALHÃES”.
Fonte: www.jf-soalhaes.pt
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Marco de Canaveses é uma cidade do Norte de Portugal, pertencente ao Distrito do Porto.
Numa incursão pelo Marco, por altura dos Fins de Semana Gastronómicos, que o Turismo do Norte, promove um pouco por todas as cidades do Grande Porto, viemos com intenção de degustar o famoso anho assado no forno, e como sobremesa as não menos famosas Fatias do Freixo, que são uma especie de pão de ló cremoso com doce de ovos, com uma ligeira cobertura de açúcar mascavado por cima.
Um doce muito guloso e agradável ao palato.
Experimentamos vários tipos de gastronomia, por terras do Marco, começando pelo Gourmet, passando pelo Tradicional, e acabando com um tipico low-cost Regional.
Todos bons, embora uns melhores que os outros, também no preço. Destacamos aqui bem no centro do Marco de canaveses, o Restaurante Cancela Velha, que alia o tradicional ao moderno, num ambiente de requinte e conforto. Restaurante implantado num edifício antigo mas renovado, e brazonado, com pergaminhos na boa cozinha da Região.
Possui uma boa garrafeira, com um vinho da casa, 14º, com marca própria "Cancela Velha". Um Reserva tinto de 2013, com notas de ter estagiado em pipas de madeira. A gastronomia no geral estava no ponto, o que levou a delegação da CPF - Portugal, uma secção da Confraria da Panela de Ferro, a certificar no final o restaurante "CANCELA VELHA" com certificado de Excelencia. Restaurante Recomendado, onde se poderá ver toda a reportagem na página da CPF - Portugal, (Ver Distrito do Porto) "CLICK AQUI:"
HISTÓRIA:
O topónimo principal "Marco de Canaveses" é composto por dois elementos, sendo que o segundo será certamente uma alusão à cultura do cânhamo, outrora abundante nesta região. O primeiro elemento do topónimo, "Marco" derivaria de uma marca de pedra, divisória das freguesias de Fornos, S. Nicolau e Tuias. Uma outra explicação para o topónimo tem origem numa lenda. Conta-se, que a rainha D. Mafalda teria passado pelas obras da ponte que mandara construir, e cheia de sede, pediu água aos pedreiros.
Como o acesso ao rio era muito difícil, um deles ofereceu uma cana para que a rainha bebesse directamente do rio. A rainha, ao devolve-la terá dito "Guardai-a porque a cana é boa às vezes".
Foto de vista parcial de Tongobriga. O povoamento do território a que corresponde o actual concelho de Marco de Canaveses remonta a épocas bastante recuadas, tendo sido encontrados importantes vestígios do período neolítico, nomeadamente alguns monumentos funerários. Do tempo da ocupação romana, chegaram até aos nossos dias os vestígios de Tongóbriga, uma povoação romana de que restam as termas, o fórum, zonas habitacionais e uma necrópole.
A história do concelho passa pela história da velha vila de Canaveses. Mendo Gil foi o seu primeiro administrador conhecido. Durante os anos de 1255 a 1384, o senhorio pertenceu a D. Gonçalo Garcia e seus descendentes. Em 1384, D. João I deu-o a João Rodrigues Pereira, parente de Nuno Álvares. Já no reinado de D. João II era posse da coroa, sendo um meirinho nomeado pelo rei que administrava e nomeava os juizes, procuradores e tabeliões.
No século XIX, foi integrada no concelho de Soalhães e em meados do mesmo século, no de Marco.
O concelho de Marco de Canaveses foi criado em 1852 por decreto de D. Maria II, por anexação dos concelhos de Benviver, Canaveses, Soalhães, Portocarreiro, parte dos de Gouveia e Santa Cruz de Riba Tâmega. A vila foi elevada a cidade em 1993.
Fonte: www.cm-marco-canaveses.pt
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