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PONTE FILIPINA - VALHELHAS - GUARDA

Apontamento AuToCaRaVaNiStA:

Valhelhas, é uma Freguesia Portuguesa, pertencente ao Concelho e Distrito da Guarda. No acesso ao Povoado de Valhelhas, pela estrada nacional 232, passamos ao lado da antiga Ponte Filipina, nesta altura pensamos que em fase de recuperação, e também em fase de estruturação do terreno adjacente. O Portal AuToCaRaVaNiStA, tem como uma das principais finalidades, registar no geral, nas suas viagens, o património relevante de Portugal. Embora ainda distante do medieval centro da Freguesia de Valhelhas, não deixa de ser um património valioso anexo a esta Terra, que convém sempre registar. De salientar, que Valhelhas já foi sede de Concelho até 1855. De uso exclusivamente pedonal. É património classificado como "MIP" Monumento de Interesse Público. Ver etiqueta "Guarda"


               HISTÓRIA:
Ponte Filipina de Valhelhas (Antes)
Depois com estruturação do terreno

Povoação de fundação antiga, a vila de Valhelhas possui vestígios de ocupação que remontam à época romana. Neste período, foi construída uma via que passava pelo centro do povoado, permitindo a sua ligação com Boiça, e sobre o Zêzere, terá sido erguida uma ponte.




Na Idade Média, Valhelhas tornou-se um dos maiores concelhos medievais do território nacional, conhecendo o seu período de apogeu entre os séculos XII e XIV. No século XVII houve a necessidade de melhorar uma das vias de acesso à vila, pelo que cerca de 1631foi construída uma ponte na principal entrada da povoação, na estrada que segue para Belmonte.



Edificada pelo mestre pedreiro Paulo Rodrigues, a Ponte de Valhelhas, estende-se sobre o rio Zêzere,aproveitando possivelmente a localização da antiga ponte romana. É formada por um tabuleiro plano, que se torna curvado nas extremidades, estendendo-se por cerca de 2 quilómetros.



O conjunto assenta sobre quatro arcos de volta perfeita, que descarregam em gárgulas.Em 1679 a ponte recebeu obras de reparação, cuja direcção ficou a cargo do mestre Bartolomeu Álvares, tendo também trabalhado no estaleiro o seu oficial António Rodrigues. No último quartel do século XX a Junta Autónoma de Estradas ordenou a construção de uma nova ponte em Valhelhas, e a partir de 1977 a ponte filipina ficou reservada, exclusivamente, a travessias pedonais.

Catarina Oliveira
GIF/IPPAR/ Fevereiro de 2007

Fonte: www.patrimoniocultural.pt

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VALHELHAS - GUARDA












Apontamento AuToCaRaVaNiStA:
Ponte Filipina

Valhelas é uma Freguesia Portuguesa, pertencente ao Municipio da Guarda, Distrito também da Guarda. Destaca-se nesta foto-reportagem, a bela praia fluvial banhada pelo rio Zêzere, bastante concorrida em alturas do verão. Fica bem junta ao parque de campismo do Rossio de Valhelhas, que fica a abarrotar nesta altura de sazonalidade. Local bastante agradável, que o Portal AuToCaRaVaNiStA recomenda a sua visita, não só à praia fluvial, mas a toda a Vila, que representa uma importante estrutura medieval.




             HISTÓRIA:

O passsado assume em Valhelhas contornos de enorme importância. O seu povoamento começou bem cedo, ainda antes da chegada dos romanos a Portugal. Os restos da fortaleza militar, classificados como sendo um castro lusitano, indicam como primeiros povoadores os homens neolíticos, uma vez que os castros lusitanos são da época neolítica.

Por conseguinte, a avaliar também por outros vestígios subsistentes (os castrejos de Barrelas, Gonçalo, Castelo Deladeiro, o monumento megalítico do Prado, a via militar romana, etc.), a fundação de Valhelhas deve ser coeva dos primeiros povoamentos serranos de centenas de anos anteriores à nossa era. Toda a toponímia confirma a antiguidade da vida humana em Valhelhas:
Castelo dos Mouros de Cima, na delimitação desta Freguesia com a de Gonçalo, remete-nos para um passado mourisco; Valhelhas, o topónimo principal, é a aplicação de um étimo latino ainda usado durante e após o período de formação da nossa língua. Nas redondezas, outros nomes apontam para um remoto povoamento: Sendão, no limite com a Freguesia de Famalicão, terá sido uma "villa" de um possessor germânico de nome Senda (ou Cendão); Sarnadas, em Verdelhos, significava a inclinação dos terrenos, sendo um adjectivo ainda abundantemente utilizado no século XI.
Fonte: www.cm-guarda.pt


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GUARDA - PORTUGAL













Apontamento AuToCaRaVaNiStA:


Guarda é um Município Português, sede de Concelho, e de Distrito.
Guarda, localidade com grande carga histórica por excelência, devido á proximidade com Espanha, era ponto estratégico de passagem de pessoas e bens. Guarda para evitar avanços de Castela, estava fortificada com a Torre do Castelo implantado no ponto mais alto, de onde se avista vastos horizontes bem como a imponente Sé uma das mais antigas e importantes de Portugal. Aconselha-se uma visita pelo menos uma vez na vida, já que se respira Portugal na sua mais elementar essência.



                 HISTÓRIA:
O Concelho da Guarda fica localizado na província da Beira Alta, confinante com os concelhos de Celorico da Beira, Pinhel, Sabugal, Manteigas e Belmonte. Trata-se de um concelho de dimensão média, composto por 52 freguesias rurais e três urbanas, compreendendo três bacias hidrográficas: Mondego, Côa e Zêzere. Situa-se no último esporão Norte da Serra da Estrela, sendo a altitude máxima de 1056 m (na Torre de Menagem do Castelo), dominando a portela natural do planalto beirão.
Corresponde à cidade mais elevada do país, com domínio visual dos vales do Mondego e do Côa, o que cedo se manifestou como carácter preponderantemente defensivo. As condições que o concelho apresenta não são as mais propícias à instalação de uma comunidade humana, todavia alguns elementos permitem datar uma presença humana em épocas remotas, como o final do Neolítico, princípios do Calcolítico, com um testemunho funerário, a anta de Pêra do Moço (freguesia de Pêra do Moço), datada do IIIº milénio.


Por todo o concelho encontram-se vestígios da Idade do Bronze e do Ferro, em sítios com uma defensabilidade natural, dominando vastos vales. Esta presença está, sem dúvida, relacionada com a prática da mineração, nomeadamente do ferro e do chumbo, e o controlo das portelas naturais, por onde circulavam as rotas do minério. Em período medieval, a Guarda faria parte de uma malha de fortificações, sendo uma das mais importantes na escala hierárquica.


Desta malha faziam parte outros castelos que teriam como função a defesa da fronteira com Castela e Leão, e da portela natural de travessia da Serra da Estrela. Do castelo da Guarda é possível um contacto visual com outras fortificações, como o Castro do Jarmelo (com ocupação medieval), Celorico da Beira, Trancoso, entre outros. "O papel que à Guarda foi destinado pelo seu fundador, que, em última análise, apenas pretendia ocorrer às necessidades políticas do reino, era o «guardar» a fronteira, ligando pela supremacia militar e topográfica as fortificações [...] como Linhares, Celorico, Trancoso [...]" (AGUIAR, 1941a: 29).

Foi a posição de destaque da cidade face ao território envolvente e compreendendo a importância de uma cidade poderosa no local em questão que levou D. Sancho I a atribuir foral à Guarda, a 27 de Novembro de 1199, visando o seu desenvolvimento e prosperidade. A história da cidade da Guarda, nomeadamente do planalto que o Centro Histórico ocupa, tem início em época medieval, com os alvores da nacionalidade portuguesa . É sobretudo com o avanço do processo da reconquista até à linha do Mondego, com a conquista da cidade de Coimbra, que os monarcas portugueses se vão preocupar com a criação de mecanismos de defesa que permitam a formação de barreiras face aos avanços almóadas e leoneses para territórios recentemente conquistados. Assim, a instalação de pequenas comunidades em locais estratégicos, as atalaias, era um processo urgente de implementar, como forma de defender a fronteira e as portelas naturais.

Este será o caso da cidade da Guarda, cuja génese corresponde a uma pequena fortificação, conhecida como a Torre Velha, localizada na zona do Torreão. Como afirma SOUSA a cidade antes da atribuição do foral "[...]mais não seria que uma comunidade de pequena dimensão, dinamizada por colonos da região, mas também por alguns francos, guardada por uma pequena atalaia ou torre - uma guarda - que vigiava a circulação de gentes e bens que percorriam a via colimbriana, o principal eixo de penetração no planalto beirão." (SOUSA, 1999: 15).

As cidades portuguesas apresentam, no século XII, várias características comuns: muralhas de forma triangular ou trapezoidal, localizadas ao longo de uma colina, sobre um rio, com distinção entre a cidade alta, a alcáçova e a almedina (a cidade baixa). Um dos marcos de referência das cidades medievais são as igrejas do interior do perímetro muralhado, que terão certamente influído na organização espacial do núcleo habitacional, levando a uma hierarquização das ruas.


Em 1260 são referidas as igrejas do espaço intra-muralhas: S. Vicente, Santa Maria da Vitória ou do Mercado, Santa Maria Madalena (próxima da Sé, a Este) e S. Tiago (a leste da Sé) . No interior das muralhas definiam-se vários bairros, sendo os mais conhecidos S. Vicente, a judiaria (ambos na mesma paróquia) e Santa Maria do Mercado. Desta forma, torna-se evidente que existe no Concelho da Guarda um vasto Património Cultural, com vestígios de Comunidades Humanas desde tempos remotos. O seu estudo e conhecimento são essenciais na tomada de consciência do nosso passado comum, que é de todo o interesse preservar. Nota: Excerto retirado do relatório de caracterização histórica e do património construído do plano de pormenor do centro histórico da Guarda.
Fonte: http://www.mun-guarda.pt

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