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IGREJA PAROQUIAL DE BITARÃES - PAREDES











Apontamento AuToCaRaVaNiStA:


Bitarães é uma Freguesia Portuguesa pertencente ao Concelho de Paredes, Distrito do Porto. O Ex-libbris de Bitarães é a sua Igreja Paroquial dedicada a S. Tomé. Quem vê o exterior não imagina o seu interior. O teto da igreja está todo ele decorado com pinturas restauradas de muitos dos santos católicos, numa simbiose de cores e texturas em auto retratos de qualidade bastante significativa, e muito agradável à vista, mesmo para o mais leigo.



              HISTÓRIA:

A igreja paroquial de Bitarães, da invocação de São Tomé, foi construída no século XVIII. O templo ergue-se no local de um outro, que segundo a tradição teria sido erguido por iniciativa da infanta D. Mafalda, filha de D. Sancho I, na primeira metade do século XIII.




O edifício actual, situado no fundo de uma larga alameda de tílias, e antecedido por um singelo cruzeiro de adro, possui fachada tipicamente barroca, aberta por portal recto, com frontão circular rematado por grupo escultórico. É rematada por cornija corrida, interrompida ao centro pelo alto janelão de verga recta que se rasga sobre o portal, e no seu eixo. De cada lado deste, e sob o entablamento, fica um pequeno óculo circular.





O frontão é circular, ladeado por dois pináculos de base quadrada, e flanqueado por duas sineiras em arco pleno, com coroamento de volutas. É encimado por grande cruz. Toda a fachada é revestida de azulejos.
O interior é de nave única, com capela-mor rectangular, aberta por arco triunfal de volta perfeita, abrigando um interessante altar de talha dourada.

O tecto, em madeira, e com perfil de meio canhão, está inteiramente decorado com caixotões pintados, figurando cenas bíblicas e imagens de Apóstolos e Santos. A nave conserva vários retábulos de talha dourada, e algumas telas.

Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
Decreto n.º 28/82, DR n.º 47, de 26-02-1982

Fonte: http://www.igespar.pt - Sílvia Leite



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IGREJA E MOSTEIRO DE S. PEDRO DE CÊTE - PAREDES

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A Igreja e Mosteiro de S. Pedro de Cête está situado na Freguesia de Cête no Concelho de Paredes Distrito do Porto. Este monumento da Rota do Românico surpreende qualquer um pela riqueza interior e exterior, histórica, e arquitetónica do edifício. O mosteiro é pequeno em tamanho mas grandioso em património. Um grande monumento Nacional ainda com alguma propriedade privada dos antigos terrenos e anexos do Mosteiro que ao tempo da implantação da República tudo foi vendido e saqueado, e que ainda hoje perdura essa propriedade privada de interesse público e que deveria ser de todos nós. Um problema para o IPAR resolver, e que esperamos resolva rápido para bem do interesse público. O nosso património histórico é o nosso maior tesouro.



              HISTÓRIA:
A sacralização do solo pelo túmulo de D. Gonçalo Oveques, cuja capela funerária se encontra na torre de São Pedro, poderá estar na origem do Mosteiro de São Pedro de Cête, com documentação a comprovar a sua existência em 924 e, em 985, é possível encontrar referências a uma basílica em honra de São Pedro.
Outros historiadores indicam este nobre como o responsável pela reconstrução do Mosteiro, já que terá vivido no século XI.
A construção hoje existente, no entanto, não corresponde a épocas tão tardias, apresentando vários arranjos góticos, efetuadas no final do século XIII e início do século XIV, conforme inscrição visível na parede norte da capela-mor, junto ao sarcófago do Abade D. Estêvão Anes, falecido a 23 de julho de 1323, responsável pela reforma completa da igreja.

O facto de estas construções monásticas serem, nesta época, alvo de ataques constantes de muçulmanos ou normandos, justifica a existência de fortificações defensivas nas imediações, sendo, neste caso, o Castelo de Vandoma.
Aos patronos, famílias poderosas que efetuaram doações às ordens monásticas, cabia a tarefa de defender os mosteiros, beneficiando dos direitos de “aposentadoria e comedoria”, bem como do direito de serem tumulados no mosteiro.



A implantação deste Mosteiro neste local evidencia a organização do território na época, através das paróquias, e reflete a importância que as ordens religiosas desempenharam na formação e consolidação do reino. A presença de uma igreja garantia a posse e ocupação do território.


Fonte: http://www.rotadoromanico.com/



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ERMIDA DE NOSSA SENHORA DO VALE - CÊTE - PAREDES

Apontamento AuToCaRaVaNiStA:
A Ermida de Nossa Senhora do Vale, fica situada no Largo Vitorino Leão Ramos, Freguesia de Cête, Concelho de Paredes, Distrito do Porto. Capela Medieval em bom estado de conservação, já que foi recentemente restaurada, e no seu interior foram descobertas pinturas primitivas idênticas à talha que as cobria e que foram retiradas. As pinturas ainda não foram restauradas. No exterior no perímetro do adro existe um cruzeiro muito original com uma espécie de cruz de Cristo, que penso seja exemplar único em Portugal.


Esta Ermida está integrada nos caminhos de Santiago, como se pode comprovar através do escudo em pedra cravado na parede interior da Ermida. A capela encontrava-se fechada, porque só abre para o culto no Sábado à noite, e não é sempre. A sorte procura-se, e lá encontramos quem tivesse a chave para amavelmente nos abrir a porta.




  
              HISTÓRIA:
A arquitetura desta Ermida evidencia uma forma de construção própria dos finais do século XV ou inícios do século XVI, sendo patentes semelhanças com a arquitetura do Mosteiro de São Pedro de Cête, nomeadamente no que respeita às pedras de armas.
É provável que o responsável pela encomenda das obras da época manuelina do Mosteiro de Cête e da construção da cabeceira da Ermida tenha sido a mesma pessoa.

Fonte: http://www.rotadoromanico.com/



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PAREDES - PORTO

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Paredes é uma cidade Portuguesa Sede de Concelho, e pertencente ao Distrito do Porto.
O Município de Paredes tem um vasto leque de património histórico-religioso, ligado sobretudo à Rota do Românico do Vale do Sousa. Pode fazer aqui através do Portal AuToCaRaVaNiStA uma visita guiada acedendo ao nosso Portefólio na barra lateral com a etiqueta "Paredes". Boa viagem virtual por Paredes.


Gastronomia Low Cost "O Pintarelas"
Cidade interessante, não só pela sua história mas também pela sua gastronomia, onde se destaca o cabrito no forno a lenha a sopa seca entre muitas outras iguarias. Desta feita fomos ao Pintarelas, e experimentamos o cabrito assado, o cozido, e o bacalhau. Tudo muito bom, na quantidade, na qualidade, e também no preço.
Se quer comer bem e a preço low cost, esta é uma excelente escolha na cidade de Paredes, junto ao parque da feira.






            HISTÓRIA:
O Concelho de Paredes situa-se na região do Vale do Sousa e é constituído por 24 freguesias. 
Testemunhos arqueológicos demonstram que há mais de 5000 anos o Homem escolheu o território do actual concelho de Paredes, para viver e morrer. 
A sedentarização de povos nesta zona perdurou e foram deixando vestígios das suas aldeias e dos seus utensílios. 
No caso dos Romanos, chegaram à Península Ibérica durante o século II a. C. e o seu interesse na expansão do Império e a busca de riqueza conduziram-nos às jazidas auríferas de Castromil e das Banjas (Sobreira), onde a intensiva exploração do ouro ficou visível nos numerosos poços, galerias e cortas.


O actual Município de Paredes assenta no antigo Julgado de Aguiar de Sousa, com origem nos primórdios da nacionalidade, que se apresentava como um espaço político, judicial e administrativo independente, exercendo domínio sob um vasto território, composto por 48 freguesias. 
A partir dos finais do século XVI, as funções de Aguiar de Sousa como cabeça de Julgado, transitam para o lugar das Paredes, situado na freguesia de Castelões de Cepeda, junto à estrada que ligava Porto – Vila Real, com Cadeia e Casa de Audiências.
Fruto da presença de importantes famílias nobres, desde a Idade Média, nas terras deste Julgado, surge a fundação de quatro mosteiros e a formação dos respectivos Coutos, bem como a delimitação de Honras com inúmeros privilégios que lhe eram associados. Esta situação permitiu que, durante a crise liberal, com as reformas administrativas de Mouzinho da Silveira (1833-1834), Baltar, Louredo e Sobrosa ascendessem a Concelho, sendo extintos em 1837, como consequência da reorganização administrativa de Passos Manuel, altura em que foi criado o Concelho de Paredes. Este inicialmente era constituído por 23 freguesias, sendo que, em 1855, criou-se a freguesia de Recarei, a partir de vários lugares da freguesia da Sobreira, passando a corresponder às 24 freguesias actuais.

O crescente desenvolvimento do concelho levou D. Maria II a conceder o alvará régio, que o elevava à categoria de Vila, em 1844. 
A dirigir os rumos do Concelho de Paredes surge-nos uma figura que ficou conhecida pelo epíteto de “Rei de Paredes”, José Guilherme Pacheco, que foi presidente da câmara de 1864-1871 e durante parte do ano de 1878. Na linha política de Fontes Pereira de Melo procurou promover o progresso de concelho, no campo das acessibilidades, transportes, comunicações e educação. Ao longo dos tempos, as artes do mobiliário evoluíram de forma significativa ajustando-se às novas tecnologias e métodos de fabrico de acordo com os gostos e exigências do “modus-vivendi”. 
A disponibilidade de capitais, graças ao regresso dos brasileiros de torna-viagem, nos finais do século XIX e inicio do século XX, contribui directa e indirectamente para o desenvolvimento desta indústria, seja pelo investimento directo nalgumas fábricas (como é o caso da fábrica “A Boa Nova”), quer pelas encomendas de mobiliário feitas por esses brasileiros, quer ainda pelo mobiliário que trouxeram do Brasil e que inspirou os marceneiros locais. 
A relação tradição/modernidade desta da arte de trabalhar a madeira nas suas diferentes vertentes sustentam um produto turístico-cultural denominado “Rota dos Móveis”.
Como resultado de todo um processo de desenvolvimento, Paredes é elevado à categoria de cidade em 20 de Junho de 1991, reunindo todos os requisitos exigidos pela lei vigente. 
O crescimento demográfico e económico convergido a diferentes freguesias permitiu que em 2003, as freguesias de Baltar, Cête, Recarei, Sobreira e Vilela fossem elevadas a Vila e as freguesias de Gandra, Lordelo e Rebordosa fossem elevadas à categoria de Cidade.

Fonte: www.cm-paredes.pt

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CASA DO GAIATO - BEIRE - PAREDES

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Situada na Freguesia de Beire, Concelho de Paredes, Distrito do Porto, Portugal.
Mais uma grandiosa obra do Padre Américo, depois da Casa do gaiato de Penafiel dedicado às crianças necessitadas e desprotegidas, surge esta casa, fundada em 1955, dedicada a adultos com deficiência. De salientar que esta excelente obra não é subsidiada pela Segurança Social, e por isso todo o mérito desta excelente obra do Padre Américo e da casa do gaiato, vai inteirinha para a fantástica equipa que orienta e gere esta instituição de utilidade pública, apenas às suas custas. Um bem haja para todos eles pelo excelente trabalho. Gostaria de salientar um pormenor que se destaca logo à entrada, que é a capela. Esta capela foi transformada de um espigueiro! Uma obra notável de arquitetura adaptada, com muito bom gosto, e muita imaginação. Simplesmente maravilhoso. Parabéns.



        HISTÓRIA:
O Padre Américo - PAI AMÉRICO - cujo nome completo é Américo Monteiro de Aguiar, foi o oitavo filho dum família cristã. Nasceu em 23 de Outubro de 1887 na freguesia de Galegos, concelho de Penafiel.

Depois dos estudos preliminares, enverda pela carreira comercial. Trabalha primeiro no Porto, e em 1906 segue para Moçambique. Aos 36 anos volta à Metrópole e ingressa no Convento Franciscano de Vilariño de Ramallosa, Espanha, onde toma o hábito em 14 de Agosto de 1924, do qual sai após dois anos de vida conventual; e sendo-lhe recusada entrada no Seminário do Porto, é recebido no de Coimbra, em 1925.


Recebe a Ordenação sacerdotal em 29 de Julho de 1929 e encarrega-se da Sopa dos Pobres, em Coimbra. «Doente como então era- disse- o meu Prelado havia-me dispensado de todas as obrigações, tendo eu tomado esta de visitar Pobres por não servir para mais nada...». Dedica-se ao apostolado da Caridade nos tugúriosde famílias em dificuldades. Visita hospitais e cadeias. De 1935 a 1939 organiza Colónias de Campo em S. Pedro de Alva, ceira e Miranda do Corvo; e funda o Lar do Ex-Pupilo dos Reformatórios, na Rua da Trindade, Coimbra, em 1 de Janeiro de 1941, depois entregue aos serviços Tutelares de Menores em 1950.

Da trilogia-- Casas do Gaiato, Património dos Pobres, Calvário--adiante se informará.

A morte surgiu no Hospital Geral de Santo António, do Porto, a 16 de Julho de 1956 (aos 68 anos), em consequência dum desastre de automóvel em S. Martinho do Campo, Valongo, no regresso duma viagem ao sul do País.

Foi exumado a 15 de Julho de 1961, no cemitério paroquial de Paço de Sousa, e trasladado no dia 17 para a Capela da Casa do Gaiato de Paço de Sousa, onde jaz em campa rasa- como fora seu desejo.


PRINCIPIOS PEDAGÓGICOS:

1 . Regime de autogoverno: Os chefes são eleitos pela comunidade - OBRA DE RAPAZES, PARA RAPAZES, PELOS RAPAZES.

2 . Liberdade e espontaneidade: " Ninguém espere fazer homens de rapazes domados". "Porta sempre aberta"

3 . Responsabilidade: "Em nossas casas todos e cada um tem a sua responsabilidade"

4 . Virtudes humanas: Solidariedade, generosidade, camaradagem, amor ao próximo "Os mais velhos cuidam dos mais novos"

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5 . Vida familiar: "Não somos asilo, nem reformatório, nem colónia penal. Não há nem nunca houve fardas ou uniformes. " A família é o modelo da Obra".

6 . Ligação à natureza
7 . Formação religiosa
Fonte:http://casadogaiato.no.sapo.pt/

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SANTO ANTONINHO DE BEIRE - PAREDES

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ATENÇÃO: VISIONAMENTO NÃO ACONSELHÁVEL A PESSOAS SENSÍVEIS.


Esta capela está situada na Freguesia de Beire, Concelho de Paredes, Distrito do Porto, Portugal.
Santo Antoninho de Beire, ou simplesmente o Santinho de Beire como é mais conhecido, está exposto em urna de vidro numa capela própria logo à entrada do cemitério, faleceu em 1907 e foi exumado em 1978. Dado o estado incorrupto do corpo, ou seja o impressionante bom estado de conservação, não mais foi sepultado, estando exposto para veneração aos crentes, os quais fazem promessas, e são relatados algumas graças concedidas, atribuídas a António Moreira Lopes, de seu nome próprio.

Não é reconhecida a sua beatificação ou santidade pela igreja, pelo que o culto é de cariz unicamente popular. De facto é impressionante o seu estado de conservação, contudo há descrições populares de que lhe crescem as unhas, o cabelo, e a barba, mas segundo consta, e dito por populares, tudo isto é falso, fruto da imaginação das pessoas. Costuma-se dizer que uma mentira dita vezes sem conta, acaba por parecer verdade. A visitação, para uns é de crença e de caráter religioso, para outros pura curiosidade.

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CASA DO ZÉ DO TELHADO - MOURIZ - PAREDES

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A casa do Zé do Telhado está situada na Freguesia de Mouriz, Município de Paredes, Portugal.
Nesta altura da visita está num estado lastimoso. Aquele que foi no seu tempo o Robin dos Bosques Português, e que a maioria das pessoas da minha geração, e anteriores, cresceram a ouvir histórias do Zé do Telhado, como aquele que roubava aos ricos para dar aos pobres. Embora um fora-de-lei, Zé do Telhado era visto aos nossos olhos (povo) como um herói.


Por tudo isto, e não só, é com enorme tristeza que verifiquei o estado lastimoso de abandono da casa do Zé do Telhado, que ainda há alguns anos atrás, serviu de boate (boite) ou casa de meninas, discoteca, ou chamem-lhe o que quiserem, que no meu entender também foi lamentável. Não sei a quem pertence a casa e o terreno! Mas sei, que uma autarquia responsável, e com algum sentido para o turismo e para o interesse Nacional, não deveria passar impune, por deixar ruir um património da nossa história (popular), porque nem só de Reis, Bispos, e outras realezas vive a nossa História. O povo também faz parte da História de Portugal, e o Zé do Telhado faz parte da história do povo. Portugal no seu pior, a opinião é minha, e penso que da maioria das pessoas que compõem o povo. Enfim!


             HISTÓRIA:
LENDA DO ZÉ DO TELHADO


José Teixeira da Silva nasceu no lugar do Telhado, de Castelões de Recezinhos, em 22 de Junho de 1818. Ficou célebre na história de Portugal como Zé do Telhado, um herói que se tornou vilão. Foi um valoroso combatente militar e um controverso salteador. Enquanto militar, há registos e relatos da sua valentia, tendo sido condecorado com a medalha de Torre e Espada, por actos heróicos nas hostes de Sá da Bandeira, do Duque de Setúbal e na revolta da Maria da Fonte, sempre pelos liberais, contra os absolutistas.

As ligações de Zé do Telhado a Lousada remontam à infância e ao seu matrimónio. Casou com sua prima, Ana de Campos Lentine, que morava no lugar de Sobreira, da freguesia de Caíde de Rei, que na altura fazia parte (tal como Castelões de Recezinhos) do antigo concelho de Santa Cruz de Riba Tâmega, que tinha sede em Vila Meã.
Ana era filha de uma tia de Zé do Telhado e de um antigo soldado francês que por cá terá ficado aquando das invasões napoleónicas nos começos do século XIX.
Este era negociador e capador de gado e ensinou o ofício ao seu sobrinho. Mas seria ocupação de pouca dura pois a tradição familiar e os hábitos de guerrilha e combate adquiridos em inúmeras batalhas influenciaram decisivamente para que Zé do Telhado se tornasse salteador. De facto, seu tio-avô e seu pai tinham sido quadrilheiros, bem como o seu irmão mais velho. 
Muito se escreveu e continua a escrever sobre este controverso personagem. Uns, com mais pendor moralista, o invectivam e negam-lhe qualidades, enquanto que outros, mais benevolentes, enaltecem os infortúnios, os sentimentos e as façanhas de Zé do Telhado.
Diz o povo que roubava aos ricos para dar aos pobres, e por isso era por muitos considerado o Robin dos Bosques português.

Tentativa de assalto da quadrilha do Zé do Telhado em Pias

Há relatos de lealdade e honra da sua parte, veja-se o caso da tentativa de assalto à Casa de Pereiró, na freguesia de S. Lourenço de Pias, em Lousada, segundo relato contado de geração em geração naquela senhorial casa.
Isso aconteceu em meados do século XIX. Depois de ter assaltado a Casa de Talhos, em Macieira, Zé do Telhado pretendeu apoderar-se de riqueza em Pias. O alvo seria a Casa de Pereiró, de Constantino Elisiário Ribeiro Peixoto, que recebeu um ultimato do salteador.
Na carta enviada àquele distinto morador de Pias, Zé do Telhado ameaçava que se não colocasse no penedo de Sant’Ana um saco de libras, ele e o seu bando assaltariam a casa de Pereiró. O proprietário não cedeu. Cumprindo a ameaça, os bandoleiros abeiraram-se da casa, onde Constantino Peixoto se tinha entrincheirado com várias armas de fogo.

O rés-do-chão estava fechado, com barricas nas portas e janelas. No andar de cima, estava tudo aberto e uma arma junto de cada janela.
Reza a história que assim que se avistaram os dois protagonistas da contenda, Zé do Telhado patenteou o cavalheirismo que o notabilizou ao perguntar: “Dá-me autorização para assaltar a sua casa?”. O proprietário de Pereiró respondeu de forma provocadora: “Sim!”.
Contando com o apoio da sua destemida e leal criada, que ia carregando as armas com pólvora, Constantino Peixoto correu de janela em janela, disparando contra os assaltantes. Perante essa aguerrida oposição, o bando bateu em retirada.

Tendo admirado a destreza e coragem do destemido dono dessa casa, Zé do Telhado remeteu-lhe, na qualidade de rei dos salteadores da região, uma carta que Constantino Elisiário deveria mostrar no caso de ser assaltado. Servia esta missiva para segurar os seus bens perante os amigos do alheio.
Depois de vários assaltos, nalguns dos quais foi derramado sangue, fugiu para o Brasil, mas segundo o próprio terá confessado a Camilo Castelo Branco na Cadeia da Relação, as saudades dos filhos e da esposa fizeram-no regressar. Foi apanhado pelas autoridades e julgado em 1861, em Marco de Canaveses. A acusação foi feita pelo delegado do Ministério Público, Dr. Joaquim Cabral de Noronha e Meneses, da Casa da Bouça (Nogueira, Lousada). A pena de morte ainda vigorava em Portugal, mas Zé do Telhado livrou-se da forca, devido a várias atenuantes. Mas pagou pelos seus crimes, tendo sido deportado para o ultramar.
Relatos do Diário de Notícias da época, fizeram eco da sua regeneração e de actos heróicos em Angola, onde faleceu em 1875.

Fonte: www.cm-lousada.pt

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LOUREDO - FORCA E PELOURINHO - PAREDES

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Louredo é uma freguesia pertencente ao Concelho de Paredes, Distrito do Porto, Portugal.
O lugar do Facho, nome por que é conhecido o sitio onde está implantada a Forca e o Pelourinho, estão situados num espaço largo, bem ajardinado e tratado. A Casa de Louredo, é também um Ex-Libbris do lugar da Herdade da freguesia de Louredo, classificada como a típica casa rural e Senhorial Nortenha, agora transformada em restaurante tipicamente rural de luxo.



              HISTÓRIA:
FORCA:

Estrutura arquitectónica conhecida como forca, desconhecendo-se, no entanto, a sua verdadeira função.
Caracteriza-se por planta quadrangular formada por três corpos sobrepostos escalonados remate central piramidal. O monumento possui uma altura de 11,70 m, sem contar com o soco de 4 degraus.



PELOURINHO:


O Pelourinho é constituído por dois degraus de planta quadrada assentes numa plataforma.
Fuste cilíndrico rematado por um cubo com as armas de Portugal numa das faces, escudo com as cinco quinas, sete castelos e a coroa real.



CASA DE LOUREDO:

A Casa de Louredo compõe-se por um conjunto de edifícios enquadrados na tipologia da casa rural nortenha, mais especificamente da região de Entre-Douro-e-Minho, evidenciando-se como um produto do Homem com o meio rural que o rodeia, designadamente com o sistema de economia e formas de sobrevivência. Manifesta-se como um instrumento agrícola adaptado às necessidades de exploração da terra, nomeadamente, no que concerne às dimensões, à forma de distribuição do alojamento das pessoas, dos estábulos e das lojas de arrumação das alfaias agrícolas, numa linha de tradição dos séculos XVII e XVIII.



A Casa de Louredo caracteriza-se por uma planta em semi-círculo irregular com um conjunto de estruturas arquitectónicas de tendências rectangulares que marginam vias públicas, definindo no seu interior dois amplos quinteiros, divididos por um corpo central. As fachadas são lisas, de blocos de granito à vista, paralelepipédicos, bem aparelhados, em fiadas horizontais. Nos pisos superiores rasgam-se janelas em guilhotina, sistema difundido a partir do início do século XVII, que apesar de baixas, têm a particularidade de serem em guilhotina tripla.


Dentro desta rusticidade destaca-se na fachada principal uma escadaria em granito, com patamar a dividir dois lanços opostos que ligam a varandas abertas, situadas no segundo piso. As guardas da escada são em blocos de granito e começam com um elemento decorativo curvilíneo. As varandas são em blocos de cantaria, abertas, na tradição dos séculos XVII e XVIII, soalhadas, cobertas com um prolongamento do telhado da casa que deste lado desce muito abaixo, pousado em colunas de granito com bases e capitéis, num neoclassicismo rústico e singelo. Pela escadaria principal e respectivas varandas entrava-se para todas as dependências da casa. Esta tipicidade é ainda manifestamente visível na ampla cozinha, compartimento essencial da casa, situada no segundo piso, onde sobressai uma enorme “saia” de pedra apoiada em dois prumos de granito, que recobre a lareira, o trafogueiro, a borralheira e o forno.

Em oposição à habitabilidade dos pisos superiores, o piso térreo tinha como função albergar o gado, as alfaias agrícolas, as caixas e tulhas para guardar os cereais, os lagares e a adega. No alinhamento do corpo central, também térreo, remata a Oeste a casa da eira com sequeiro e respectiva eira em lajes de granito. Apesar das alterações e transformações efectuadas ao logo dos tempos na Casa de Louredo é ainda, possível estabelecer as relações que se verificavam entre os homens, o gado e as coisas, de acordo com a sua função agrícola, numa verdadeira expressão do ambiente natural, tipificando-a e imprimindo-lhe originalidade como casa campesina nortenha.

Fonte: http://www.cm-paredes.pt/

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LORDELO - PAREDES


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A Área de Serviço para Autocaravanas fica situada na Vila de Lordelo, Concelho de Paredes, Distrito do Porto, Portugal.
A sua instalação está junto à igreja e jardins envolventes desta área bastante abrangente, com espaços lúdicos e de lazer, beira-rio, que convidam em tempos de verão a pic-nics, à sombra de videiras e cheiro a uvas. O espaço está ainda dotado de bares, esplanadas, que poderão ser barulhentos aos fins de semana, e amplos estacionamentos.




             HISTÓRIA:

Lordelo é, indiscutivelmente, um nome de origem latina. Remontando no tempo, aparece sob as formas de Lordelo – Loordello – Laordello, derivadas do diminutivo do latim medieval Lauretellum , feito sobre a palavra lauretum, isto é, louredo, loureiro. Este processo de formação vocabular toponímica não tem nada de singular e aparece em nomes de muitas terras portuguesas. Nada tem haver com lord inglês, e nunca aqui houve qualquer história sobre um lord encantado.



Lordelo,de Lauretellum , é, portanto, um pequeno loureiro e, por metonímia do continente, pelo conteúdo, ou por extensão, passou a indicar terra de loureiros. Trata-se, pois, de um topónimo latino, relacionado com a flora, derivado, sem dúvida, da abundância de moitas de loureiro que, ainda hoje, se encontram na nossa terra. O nome anda ligado à realidade telúrica e aparece associado a outros tipos de vegetação da freguesia de Lordelo, tais como Giesteira, Pinheiro, Codeçal, Souto, Seara, Escalheiros.


Estes nomes actuais levam-nos a um passado distante, de carácter eminentemente rural e agrícola; eles permitem-nos, ao menos em espírito, aspirar ainda o cheiro forte dos loureiros, giestas, pinheiros, carvalhos e codeços e contemplar, sôfregos e esperançados,ao longo da estrada moderna, os campos de milho, centeio e trigo em searas ondulantes beijadas pela brisa. Com estas plantas, a que é preciso agora acrescentar os eucaliptos e as videiras, podemos reconstituir, na actualidade, o manto florestal da nossa terra. Floresta e campo foram as matrizes geradoras desta freguesia e o incentivo do trabalho dos humildes lordelenses de antanho. De resto, os nomes de lugares como Alvarinhos, Lubazim, Gaínde, Ataínde,Mide, Paço, Paço de Álem, ou nos transportam à ocupação da terra pelos bárbaros com as quintas que então se formaram ou nos mostram a caracterização do terreno, como Fundão, Monte, Venal, Boavista, Alto da Ribeira. Outros nomes denunciam a posterior partilha da terra ou o seu desenvolvimento: Carreiro, Entre Bouças, Rua Nova, Paredes Alagadas, Azenha, João XXIII, Paulo XI, Varziela.




Historicamente, o nome de Lordelo aparece pela primeira vez, segundo julgamos saber, nas Inquirições de D. Afonso II, em 1220, lá aparece a "Collatio Sancti Iacob de Lordelo". Era assim que se chamava a nossa terra, quando Portugal ganhava espaço no continente europeu afirmando-se como nação no contexto das nações e a língua portuguesa ensaiava os primeiros passos, que a trouxeram da latinidade à lusofonia. Mas a povoação é anterior, com certeza, como o demonstra a onomástica de alguns lugares de evidente proveniência suevo-visigótica.


Na ordenação do território nacional, Lordelo manteve-se séculos no Julgado de Vermoim, termo de Barcelos, passando, entretanto, na divisão administrativa de Mouzinho da Silveira em 1836, para o Concelho de Guimarães, ficando a fazer parte do "Berço da Nacionalidade".

Lordelo é, por conseguinte, o nome medieval duma paróquia que abrange, actualmente, toda a freguesia de Lordelo, inclusive a extinta de S. João de Calvos. O nome Lordelo está também ligado ao lugar de Lordelo, no alto da freguesia a caminho de Guimarães.

Fonte: http://www.jf-lordelo.pt
Fotos: F.D.Silva

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