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AEMINIUM CRIPTOPÓRTICO – CIDADE ROMANA - COIMBRA



Apontamento AuToCaRaVaNiStA:
A maior obra de arquitectura Romana em Portugal, quase uma cidade subterrânea, restaurada com materiais que não ferem em nada a sua origem (valha-nos isso) uma jóia de engenharia, e arquitetura Romana, de grande valor histórico e patrimonial, não só para Portugal, mas para o mundo. São inúmeras as galerias labirinticas, que tinham como principal objetivo acertar o grande desnível da zona, e ao mesmo tempo alicerçar as fundações para o forum que se sobrepunha, e que era o edifício que albergava toda a estrutura politica Romana da Altura, e toda a estrutura religiosa,  e administrativa, etc.
Uma visita obrigatória, recomendada pelo Portal AuToCaRaVaNiStA.
Custo das visitas: Ao Criptopórtico - 3€. Ao Museu - 3€.
Possui Restaurante, e Bar aberto.





HISTÓRIA:
AEMINIUM CRIPTOPÓRTICO – CIDADE ROMANA
A primeira referência desta cidade romana aparece no itinerário de Antonino situando- a a 10 milhas a Norte de Conímbriga , e Plínio inclui-a entre os ópidos estipendiários da Lusitânia. A inscrição (MNMC 150) encontrada em 1888, quando se procedia a obras numa casa da Couraça dos Apóstolos, uma rua da zona alta de Coimbra, confirma a localização. Os atributos do imperador permitem datar esta lápide de 305-306 o que sugere que a benfeitoria concedida aos eminienses, por Constâncio Cloro, possa ter sido a construção da muralha que os acontecimentos políticos então ocorridos no Império romano, justificavam plenamente.

Qual era o estatuto da cidade?
Este fragmento de miliário (MNMC 9) proveniente da Adémia bem como outro da mesma série, com igual cronologia (39 d.C, de acordo com os atributos – tribuno pela terceira vez e cônsul designado - de Gaio César Augusto, mencionados na inscrição) reportam-se aAeminium . O facto confirma o estatuto de capital de civitas , ou seja, de sede de uma circunscrição político-administrativa, que a cidade possuía no quadro da reorganização da Lusitânia iniciada pelo imperador Augusto.


Urbanismo
A partir da localização do forum , construído sobre criptopórtico, do cardo maximus e dodecumanusmaximus , que se cruzavam no canto sudeste daquele edifício, propõe J. Alarcão uma parte substancial do que pode ter sido o urbanismo de Aeminium , seguindo o traçado subjacente às ruas mais antigas ainda em uso. Adaptando-se ao relevo da colina, a malha urbana é ortogonal – como era norma nas cidades de origem romana – na zona oriental, e mais irregular e curvilínea, a noroeste, onde o declive é mais forte e acidentado.

Provavelmente, o traçado da muralha medieval seguiu de muito perto a pré-existência romana. Não existe porém, investigação arqueológica suficiente para se poder dizer se há total coincidência das áreas muralhadas nas duas épocas; nada se conhece sobre a existência de uma muralha no Alto Império e, por comparação com outras cidades muralhadas no Baixo Império, seria razoável supor que a área de Aeminium protegida neste período fosse inferior à delimitada na Idade Média.Todavia, a conjugação de todos os dados conhecidos parece mostrar que tal não sucedeu, permitindo a proposta apresentada por J. Alarcão.

O percurso da via Olisipo-Bracara proposto por V. Mantas é o mais verosímil quer pela orientação, face à ponte, quer pelo nível a que se encontravam esses terrenos, muito mais próximo do nível do porto fluvial.”
Abastecimento de água
A cidade possuía abundantes nascentes a Leste, nas proximidades da atual zona de Celas – Rua Pedro Monteiro. Provavelmente, quando da fundação da cidade, estas águas eram conduzidas para o centro urbano através de um aqueduto. O que dele resta, conserva-se parcialmente na reconstrução do séc. XVI, devida ao rei D. Sebastião, conforme se deduz de uma inscrição que ostenta e se reconhece pela observação dos silhares.



Fórum
A praça pública, lugar de reunião das principais funções da urbe – religiosa, política e administrativa – constituía o coração de qualquer cidade romana. Do fórum de Aeminium apenas resta a infraestrutura ( criptopórtico ) que o suportava, a qual constitui o melhor edifício de época romana conservado em Portugal. A representação do relevo da colina ocupada por Aeminium permite compreender mais facilmente as vantagens da localização do forum : ponto central e possibilidade de cruzamento dos dois eixos principais ( cardo maximus e decumanus maximus ).  

Teatro e anfiteatro
Entre os principais equipamentos urbanos da época romana contam-se os teatros e os anfiteatros. Com base na interpretação de um fotograma aéreo de Coimbra, V. Mantas sugere a localização de um teatro romano junto da rua das Flores. Posteriormente, J. Alarcão sugere também o local onde poderá ter existido o anfiteatro.





Residências
A malha urbana desenhava quarteirões ( insulae ) que podiam ser ocupados por um ou mais edifícios. Em Aeminium apenas foram até hoje descobertos vestígios de duas residências ( domus ). Sob o pátio da Universidade, conserva-se parcialmente uma domus, dotada de banho aquecido, cisterna e lagar. Foi escavada em 2000-2001 e datada de meados do séc. I. Materiais encontrados em 1952, no mesmo local, quando da implantação da estátua de D. João III, pertencem à primeira fase de habitação da casa que perdurou até aos séculos IV/V.Outra residência foi localizada no Colégio da Trindade, próximo da primeira.






Sistema defensivo
Provavelmente, o traçado da muralha medieval seguiu de muito perto uma pré-existência romana. Não existe porém, investigação arqueológica suficiente para se poder dizer se há total coincidência das áreas muralhadas nas duas épocas; nada se conhece sobre a existência de uma muralha no Alto Império e, por comparação com outras cidades muralhadas no Baixo Império, seria razoável supor que a área de Aeminium protegida neste período fosse inferior à delimitada na Idade Média. Todavia, a conjugação de todos os dados conhecidos parece mostrar que tal não sucedeu, permitindo a proposta apresentada por J. Alarcão.Muralha medieval, segundo J.Alarcão O percurso da via Olisipo-Bracara no âmbito da cidade, proposto por V. Mantas, é o mais verosímil quer pela orientação, face à ponte, quer pelo nível a que se encontravam esses terrenos, muito mais próximo do nível do porto fluvial.


Arco de Belcouce
Belcouce significa “junto ao arco”. Com efeito, sabe-se que no lugar da porta medieval, conhecida por este nome, existia um arco tetrapilo romano que a construção da porta transformou, reutilizando-o parcialmente. Sobre ele existem referências literárias, dos sécs. XVI e XVII, que o descrevem como um arco triunfal, e apontamentos desenhados (na gravura de Hoefnagel, publicada em 1572 por Georg Braun, e noutra divulgada em 1703, da autoria de Adlerhold) que lhe conferem localizações ligeiramente diferentes. Cerca de 1636, D. Jerónimo Mascarenhas, bispo de Segóvia deixa uma descrição pormenorizada do conjunto que porta e arco fariam naquela data. Um documento camarário de 1778 autoriza a destruição do arco, e provavelmente da porta, embora não a refira.

Necrópole

A concentração de pedras funerárias, próximo da porta oriental, permite supor aí a localização de uma necrópole. As inscrições são importantes para a caracterização da sociedade que os produziu: nomes como Allia Vagellia Avita dão testemunho da ascensão político-social da aristocracia local, através da união entre indígenas e romanos, e provam que algumas dessas famílias estavam igualmente ligadas ao desenvolvimento económico de Aeminium e Conimbriga.
Fonte: www.museumachadocastro.pt

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PRAIA FLUVIAL PALHEIROS DO ZORRO - TORRES DO MONDEGO - COIMBRA


Apontamento AuToCaRaVaNiStA:
A Praia Fluvial de Palheiros do Zorro, é uma praia de bandeira azul com infraestruturas modernas de apoio à prática de desportos nauticos nomeadamente canoagem, servida também de apetrechos para servir igualmente pessoas com deficiencias que não lhes permite autonomamente ir a banhos. Tem nadador salvador, bar de apoio aos banhistas, churrasqueiras, e mesas de pic-nic. 

O parque de estacionamento embora grande, em horas de calor a afluência é muita, e poderá ser complicado o transito a veículos de maior dimensão, tal  como autocaravanas. Não aconselhável a autocarros ou mesmo autocaravanas com mais de 7m, porque os acessos pela aldeia fazem-se apenas num sentido, com utilização de semáforo para controlar os 2 sentidos, já que não passam 2 viaturas ligeiras uma ao par da outra. O acesso à praia é bastante íngreme, pelo que se deve utilizar o motor para travar. Pernoita não aconselhável devido ao seu isolamento.

               HISTÓRIA:
Localizada numa paisagem dominada pelo maciço marginal de Coimbra e enquadrada por um rendilhado de aldeias preservadas da voracidade suburbana, a Praia Fluvial de Palheiros - Zorro, situada na freguesia de Torres do Mondego, concelho de Coimbra, é uma das mais importantes infra-estruturas de veraneio fluvial de toda a bacia hidrográfica do Mondego.

A areia branca, a qualidade da água e a segurança do local fazem desta praia um local ímpar na região, com alcance para além da sazonalidade estival. Ao prazer do sol e da água no Verão somam-se as soalheiras tardes de descontracção fora da época balnear, apreciando a quietude da paisagem e usufruindo das infra-estruturas e equipamentos de lazer disponíveis.
Na Praia Fluvial de Palheiros - Zorro, para além dos banhos, a morfologia da paisagem e a beleza do vale fluvial permitem a prática de vários desportos: caminhadas, btt, canoagem, pesca e vólei de praia, bem sustentados nas infra-estruturas de apoio aos utentes, nomeadamente, um bar de praia, grelhadores, parque de merendas, instalações sanitárias com chuveiros, acessibilidade para deficientes motores, vigilância balnear, estacionamento e transportes públicos. Saborear aqui um fim de tarde calmo, poderá ser a oportunidade de avistar uma lontra ou uma águia pesqueira, frequentadores habituais deste sector do Mondego.

ACESSOS:
GPS: N 40º12'41.37" W 08º25'45.12"

Morada:
Torres do Mondego
Rua do Rio - Praia Fluvial de Palheiros do Mondego
3030 Palheiros - COIMBRA


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CAFÉ STª CRUZ - MOSTEIRO IGREJA S. JOÃO DAS DONAS - COIMBRA


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Este edifício outrora Mosteiro da Igreja de S. João das Lampas ou de Santa Cruz, foi após a extinção das ordens religiosas transformado em vários tipos de estabelecimento comercial acabando por ser até aos dias de hoje local turístico de restauração e café, onde se podem de quando em vês desfrutar de uma sessão de fados de Coimbra como foi o caso, e logo com o mais simbólico fado " A despedida". Este édíficio tem portada de acesso à Igreja Matriz de Santa Cruz o monumento mais emblemático de Coimbra, uma espécie de Panteão Nacional já que estão alí sepultados os 2 primeiros Reis de Portugal, D. Afonso Henriques, e D. Sancho I.



             HISTÓRIA:
O café Santa Cruz é um local de visita obrigatória na cidade de Coimbra. Beber um chá ou um café no seu interior transforma-se num momento de repouso e contemplação. Eu diria: «como se estivessemos no interior de uma igreja». E na realidade é disso que se trata, estamos mesmo dentro da antiga igreja paroquial de São João das Donas ou de Santa Cruz . Fica anexa à igreja do mosteiro de Santa Cruz e possuía um porta de comunicação, entretanto fechada, entre as duas.

O espaço à esquerda corresponde à antiga zona do altar
O espaço ocupado pelo café tem planta rectangular e corresponde à nave da antiga igreja. Ao fundo existe ainda a zona da antiga capela mor, agora transformada em zona expositiva. Nos dois espaços conservaram-se os tectos em abóbada de nervuras.
A igreja foi obra de Diogo de Castilho que, em 7 de Abril de 1524 fora nomeado “mestre das obras dos paços reais” e que em 1533 era “mestre das obras de Santa Cruz”.
Diogo de Castilho era mestre da pedraria e foi um importante artista da renascença coimbrã que, juntamente com João de Ruão, exerceu a sua actividade nesta cidade.

Após a extinção das ordens religiosas o edifício, com fachada muito simples, foi afecto a várias actividades não seculares. Nele estiveram instaladas várias empresas como um depósito de materiais de construção, um armazém de ferragens, uma agência funerária e foi ocupado por uma esquadra de polícia, entre outras. 
Por iniciativa de Mário Pais, Adriano Ferreira da Cunha e Adriano Lucas o espaço foi adaptado a café-restaurante. A fachada foi alterada de acordo com o projecto do arquitecto Jaime Inácio dos Santos. Pela sua obra, que foi sobretudo importante na região de Aveiro, podemos constatar que era um defensor da Arte Nova. Para este espaço ele concebeu uma fachada neo-manuelina, com vitrais realizados pelos irmãos Almeida e por Afonso Pessoa. No interior foi colocado mobiliário em madeira, com mesas com tampo em mármore, de feitio hexagonal, e cadeiras em madeira com assento e costas em couro gravado. Mais tarde foram colocados paineís de madeira nas paredes, que se integram perfeitamente na restante decoração.

No dia 8 de Maio de 1923, em alegoria ao local onde se encontra, o Largo 8 de Maio (anteriormente Terreiro de Santa Cruz, Terreiro de Sansão, entre outros nomes), foi inaugurado, após grande polémica sobre esta nova adaptação.
Desde então lá está, mantendo a sua função de café-restaurante e de local de tertúlia e dando abrigo a turistas curiosos e naturais da cidade, rendidos à beleza do espaço.
Fonte: blog garfadas-on-line



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COIMBRA (CIDADE ANTIGA)

Apontamento AuToCaRaVaNiStA:


A partir da Area de Serviço para autocaravanas do parque verde da Cidade, bem junto ao parque da Canção, e muito perto de toda a envolvência Histórica e Urbana de Coimbra, poderá aceder a todas as áreas em circuito pedestre e com relativamente pouco esforço. A Area de Serviço para Autocaravanas de Coimbra (Vêr Slideshow na etiqueta Coimbra) encontra-se junto aos pavilhões nauticos a 50 metros do Rio Mondego, local equipado com parque de merendas e boas acessibilidades.

       HISTÓRIA:


Localizada na sua magnífica colina, em posição altiva, encontra-se a bela Coimbra, terra de história e tradição. A seus pés correm em calmaria as águas do Mondego, formando como que um espelho onde a cidade reflecte toda a sua graciosidade. A cidade viu crescer o seu primitivo núcleo de povoamento no cimo da frondosa colina da Alta que, além de fornecer uma excelente posição estratégica à cidade, constituía também um local de passagem quase obrigatório entre o Norte e o Sul. Relativamente à ocupação pré-histórica do burgo, permanece um silêncio inquietante. Continua-se no campo conjectural a que somente uma aturada investigação arqueológica poderá dar algumas certezas. Certezas essas que já encontramos no período romano. Aeminium - nome romano de Coimbra - tornou-se efectivamente uma cidade. O seu centro vital emanava do fórum, construído sobre uma plataforma que assentava num magnífico criptopórtico (pode ver-se esta espectacular obra de engenharia arquitectónica sob o actual Museu Nacional Machado de Castro). Além do fórum, sabe-se que o povoado viu emergir no seu perímetro urbano outros edifícios: arcos honoríficos, um aqueduto e, para gáudio dos espectadores das corridas de cavalos, embora as certezas nos escapem neste aspecto, um circo. Junto à via Olissipo- Braccara Augusta, actual Santa Cruz, é provável que se tenham construído umas termas ou banhos públicos. Os bárbaros haveriam de trazer com eles fortes perturbações, se bem que o esplendor da civilização romana tivesse atingido o seu termo. 

Os visigodos, meio romanizados, e sob os reinados de Recaredo, Liuva II, Sisebuto e Chintila, entre 586 e 640, conduziriam novamente a cidade, agora Emínio, ao equilíbrio e prosperidade. Em 711, os muçulmanos entram na Península e Coimbra não é esquecida. Transforma-se então sob o domínio árabe numa cidade mourisca e moçárabe. A vida decorre tranquilamente e, podemos dizer, que a região foi valorizada com esta presença de além-mar. Com efeito, a permanência destes homens de tez escura trouxe inovações importantes, não só ao nível da introdução de novas sementes e árvores, como nos próprios processos de cultivo e exploração agrária. Em 878 começam as primeiras tentativas de reconquista do território. O comando coube ao conde Hermenegildo Mendes que viu a glória esvanecer-se em fumo perante a grandiosa investida de Almançor em 987 para em 1064 ser, novamente, restituída aos cristãos chefiados por Fernando Magno. 

Coimbra renasce e transforma-se na cidade mais importante a sul do Douro e é capital de um vasto condado governado pelo moçárabe Sesnando. O conde D. Henrique e a rainha D. Teresa fazem dela sua residência e, na segurança das suas muralhas, nasce aquele que viria ser o primeiro rei de Portugal - D. Afonso Henriques. Com efeito, parece que a qualidade a elegeu como berçoiro, senão vejamos: aqui nasceram também D. Sancho I, D. Afonso II, D. Sancho II, D. Afonso III, D. Afonso IV, D. Pedro I e D. Fernando. A política nacional teve aqui também lugar de eleição. Em Coimbra reúnem-se as cortes, sendo de destacar as de 1385 onde João das Regras - legitimamente ou não - leva ao trono D. João I, Mestre de Vais. 

Á cidade ficou também ligada a tragédia, tantas vezes cantada em verso, da morte de Inês de Castro. O Românico e o Gótico viriam a erguer em Coimbra construções de inegável beleza: Sé Velha, Santiago, S. Salvador, Santa Clara-a-Velha. Os artistas elegem Coimbra e aqui desfilam nomes como: Mestre Roberto, Domingos Domingues, Mestre Pero, Diogo Pires o Velho e o Moço, Diogo de Castilho e tantos outros. O século XVI trouxe a Coimbra a instalação definitiva da Universidade e a fundação de inúmeros colégios que funcionavam como alternativa ao ensino oficial. É de salientar também neste período, a renovação que se registou no mosteiro de Santa Cruz, sob a chefia e a visão culta de Frei Brás de Braga. O seu nome haveria de ficar ligado à abertura da Rua da Sofia, sua obra capital, onde se concentraram inúmeros colégios: de S. Miguel, de Todos-os-Santos, de S. Bernardo, do Carmo, da Graça, de S. Pedro, de S. Boaventura, etc. Estrangeiros há que nesta época trabalharam em Coimbra e a eles se deve as primícias da nova arte que então se fazia: Nicolau Chanterene, João de Ruão e Hodarte, são os mais significativos. O aspecto desta Coimbra de Quinhentos pouco irá mudar até finais do século XIX. 

É certo que novas casas, colégios, igrejas se edificarão, a Universidade crescerá, mas o traçado urbano sofrerá poucas alterações. No século XVII lançaram-se as primeiras pedras das igrejas dos Jesuítas (actual Sé Nova), de S. Bento e do mosteiro de Santa Clara-a-Nova. O reinado de D. João V deixou em Coimbra marcas que em muito a dignificaram: a torre da Universidade, a Biblioteca Joanina, o Parque de Santa Cruz e o início da construção do Seminário. Há que contar, contudo, com uma excepção: as reformas operadas por o Marquês de Pombal. Sob a orientação deste estadista, desaparecem as muralhas do castelo, cria-se o Jardim Botânico, rasga-se a praça que tem hoje o seu nome e riscam-se os edifícios do Museu de História Natural e o Laboratório de Química. Coimbra sentiu na centúria de Oitocentos profundas transformações. 

Numa primeira fase, sofre as agruras das Invasões Francesas aquando da ocupação da cidade por as tropas de Junot e Massena, posteriormente a guerra civil entre absolutistas e liberais e, na década de trinta, a extinção das ordens religiosas retirou à cidade grande parte das casas religiosas que então dispunha. Na segunda metade do século XIX, Coimbra recuperaria o alento perdido. 1856 traz-lhe o telégrafo eléctrico e a iluminação a gás, em 1864, é inaugurado o caminho-de-ferro e, em 1875, constrói-se a ponte férrea. Temos assim no final do século, uma cidade milenar que abraça o progresso da era moderna. 

Todavia o progresso, por vezes, paga-se caro e Coimbra pagou um preço imerecido. Já no nosso século, na década de 40, uma parte da história da cidade é irremediavelmente amputada. Com efeito, a destruição quase completa da Alta para edificação dos novos edifícios universitários retiraram a Coimbra muito da sua história, da sua tradição, da sua poesia. Actualmente, Coimbra não pára a sua marcha em prol do desenvolvimento e do progresso. Fazemos votos para que este progresso e o bem estar populacional não seja feito à custa de barbaridades como as que foram acima focadas e Coimbra possa olhar o futuro sem nunca tirar os olhos do seu passado e da sua história. 
Fonte: portal da c.m. de Coimbra


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COIMBRA - AREA DE SERVIÇO PARA AUTOCARAVANAS

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Localização: Parque Verde da Cidade de Coimbra, junto ao Clube Naval e ao rio Mondego.
Situado quase no coração da cidade de Coimbra, muitíssimo perto da zona histórica do Portugal dos Pequenitos, da Universidade, e mesmo encostado ao jardim da Canção, esta nova Área de Serviço para Autocaravanas, está integrada no espaço dos pavilhões da Náutica virados para o Rio Mondego. Esta A.S. para além dos serviços básicos, dispôe ainda de rede HI-FI, (desativada) e parque de merendas. Max. de permanência 24H. 
Deste local tem-se acesso pedonal para visitar tudo na Cidade de Coimbra. 


Para se deslocar para a outra margem, tem logo ali uma ponte pedonal que o coloca do outro lado num ápice. Local muito agradável para pernoita, e para passear à noite. 
(ver coordenadas na nossa base e dados na coluna lateral deste Portal)

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