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VALE DE ESPINHO - SABUGAL - GUARDA


Apontamento AuToCaRaVaNiStA:


Vale de Espinho, é uma Freguesia Portuguesa, pertencente ao Concelho do Sabugal, Distrito da Guarda.
Depois de Aldeia do Bispo, da manutenção das autocaravanas em Fóios (área em mau estado funcional), fomos pernoitar em Vale de Espinho, que diga-se tem uma praça central bastante espaçosa, e foi uma boa aposta a opção da pernoita aqui. Mal tinhamos aparcado as ACs e já nos estavam a convidar para visitar a nova associação da freguesia de Vale de Espinho para uma petiscada. Não nos fizemos rogados, e como estava já próxima a hora do jantar juntamos umas mesas e logo um amigo da terra se ofereceu para nos colocar vinho na mesa, oferta pessoal em nome da hospitalidade Vale Espinhense. 

Depois de uns petiscos servidos com a cortesia que só um Presidente de Junta com grande categoria o faria, com a pompa e circunstancia possiveis e disponível numa inesperada presença turistica, (nós). Foi uma petiscada ajantarada, desde a dobrada às filhoses, passando por queijo da serra da região, bifanas, pão, e azeitonas a finalizar esta ementa improvisada, e que nos soube tão bem. E como o mundo é pequeno, um conterrâneo da Feira estava lá a passar umas mini férias do Carnaval, já que a esposa era natural de lá. Fica aqui uma breve reportagem desta aldeia muito bem equipada ao nível social, com pessoas simpáticas, e um Presidente de Junta do melhor. Um bem haja para Vale de Espinho.



              HISTÓRIA:
Vale de Espinho é uma freguesia portuguesa do concelho do Sabugal, com 32,15 km² de área e 380 habitantes (2001). Densidade: 13,4 hab/km².
As freguesias mais próximas são Fóios e Quadrazais, a aproximadamente 6 km. Situa-se numa zona de serrania, o que lhe tira bastante visibilidade principalmente a Sul.
Pensa-se que Vale de Espinho foi povoada desde a época castreja. Contudo, a documentação que existe faz-lhe referência apenas depois da fundação da Nacionalidade.

A sua Igreja foi construída entre os séculos XII e XIII. Inicialmente foi dedicada à Virgem e só mais tarde a Santa Maria Madalena, que é hoje a sua Padroeira.
Devido à sua situação geográfica, Vale de Espinho foi por diversas vezes vítima da passagem das tropas em épocas de guerra.
A gastronomia local baseia-se sobretudo em: javali, cabrito, enchidos, queijo da região, trutas do Côa, pão-de-ló e bolo de leite. Heráldica de Vale de Espinho.


Fonte: www.memoriaportuguesa.com/vale-de-espinho

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PALÁCIO DAS TERMAS DE ÁGUA RADIUM - SORTELHA - SABUGAL



Apontamento AuToCaRaVaNiStA:

O Palácio das Termas de Água Radium, fica situado na Freguesia de Sortelha, Concelho do Sabugal, Distrito da Guarda, Portugal.
Este bonito e abandonado complexo acastelado tem vários nomes atribuídos como: Castelo, Palácio, Termas, e presentemente apelidado de "eventual" Hotel Serra da Pena. Situa-se próximo da aldeia de Quarta-Feira, Freguesia de Sortelha, no Concelho do Sabugal, Distrito da Guarda, Portugal. Situado num ermo, e isolado das povoações, diz-se que a extracção e exportação de urânio deste local no início do Século XX, foi usado nas investigações e eventualmente na fabricação da bomba atómica. No meio de nenhures, este edifício acastelado destaca-se pela sua imponência no horizonte longínquo de serrania, e inacessível, já que está interdito o seu acesso.

Breve apontamento sobre o edifício termal:

Originalmente pertenceu a um conde espanhol, Don Rodrigo, mas no início do século XX ficou conhecida como Termas de Água de Radium. As suas águas tinham um grau de radioactividade bastante elevado. Talvez esta particularidade tenha atraído Maria Curie, física francesa que recebeu o prémio Nobel por descobrir os efeitos da radiação. Com os seus efeitos medicinais eram engarrafadas e exportavam-se para a Europa no início do referido século.
Don Rodrigo deverá ter abandonado as termas mais tarde. 


Em 1929, a exploração termal é arrendada à empresa Sociedade Águas Radium Lda, por contrato até 1940. Esta sociedade introduz outro tipo de tratamentos para além dos de balneoterapia, como seja a aplicação de lamas, compressas eléctricas radioactivas e a “studa chair” para lavagem do cólon. Em 1940, terminado o contrato de arrendamento, a concessão continua nas mãos dos herdeiros Enrique Gosalez Fuentes. O complexo termal foi leiloado em Lisboa, e posteriormente comprado por Ramiro Lopes, com a intenção de transformar o local num hotel de luxo. Em 2000, Ramiro Lopes vendeu a propriedade ao seu irmão, com o projecto de construir, numa primeira fase, um hotel de luxo (a partir das actuais ruínas) com campo de golfe e piscinas, e numa segunda fase seria trabalhada a parte termal.


                HISTORIA:

A história deste sítio de águas minerais, embora recente (inícios do século XX), está envolta na lenda que começa com um conde espanhol, Don Rodrigo, que aqui teria curado uma filha de uma grave doença de pele, mandando posteriormente construir o hotel termal, de que hoje restam as ruínas com o seu ar acastelado.Mas o que vem ainda a adensar o mistério é a própria história oficial relatada por Acciaiuoli: 


“Até 1920 as águas não eram conhecidas e, naquele ano, o Prof. Charles Lepierre, declarou que as nascentes deste grupo denominado «Curie», eram dotados de propriedades radioactivas.” (Acciauoli 1944, III). Nunca o autor nos seus vários textos monográficos ou relatórios como engenheiro-chefe da Inspecção de Águas, nomeia o lendário conde espanhol; aliás, o único espanhol nomeado no processo é Enrique Gonsalvez Fuentes como concessionário das águas por alvará de 17 de Agosto de 1923.

Mas o hotel termal já existia nesta data.Outro dado a equacionar nesta história é a vizinhança das Minas de Quarta-feira, com exploração iniciada em 1910 pela companhia francesa Societé d’Uraine e Radium, de onde partiu muito minério de urânio que foi trabalhado nos laboratórios de Paris, onde Madame Curie (1867-1934) trabalhava. É muito provável que fossem os franceses desta empresa mineira que denominassem as nascentes com o nome desta cientista galardoada com dois prémios Nobel. Sendo assim, o trabalho de Lepierre será enquadrado no processo de legalização da concessão de nascentes que já estavam em exploração. Segundo Luís Paulo “A Madame Curie esteve lá cerca de 4 meses”, mas não encontrámos nenhuma referência a possíveis estadias de Curie em Portugal.A história destas termas é descrita do seguinte modo pelo presidente da Junta de Freguesia: ”O fundador das águas de Radião foi o D. Rodrigo, ele tinha um nome diferente mas aqui ficou conhecido como o D. Rodrigo. Foi ele que mandou construir as termas, que mais tarde foram vendidas aos ingleses. Isto é assim, o D. Rodrigo deve ter abandonado a empresa mais ou menos pelos anos 30. 
Depois começou a exploração inglesa que como termas durou muito pouco, ficou só a exploração hoteleira. Foi durante esta exploração inglesa que houve um gerente que levou a empresa à falência, por volta de 1951 ou 52, era residente no Casteleiro, embora não fosse de lá. Depois foi leiloado em Lisboa, a uma família de lá, e depois os herdeiros desses, que eram muitos, vêm a vender ao Ramiro Lopes em 1984 ou 85. Ele ainda fez muitas obras, há coisa de 4 anos vendeu ao irmão. Actualmente o projecto está a andar, andam pessoas lá a trabalhar." (Luís Paulo). Em 1929 a exploração termal é arrendada à empresa Sociedade Águas Radium Lda, por contrato até 1940. Esta sociedade introduz outro tipo de tratamentos para além dos de balneoterapia, como seja a aplicação de lamas, compressas eléctricas radioactivas e a “studa chair” para lavagem do cólon.
Em 1940 terminou o contrato de arrendamento, mas a concessão continua nas mãos dos herdeiros Enrique Gosalez Fuentes. Acciaiuoli (1947), no relatório da actividade Inspecção de Águas de 1943-46, informa-nos que “a actividade desta Estância está suspensa desde 1945, sendo muito pequena a sua frequência: 35 inscrições em 1944 e 36 no ano anterior”. Em 1951 a sociedade francesa dá lugar à Companhia Portuguesa de Radium, de capitais ingleses, e terá sido esta empresa que toma conta do hotel, explorando apenas a parte hoteleira do complexo, conforme a descrição do presidente da junta, Luís Paulo, estando neste caso as suas datas desfasadas de 10 anos. Esta companhia mineira cessaria a sua actividade em 1961, mas nessa ocasião já o hotel termal estaria abandonado. O complexo termal foi leiloado em Lisboa (segundo Luís Paulo), e posteriormente comprado por Ramiro Lopes, residente na Panasqueira, com a intenção de transformar o local num hotel de luxo. 
Em 2000 este senhor vendeu a propriedade a seu irmão António Lopes, com o projecto de construir, numa primeira fase, um hotel de luxo (a partir das actuais ruínas) com campo de golfe e piscinas, e numa segunda fase seria trabalhada a parte termal.Em Acta de Reunião Ordinária n.º 3 da CM do Sabugal, de 28 de Janeiro de 2000, pode ler-se o seguinte ponto: "Presente ofício da Firma GOLFIBÉRICA referente ao projecto turístico da Águas Rádio – Serra da Pena – Sortelha, tendo o Presidente dado conhecimento da reunião com a gerência da empresa onde lhe foi dado a conhecer o interesse por parte de investidores estrangeiros naquele investimento, estimando-se a criação de cerca de 150 postos de trabalho. Propôs que a Câmara Municipal disponibilize a colaboração técnica possível e que se considere o investimento de interesse municipal, propostas que foram aprovadas por unanimidade." Mas no local pouco foi feito, para além de bloquearem as entradas na propriedade.

Fonte: www.aguas.ics.ul.pt

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ALDEIA DO BISPO - SABUGAL - GUARDA



Apontamento AuToCaRaVaNiStA:


A Aldeia do Bispo, é uma freguesia Portuguesa do Concelho do Sabugal, Distrito da Guarda, Portugal.
Uma Viagem organizada pelo Portal AuToCaRaVaNiStA programada para o Sabugal, mais propriamente à Aldeia do Bispo, por altura do Carnaval, para assistir à largada de touros, à garraiada com forcão, seja a tradicional capeia raiana. Este Território do Sabugal é fértil neste tipo de atividade do toureio a pé, com ramificações tradicionais em estilo Luso/Espanhol, (digo eu). A época sazonal desta atividade, é no verão, mais propriamente no mês de agosto, a pensar nos muitos emigrantes que vêem de férias nesta altura. É uma prática geral, um pouco por todo o interior de Portugal, principalmente nas regiões onde existem mais emigrantes. De salientar a riqueza patrimonial do Concelho do Sabugal, que poderá conferir aqui neste Portal, acedendo ao nosso Portefólio com a etiqueta "Sabugal". 



             HISTÓRIA.
A tradição diz que o Bispo de Cidade Rodrigo vinha passar as férias para a nossa Aldeia.
Mas, o que parece mais provável, é que o nome advém do facto do Senhor da terra ser o Bispo ao qual pertenciam todos os rendimentos.(Arquivo Nacional da Torre do Tombo). Aldeia do Bispo só pertenceu à Diocese da Guarda desde 1882.


O desenvolvimento desta aldeia deveu-se também à custa do contrabando, tendo mesmo um posto da Guarda-Fiscal, extinto em 1992. As populações raianas faziam do contrabando com Espanha meio de vida complementar da actividade principal que era uma agricultura deficitária. Os contrabandistas raianos transportavam carregos e odres às costas. As mulheres enrolavam fazendas, sedas e rendas à volta do corpo, por baixo da saia e da blusa. Trabalhavam de sol a sol, à noite passavam por montes e vales para trazerem o contrabando, voltavam encharcados, magros e com as roupas rasgadas.



Os inimigos dos contrabandistas eram os Carabineiros e os Guardas-Fiscais. Alguns dos produtos contrabandeados eram: café, vestidos de pana, alparcatas (calçado), entre outros.
Do seu património cultural e edificado, destaca-se a Igreja Matriz , a Igreja Nova (igreja de St.º Antão), o campanário, os chafarizes (recentemente restaurados), a Ponte Dr. Manso, contruída em 1971 e as sepulturas escavadas na rocha.


Actualmente a freguesia tem um lar de 3.ª idade bem equipado, inaugurado em Abril de 1983, um pavilhão multiusos, campo polivalente, uma piscina de adultos e outra para as crianças.



Fonte: www.jf-abispo.sabugal.pt





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VALE LONGO - PONTE MEDIEVAL DE SEQUEIROS - SABUGAL

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A Ponte de Sequeiros localiza-se na Freguesia do Vale Longo, Concelho do Sabugal, Distrito da Guarda, Portugal.
A Ponte de Sequeiros é uma ponte medieval de estilo romano, com estrutura única e peculiar, porque existe no final da sua travessia, um arco de fecho que fazia a fronteira entre Espanha e Portugal, no tempo em que estes territórios do Sabugal pertenciam ao Reino de Espanha. O acesso a este local é bastante estreito, sem margem para cruzamento de 2 veículos, estrada sem saída, e com pouco espaço de estacionamento. Atualmente é uma ponte de uso meramente pedonal numa zona natural muito bonita, com um pequeno parque de merendas e com churrasqueira, embelezado pela passagem do rio Côa. Espaço sem edifícios na zona, e uma natureza ímpar.


                HISTÓRIA:

Trata-se de uma ponte fortificada por onde passa o rio Côa, no leito do seu rio por baixo da ponte existem grandes afloramentos graníticos, criando uma defesa natural em alturas de inverno em que o seu caudal se avoluma.
A construção provável desta ponte está situada por volta do século XIII. Provavelmente esta ponte seria uma passagem de fronteira antes da incorporação nas terras do Riba-Côa inclusa no Território Nacional pelo Tratado de Alcanizes.
Fonte: www.cm-sabugal.pt


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ALDEIA VELHA - SABUGAL

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Aldeia Velha é uma Freguesia Portuguesa, pertencente ao Concelho do Sabugal, Distrito da Guarda.
Fica siatuada logo á frente da Aldeia Histórica de Alfaiates, a 1090 metros de altitude, em direção a Aldeia do Bispo, circundada por Lageosa e Forcalhos bem encostadas a Espanha. Esta Aldeia tipicamente rural, tem fortes tradições na Capeia Arraiana, alías como todas as aldeias vizinhas do Concelho do Sabugal. À entrada da Aldeia, existe um monumento que marca esta tradição da Capeia Raiana, uns metros antes da travessia da ponte romana, por onde passa o rio Cesarão. Um estudo indica que a Aldeia Velha pertenceu à época do neolítico. Alguns achados recentes, como sepulturas abertas no granito dão conta disso mesmo. Depois desta incursão, voltamos a Alfaiates para o Jantar e Pernoita. Veja tudo no nosso Portal com a etiqueta correspondente ao Sabugal, acedendo ao nosso Portefólio na barra lateral.

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SACAPARTE - MOSTEIRO - ALFAIATES - SABUGAL

Apontamento AuToCaRaVaNiStA:

O Mosteiro de Sacaparte, está localizado na Freguesia de Alfaiates, Concelho do Sabugal, Distrito da Guarda, Portugal.
O Mosteiro de Sacaparte fica a cerca de 2, 3 quilómetros do centro de Alfaiates. Embora totalmente em ruínas, apresenta ainda as fachadas em muito bom estado de conservação, e não seria de todo, muito dispendioso a sua total recuperação. No espaço tem a igreja, o cruzeiro, fontanários e alpendres para realização de feiras. Local isolado, embora aprazível para uma caminhada à descoberta do Dólmen que fica ali nas imediações, ou simplesmente para um pic-nic em familia. Tem churrasqueira com lavatório, água potável, mesas, e muito espaço ao ar livre para desfrutar, ou mesmo  coberto em caso de chuva.


           HISTÓRIA:
Localização: Alfaiates - Sacaparte 
Descrição: Conjunto constituido pela igreja, antiga albergaria adossada, ruinas das dependências conventuais, alpendres de feira, cruzeiro, chafariz, fonte de mergulho e palheiro rústico. 
IGREJA: de planta longitudinal, composta por dois rectângulos justapostos, com anexo de planta rectangular adossado a Sul. Cobertura diferenciada a duas águas. Fachada principal voltada a Oeste desnivelada, com embasamento proemimente, dividida em dois pisos, tendo, no primeiro, portal de lintel recto com pilastras molduradas, encimado por friso desenvolvendo dois motivos voltados simulando frontão que enquadra nicho e marco pleno com abóbada de concha. No segundo,janelão de lintel recto, com peitoril assente em duas mísulas. Remate em empena, com cornija. Alçado N. com embasamento proeminente na nave. Apresenta "janela-oratório" em ressalto, planta trapezoial, adossada à nave, com três janelas de lintel recto com molduras curvilíneas divididas por colunas de capitel compósito, tendo remate com cornija saliente decorada com denticulos e coroamento piramidal. Num segundo registo, duas janelas de lintel recto e moldura simples na nave, uma delas entaipada e janela idêntica na capela-mor. Remate em cornija. Contraforte no cunhal com esbarro em bisel. Alçado S. sem embasamento, tendo na zona da capela-mor, num primeiro registo, vãos de lintal recto com capialço e, no segundo, duas janelas de lintel recto e moldura simples. Remate em empena, com cornija. No cunhal, existem vestígios de marca de arranque de construção. Ao corpo da nave, adossam-se o anexo e sacristia, que , no primeiro piso são rasgados por porta de lintel recto e moldura simples, enquanto o segundo possui fresta e três janelas idênticas. Alçado E. sem embasamento, cego, com remate em cornija. A meia altura, surgem duas misulas. 

             INTERIOR:
De três naves, formando quatro tramos, divididas por quatro arcos formeios de volta perfeita, assentes em pilares de secção quadrada até um terço da sua altura, sendo depois de secção octogonal. Coro-alto com balaustrada de madeira assente sobre arco abatido e dois arcos plenos. É iluminada, no lado do Evangelho por janela e "janela-oratório". Aí surge o púlpito, assente em mísula voltada  No lado da Epistola, três portas entaipadas. Dois retábulos laterais de talha dourada e policromada. Pavimento em lajeado e cobertura em falsa abóbada de berço, de madeira. Arco triunfal de volta perfeita encimado por óculo oval, acede à capela-mor, iluminada por três janelas, duas no lado da Epístola. Porta em arco pleno, com duas arquivoltas, acede à sacristia. Pavimento lajeado e cobertura em falsa abóbada de berço, em madeira pintada com motivos vegetalistas estilizados. Retábulo-mor em talha dourada e policromada.


  RUÍNAS DO CONVENTO: 

Com planta rectangular, a que se adossam dois corpos, um correspondente à cozinha, de planta rectangular, adossado a E., e vestígios de outro corpo similar, a O.. Ausência de cobertura. Vãos de lintel recto com moldura simples. Alçado E. divide-se em três pisos, com embasamento biselado, o primeiro com duas portas, o segundo com cinco janelas e, no terceiro, janela de sacada com varanda apoiada em três mísulas volutadas, porta e cinco janelas de peitoril. Visivel o arranque do cunhal correspondente ao corpo que estaria adossado. remate em cornija. 

Corpo da cozinha com dois panos delimitados por pilastras, tendo, no primeiro piso, fresta. remate tripartido com cornija. Corpo da chaminé encimado por pequeno balcão apoiado em mísulas semi-circulares, rematado por miniatura de casa e cobertura a quatro águas em cantaria. Alçado O. sem embasamento, com três pisos separados por friso, sómente na zona de arranque de outro corpo, sendo o primeiro rasgado por porta, o segundo por duas portas, com abertura sobre lintel, e quatro janelas, duas delas entaipadas, tendo o terceiro piso parcialmente ruído, com vestígios de quatro portas. Alçado N. sem embasamento, com dois pisos, o primeiro com porta, elemento que se repete no segundo. Marca do arranque de corpo circular em todo o pé direito. No corpo da cozinha, surge uma janela, ao nivel do segundo piso. Alçado S. sem embasamento, com dois pisos, o primeiro com duas janelas e o segundo com janela de sacada com varanda apoiada em três mísulas voltadas e porta. O corpo da cozinha tem, no primeiro piso, janela, sendo separado do segundo por friso com gárgula semi-circular. A este corresponde o corpo da chaminé. remate em cornija.

No INTERIOR, não existem as estruturas correspondentes aos pisos. Surgem dois compartimentos, que antecedem arco abatido de acesso à cozinha. Esta integra lavabo com tanque em forma de concha, encimado por carrancas e jarrões e rematado por friso coroado por pinha e volutas. Um púlpito surge na zona do refeitório, com porta em arco abatido e base do balcão apoiada em mísula volutada. 



CRUZEIRO com soco constituido por quatro degraus circulares com focinho saliente, coluna de fuste circular com base anelada, capitel compósito decorado com folhas de acanto, encimadas por quatro cabeças de anjo e quatro quadrifólios. Cruz de hastes rectilíneas com figuração rudimentar de Cristo, apresentando crânio de Adão na base e sendo rematada pela cartela com a inscrição "INRI". 

ALBERGARIA de planta rectangular, com cobertura homogénea a três águas. Fachada principal voltada a N., apresentando embasamento proeminente. Divide-se em dois panos demarcados por pilastras, que evoluem em dois pisos. No primeiro, dois arcos plenos, um deles entaipado e, no superior, duas janelas de lintel recto, com moldura simples e peitoril moldurado, uma delas entaipada. Remate em cornija. Alçado O. com embasamento proeminente, tendo, no primeiro piso, porta de lintel recto, entaipada e, no segundo, três janelas de lintel recto e moldura simples, uma delas entaipada. Remate em cornija. Alçado S. sem embasamento, tendo, no primeiro piso, porta de lintel recto e moldura simples entaipada, sendo o segundo cego. Alçado E. sem embasamento, rasgado no primeiro piso por fresta, sendo o superior cego. 

No INTERIOR, o primeiro piso divide-se em dois compartimentos, com pavimento em terra batida e cobertura em abóbada de aresta, de tijolo, numa delas, e tecto plano em betão. O segundo piso tem igualmente dois compartimentos e cozinha, com pavimento cimentado e cobertura em vigamento de madeira, que sustenta o telhado. 


   ALPENDRES DE FEIRA:

Delimitam o recinto no lado Sul, existindo ainda um pequeno conjunto no lado Oeste, ladeado por construção em betão. De planta rectangular, apresentam, no alçado posterior, muro contínuo em alvenaria de granito e, no alçado principal, bancadas contínuas, onde assentam pilares de secção octogonal com capitel de igual secção, que sustentam cobertura a uma água, com telha de canudo.

Utilização Inicial 
Cultural e devocional: convento (possuia 3 feiras anuais, coincidindo com as festas da Anunciação, Natividade e Assunção; romaria anual com procissão. 

Propriedade privada: Igreja Católica. Época de Construção,Séc. 18. 

Cronologia: 
Época visigótica - hipotética edificação de capela local, aspecto relacionado com várias lendas; 
Séc. 14 - hipotética reconstrução de capela dedicada a Nossa Senhora de Sacaparte, por iniciativa de D. Dinis; a partir desta época a igreja pertenceu ao padroado real; 
1332 - taxação em 8 libras; 
1603 - D. Filipe I teria mandado edificar um hospital e casa de hospedaria; 
Séc. 18, início - a igreja era administrada pela Câmara de Alfaiates, que nomeava o Ermitão e Mordomo; 
1721 - possuía hospital e casa de romagem ou hospedaria. 
1726 - fundação do convento pelos frades da Ordem dos Agonizantes e (segundo Memória Paroquial) pelos Confrades de Nossa Senhora de Alcante da Fornina, sujeitos ao Ordinário; início das obras do convento.; 
1751 - agregação dos 25 religiosos à Ordem dos Clérigos Regulares de São Camilo de Lellis, vocacionada para serviços de apoio a doentes e peregrinos; 
1752 - abertura de seminário e estabelecimento de ensino médio; 
Séc. 19 - proibição episcopal de romaria, que integrava homens a cavalo, nús da cintura para cima, que percorriam o recinto com tochas nas mãos; 
1834 - com a extinção das ordens religiosas, o convento torna-se posse de um particular (familia Camejo), que o comprou por 800 mil réis, cercando-o com muro alto; do convento restava dois pisos, com cozinha e refeitório no primeiro, sendo dormitório no superior; 
Séc. 19 meados - D Bernardo Beltrão Freire, bispo de Pinhel, proibiu a procissão. 
1885 - aprovação dos estatutos da Irmandade de Nossa Senhora do Carmo; realização de algumas obras na igreja; 
1996, 7 Outubro - despacho do Ministério da cultura a classificar o convento como IIP. 

Tipologia 
Arquitectura religiosa, barroca, popular. 
- Igreja de planta longitudinal, com três naves, arcos formeiros de volta perfeita, assentes em pilares conjugando secção quadrada e octogonal. Coro-alto assente sobre arco abatido. Talha retabular ecléctica de inspiração rococó. 
- Ruínas do convento, com vãos de lintel recto e moldura simples, janelas de sacada apoiadas em mísulas voltadas. 
- Cruzeiro de caminho, com degraus circulares, com base quadrangular e fusta circular, com cruz com imagem de Cristo esculpida. 

Características Particulares 
"Janela-oratório" de planta trapezoidal, em ressalto, com coroamento piramidal, adossada à nave. Contraforte no cunhal com esbarro em bisel. Abóbada de aresta em tijolo na antiga albergaria. Mantêm-se as estruturas da antiga albergaria adossada, ruínas das dependências conventuais, alpendres de feira, cruzeiro, chafariz, fonte de mergulho e palheiro rústico. 

Dados Técnicos 
Estrutura mista; abóbada de berço, abóbada de aresta. 

Materiais 
Granito; madeira; cantaria, alvenaria; aparelho isódomo; revestimento inexistente e reboco; telha de aba e canudo. 
Intervenção Realizada: 
Comissão de festas de Nossa Senhora de Sacaparte: 
1980/1990 - beneficiação da igreja e antiga albergaria: reparação dos rebocos exteriores e picagem dos rebocos interiores, reparação da cobertura, execução de instalação sanitária e chaminé na antiga albergaria; 
1991 - iluminação do recinto. 
Observações: 
1 - A romaria agradecia a protecção da Virgem na luta contra os castelhanos, destacando-se, na procissão, o desfile dos homens em tronco nu, denominados localmente como encoirados, encaçapos, pelados ou encarrapatos. Existem várias lendas relativas ao nome do Convento, uma delas referindo a batalha em que D. Sancho de Castela desavindo com um fidalgo castelhano (Álvaro Nunes de Lara) travam uma batalha em Portugal, clamando a população local que "sacai-nos a boa parte", ou seja que os livrasse dos malefícios da guerra; outra lenda refere que o fidalgo, durante a batalha, invocara Nossa Senhora, clamando "sacai-nos a boa parte"; daí, o nome Sacaparte. 

Fonte: IPPAR - Instituto Português do Património Arquitectónico

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ALDEIA DA PONTE - SABUGAL


Apontamento AuToCaRaVaNiStA:
Aldeia da Ponte é uma Freguesia Portuguesa, pertencente ao Concelho do Sabugal, Distrito da Guarda.
Tal como o nome indica, a Ponte Romana é quem dá o nome à aldeia. Nesta zona existe um parque de lazer e também está servido por uma Área de Serviço para Autocaravanas, por sinal muito bem localizada junto à Capela. A aldeia é banhada pelo Rio Cesarão, afluente do Rio Côa, que nesta altura ainda corria manso. Local aprazível para um passeio ou mesmo para um pic-nic em família.
Lembramos que pode ver e imprimir as coordenadas desta A.S.A. bem como de todas as A.S.A.s públicas existentes em Portugal, acedendo à nossa Base de Dados aqui na barra lateral do nosso (seu) Portal AuToCaRaVaNiStA.



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SOITO - OBRAS DO PADRE MIGUEL - SABUGAL

Apontamento AuToCaRaVaNiStA:
Soito é uma Freguesia Portuguesa, pertencente ao Concelho do Sabugal, Distrito da Guarda.
Depois de cumprida a 3ª Missão do Grupo AuToCaRaVaNiStA Português em Fátima, "CLICK AQUI" rumamos ao Sabugal para visitar entre muitas outras terras, o Soito, terra do Padre Miguel, conhecido como o padre milagreiro. A entrada para esta obra de ação social (existem outras) é bastante subtil, é necessário perguntar nas imediações para se chegar lá. Existe mesmo à entrada um enorme Castanheiro Milenar, que está catalogado como de interesse público desde 2004. O castanheiro apesar da idade estava carregado de ouriços, porém ainda estavam verdes as castanhas. 


Toda esta zona está bem povoada por milhares de castanheiros, marmeleiros, etc. Tudo na via pública à descrição. O que posso atestar aqui, não sei se por vontade divina, ou não, tudo nos correu maravilhosamente bem durante todo este passeio, desde as ofertas que nos fizeram nas entradas das adegas particulares para provas de vinhos e licores, até à simpática oferta da Santa Casa da Misericórdia de Vilar Maior, que daremos conta na reportagem a ela dedicada. (ver o nosso portefólio com a etiqueta "Sabugal).




              HISTÓRIA:
Em Novembro de 2001, faleceu o Padre José Miguel. No Funeral, juntaram-se milhares de pessoas para se despedir deste grande Homem, vieram de todos os pontos do país, nem a neve faltou para a despedida... Sabe quem tem fé que ele não nos deixou, certamente está olhando por todos nós e, quem sabe, ajudando muita gente.
Os colegas da escola já o chamavam de " Santinho"...Mas a verdadeira revelação dos «poderes» deste padre, José Miguel Pereira, terá acontecido no Meimão, onde exerceu por mais de 25 anos.


Terá sido uma jovem do Meimão quem desvendou o dom do Padre Miguel, quando procurando ajuda junto de uma senhora de Aveiro, reconhecida pela força do Dom que Deus lhe concedeu, foi avisada " Escusava de ter ido tão longe quando tinha na sua terra um homem «que é maior que todos nós e que tem mais poderes que qualquer um». Na década de 70, começou a ser visitado por pessoas de todo o Portugal e até do estrangeiro. Procuravam-no, desesperados, em busca de um milagre, geralmente para a cura de doenças graves. Muitos fieis o visitavam apenas para conhecer este Padre, que alguns de nós se atrevem a chamar de Padre Santo.

Ele era de facto, segundo as pessoas que tiveram oportunidade de conviver com ele, uma pessoa de uma generosidade extrema e um Homem de muita fé. Durante a sua vida, foi o autor de muitos milagres dezenas dos quais ainda são relembrados pela sua grandiosidade.
Após exercer durante 25 anos no Meimão, regressou às suas origens, mudou-se para o Soito. Passou a  esta bela terra o destino dos peregrinos, que vinham de todos os cantos da Europa em busca do Padre José Miguel "O Padre Milagreiro"

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