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ALEGRETE - PORTALEGRE



Apontamento AuToCaRaVaNiStA:


Alegrete é uma freguesia Alentejana, Portuguesa, do concelho e distrito de Portalegre. 
Alegrete faz jus ao nome, porque de facto tem uma imagem bastante colorida e alegre, muito agradável á vista, e cuidada. Destaque para o seu castelo com vista de horizontes imensos, e paisagísticos. A praça com o seu coreto, (tem WC por baixo) e fontanário centenário, tem como postal ilustrado o conjunto da torre sineira e relógio, a igreja matriz, e a capela, que em conjunto faz um postal ilustrado de arregalar a vista a qualquer um. Sem dúvida uma das belas aldeias tradicionais portuguesas.


GASTRONOMIA:

Existe por ali alguma restauração, que á nossa visita estava fechada, excluindo o tasco do Sr. João, que disse logo que tinha vinho bom. Acabamos por comer bacalhau, porque as alternativas já não eram muitas, e a vontade por carne, depois de uns pezinhos de coentrada ao almoço, já não era o mais desejável. O vinho do João era realmente bom, e os frequentadores não deixavam enganar. No centro vimos também um café, cervejaria, que serviam pratinhos de presunto, e comida rápida.


              HISTÓRIA:
Para além de gozar de uma invejável localização geográfica, a Vila de Alegrete merece também destaque pela sua localização estratégica num ponto alto e de difícil acesso, o que lhe permitiu por diversas vezes ser protagonista da História de um Portugal guerreiro e conquistador. Não obstante tudo isto, a história de Alegrete continua envolvida num obscurantismo inexplicável: alguns sabem onde se situa; poucos sabem lá ir ter e quase nínguem passeou pelos seus caminhos tentando daí extrair elementos que ajudassem a explicar o seu passado histórico.

Encontrando-se ainda escassamente documentada, a Vila de Alegrete possui alguns vestígios históricos de antigas civilizações que povoaram a península Ibérica, nomeadamente Romanos. A presença dos Romanos no território português data de 218 a.C., altura em que se verificou o desembarque das tropas que pretendiam terminar com o domínio exercído pelos Cartagineses na Hispania. Não existindo descrições geográficas concretas relativamente a esse período histórico, é quase impossível precisar quais os limites territoriais ocupados por cada grupo ou povo.
Assim sendo, uma dessas civilizações poderia ter sido a dos Célticos. Não obstante a designação de Célticos ou Celtici atribuída por Estrabão, Plínio e Mela aos habitantes do Alentejo, pode não corresponder a uma tribo única e tal nome pode estar relacionado com vários grupos de origem indo - europeia e de etnia Celta.

Tendo em conta que só existe documentação escrita relativa a Alegrete a partir do período da Reconquista Cristã, tudo leva a crer que, durante a primeira vintena do Século V, a Vila tenha sido devastada pelos Vândalos, devastação essa que teria terminado já com os Alanos, responsáveis pelo repovoamento e reedificação da mesma. Ainda assim, podemos também especular relativamente à presença de um outro povo bárbaro: os Suevos. 


Tendo invadido a Península Ibérica nos inícios do Século V, tendo chegado por terra ou por via marítima, os Suevos encontraram-se já instalados na Galécia (antiga denominação da Galiza) em 411 d.C. Povo guerreiro, os Suevos rapidamente entraram em declínio.

Já em pleno Século VIII e até 1160, a Vila de Alegrete foi ocupada e conquistada pelos Mouros. Tendo-se a Reconquista Cristã iniciado várias décadas depois, só em 1160 se verificou a expulsão Islamita por D. Afonso Henriques.
Alegrete acabou por ser formalmente incorporado na coroa portuguesa em 1267, mediante o tratado de Badajoz - tratado no qual Castela reconhecia a soberania plena de Portugal no Algarve - celebrado entre D. Afonso III e D. Afonso X (de Castela).

Segundo consta D. Afonso III (1248-1279) teria encontrado a Vila de Alegrete bastante vitimada pelas sucessivas batalhas que nela se tinham travado, o que terá encorajado o Monarca a iniciar uma série de trabalhos com vista à sua reedificação.
O seu sucessor D. Dinis (1279-1325) continuou a promover o seu repovoamento. D. Dinis mandou edificar o Castelo e estimulou a construção da muralha envolvente, em 1319.



Consta que estas últimas teriam sido erqguidas pelos habitantes com a condição de se tornarem independentes da jurisdição de Portalegre. D. Dinis foi também o responsável quer pela edificação de uma torre, quer ainda pela elevação de Alegrete à categoria de Vila, ao outorgar-lhe um foral seguido de uma série de outros privilégios. Entre estes o que mais merece referência é o que refere estarem os seus habitantes dispensados de contribuírem com soldados para o exército desde que defendessem a Vila dos ataques castelhanos.



Durante todo este período o Castelo manteve-se inserido em constantes lutas guerreiras. Nos anos 80 do Século XIV, os habitantes de Alegrete aderiram à causa do Mestre Avis e em 1475, no reinado de D. Afonso V, Afonso Monroy conquistou a Vila, tendo a mesma sido retomada, dois anos mais tarde, pelo futuro D. João II.




D. Manuel I foi responsável pela atribuição de um novo foral à Vila de Alegrete, a 14 de Fevereiro de 1516. Neste eram confirmadas todas as regalias anteriormente adquiridas pela população total - medida aliás seguida por D. João V (1706 - 1750), que viu nessas ratificações recompensas pelo facto da praça não mais ter sido tomada desde o reinado de D. Afonso Henriques. Já no período da Guerra da Restauração, a povoação de Alegrete voltou a estar no centro das atenções, continuando alerta e participativa e disponibilizando, sempre que necessário, o seu castelo para a defesa do reino.

Sabe-se que em Julho de 1664 e devido aos constantes desgastes de que era alvo devido às referidas guerras, o Marquês de Marialva mandou realizar diversas reparações para que a praça ficasse devidamente defendida.
Já no reinado de D. Pedro II (1683 - 1706), o Monarca concedeu o título de Marquês ao Conde de Vila Maior, Manuel Teles da Silva, apesar de não se saber o que terá feito por Alegrete. Sabe-se contudo, que por esta altura, Alegrete tinha assento nas cortes, nas quais lhe competia ocupar o lugar n.º82, no 10.º banco. 

A Vila possuía já Juízes ordinários, três vereadores, um procurador do concelho e escrivão da Câmara.

Segundo dados recolhidos, em 1821, Alegrete era Concelho no Alentejo, comarca e divisão eleitoral de Portalegre, possuindo 239 fogos e 1118 habitantes.


De harmonia com a reforma territorial, baseado na lei de 26 de Junho de 1855 e em diploma firmado por D. Pedro V, foi suprimido o concelho e julgado de Alegrete.


Voltamos a encontrar informações referentes ao ano de 1920, já no período de queda da II República. Ainda assim, são dados estatísticos que recaem sobre demografia da Vila, ficando-se a saber que Alegrete tinha 2560 habitantes.

Fonte: http://www.freguesias.pt/



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PORTALEGRE - PORTUGAL


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Portalegre, cidade implantada no Norte Alentejano, Sede de Concelho e de Distrito. 

Destaques Patrimoniais: O Castelo, e a Igreja Matriz, sem descurar todo o património edificado e com bastante carga histórica.
Na gastronomia, os pratos típicos Alentejanos levam vantagem. Aconselha-se as migas, os pezinhos de coentrada, os sercretos, e o ensopado de borrego, entre muitos outros.




                HISTÓRIA:
O 1º foral foi-lhe atribuído por D. Afonso III em 1259. Este monarca mandou edificar uma fortaleza que, contudo, ficou incompleta. Em 1271 D. Afonso III doou ao seu segundo filho, o infante D. Afonso, as vilas de Portalegre e Marvão e os senhorios de Vide e Arronches. Quando faleceu D. Afonso III, em 1279, o infante D. Afonso pretendeu suceder-lhe no trono, alegando que D. Dinis era filho ilegítimo. Esta pretensão não foi tomada a sério mas deu origem a desavenças entre os irmãos. Portalegre esteve envolvida nesta querela e, em 1299, foi cercada por D. Dinis. O cerco durou cinco meses, e depois D. Afonso rendeu-se. É importante referir que D. Dinis cercou as muralhas que ele próprio mandara edificar em 1290.



Na realidade, neste ano, o rei remodelou a alcáçova e a torre de menagem e construiu uma segunda cerca de que ainda hoje existem bastantes troços. A torre ou atalaia que domina a cidade, conhecida pelo nome de “Atalaião” admite-se que seja um pouco anterior à fortificação de D. Afonso III. Em 1299 D. Dinis deu a Portalegre o privilegio de não ser concedido o senhorio da vila “nem a infante, nem a homem rico, nem a rica-dona, mas ser d’ el-Rei e de seu filho primeiro herdeiro”. Quando em 1383 morreu o rei D. Fernando, ficou regente D. Leonor devendo suceder-lhe sua filha e, consequentemente, D. João I de Castela, o marido, facto que traíra a perda da independência. Estes acontecimentos provocaram a divisão da nobreza portuguesa: a maior parte tomou partido de D. Leonor, enquanto outros seguiram o Mestre de Aviz, nomeadamente Nuno Álvares. Nesta altura era alcaide de Portalegre, D. Pedro Álvares Pereira, Prior do Crato, irmão de Nuno Álvares e ferrenho partidário de D. Leonor, vivia também na vila, numa casa do “corro”, a mãe dos Álvares Pereira, Fria Gonçalves. Em face das posições assumidas pelo alcaide, o povo de Portalegre revoltou-se, cercou o castelo, tendo em consequência, fugido D. Pedro para o Crato.



O ex-alcaide viria a morrer em 1395, na batalha da Aljubarrota, quando combatia ao lado de Castela. Entretanto, a vila foi adquirindo muito importância e, em 1549, diligências do rei D. João III permitiram que o papa Paulo III expedisse a bula que criava a nova diocese de Portalegre (até então a vila esteve integrada na diocese da Guarda). Em 1550, D. João III escreveu a carta régia que levou Portalegre à categoria de cidade. Este beneficio não foi fortuito, basta referir que, nesta época, Portalegre era, juntamente com Estremoz e Covilhã, um dos principais centros da indústria de tecidos do país e que o imposto sobre as judiarias era ao do Porto e só ultrapassado por Lisboa, Santarém e Setúbal.
(texto da autoria do Prof. Doutor António Ventura)

Fonte: www.cm-portalegre.pt

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