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VILA NOVA DE CERVEIRA - VIANA DO CASTELO



Apontamento AuToCaRaVaNiStA:

Vila Nova de Cerveira é uma Vila Portuguesa pertencente ao Distrito de Viana do Castelo. Esta bonita Vila Portuguesa apenas separada de Espanha pelo rio Minho, era noutros tempos uma zona fortemente armada pelos dois lados do rio, uma voltinha beira-rio e pode-se confirmar facilmente isso mesmo, bem como verificar que do lado Espanhol o forte está em muito bom estado de conservação, enquanto do lado Português apenas restam umas ruínas amuralhadas da Vila. Hoje em dia tudo é diferente, e as portas de Vila Nova de Cerveira estão abertas aos Espanhóis, talvez os melhores clientes do comércio local. De referenciar como muito importante para o Autocaravanismo tanto para a saída de Portugal, como para a entrada, da existência de uma área de serviço para autocaravanas com parque de estacionamento e pernoita, junto ao terminal de camionagem. Veja a nossa Base de Dados de A.S.A.s na barra lateral deste Portal.


               HISTÓRIA:

A presença humana no território hoje correspondente ao Concelho de Vila Nova de Cerveira, remonta à pré-história. Entre os vários elementos detectados, merece destaque o tesouro da sepultura da Quinta de Água Branca, cujo espólio está integrado no Museu Nacional de Arqueologia.




A grande expansão demográfica que está na base do povoamento actual deu-se durante o Câmbio de Era com a multiplicação do número de castros, já sob uma forte influência da romanização. O melhor exemplo deste movimento pode ser encontrado no Aro Arqueológico de Lovelhe, cuja ocupação se estende desde o séc. I A.C. ao séc. VII D.C.



No entanto, o Concelho de Vila Nova de Cerveira só começaria a ganhar expressão territorial aquando do processo de reconquista, após as invasões árabes, o que viria a ser enfatizado pela autonomização do Condado Portucalense, em 1096. É neste período que o Rio Minho assume definitivamente o seu papel de fronteira, forçando ao estabelecimento de pontos fortificados que balizassem e defendessem o curso do rio. Surgia assim as Terras de Cerveira, cujo castelo, localizado no sítio onde hoje podemos encontrar a escultura do cervo do mestre José Rodrigues, tinha por missão patrulhar e defender, fosse contra as investidas árabes, fosse contra as normandas, ou mais vulgarmente contra a vizinha Galiza.
Em 1297, D. Dinis e D. Fernando IV de Castela assinavam o Tratado de Alcanices, pondo fim aos confrontos que tinham ocorrido nos dois anos anteriores. Este tratado mais do que um acordo de paz, delineou a fronteira entre os dois reinos, que desde então conheceria alguma estabilidade geográfica e política. Esta assinatura faria com que fosse novamente necessário fortificar a fronteira do Minho. A partir deste momento iríamos assistir a um renovado esforço de repovoamento da região. Assim surgia a “Vila Nova” de Cerveira com a atribuição da Carta de Foral por D. Dinis, corria o ano de 1321, e a construção de um novo castelo, destinado a proteger a vila em desenvolvimento.

O séc. XVII e as Guerras da Restauração marcariam a história deste Concelho e o seu património histórico, ao ser construída uma fortaleza que envolveu a vila, apoiada por dois outros pontos fortificados, a Atalaia do Alto do Lourido, e o Forte de Lovelhe, mandados edificar pelo Governador das Armas do Minho, pressionado pela necessidade de defesa da fronteira.
Este novo movimento de construção consistiu basicamente numa reformulação e alargamento da fortificação medieval, à qual foi aplicada uma plataforma voltada ao rio vocacionada para bater a vizinha fortaleza de Goian. O alargamento das muralhas envolveria o burgo, que desde sempre extravasara o perímetro do Castelo

A vila, assim circundada, consolidou o seu edificado mediante os principais eixos viários, a Rua Queirós Ribeiro fechada pela Porta de Valença, a Rua César Maldonado e Costa Brava, com a Porta de Viana, a Travessa da Matriz com a Porta de Traz da Igreja e a Porta do Cais fechando a vila ao rio.
O Forte de Lovelhe, especificamente construído e preparado para resistir às tentativas de união ibérica, acabaria por prestar outros relevantes serviços ao País, em especial nas Invasões Francesas. Se no decurso das Guerras da Restauração a sua presença foi determinante na dissuasão das hostes filipinas, nesta última acção foi tanto mais importante, ao impedir as tropas francesas, sob o comando de Soult, de efectuarem a pretendida travessia do Rio Minho, no dia 13 de Fevereiro de 1809.

O séc. XIX iniciou-se com momentos de agitação e destruição, mas que findariam por trazer a estabilização da fronteira e a paz a estas terras. O seu castelo e fortalezas, de elementos defensivos transformaram-se em património histórico, que importa conservar enquanto símbolos portadores da identidade do Concelho e das suas Gentes. O mesmo se poderá dizer das suas igrejas e demais património histórico, cultural e etnográfico, cujo conhecimento permite compreender, hoje, o que é ser “cerveirense”.

Fonte: www.cm.vncerveira.pt


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