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A Freguesia de Melo fica situada no Concelho de Gouveia, um pouco abaixo de Folgosinho. É a terra do escritor Virgilio Ferreira. O ex-libris da terra é o Palacete dos Melos que lhe deram o nome. De referir e salientar, que é muito triste vêr o estado deplorável a que chega muito do nosso valioso Património. As ruínas, vão cada ano agravando-se mais, sem que ninguém de direito ponha a mão naquilo! É criminoso se é privado e se deixa cair, mais criminoso é o nosso Estado deixar que isso aconteça.
Gastam-se milhões em edificios públicos, alguns são pesados elefentes brancos quiçá para implodir daquí a 20 ou 30 anos, e não se preservam estas obras de arte que são os nossos monumentos, o nosso maior património, que foram construídos com materiais para durarem quase eternamente, assim se faça a sua manutenção. Infelizmente nesta zona do País, as aberrações de deixar cair Património que deveriam ser públicos (de todos) e um atrativo Turístico, é desolador para quem assiste a este triste espetáculo. Fica aquí o recado em saco roto para o Estado Português... - Se querem gastar bem o dinheiro de todos, invistam no nosso Património, que é o mais fiel retrato da História e da nossa grandeza de outros tempos, como Povo e como Nação, repassados para os tempos actuais. É um investimento com retorno garantido, já que somos um País predominantemente turístico, exatamente pela grandeza, não só das nossas belas praias, mas sobretudo pela herança da nossa História.
HISTÓRIA:
A freguesia de Melo, situa-se a 7 quilómetros de Gouveia, a sua sede concelhia, a 9 quilómetros do Rio Mondego e no baixo da Serra da Estrela. A sua origem já vem de tempos antigos. A sua primeira povoação foi em 1204 e era uma Quinta de um Cruzado designado por, D. Soeiro Raimundo.
No reinado de D. Dinis era chamado de “Merloa”, e nessa altura pertencia a Folgosinho. O nome Melo, provém de “Merlõa”, vinda do latim “Merulu”. Mais tarde passou para “Merula” que significa “Melro”. Em 1515, Melo foi Concelho constituído por uma Câmara, juízes e funcionários, mas, foi extinto em 1836, passando a ser uma freguesia do concelho de Gouveia. Melo viu nascer uma grande variedade de figuras ilustres. A mais recente e uma das mais conhecidas é o escritor Virgílio Ferreira, que lá está sepultado. Em muitas das suas obras, faz referência a Melo e à serra. Nos tempos de hoje, Melo é uma freguesia rural e relativamente pequena.
Esta freguesia inclui o núcleo urbano de Nabainhos.
Nabaínhos é um anexo ou núcleo urbano pertencente à Freguesia de Melo Concelho de Gouveia.
Existe também algum Património relevante, como a capela de Nossa Senhora do Coito etc, de que dou conta aquí.
Melo, com uma população de cerca de 800 pessoas, tem como padroeiro Santo Isidoro. No entanto comemoram-se aqui as festas da Senhora do Coito, Santa Eufémia e Senhor do Calvário.
Teve foral dado por D. Manuel, em Junho de 1515.
Foi sede de concelho até 1834 e, durante a Guerra Peninsular, residência do senhor bispo da Guarda, D. José Mendonça Arrais, que está, aliás, aqui sepultado. Entre o riquíssimo património edificado devem destacar-se o Paço, a Misericórdia, a capela da Senhora da Conceição, a casa da Câmara, o Convento da Senhora do Coito e o Pelourinho, que é monumento nacional.
O Museu Etnográfico merece também uma visita.
Para além de abundantes e variadas produções agrícolas, teve alguns estabelecimentos fabris, ao longo de muitas décadas. No entanto, a emigração foi sempre um destino de muitos melenses.
Entre as instituições e colectividades de grande utilidade, é indispensável referir a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários, o Rancho Folclórico Águias de Melo, a Associação de Beneficência Cultural e Recreativa e o Centro de Desporto e Cultura “Os Hermínios”.
Volto a salientar que Melo é a terra natal do destacado escritor Virgílio Ferreira.
Fonte:Junta de Freguesia de Melo-GouveiaPortal AuToCaRaVaNiStA
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