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FREIXO DE ESPADA À CINTA - BRAGANÇA


Apontamento AuToCaRaVaNiStA:

Freixo de Espada à Cinta, é uma Vila Portuguesa, pertencente ao Distrito de Bragança.
Em conversa com um dos veteranos da legião francesa conterraneo daquela pacata terra, foi-nos dito e mostrado in-loco, que as pedras da muralha desaparecida que circundava a torre, a única que resistiu ao saque. Foram roubadas pedra por pedra, pelos senhores todos poderosos de tempos idos, e que alguns as exibem nas fachadas das suas casas, algumas brasonadas, outras de construção simples. Fica aqui o testemunho de um habitante revoltado, que dedicou algum do seu tempo a mostrar-nos as casas que foram construídas com essas pedras da muralha do Castelo, que circundava a torre que se vê na foto.




               HISTÓRIA:


A origem da povoação bem como o seu topónimo são muito antigos, mergulhando no terreno da lenda. De acordo com o erudito quinhentista João de Barros (homónimo do cronista), na sua Geografia de Entre Douro e Minho e Trás-os-Montes, a fundação é atribuída a um fidalgo espanhol, de apelido Feijão, que teria vivido no século X, e em cujas armas constaria um freixo e uma espada.


Uma tradição local atribui o topónimo a um guerreiro Visigodo de apelido Espadacinta, que, ali se deitou à sombra de um freixo para descansar, o que passou a identificar o lugar. Uma versão ligeiramente diferente é contada por Xavier Fernandes no segundo volume de Topónimos e Gentílicos: "Um cavaleiro cristão [...], perseguido por um grupo de aventureiros, viu-se em perigo de morte. Então, conseguiu esconder-se entre os ramos de um freixo, aos ramos do qual pendurou a própria espada. Assim se salvou, porque os inimigos vendo um freixo com uma espada, encheram-se de pavor e fugiram.


E aí mesmo se lançaram os fundamentos da povoação, a que o seu fundador deu o nome de Espada de Freixo à Cinta". [editar] O castelo medieval A povoação de Freixo existia nos primeiros tempos da Independência de Portugal, marcando a fronteira a oeste do rio Douro. Por essa razão, visando fomentar o seu povoamento e defesa, D. Afonso Henriques (1112-1185), outorgou-lhe foral desde 1152 (ou 1155-1157), confirmado em 1246.





As pedras da muralha nas casas
Acredita-se que remonta a esse período tanto a construção do castelo quanto o privilégio de couto e homízio (exceto para os crimes de aleive e traição), que seria limitado por D. João I (1385-1433), em 1406, a apenas três vilas no reino, entre as quais esta de Freixo. As primeiras referências documentais ao castelo, entretanto, referem-se a obras em progresso em 1258. Foi esta primitiva defesa que foi conquistada, sob o reinado de Afonso II de Portugal (1211-1223), pelas forças invasoras de Afonso IX de Leão, entre os anos de 1212 e 1213. O rei D. Afonso III (1248-1279) outorgou novo foral à vila (1273), quando se iniciou uma nova etapa construtiva em suas defesas, reforçadas e ampliadas.


Outra importante fase se sucedeu sob D. Dinis (1279-1325), a ponto de o cronista Rui de Pina ter reportado que este soberano povoou de novo e fez o castelo. É deste período o início da ereção da torre heptagonal que o caracteriza, encontrando-se ainda em progresso, em 1342, os trabalhos na cerca da vila. Á época do reinado de D. Fernando (1367-1383), são citadas novas obras no castelo (1376).


Durante o século XV, são registradas obras no castelo entre 1412 e 1423, e entre 1435 e 1459, eventualmente visando adaptar o castelo à função de Paço para a habitação dos seus alcaides. A povoação e seu castelo encontram-se figurados por Duarte de Armas no seu Livro das Fortalezas (c. 1509), destacando-se a cerca da vila reforçada por diversas torres, de planta hexagonal e pentagonal, dispostas a intervalos regulares, a maioria ostentando balcões de matacães, e o castelo cercado pela barbacã. As obras, neste período, estavam sob a responsabilidade do mestre biscaínho Pero Lopes. Do século XIX aos nossos dias.



Maqueta do Castelo  planta original

Embora sejam escassas as notícias sobre este monumento, ele esteve em atividade até ao século XIX, quando, estando perdida a sua função militar, o seu recinto foi utilizado como Cemitério municipal (1836), com a demolição de alguns troços da muralha. No século XX o castelo foi classificado como Monumento Nacional por Decreto publicado em 23 de Junho de 1910. Destacam-se, atualmente bem conservados, os restos das antigas muralhas e a torre que o caracteriza.



Características A tipologia deste castelo medieval, em estilo gótico, apresenta semelhanças com a dos de Alva, Mós e Urros. A antiga Torre de Menagem, figurada por Duarte de Armas (c. 1509) juntamente com a torre heptagonal, não chegou aos nossos dias. Os remanescentes do castelo são dominados pela uma torre de planta heptagonal irregular, em "opus vittatum", que alguns autores sustentam (indevidamente) tratar-se da Torre de Menagem atribuindo-a uns ao reinado de D. Dinis, outros ao de D. Fernando.


Os moradores denominam-na simplesmente como Torre do Galo ou Torre do Relógio. Elevando-se a 25 metros de altura, é acedida por uma porta em arco quebrado. O seu interior é dividido em três pavimentos, com abóbadas em arcaria, acedidos por escada, iluminados por pequenas frestas nos muros. No alto, destaca-se um balcão corrido sustentado por cachorrada. O conjunto culmina com uma torre sineira quadrangular, com cobertura em forma de agulha, tendo nos cunhais pequenas pirâmides boleadas.

Fonte: site da cm-freixoespadacinta.pt



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