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OURÉM - SANTARÉM



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Ourém é uma cidade Portuguesa pertencente ao Distrito de Santarém, região Centro. Ourém é sobretudo sinónimo de Fátima, que por sua vez também é parte integrante de Leiria, já que pertence à sua Diocese, o que torna esta questão um pouco confusa. Ourém contudo, é uma cidade com muita história, destaco o imponente Castelo, os Olhos de Água, no Agroal, nascente que levava a água para o aqueduto das águas livres de Lisboa, a vasta arqueologia dispersa pelo Concelho, com destaque para as pegadas de dinossauro, grutas, vestígios de várias etapas da ocupação humana neste território etc.

          HISTÓRIA:

Ourém é a expressão viva de um concelho em movimento! Os fitotopónimos (Matas e Olival), os hidrotopónimos (Ribeira do Fárrio e Rio de Couros), os hagiotopónimos (N.ª Sr.ª da Piedade e N.ª Sr.ª das Misericórdias), os arqueotopónimos (Urqueira e Vale das Antas) e outros mais topónimos espelham a diversidade Oureense. Diversa é também a fisionomia do concelho, que se traduz num sul de calcários, árido e vincado, e num norte de arenitos e irrigado. 


Há muito que ambas as esferas são povoadas; provam-no as estações arqueológicas inscritas em vários períodos e freguesias do concelho, como os sítios pré-históricos da Gruta do Papagaio (Fátima), Outeiro do Marco (Caxarias), Agroal (Formigais), as villas romanas de Olival, Arrochela (Espite), Rouquel (Rio de Couros) e Coinas (Atouguia), ou até as ocupações medievais de Freiria (Espite) e Abelheira (Cercal). A história assume eminência num contexto nacional. Abdegas originalmente, a terra que acolhe o castelo passaria a designar-se Ourém em data incerta.


Este topónimo aparece pela primeira vez documentado no séc. XII numa doação aos Templários do castelo de Ceras e seu termo, em cujos limites existia um local assinalado com o nome “Portum Ourens.” A tradição oral, essa insiste na ligação da mudança do topónimo à lenda da Moura Oureana, por sua vez associada à invasão árabe no séc. IX. Ourém passa a integrar o domínio cristão quando tomada aos mouros em 1136 por D. Afonso Henrique; este Senhorio foi doado a sua filha, a rainha D. Teresa, que lhe atribui em 1180 o primeiro foral; nasce assim um dos primeiros concelhos do País. 

Convencionou-se a data de 20 de Junho como data de atribuição do foral, data que se celebra localmente com o feriado Municipal). Sucede-lhe o foral de sentença de D. Manuel em 1515 e o foral concedido pelo regente D. Pedro em 1695. D. Pedro I eleva Ourém à categoria de Condado, atribuindo o título a João Afonso Tello de Menezes; o 3º Conde seria Dom Nuno Álvares Pereira, o Condestável. 



Mas a história atinge o seu auge com D. Afonso, 4º Conde de Ourém, um ilustre do séc. XV, neto de Nuno Álvares e de D. João I, sendo que instala a corte em Ourém, deixando importantes marcas da sua vida e obra na zona histórica. Ali repousa o Castelo de Ourém, com data de fundação imprecisa, mas certamente muito antiga porque em 1178 já se falava de um castelo com planta triangular. 



Este monumento nacional, exemplar no domínio territorial, seria a alma do burgo amuralhado e erguido no alto do morro de Ourém, por sua vez agraciado ainda com um Palácio, uma Igreja Colegiada e Cripta, Fonte Gótica, Pelourinho, ruas estreitas e paredes caiadas. O terramoto de 1755 abateu-se fortemente sobre o velho burgo, arrasando-o quase por completo e as invasões francesas também não deixaram o concelho ileso.


Mas o espírito dedicado e as mãos laboriosas do Oureense devolveram-lhe um semblante rejuvenescido. Em 1841 a sede de concelho era transferida para o sopé do morro, que em 1991 recebeu o título de cidade juntamente com a antiga Ourém, passando ambas a constituir o «coração do concelho». Também Fátima, em virtude do fenómeno Mariano seria elevada a cidade em 1997. Hoje Ourém é composto por duas cidades (Ourém e Fátima), três vilas (Caxarias, Freixianda e Vilar dos Prazeres), 18 freguesias e recomenda-se vivamente!
Fonte: www.cm-ourem.pt

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