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MONFORTE DE LEMOS - LUGO - ESPANHA


Apontamento AuToCaRaVaNiStA:
Monforte de Lemos é uma cidade pertencente a Província de Lugo, Região Autónoma da Galiza, Espanha. Uma cidade com imensos espaços verdes, uma vida noturna em consonância com quase todas as cidades Espanholas, que principalmente no verão, vivem intensamente a noite, o saudável convivio e confraternização, sempre à volta de uma bebida sempre acompanhada com umas tapas, uns pintchos, ou mesmo uns bocadilhos, que eu pessoalmente não sou fã, mas alinho sempre de boa vontade. 



Monforte de Lemos, está também ela carregada de História, principalmente do tempo das evasões Napoleónicas. Para provar isso mesmo, a Torre de Menagem, e a sua muralha circundante, demonstra o quão importante foi Monforte de Lemos na defesa do seu Território. Como não há 2 sem 3, ao nível religioso, tem o seu ex libris no Mosteiro de S. Vicente do Pino, e Palácio dos Condes de Lemos, agora Parador de Turismo, que reúnem o seu maior Conjunto Monumental do Séc. XVI. 


O El Escorial de Galicia do Séc XV ao Séc. XVII, é seguramente a obra mais imponente de Monforte de Lemos conhecida também por "Colexio dos Pais Escolápios" que alberga o Mosteiro e a Igreja principal da Cidade. Para estacionar a autocaravana, tem no centro da cidade um grande parque junto ao Conjunto Monumental.


            HISTÓRIA:
A origem de Monforte localiza-se no monte de São Vicente. Esta atalaia, que ainda hoje domina a cidade, foi em suas origens conhecida pelos romanos como "Castro Dactonio". Antes da chegada destes, viviam no castro os Lemavos, cujo nome significa "habitantes da terra fértil" (Lemos: terra úmida e viçosa).
Embora o assentamento foi destruído no século VIII pelos muçulmanos, o ressurgir com força ao estabelecer nele a comunidade beneditina, encarregada de repovoar o território e espalhar o cristianismo. Também se estabelece aqui uma importante colônia judaica dedicada ao comércio da seda, a prata, o couro e os lenços.


Monforte será, na época medieval, um singular exemplo de cidade-fortaleza, construída em torno de um mosteiro e um castelo, localizado no alto de um monte e contornados por uma muralha salpicada de torres defensivas. A seus pés o rio Cabe, fonte de riqueza e de vida. Da muralha ainda se conservam amplos trechos, três torres, uma delas a imponente Torre de Menagem que ainda hoje pode visitar e três portas de acesso.


Conjunto Monumental de São Vicente
O nome de Monforte tem a sua origem nos vocábulos latinos Mons Fortis: Monte Forte. Este nome aparece, pela primeira vez referido à cidade, em um documento do século XII. Nesta época, já havia iniciado a chamada refundação de Monforte, protagonizada pelos senhores de Lemos: os Castro. No século XV, os Castro obter o Condado de Lemos à perpetuidade, ficando ligada à cidade por séculos. Também em Monforte se deixar sentir as revoltas dos camponeses contra a opressão dos senhores feudais, donos de vidas e fazendas. O movimento Irmandinho teve especial repercussão, uma vez que um dos que lutou e derrotou os rebeldes foi o primeiro Conde de Lemos.


VII Conde de Lemos
Nos anos de esplendor


Monforte viver anos de glória nos séculos XVI e XVII, quando o VII Conde de Lemos ocupa importantes cargos na Corte; como o de Presidente do Conselho de Índias, vice-rei de Nápoles e Presidente do Conselho Supremo da Itália.

O Conde foi também mecenas de grandes literatos como Cervantes, Lope de Vega, Quevedo e Góngora. Seu maior legado para a cidade foi a doação de sua coleção privada de arte sacro espanhol e italiano que forma, hoje em dia, o Museu de Arte Sacra das Mães Clarisas, um dos mais importantes de Espanha.



O Cardeal Rodrigo de Castro


Tio-avô do conde, deixar também a sua marca na cidade com a construção do imponente edifício do Colégio de Nossa Senhora da Antiga, conhecido como o Escorial Galego, que além de seu apelo arquitetônico abriga no interior impressionante retábulo da Igreja (obra de Francisco de Moure) e uma importante coleção pictórica na qual se destacam as obras de El Greco.



A invasão napoleónica

No início do século XIX, Napoleão Bonaparte tentar a invasão de Espanha e Monforte voltará a cobrar protagonismo ao se opor ao invasor formando a Junta de Monforte, presidida pelo abade de São Vicente.

A cidade se tornou um centro de fabricação e distribuição de armas, bem como de recrutamento e equipamento de solda. Tudo isso levou, sem dúvida, que os franceses se decidissem a arrasar Monforte.

A ferrovia

No final deste mesmo século, no 1883, o rei Afonso XII inaugura a linha ferroviária Madrid - Corunha,-line que torna a capital de Lemos num importante nó ferroviário. Dois anos mais tarde, em 1885, o mesmo rei concede a Monforte o título de Cidade.

A chegada da ferrovia marca uma época de crescimento em todos os aspectos, tanto sociais como econômicos. Vinculado à presença do trem, Monforte contará com várias associações e colectivos de carácter político e sindical, tornando-se uma cidade florescente e muito ativa. 

Mas em meados do século XX, este motor de vida que era a ferrovia, foi aos poucos despezado; o nó ferroviário, juntamente com o posto de comando, foram transferidos para Ourense, e a maioria dos workshops ferroviários, que se consideravam os mais importantes da Galícia, transladaram-se a Leão. Começou então uma era de decadência econômica.

Fonte: Ayuntamiento de Monforte de Lemos



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