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A Cova do Lobisomem é em Portugal! |
Cambra de Baixo - Vouzela - Viseu |
A Cova do Lobisomem está situada no lugar de Cambra de Baixo, Concelho de Vouzela, Distrito de Viseu, Portugal. Esta gruta Medieval, está localizada junto ao leito do Rio Couto, e a história atesta que foi abrigo de pessoa humana pelos indícios descobertos.
A Cova do Lobisomem, porventura em outros tempos fosse um pouco aterradora, até porque as pessoas eram muito mais supersticiosos, aliado ao isolamento e à escuridão, fosse um local de lendas, e porventura histórias contadas com muita realidade, que provocaria um certo medo e mal estar nas povoações vizinhas que ali viviam, e ainda vivem ali muito perto nas aldeias de granito.
RESENHA HISTÓRICA:
A cova do Lobisomem é uma caverna pré-histórica, encontra-se na povoação de Cambra de Baixo, da freguesia de Cambra, situada na margem direita do rio Alfusqueiro. Acerca desta caverna, existe uma lenda, onde se fala que havia um fantasma em que de dia descansava na margem do rio, e de noite percorria sete freguesias. A situação desta caverna em relação ao rio, e o facto de ficar na parte externa duma curva deste, onde a erosão é portanto mais activa, levando a querer que ela tenha sido em parte escavada pelas águas.
Esta caverna consta de uma galeria, ou corredor cuja entrada mede 2.40m de altura por 2m de largura, indo estreitando gradualmente para o interior, conduzindo a uma vasta câmara de forma oval irregular por um estrangulamento onde a custo cabe um homem de pé, pois não tem de largura mais de 40 cm, tendo aliás 2.20m de comprimento.
A câmara, com cerca de 5m de comprimento por 2.50m de largura e outro tanto de altura, pode comportar 10 homens bem à vontade, O comprimento total incluindo galeria e câmara mede l8m. Toda a caverna foi aberta em saibro muito rijo, quase tão consistente como o granito, tendo na parte superior da câmara um pequeno buraco totalmente tapado por uma cobertura de pedras roladas ligadas por um cimento arenoso e argiloso muito duro e incontestavelmente produto da indústria humana. O fundo está completamente obstruído de areia e pedras roladas.
Depois de feitas algumas escavações, demonstrou-se que as águas das cheias em sucessivas invasões, levaram quaisquer restos humanos que ali porventura tivessem sido depositados, enterrados, mas a prova irrefutável de que a caverna foi habitada tivemo-la nós, pela presença de pedras calcinadas e vestígios de fogo no tecto do recinto interior.
Fonte: Biblio Cruz, Julio Lendas Lafonenses Vouzela, Aviz / Clube de Ambiente e Património da Escola Secundária de Vouzela / ADRL-1998
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