Pisão fica situado na Freguesia de Carvalhais agora integrada na união de Freguesias de Carvalhais e Candal, pertencente ao Concelho de S. Pedro do Sul, Distrito de Viseu, Portugal.
A 400 metros de altitude da serra de Arada, numa zona em que há cerca de 11 anos era só mato denso, quase impenetrável, que escondia uma fantástica área de lazer paradisíaca, com lagoas naturais proporcionadas pela Ribeira de Contença, agora a descoberto e a funcionar integrado no Parque Biológico que insere um Parque de Campismo, com piscina, com desportos Radicais, numa vertente de Turismo Cultural, Ambiental, e de Natureza.
Os preços para autocaravanas não são muito convidativos, mas tendo em conta que oferecem a piscina para os tempos mais quentes, e para quem gostar de Parques de Campismo, será sempre uma boa opção neste tipo de turismo de montanha.
Outros Apontamentos:
Em plena serra da Arada, é um centro natural de emoções e experiências únicas. Possui, devidamente recuperada, uma fileira de dezassete moinhos de água, história viva de saberes e estilos de vida cujo conhecimento importa não perder.
Envolvendo-os, correm as águas duma ribeira com cascatas e lagoas naturais que oferecem locais inesquecíveis de lazer e diálogo com a natureza. A uma paisagem idílica rica em flora e fauna, juntam-se outros equipamentos - como uma piscina natural, campos de prática de desporto activo, um parque de campismo, bungalows - que fazem do Bioparque de S. Pedro do Sul um espaço natural e lúdico, único na região.
Fonte www.cm-spsul.pt
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Valhelhas, é uma Freguesia Portuguesa, pertencente ao Concelho e Distrito da Guarda. No acesso ao Povoado de Valhelhas, pela estrada nacional 232, passamos ao lado da antiga Ponte Filipina, nesta altura pensamos que em fase de recuperação, e também em fase de estruturação do terreno adjacente. O Portal AuToCaRaVaNiStA, tem como uma das principais finalidades, registar no geral, nas suas viagens, o património relevante de Portugal. Embora ainda distante do medieval centro da Freguesia de Valhelhas, não deixa de ser um património valioso anexo a esta Terra, que convém sempre registar. De salientar, que Valhelhas já foi sede de Concelho até 1855. De uso exclusivamente pedonal. É património classificado como "MIP" Monumento de Interesse Público. Ver etiqueta "Guarda"
HISTÓRIA:
Ponte Filipina de Valhelhas (Antes)
Depois com estruturação do terreno
Povoação de fundação antiga, a vila de Valhelhas possui vestígios de ocupação que remontam à época romana. Neste período, foi construída uma via que passava pelo centro do povoado, permitindo a sua ligação com Boiça, e sobre o Zêzere, terá sido erguida uma ponte.
Na Idade Média, Valhelhas tornou-se um dos maiores concelhos medievais do território nacional, conhecendo o seu período de apogeu entre os séculos XII e XIV. No século XVII houve a necessidade de melhorar uma das vias de acesso à vila, pelo que cerca de 1631foi construída uma ponte na principal entrada da povoação, na estrada que segue para Belmonte.
Edificada pelo mestre pedreiro Paulo Rodrigues, a Ponte de Valhelhas, estende-se sobre o rio Zêzere,aproveitando possivelmente a localização da antiga ponte romana. É formada por um tabuleiro plano, que se torna curvado nas extremidades, estendendo-se por cerca de 2 quilómetros.
O conjunto assenta sobre quatro arcos de volta perfeita, que descarregam em gárgulas.Em 1679 a ponte recebeu obras de reparação, cuja direcção ficou a cargo do mestre Bartolomeu Álvares, tendo também trabalhado no estaleiro o seu oficial António Rodrigues. No último quartel do século XX a Junta Autónoma de Estradas ordenou a construção de uma nova ponte em Valhelhas, e a partir de 1977 a ponte filipina ficou reservada, exclusivamente, a travessias pedonais.
Catarina Oliveira
GIF/IPPAR/ Fevereiro de 2007
Fonte: www.patrimoniocultural.pt
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O Poço negro, é afinal uma lagoa bem azul proveniente das águas do Rio Teixeira que brota de uma cascata do alto de uma rocha esculpida pela erosão das águas ao longo dos anos, que criaram grandes poços de água, este pequeno paraíso natural fica situado no lugar de Sernadinha, Freguesia de Manhouce, Concelho de S. Pedro do Sul, Distrito de Aveiro, Portugal.
De referenciar sobre os acessos a este local, que é necessário ter pernas, e boa condição física para lá ir, já que para além de terreno acidentado em terra, tem zonas de declive muito acentuado, e que julgo serem uns bons 3 Km de esforço ofegante quando tocar a subir. Estacionamento limitado na estrada.
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A Aldeia Tradicional de Trebilhadouro pertence à Freguesia de Rôge, Concelho de Vale de Cambra, Distrito de Aveiro, Portugal.
Aldeia construída em granito amarelo, desabitada à cerca de 30 anos, perdeu o seu último habitante na década de 80, está à altura desta visita a ser reconstruída, seja por particulares como turismo rural, seja pela Câmara Municipal, com o centro interpretativo, e uma unidade para alojamento, ou acolhimento, de turismo rural.
Obras financiadas em parte pela Comunidade Europeia, pelo Estado Português, através da ADRIMAG, e pela própria Câmara Municipal. Mais uma obra em curso, para o desenvolvimento do projeto "Montanhas Mágicas" ADRIMAG. o Portal AuToCaRaVaNiStA protagonizou a concretização de 2 projetos de Áreas de Serviço para Autocaravanas em 2 Concelhos que integram este projeto das Montanhas Mágicas, a saber Castelo de Paiva, onde também realizamos a maior Festa do Autocaravanismo Nacional, juntamente com Arouca, onde realizamos também uma das maiores Concentrações de Autocaravanas do País, conjuntamente com o Festival da Castanha. Na periferia contamos também com uma Área de Serviço para Autocaravanas em Oliveira de Azeméis, uma concretização conseguida pelo nosso membro do Staff Domingos Oliveira. Temos outros projetos em espera e em desenvolvimento, nesta que é a nossa Região de Eleição, e onde estamos inseridos.
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Vale de Papas, é uma pequena e tradicional aldeia, pertencente a Ramires agora União de Freguesias de Alhões, Gralheira, Bustelo, e Ramires, Concelho de Cinfães, Distrito de Viseu. Esta é uma das aldeias mais genuínas, das aldeias de todo o Vale Bestança, na serra de Montemuro. Ainda se podem ver algumas casas de pedra granítica cobertas no "telhado" por colmo.
Destaca-se para além do casario, a Capela, a Queijaria "ainda em obras" a Forja, ou a Eira, e respetivos canastros. Em Vale de Papas, ainda se vive os tempos idos das tradições, do fumeiro, da lavoura, e da panela de ferro ao lume. Em Vale de Papas, a tradição ainda é o que era. Para os autocaravanistas, informa-se que o estacionamento é bastante limitado, o acesso à aldeia não tem saída, é necessário voltar atrás para retomar a estrada. No inverno é fácil encontrar neve. Não há restauração.
DESCRIÇÃO:
Situada na vertente Norte da Serra de Montemuro, a mais de 1 000 metros de altitude, perto das Portas, confina a norte, com a freguesia de Bustelo da Lage; a sul com os lugares de Faifa, freguesia de Ester e Eiriz, Mós e Sobrado, freguesia de Parada (ambas do concelho de Castro Daire); a ocidente, com a Póvoa de Montemuro, freguesia de Pinheiro, concelho de Castro Daire e com a Gralheira; a oriente, com a freguesia de Tendais.
Fonte: www.cm-cinfães.pt
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A Aldeia Tradicional da Gralheira, fica situada na serra de Montemuro, Concelho de Cinfães, Distrito de Viseu.
Esta Aldeia serrana encontra-se numa encruzilhada de 3 Concelhos diferentes, a saber: Cinfães (onde pertence), Resende, ali ao lado, e Castro Daire, o Concelho mais próximo. Esta Aldeia Tradicional ainda tem como moradores os habitantes da origem, ao contrário de muitas aldeias que se vão desertificando, esta ainda vai resistindo ao turismo rural de fim de semana.
Aldeia bastante frequentada ao fim de semana pela sua gastronomia já que existem ali 2 restaurantes típicos com boa comida. Para o autocaravanismo informa-se que o pouco estacionamento que tem é bastante desnivelado, e os acessos fazem-se por caminhos estreitos e sinuosos, que convém em alturas de frio contar com neve no caminho.
HISTÓRIA:
Alcantilada na Serra de Montemuro, na vertente norte, a freguesia da Gralheira orgulha-se de ser considerada a «PRINCESA DA SERRA», por desde longínqua data, ser a mais progressiva e desenvolvida das que a rodeiam nas encostas da montanha.
Situada nos limites do concelho de Cinfães (ao qual pertence), a sua vida, porém, está mais ligada a Castro Daire, quer pela distância quer pelas vias de comunicação. As povoações mais próximas e com que confina, são: a norte, a Panchorra, do concelho de Resende; a sul, Carvalhosa, Pereira, Cêtos, Póvoa e Faifa, do concelho de Castro Daire; a leste, Cutelo, Campo Benfeito e Rossão, também de Castro Daire; e a oeste, Bustelo, Alhões e Vale de Papas, do concelho de Cinfães. Por esta descrição, facilmente se pode concluir que a GraIheira fica situada no vértice de uma pirâmide, onde terminam os concelhos de Castro Daire, Resende e Cinfães.
A freguesia mais próxima é a Panchorra, que dista apenas cerca de dois quilómetros, tendo a separá-las o Ribeiro Cabrum. Situada em plena serra, encontra-se cercada por altas montanhas onde abundam os planaltos e os outeiros. A paisagem à sua volta é deslumbrante, embora bravia, tanto no Inverno, como no Verão. Se é certo que no Inverno a sua gente mal pode sair de casa, fustigada pela neve e pelo vento, não é menos verdade que, quando aquela cobre monte; e vales com o seu manto alvinitente, oferece a quem a observa um panorama admirável.
No Verão, é embriagador subir ao alto dos montes para ficar extasiado a contemplar toda aquela beleza que se ergue a seus pés, desde o fundo dos vales até ao pico das montanhas. E olhando lá em baixo, ao fundo da encosta, toda risonha e atraente, vê-se a povoação rodeada de campos verdejantes, com o Cabrum a correr ao fundo, deixando transparecer, aqui e além, uma casa de paredes caiadas, em contraste com a sua cobertura de colmo. Segundo Pinho Leal em «Portugal Antigo e Moderno», o seu nome provém da palavra agreste», porque antes se chamou AGRALHEIRA, que no português antigo, significava sítio desabrido, agro, áspero, infértil, etc. Não se sabe ao certo a data da sua fundação ou criação, roas supõe-se já existir no tempo dos Godos. Foi um dos quatro curatos da freguesia de S. Pedro de Ferreiros de Tendais, que chegou a ser concelho durante muitos anos. E por me parecer importante que fiquem a conhecer a história deste concelho, transcrevo aqui o que consegui recolher na obra de Pinho Leal, acima referida.
"D. Sancho I, Rei de Portugal, Ihe deu foral em Maio de 1210 e D. Afonso II deu-Ihe novo foral, com grandes privilégios e foros, elevando Ferreiros de Tendais à categoria de vila e mudando-lhe o julgado em concelho, em 4 de Janeiro de 1258, com as seguintes regalias:
Nomearam entre si um mordomo para receber os foros e entregá-los ao Rei; não irem à guerra sem que o Rei fosse; não responderam senão pelos crimes de homicídio, rapto e lixo na boca. De modo que podiam ser adúlteros. sacrílegos, falsários ladrões, etc, impunemente.
Todos estes privilégios e outros menos importantes, tinham os povos da Agralheira, (hoje Gralheira), Alhões, Bustelo da lagem, Pinheiro, Vila Boa de Cima e Ramires, que eram abrangidos pelo mesmo foral. Tinha também este concelho o privilégio de reguengo e nunca poder sair da Coroa. Mas, D. Afonso V anulou-Ihe este privilégio, dando esta terra, em sua vida, a D. Fernando 1, Duque de Bragança, por doação régia de 15 de Agosto de 1471 com a categoria de julgada. D. Manuel confirmou esta doação no Duque D. Fernando II (filho daquele, de juro e herdade, por provisão passada no Restelo (Belém, a 15 de Agosto de 1495 e depois a confirmou ao Duque D. Jaime, em Alcochete, a 16 de Julho de 1496. Era pois da Casa de Bragança. D. Jaime era íntimo amigo e companheiro d'armas de Rui Vaz Pinto, da família das Pintos de Riba Bestança, senhor da Quinta de Covelas, adiantado de entre Douro e Minho, regedor das justiças e alcaide-mor de Chaves. Esta geração dos Pintos acabou em Manuel António Pinto, que morreu no fim do século XVIII. Tendo o Rei D. Manuel dada o comando de uma armada a D. Jaime, este toma à viva força a cidade marroquina de Azamor, em 3 de Outubro de 1513.
Esta vitória desanimou tanto os mouros, que abandonaram as cidades de Ti-Fi e Al-Medinah. Ben-A-Cafiz, Tafut e Tetnest se rendem, em poucos dias, às armas portuguesas. Rui Vaz Pinto, capitão de uma das galés, tais feitos de valor obrou, nesta guerra, que D. Jaime pediu ao Rei licença para Ihe doar o senhorio de Ferreiros de Tendais, ao que D. Manuel anuiu, em I515. D. João III a confirmou em Évora, a 22 de Novembro de 1533.
Assim, passaram os Pintos (desde então chamados da Torre de Chã ou vilar de Chan, a serem donatários deste concelho. Mas falemos agora desse célebre castelo de Vilar de Chan, ou como vulgarmente era conhecido, Torre de Chan. Há poucos portugueses que ignorem o feito glorioso do audaciosíssimo cavaleiro Geraldo GeraIdes, o sem pavor, isto é, a conquista de Évora, em 30 de Novembro de 1166.
Segundo um manuscrito de autor anónimo, mas que se supõe ser de algum frade bento, diz que Geraldo era natural da vila de Ferreiros de Tendais ou do concelho e de uma família distinta de apelido Pestana. Jovem bravo e aventureiro, reuniu uns 100 homens, seus conterrâneos e apresentou-se com eles a D. Afonso Henriques e obrou prodígios de valor com a sua gente, pelo que era muito estimado do Rei, que lhe chamava o sem pavor. Porém, matando em desafio um fidalgo de nome D. Nuno, grande valido de D. Afonso Henriques e temendo a cólera deste, fugiu com a sua gente.
Como antes de ser um grande soldado, tinha sido um caçador intrépido, sabia que sobre a margem direita do Rio Bestança ( 6 km a ESE do Douro), havia no alto de um monte, um sítio agreste e escabroso, formado um plató quase inacessível, por estar cercada de altas penedias, tendo no centro um alcantilado rochedo. Sabre ele edificou Geraldo e os seus, um robusto castelo, tão inexpugnável por arte, como terrífico por natureza, e aqui fez o centro das suas operações, que eram, diga-se a verdade, roubar indistintamente, mouros e cristãos, sendo o terror dos povos da província.
A fama das grandes presas que jazia, atraiu tantos bandidos à sua bandeira, que chegou a ter 526 soldados de cavalaria e grande número de peões, de maneira que fazia a guerra como conquistador e não como salteador. Quem queria estar a salvo das suas rapinas, pagava-1he anualmente um tributo estipulado. Mas Geraldo era um nobre cavaleiro, não se conformava com esta vida de rapinas e depravações e queria, a todo o custa, obter o perdão do Rei, que temia. Deixou os seus companheiros no castelo e foi só com 5 à cidade de Évora. Aí, falando com o alcaide-mor, disse muito mal de D. Afonso Henriques e prometeu ajudar os mouros a derrotá-lo. O alcaide ficou muito satisfeito e convidou Geraldo a passar dois dias consigo, o que este aproveitou para examinar a fortaleza e fazer namoro à filha do alcaide.
Voltando ao seu castelo, disse aos seus soldados que se preparassem para uma grande façanha, ao serviço do Rei, de Deus e da Pátria, mas sem Ihes dizer qual. Prometeu-lhes o perdão do Rei e ainda honras e terras. Todos concordaram e ele mandou armar e prover de mantimentos para vários dias. Ao anoitecer sairam do castelo, seguindo viagem a caminho de Évora. Caminhavam de noite e escondiam-se de dia. A dois quilómetros de Évora mandou cortar trancas, revelando-lhes então o seu intento.
Dirigiu-se só à cidade, coberto de ramos verdes para não ser visto e assim se aproximou da Torre de Atalaia, onde estava de sentinela um mouro e sua filha. Como não tinha escada para subir, foi espetando ferros e lanças nas juntas das pedras, subiu até à janela onde estava a moura e lançou-a abaixo da torre, degolando em seguida o mouro que ainda dormia. Levou as cabeças dos dois vigias aos seus soldados em sinal de bom anúncio. Voltou depois com os seus homens a investir contra a cidade, lançou fogo à Torre de Atalaia, para atrair aí as forças mouriscas, que, na precipitação, deixaram as portas da cidade abertas.
Geraldo entrou nelas com os seus e trancou as portas com as trancas que mandara cortar. Os mouros ao verificarem o logro em que caíram, investiram contra a porta, mas tiveram que fugir, porque Geraldo deixara 120 homens a cavalo do lado de fora, que nessa altura entraram ao ataque. A população, fugiu espavorida e então Geraldo mandou fazer o saque à cidade e desse produto enviou um quinto ao Rei, como era da praxe naquele tempo, comunicando-lhe o sucedido.
D. Afonso Henriques ficou contentíssimo com esta inesperada conquista e perdoou a Geraldo e aos seus, todos os delitos, nomeando-o alcaide-mor da cidade e outras mercês. Aqui fica a história do Castelo ou Torre de Chan. Foi depois este castelo o solar dos Pintos da Torre de Chan, que construiram junto as suas casas de habitação. No declive do monte se veio com o tempo, a formar a aldeia de Chã, onde foi construída urna capelinha em 1671, por Francisco de Oliveira e Brito e sua mulher Isabel Pinto da Costa.
Dizem alguns, que os povos da Bestatania foram os primeiros povoadores desta terra e deram ao rio o nome da sua pátria, que depois se corrompeu em Bestança. O que é certo é serem povoações muito antigas, talvez povoadas no tempo dos Godos, que aqui construíram os três castelos chamados da Coroa da Aldeia, de Alret e de Ramires. Todos estes castelos estão destruídos. No da Coroa da Aldeia, dizem existir um poço, que segundo a tradição, era a entrada de uma galeria subterrânea, que ia até ao Bestança. Segundo uma escritura existente no Cartório do Convento de Paços de Sousa, o Rio Bestança já assim se chamava no ano de 1050.
O concelho de Ferreiros de Tendais tinha duas freguesias: S. Miguel de Oliveira do Douro e Ermida anexa; e S. Pedro de Ferreiros que tinha quatro curatos: Bustelo da Lagem, Alhões, Gralheira e Ramires. Tinha 12 quilómetros de comprimento desde a Serra do Pernaval até ao Rio Douro e 6 quilómetros de largura, entre os ribeiros Cabrum e Bestança. Os moradores deste concelho pagavam anualmente o foro de 25 bolos de manteiga do tamanho de ovos de pata. A Gralheira, em 1757, tinha 60 fogos. O abade de S. Pedro de Ferreiros apresentava o cura, que tinha quarenta mil réis e pé d'altar".
A serra de Montemuro, que à Gralheira serve de trono, também tem a sua história. embora haja quem diga que é a serra mais desconhecida de Portugal. Há muita gente que, indevidamente, lhe chama SERRA DA GRALHEIRA, talvez por ser este o nome da freguesia que fica mais no alto.
O seu verdadeiro nome - Serra de Montemuro - parece ter sido motivado por umas muralhas que existiram no cima da serra, nas Portas de Montemuro, que hoje se encontram em ruínas, e que, segundo documentos antigos, foram construídas pelos Lusitanos, quando comandados por Sertório, para assim melhor resistirem às investidas das Legiões de Roma.
Protegidos por essas muralhas, teriam os Lusitanos suportado os ataques Romanos infligindo-lhes tantas derrotas quantos os ataques que estes lhes moveram, sendo apenas vencidos pela traição, que vitimou Sertório, tal como acontecera a Viriato e só assim conseguindo transpor aquelas muralhas inexpugnáveis até então.
Mais tarde, foram também utilizadas por Geraldo o Sem Pavor, no tempo em que foi chefe de salteadores, como atrás ficou dito. Exercia a sua nefasta acção naquele sítio, por ser ponto obrigatório de passagem do Douro para o Paiva, em virtude de, ao tempo, não haver outro transporte que não fosse a pé ou a cavalo, e ser mais perto por ali. Geraldo que conhecia bem o local, ali esperava os viajantes, roubando quem por lá passava.
Foi devido a essas muralhas que antigamente davam à serra o nome de «Monte do Muro», até que mais tarde passou a denominar-se Montemuro. A sua altitude é de cerca de 1383 metros, estando em quinto lugar na ordem decrescente das serras de Portugal.
Fonte: www.gralheira.net
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Cinfães do Douro apesar de estar próximo do Porto, pertence ao Distrito de Viseu. Tem como Concelhos vizinhos Castelo de Paiva, Arouca que pertencem ao Distrito de Aveiro, Marco de Canaveses e Baião, que pertencem ao Distrito do Porto, e Castro Daire, e Resende, do mesmo Distrito de Viseu. Cinfães é uma Vila pequena mas arejada, com o românico na sua rota turística, bem como o turismo rural, onde sobressai a sua deliciosa gastronomia.
Destaque para a carne bovina, certificada, de raça Arouquesa, para os caprinos e ovinos, que compõe a gastromia Cinfanense, tais como: A vitela assada, o anho assado, ou cabrito assado, passando pelo cozido à Portuguesa, etc.
Merece uma visita todo o Vale Bestança, bem como as Aldeias tradicionais situadas na Serra de Montemuro.
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A Igreja de Santa Maria Maior de Tarouquela fica situada no lugar de Mosteiro, na Freguesia de Tarouquela e Concelho de Cinfães, Distrito de Viseu, Portugal.
É uma igreja Românica dos séculos XII/XIII, que servia as Monjas Tarouquelenses que foi gerido ao longo de algumas Dinastias, pelas Abadessas. A vivência Monástica era muito próxima das grandes famílias, que ao longo dos anos acabaram por se apropriarem do Mosteiro. As Monjas Tarouquelenses, seguiam inicialmente a Regra de Santo Agostinho, e posteriormente por imposição de D. Urraca, filha de Egas Moniz de Ortigosa, passou-se a usar-se a Regra Beniditina. Actualmente do Mosteiro nada existe, à imagem do Mosteiro de Tarouca, que não sobrou uma única pedra, porque após a extinção das ordens religiosas, os habitantes daquelas zonas desmantelaram tudo a favor da construção das suas próprias casas.
Sobre a Igreja, apenas desapareceu a antiga sacristia, que ficava no lado oposto à que está actualmente a ser usada como sacristia, (que ainda se vê na foto de 1965) a actual sacristia, funcionava na origem como uma pequena capela. As portas de acesso à sacristia original que se vê na foto, encontram-se tapadas por pedras. A Igreja à data da visita ainda está a ser restaurada.
Coordenadas: N 41° 04' 11" / W 08° 11' 17"
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A Capela de S. Pedro do Campo ou S. Pedro de Tendais, fica situada a cerca de 1100 metros de altitude no Vale de Bestança, entre as serras de Montemuro e Gralheira, Este monte pertencente à Freguesia de Tendais que já foi sede de Concelho, agora integrada no Município de Cinfães do Douro. Existem muito poucas referencias históricas relativamente a esta Ermida, que nunca foi considerada Santuário, devido às referencias deste lugar estarem mais relacionadas com o comércio, já que era aqui que se realizava o "Feirote" nome que se dava a uma pequena feira de comércio da região que se realizava a 29 de Junho, e a qual ainda hoje se celebram nesta data as festas neste local.
Os pastores eram os principais e assíduos frequentadores deste espaço serrano, que são muito férteis em pastos e água. Destaca-se a raça bovina Arouquesa, uma das melhores carnes do mundo, sem descurar todo o outro gado miúdo muito utilizado na rica gastronomia desta Região como o Anho e o Cabrito. No inverno é comum o aparecimento da neve e muito frequente os nevoeiros. O aspecto negativo que encontramos em toda a serra do Montemuro e em quase todas as serras de Portugal são as torres aeólicas que estão por toda a parte.
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O Mosteiro de Santa Maria de Carquére, fica situado na Freguesia com o mesmo nome, Carquére, pertencente ao Concelho de Resende, Distrito de Viseu, Portugal.
O Mosteiro apresenta-se de construção original em granito, tem um grande jardim de apoio ao turismo, com parque de merendas, e um miradouro de longo alcance.
HISTÓRIA:
Edificado na encosta norte do maciço da serra de Montemuro, quase à vista do Douro, o complexo monástico de Cárquere notabiliza-se não apenas pelo conjunto arquitetónico e artístico, mas pela profunda ligação aos primeiros anos da nacionalidade.
Considerado, primeiramente, o local onde o pequeno infante Afonso Henriques se curara a pedido do seu aio Egas Moniz pela intercessão da Virgem Maria, constituiu mais tarde o panteão da poderosa família dos Resendes, até à sua dispersão, nos finais do século XV.
As lendas urdidas pelos cónegos regrantes que aqui governaram no espiritual e no temporal até ao século XVI faziam parte de uma estratégia de consolidação e promoção que notabilizasse um património naturalmente apoiado por um extenso conjunto de bens fundiários e contributivos, numa vasta região a sul do Douro. E foram as riquezas que falaram mais alto quando coube reformar o Mosteiro, entregue no século XV a alguns eclesiásticos menos cientes das suas funções. A chegada dos jesuítas, no século XVI, determinou um novo fôlego na ampliação e consolidação do domínio em Cárquere.
Deste instituto partiu a missionação e a evangelização que ajudou a formar o muito afamado santuário da Senhora da Lapa, a sudeste, nos confins dos planaltos da Nave.
A posse de Cárquere foi pacífica até ao século XVIII, quando a perseguição aos jesuítas pelo marquês de Pombal atingiu esta pequena comunidade.
Este percurso, não obstante as vicissitudes dos homens e a sua cobiça, ficou de certa forma registado nos espaços e nos elementos artísticos que definem o atual conjunto.
Embora do período românico os vestígios - contemporâneos do tempo de Egas Moniz e Afonso Henriques - sejam pouco expressivos são, no entanto, dignos de registo a fresta da capela familiar dos Resendes e a torre, hoje imersa no conjunto, mas que teria estado destacada do edifício eclesial e anexos.
No que concerne à fresta da parede testeira do panteão dos Resendes deve-se destacar que surge ornamentada de ambos os lados. Se no interior prevalece uma linguagem geométrica, não obstante o desalinhamento que se sente ao nível da composição das aduelas, é numa das arquivoltas do exterior que surge um dos seus elementos mais originais, as chamadas beak-heads, motivo de importação anglo-saxónica e que se caracteriza pela conceção, em cada uma das aduelas, de animais unifrontados carregados de grafismo.
Nos capitéis optaram pela representação de aves, ora com pescoços enlaçados, ora sozinha, com as asas abertas.
Em relação à torre, fundada sobre afloramento granítico, de natureza defensiva e senhorial, poderá ter sido edificada na mesma ocasião do conjunto monástico e que alguns autores colocam no último quartel do século XII ou já no XIII.
No Mosteiro, a distribuição dos espaços, quer dentro da Igreja, quer exteriormente ao nível do atual cemitério (antigo claustro), denuncia a espacialidade românica. Todavia aquilo que ainda hoje podemos apreciar quando entramos na Igreja é fruto de uma apropriação manuelina da fábrica românica primitiva, pontilhada por prévias intervenções góticas, de que é expressão maior a cabeceira, com sua abóbada nervurada e janela mainelada, apenas visível a partir do exterior.
Da época manuelina destaca-se o portal principal e o lateral norte. As pinturas murais preservadas (sob retábulos-colaterais de correr) contêm do lado da Epístola uma representação de Santo António e Santa Luzia e, no lado oposto, um conjunto de anjos esvoaçantes.
Da medievalidade são ainda as imagens da Virgem de Cárquere e do Leite. A primeira tem despertado a curiosidade dos devotos pelas suas dimensões e, sobretudo, por ligar-se-lhe a já referida lenda. A Época Moderna, coincidente com a presença jesuítica, trouxe consigo a reforma e sobretudo o barroco, de que salientaríamos o trabalho dos altares maior, lateral e o de São Sebastião (atualmente exposto na sacristia), todos integrados no período nacional.
O declínio de Cárquere começou em meados do século XVIII. Esvaziado dos seus guardiães e exposto o seu património à cobiça, viu-se reduzido à condição de igreja paroquial. Ao longo do século XIX a crescente secularização e laicismo da sociedade ditaram que muito do património religioso fosse alienado ou decaísse em ruínas.
O século XX, pela mão de alguns investigadores e do crescente nacionalismo que buscava na história e no património os símbolos para reabilitar a nação e o novo regime republicano, olharam para Cárquere com a atenção devida a um dos legendários esteios da nossa nacionalidade.
Fonte: www.rotadoromanico.com
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