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ARROMANCHES-LES-BAINS - NORMANDIA - FRANÇA


Apontamento AuToCaRaVaNiStA:
Arromanches-les-Bains é uma cidade francesa pertencente à região administrativa da Baixa-Normandia, no departamento de Calvados.
Chegamos a Arromanches com a ideia de verificar os despojos da guerra que ainda permanecem na praia, os bunkers no famoso Muro do Atlântico construído pelos Nazis para defenderem a costa da Normandia de desembarques por parte dos Aliados, e também o famoso cinema 360º que relata os acontecimentos da 2ª Guerra Mundial em que esteve envolvida Arromanches.


Estes últimos momentos da viagem serão os mais fortes sobre a 2ª guerra mundial, já que a seguir visitamos os 2 mais importantes cemitérios desta batalha, o Americano, e o Alemão. O parque no cimo da falésia, é pago, 5€ por 24 horas, é bastante grande, tem~se uma vista deslumbrante, vê-se toda a costa da praia onde decorreu o desembarque e o palco de guerra. Permite tolde mesas e cadeiras no espaço relvado, de qualquer forma pedimos autorização ao porteiro responsável pelo parque.

Última nota; fomos conduzidos por um carro da polícia até este parque, já que no centro da Vila todos os espaços estavam lotados, saliento mais uma vez a simpatia das policias Francesas com os turistas, pelo menos em relação a nós, não vimos nada que se parecesse a Portugal relativamente à caça à multa, nem tão pouco policia a controlar transito, não vimos acidentes, e todas as estradas, autoestradas em que circulamos foi de custo ZERO (Portagens em 5.000 Km - 0 €) excluindo a ponte da Normandia 6 €.
Durante a Segunda guerra Mundial, a pequena vila de Arromanches, que fica localizada entre dois morros escarpados, foi escolhida pelos aliados para receber um dos dois portos artificiais "Mullberry", que foram utilizados para desembarque de tropas e equipamentos.

Os remanescentes deste porto, nomeado pelos Ingleses "Porto Winston", em homenagem ao seu idealizador, Sir Winston Churchill, ainda hoje podem ser observados na praia de Arromanches.
Também lá se podem encontrar o Museu do Desembarque, "Musée du Débarquement", um cinema 360º, também pousadas, restaurantes e pequeno comércio.
No dia 6 de Junho são realizadas comemorações alusivas ao desembarque aliado na Normandia, no Dia-D.
É uma comunidade que tem no turismo a sua atividade mais importante.

HISTÓRIA:

O plano do grande ataque à zona francesa foi elaborado pelos mais respeitados generais dos Estados Unidos, entre eles estava o general Dwight David Eisenhower (que, em 1952 se tornaria o presidente dos Estados Unidos da América), Comandante Supremo das Forças Aliadas, e por grandes homens ingleses, entre eles, o Primeiro Ministro Winston Churchill. Olhando o mapa do território, os comandantes aliados chegaram à conclusão de que além de desembarcar soldados e equipamentos na costa da Normandia, paraquedistas (que na época eram os soldados da Airborne) deveriam ser lançados em lugares estratégicos, tomando pontes, vilas, etc. e executando missões de sabotagem. Toda essa estratégia, elaborada por mais de três anos, deu certo. Logo após o salto dos paraquedistas, mesmo tendo eles se espalhado caoticamente por toda a Normandia, entre os aliados dizia-se que o erro de Hitler ao criar a Muralha do Atlântico foi não ter colocado um telhado nela..

O ENVOLVIMENTO SOVIETICO:
Foi na Conferência de Teerão que pela primeira vez Stalin ouviu falar da Operação Overlord, o nome código do grande desembarque anglo-saxão nas costas da França Atlântica, que seria realizado em 5 de junho de 1944, coordenado com a invasão do sul daquele mesmo país. Stalin não aceitara o plano de Churchill de uma operação de vulto partindo dos Balcãs, para dali abrir um flanco na defensiva alemã da Europa Central. Achou que aquilo era pura tergiversação, uma embromação de Churchill feita às custas do Exército Vermelho que ainda tinha que passar por um inferno para empurrar os alemães para fora da Rússia. Para ele era evidente que o caminho mais curto para o fim a guerra era simplesmente os aliados ocidentais atravessarem o Canal da Mancha, libertar a França, ocupar a região industrial do Ruhr, e, sintonizados com os soviéticos vindos do leste, levar os nazis à capitulação. Roteiro que rapidamente ganhou o apoio de Roosevelt. Em troca desse gesto, da folga que o soldado russo teria, Stalin comprometeu-se - assim que a guerra contra Hitler se encerrasse, a declarar guerra ao império japonês para acelerar o fim do conflito na Ásia.
Os “Três Grandes”, aproveitando a ocasião, também acertaram que as operações militares de maior vulto seriam doravante sincronizadas, fazendo com que uma ofensiva no fronte ocidental fosse de imediato seguida por um ataque no fronte oriental. Dessa maneira, agindo como um torniquete, as forças armadas aliadas levariam o regime de Hitler à sufocação e à derrota final. O que para acontecer arrastou-se ainda por dolorosos e sangrentos 18 meses de guerra. O único momento emotivo daquele primeiro encontro dos “Três Grandes”, deu-se por ocasião da entrega solene de um presente a Stalin. O ditador, que parecia sempre ser uma esfinge aos seus parceiros da conferencia, frio, desconfiado e distante, veio a derramar discreta lágrima quando Churchill presenteou-o, em nome de Sua Majestade britânica, com uma bela espada cravejada em honra à vitória militar soviética em Stalinegrado.

SETORES DE ATAQUE:
Praia de Omaha. A Praia de Omaha, mais conhecida como "Omaha Sangrenta" foi a praia de maior resistência alemã e a praia que deu maior trabalho às forças Aliadas. Omaha estava coberta por obstáculos espalhados por toda praia, que foram mandados implantar pelo Marechal Erwin Rommel para que os tanques Aliados não conseguissem invadir a praia, Omaha também tinha armas anti-navais e metralhadoras MG42 para parar o fluxo de soldados a invadir o perímetro.


Depois de mais de quatro mil mortes, os Aliados venceram a batalha, invadindo o flanco superior-esquerdo da praia pelo cercado de arames e destruindo as casamatas (bunkers) que ali estavam. A praia de Omaha era um apelido dado ao Canal da Mancha, que recebeu este apelido para mensagens que os Estados Unidos enviavam para Inglaterra e que os Nazis interceptavam e não conseguiam entender onde seria o ataque. Varios filmes que mostram o desembarque Aliado na praia de Omaha, como O Resgate do Soldado Ryan (Saving Private Ryan) e O Mais Longo dos Dias (The Longest Day), além de ter livros como O Dia D - 6 de Junho de 1944, de Stephen E. Ambrose, e jogos como Company of Heroes, Medal of Honor e Call Of Duty.


PRAIA DE UTAH:
Utah era o nome de código para a praia a mais distante à direita das cinco áreas de desembarque na Normandia. Localizada na costa oriental da base da península de Cotentin, era uma adição às áreas inicialmente programadas para a invasão. A área de desembarque de Utah era aproximadamente 5 quilómetros e estava ao noroeste do estuário de Carentan. Comparando as fortificações Alemãs na Praia de Omaha e as defesas em Utah, compostas de posições fixas de infantaria, as últimas eram escassas, e imediatamente atrás da área de desembarque foram inundadas e restringiram severamente o avanço terrestre. As forças defensoras consistiam em elementos das 709ª, 243ª, e 91ª divisões de infantaria Alemã.


Os setores de assalto na praia de Utah foram designados (de oeste a leste): Tare Green, Uncle Red, and Victor. A invasão foi planeada para o Tare Green e o Uncle Red, com a saída número 3 quase no meio da área de desembarque. A "hora h" foi programada para as 06:30 horas. A praia deveria ser atacada pela 4ª divisão da infantaria dos Estados Unidos. O objectivo era cruzar a praia e tomar o controle das estradas da costa, estabelecer a ligação com as tropas aero-transportadas que tinham aterrado cinco horas antes, e preparar então para atacar Cherbourg. O desembarque foi feito na praia errada, e devido às fortes correntes, e à fumaça do bombardeamento aliado que obscurecia a área, a força aterrou a 1.800 metros da área designada, no setor menos defendido.

O comandante da divisão, brigadeiro general Theodore Roosevelt Jr., percebeu rapidamente o erro. Expressando sua famosa observação, "We will start the war from here!" deu então ordens para a divisão avançar. Três horas mais tarde, as saídas 1, 2 e 3 tinham sido ocupadas, e por volta das 12.00 horas, os aliados já haviam estabelecido contacto com os pára-quedistas da 101ª divisão perto da cidade de Pouppeville. Ao fim do dia, a 4ª divisão tinha avançado aproximadamente 6,5 quilómetros, e suas unidades mais avançadas estavam a uma milha (1600 metros) da 82ª aero-transportada perto de Saint Mére Église.
Vinte mil soldados e 1700 veículos motorizados tinham desembarcado na praia de Utah com muito poucas baixas, menos de 300 homens. Os alemães não tinham contra-atacado o assalto, devido ao sucesso das tropas aerotransportadas, e também à confusão entre os comandantes Alemães a respeito de onde o ataque principal estava a ocorrer, no entanto, estavam em posição a contra-atacar na península de Cotentin no fim do Dia D.

PRAIA DE JUNO:
Juno era o nome de código para a segunda praia à esquerda das cinco áreas de desembarque para a invasão da Normandia. A praia tinha aproximadamente 10 quilómetros e estava perto de Courseulles-sur-Mer, Berniéres e Saint-Aubin, com dunas de areia fortificadas pelos Alemães. O perigo inicial para os invasores em Juno, não eram os obstáculos Alemães, mas os recifes, estes forçaram o desembarque na manhã mais tarde do que desejada. A hora H foi marcada para as 07:45 horas, de modo que o desembarque se pudesse cancelar caso a maré não o permitisse. Os elementos da 716ª divisão de infantaria Alemã, particularmente o 736º regimento, eram responsáveis pela defesa da área. A praia de Juno era parte da área da invasão atribuída ao 2º exército Britânico, sob ordens do General Miles Dempsey. A praia foi dividida pelo comando aliado em três sectores: Love a oeste, Mike (secções Red e White), Nan (secções Red, White, e Green) a oeste. Deviam ser conquistadas pela 3ª divisão da infantaria Canadense, pela 7ª brigada em Courseulles e pela 8ª brigada em Bernières no sector de Nan. Os objetivos da 3ª divisão no Dia D eram, cortar a estrada de Caen-Bayeux, ocupar o aeroporto de Carpiquet a oeste de Caen, e estabelecer uma ligação entre as duas praias Britânicas de Gold e Sword em ambos lados da praia de Juno.

A primeira leva de assalto desembarcou as 7h55, 10 minutos após a hora H mas três horas após a melhor maré, este atraso pôs os Canadenses numa situação difícil, os obstáculos da praia foram parcialmente submergidos, e os sapadores eram incapazes de desobstruir trajetos para a praia. Aproximadamente 30 porcento dos barcos de desembarque em Juno foram destruídos ou danificados. No início não houve grande resistência, porque as posições Alemãs não tinham as suas armas apontadas para o mar. Os soldados Canadenses contornaram os obstáculos mas foram dar às zonas de matança, a primeira vaga sofreu grandes baixas. A companhia B dos Royal Winnipeg Rifles foi reduzida a um oficial e a 25 homens quando se moveu para a proteção que oferecia a escarpa. Nas equipes de assalto, a possibilidade de se transformar numa baixa nessa primeira hora era quase de 1 para 2. Ao meio da manhã, depois de lutar duramente, a cidade de Berniéres estava nas mãos Canadenses, pouco depois Saint-Aubin era ocupada.
A 3ª divisão tinha-se ligado à 50th divisão britânica da praia Gold a oeste, mas a este os Canadenses eram incapazes de fazer o contato com a 3ª divisão Britânica na praia Sword, deixando uma abertura de 3 quilómetros em que os elementos da 21ª divisão Panzer contra-atacaram. Os Canadenses sofreram 1.200 baixas das 21.400 tropas que desembarcaram em Junho esse dia, numa relação de 1 para 18.

PRAIA GOLD:
Gold era o nome de código para a praia central das cinco áreas de desembarque designadas para a Batalha da Normandia A praia tinha mais de 8 quilómetros de largura e incluía as cidades costeiras de la Rivière e Le Hamel Na extremidade ocidental da praia estava a vila de Arromanches, e ligeiramente mais distante a oeste, a cidade de Longues-sur-Mer. As forças defensoras Alemãs consistiam em elementos a 716ª divisão e uma parte do 1º batalhão da 352ª divisão em Le Hamel. Muitas das posições Alemãs foram colocadas em casas ao longo da costa, com maiores concentrações em Le Hamel e la Rivière. Estas posições eram muito vulneráveis ao ataque naval e aéreo, mas os Alemães contavam com uma grande força de contra-ataque, o Kampfgruppe Meyer, a unidade mecanizada da 352ª divisão localizada na cidade de Bayeux 
Configuração da praia Gold na área da invasão atribuída ao 2º exército Britânico, sob o comando do general Miles Dempsey. Os sectores de desembarque na praia, foram designados (de oeste a este) How, Item, Jig (com as secções Green e Red), e King (com também duas secções, Green e Red). O assalto devia ser realizado pela 50ª divisão de infantaria Britânica. A praia era bastante larga para que duas brigadas desembarcassem. Os objectivos da 50ª divisão eram, cortar a estrada Caen-Bayeux, conquistar um pequeno porto em Arromanches, estabelecer ligação com os Americanos na praia de Omaha a oeste em Port-en-Bessin e também com os Canadenses na praia de Juno a este.

A hora H na praia Gold foi marcada para as 07:25 horas, uma hora mais que os desembarques programadas nas praias Americanas devido ao sentido da maré. Dos primeiros veículos blindados que desembarcaram na praia; 20 deles tocaram em minas, e sofreram alguns danos. Felizmente para os Ingleses, não havia artilharia pesada Alemã na praia, e a resistência da infantaria era ineficaz, (a maioria dos pontos fortes Alemãs tinham sido anulados pelo bombardeio da manhã). la Rivière resistiu até às 10:00 horas, e Le Hamel estava nas mãos Britânicas à meia tarde. Entretanto, o 47º de comandos Britânicos em Arromanches e Longues progredia para oeste, para Port-en-Bessin. Os canhões em Longues tinham sido postos fora da acção num combate furioso com o cruzador HMS Ajax. Pela noite de 6 de Junho, a 50ª divisão desembarcou 25.000 homens, tinham avançado 10 quilómetros, e estabeleceram contacto com os Canadenses na praia de Juno, não tinham no entanto cortado a estrada de Caen-Bayeux nem conseguiram unir-se com os Americanos na praia de Omaha, mas tinha feito um começo impressionante. Os Britânicos sofreram 400 baixas nesta praia.

PRAIA DE SWORD:
Sword era o nome de código para a praia da esquerda das cinco áreas de desembarque na Batalha da Normandia. Com 8 quilómetros que ia de Lion-sur-Mer a oeste à cidade de Ouistreham na boca do rio de Orne, a leste. A área tinha muitas casas de férias e estabelecimentos turísticos situados atrás de uma escarpa. Estava também a aproximadamente 14 quilómetros ao norte da cidade de Caen. Todas as estradas principais neste sector do campo Normando funcionavam através de Caen, que era uma cidade chave para os Aliados e também para os Alemães com finalidades de transporte e manobras. Os Alemães fortificaram a área com defesas que consistiam em obstáculos na praia e em fortificações nas dunas de areia. A defesa da praia foi reforçada com canhões de 75 milímetros em Merville, situados 8 quilómetros a leste do estuário do rio Orne. Eles também tinham canhões de 155 milímetros 32 quilómetros a leste, em Le Havre, além de valas e minas antitanque. Os elementos da 716ª divisão de infantaria Alemã, os regimentos 736º e 125º, junto com forças da 21ª divisão Panzer na vizinhança, eram capazes de participar de operações defensivas ou ofensivas. Por fim, a leste, no rio Dives estava a 711ª divisão.
Na praia Sword, a área de desembarque atribuída ao 2º exército Britânico, sob ordens do general Miles Dempsey foi dividida em quatro sectores: de oeste para leste, Oboe, Peter, Queen, e Roger. A primeira vaga chegou às 07:25 horas do Dia D, composta pela 3ª divisão Britânica, com os comandos Franceses e Britânicos Unidos. Os elementos do regimento South Lancashire assaltaram o sector de Peter à direita; o regimento de Suffolk assaltou ao centro no sector de Queen; e o regimento East Yorkshire assaltou o sector de Roger à esquerda. O objectivo da 3ª divisão era progredir através da praia de Sword, passar próximo de Ouistreham ir direito a Caen e ocupar o aeródromo de Carpiquet. Os comandos tinham conseguido seu objectivo mais importante: tinham se ligado às tropas aero-transportadas nas pontes sobre os canais de Orne. No flanco direito os Ingleses tinham sido incapazes de ligar às forças Canadenses na praia de Juno. Às 16:00 horas a 21ª divisão de Panzer lançou o único contra-ataque Alemão sério no Dia D: o 192º regimento de Panzer Grenadier alcançou a praia às 20:00 horas, mas seus 98 tanques foram detidos por armas antitanque e o contra-ataque foi anulado.
No fim do dia os Ingleses tinham desembarcado 29.000 homens e tinham tido cerca de 630 baixas. Já as baixas Alemãs eram muito mais elevadas, além dos que foram feitos prisioneiros.


POINT DU HOC:
Point du Hoc é uma escarpa situada entre as praias de Omaha (setor Charlie) e Utah, um objectivo atribuído aos rangers do exército dos Estados Unidos no Dia D, que escalaram seus penhascos com o objectivo de silenciar as peças de artilharia aí colocadas e defendidas por elementos da 352ª divisão de infantaria Alemã, e que poderiam bombardear ambas praias americanas. A tarefa de neutralizar a artilharia, e de cortar a estrada que funciona atrás do Point de Saint-Pierre-du-Mont a Grandcamp, caiu aos 2º e 4º batalhões dos rangers, comandados pelo tenente coronel James Rudlder. As ordens eram, às companhias D, E, e F do 2º batalhão, um ataque ao penhasco escalando-o no Pointe, a companhia C desembarcaria a este para destruir posições dos canhões na extremidade ocidental da praia de Omaha.
Enquanto estes assaltos ocorriam, as companhias A e B, com todo o 5º batalhão, deviam esperar na praia e esperar o sinal de que a escalada do penhasco tinha tido sucesso, se o sinal viesse, deviam seguir e escalar também, se o sinal não viesse, deviam desembarcar na praia de Omaha e atacar o Pointe du Hoc pela parte traseira. As companhias D, E, e F desembarcaram no Point às 7:10 horas, 40 minutos mais tarde do previsto. Eram vítimas de mares pesados e ventos, um dos seus barcos afunda-se, entretanto, os Rangers combatiam os alemães no alto dos penhascos em um violento tiroteio, em alguns minutos, o primeiro homem chegava até a parte superior do morro. Os rangers lutaram em pequenos grupos à sua maneira, quando chegaram as casamatas, os canhões não se encontravam lá. Continuaram o combate e cortaram a estrada atrás do Point, então uma patrulha de dois homens descobriu os canhões a uns 500 metros do local. Os canhões foram destruídos pelos dois rangers que depois regressavam às suas posições.
Os outros rangers na praia, não vendo o sinal do Point, desembarcaram na praia de Omaha mas não podiam realizar sua missão de atacar Point du Hoc porque ficaram envolvidos na luta desesperada em Omaha. Eram, entretanto, uma chave ao sucesso eventual em Omaha Embora os relatórios adiantados caracterizassem o ataque no Pointe como um esforço desperdiçado porque os canhões alemães não estavam lá, o ataque estava de fato altamente bem sucedido. Pelas 09:00 horas, os rangers no Point tinham cortado a estrada atrás e tinham posto os canhões fora da ação. Eram assim a primeira unidade americana para realizar sua missão no Dia D com o custo de metade da sua força de combate. Para o fim do dia ocupavam apenas um pequeno pedaço de terreno nas alturas do Point, os Alemães contra-atacavam. Os rangers resistiram dois dias até que a ajuda chegou.

A série de televisão Band of Brothers, de apenas dez episódios, explora os acontecimentos do Dia D em seu segundo episódio, "Day of Days".
Para confundir os alemães, criaram a Operação Fortitude, que consistia num falso desembarque em Pas-de-Calais, "comandado" pelo General Patton, foram criados barcos e tanques falsos de madeira, plástico ou lona a leste da Inglaterra para confundir aviões espiões alemães. Idosos reservistas ficavam o dia inteiro enviando mensagens falsas via rádio entre si.
Hitler estava muito confiante de que o desembarque seria em Pas-de-Calais, por causa de seu espião Garbo que lhe forneceu informações falsas, já que era um agente duplo a serviço da Inglaterra.
Rommel acreditava que o desembarque seria na Normandia, mas como recebeu ordens de Hitler, não pode desobedecer, e teve que ir para Pas-de-Calais.
Graças à Operação Fortitude duas semanas após o desembarque, os alemães ainda esperavam o desembarque em Pás-de-Calais. 

Durante o ataque à Omaha, os tanques anfíbios "DD" (Duplex Drive) não puderam desembarcar por causa da turbulência causada pela grande movimentação de barcos e navios no canal da mancha, os tanques viraram e os soldados desembarcaram sem apoio pesado, o que ajuda a explicar as grandes baixas e feridos em Omaha.
Devido à artilharia anti-aérea, muitos paraquedistas saltaram fora da zona prevista, alguns dos paraquedistas se enroscaram nas árvores, foram vistos pelos soldados alemães e morreram antes mesmo de porem os pés em França.
Fonte: Wikipédia (Arranjos de textos de jbmendes)


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DEAUVILLE - SUR-LE-MER - NORMANDIA - FRANÇA

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Deauville será concerteza a melhor opção para quem vem de Rouen em direção a Caen evitando Le Havre e a ponte da Normandia cuja travessia custa 6€. Chegados ao centro da cidade de Deauville procuramos através de coordenadas a Área de Serviço para Autocaravanas que serve também para pernoita com duração de 24H00 controlado pela policia municipal, na altura um casal de policias muito simpáticos com quem trocamos algum diálogo.

COORDENADAS: N 49º21.432 - E 00º05.072. Tem capacidade para cerca de 8 autocaravanas. O centro da cidade é notoriamente cosmopolita com grandes carros, grandes restaurantes e marisqueiras, grande casino, e tudo à grande e à Francesa.
Deauville pertence ao departamento de Calvados, está a duas horas de Paris, a alguns quilómetros das praias do desembarque dos Aliados durante a Segunda Guerra Mundial, e da estação balneária de Deauville. O porto de Deauville tem ligação com Portsmouth, no sul da Inglaterra, e é feita através da companhia Brittany Ferries. 




               HISTÓRIA:

Situada no coração da Normandia, entre o mar e o campo, e distante somente duas horas de Paris, trata-se verdadeiramente de um lugar de elegância e arte de viver à Francesa, Deauville é tudo isso e muito mais.

Palco do festival do cinema americano,  é famosa pelos seus casinos, cavalos, e o pólo.

A calçada feita em pranchas de madeira, e oferece um espetáculo surpreendente onde os raios de sol brincam com as nuvens e o reflexo do mar, e onde se estende um vasto campo de guarda-sóis multicoloridos, cadeiras de praia e as pequenas cabines de madeira. Deauville foi imortalizada nos anos 60 graças ao cineasta Claude Lelouch.

Construída sobre alguns terrenos pantanosos e dunas, Deauville nasceu da imaginação de quatro homens.
Um homem de férias em Trouville (cidade vizinha), em casa do meio irmão de Napoleão III e grande figura da vida parisiense, cobiçaram com o olhar os terrenos alagadiços vizinhos. Os dois homens tornaram-se sócios, e em parceria com um banqueiro e um arquiteto, criaram a primeira “estação balneária ideal” próxima de Paris.


Hoje, um século e meio mais tarde, a magia está mais viva do que nunca. Deauville soube crescer com harmonia, preservando a sua beleza e as suas raízes, tanto culturais como arquitetonicas. Ao seu estatuto de cidade elegante, acrescenta constantemente algo mais às suas qualidades de cidade internacional, moderna e bem equipada, tanto ao nível do turismo de lazer, como reuniões aliando turismo e negócios.



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LE HAVRE - SEINE-MARITIME - NORMANDIA - FRANÇA

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A nossa passagem por Le Havre estava para não acontecer, porque isso levaria-nos a ter que passar pela ponte da Normandia, ou em alternativa passar de Ferry para a outra margem em direção a Deauville que daremos conta a seguir. Passagem pela ponte da Normandia, "portajada" tem um custo de 6€ (2012).
Le Havre, e principalmente o seu Porto de Mar, foi bastante destruída no decurso da 2ª guerra mundial durante a ocupação nazi na década de 1940. A sua maior devastação foi em meados do verão de 1944, em que atingiu o maior grau de destruição com a evasão dos aliados pelas praias da costa da Normandia Foi posteriormente reconstruida por Auguste Perret no pós-guerra. A sua reconstrução levou mais de 20 anos, mas com isto tornou Le Havre, talvez, o maior Porto Comercial de Espanha. A sua cronologia diz-nos que Le Havre é uma cidade Francesa pertencente à região administrativa da Alta Normandia, do departamento de Seine-Maritime. Le Havre é agora a maior cidade da Normandia com 193 000 habitantes, e é desde 2005 classificada pela UNESCO como Património Mundial da Humanidade.


               HISTÓRIA:

Le Havre de Grace foi criada em 1517 pelo rei Francisco I da França após o assoreamento dos portos do estuário do Sena, Honfleur e Harfleur. Em 1820 e 1852 a cidade foi ampliada, primeiro graças ao alargamento da sua muralha e mais tarde a sua demolição. Porto de guerra durante o século XVII, negociação bem sucedida com as ilhas durante o século XVIII e a emigração para a América durante o século IXX, tudo isso contribuiu para uma demografia elevada e um rápido desenvolvimento da cidade de Le Havre. A industrialização que começou cerca de 1920 colocou a cidade em primeiro lugar na Normandia, graças ao mercado mundial de café e algodão.




Em Setembro de 1944, 80% do centro da cidade foi destruído e o porto completamente devastado.


Demorou vinte anos até Le Havre encontrar nova vida. A parte baixa da cidade é agora a maior reconstrução unitária do pós-guerra com 150 hectares de área. A arquitetura diferente em betão, criação de Auguste Perret, oferecendo colunas antigas e paredes de tela de inspiração oriental, abre Le Havre até ao mar. As luzes dos céus de Le Havre são muito valorizadas pelos impressionistas e dão ao espectador uma impressão de amplos espaços.

Le Havre, mais do que uma cidade, um lugar, a ser descoberto!





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DIEPPE - SEINE-MARITIME - NORMANDIA - FRANÇA

Apontamento AuToCaRaVaNiStA:

Dieppe é uma cidade Francesa pertencente à Região Administrativa "Alta-Normandia", e ao Departamento de Seine-Maritime. A nossa chegada a Dieppe coincidiu com as comemorações do 1º desembarque das tropas aliadas em 19 de Agosto de 1942 na celebre operação Jubileu ou Rutter, e a reconquista da França aos nazis na operação Overlord em 06 de Junho de 1944 no celebre DIA D.



O enorme espaço relvado mesmo de frente para a praia de Dieppe estava todo ele engalanado com tropas trajados a rigor da época com os seus veículos de guerra e respetivos artefatos, não faltando até venda de diversos objectos pessoais da época, de tudo um pouco estava disponível para os interessados.
Aqui predominam os Canadenses, existe até um cemitério militar, tal como um pouco por toda a Região da Normandia, e que daremos conta aqui dos maiores, e que pertencem aos Americanos e aos Alemães.

                HISTÓRIA:

OPERAÇÃO JUBILEU OU RUTTER:
Foi a primeira tentativa de reconquista da França pelos aliados.
A batalha de Dieppe, também conhecida como Operação Jubileu ou Operação Rutter, foi um ataque dos Aliados ao ocupado porto de Dieppe, durante a Segunda Guerra Mundial. Este ataque aconteceu na costa norte de França, em 19 de Agosto de 1942. O assalto começou às 05:00 da manhã e por volta das 10:50 os comandantes aliados foram obrigados a bater em retirada.


Mais de 6.000 soldados de infantaria, a maioria do exercito do Canadá, que foram apoiados por grandes contingentes da Marinha Real Britânica e da Força Aérea Real. O objetivo era conquistar um grande porto de mar e mesmo para provar que isso era possível, e também para avaliar a resposta Alemã. Os aliados também queriam destruir as defesas costeiras, as estruturas portuárias, e todos os edifícios estratégicos, como casamatas bunkers e baterias.
Nenhum dos principais objetivos do ataque foi alcançado. Um total de 3.623 dos 6.086 homens que combateram em terra foram mortos, feridos ou capturados (quase 60%). A Força Aérea Real não conseguiu atrair a Luftwaffe em luta aberta, perdendo 96 aeronaves contra 48 perdidas pela Luftwaffe, enquanto a Marinha Real Britânica perdeu 34 navios.
A Operação chamada de “Jubilee”, e a incursão em Dieppe, foi a maior operação deste tipo levada a cabo durante a Segunda Guerra Mundial, isto antes da Operação Overlord. Dez grandes unidades militares tomaram parte – a maioria formada por tropas Canadenses. As perdas foram pesadas, e somente uma das formações cumpriu o seu objetivo, mesmo assim a operação teve êxito, já que respondeu a uma questão vital que vinha incomodando os Aliados desde Dukerke, já que perceberam que para derrotar Hitler e tudo que ele significava, teria que ser através de uma invasão da costa Francesa. A questão era: seria possível capturar um porto Francês durante os primeiros dias de invasão? A tentativa de capturar a costa em Dieppe, foi feita por seis batalhões e um regimento blindado da 2ª Divisão Canadense, desembarcando em Puys, Pourville e nas praias de Dieppe, e entre essas duas vilas. Porém, de cada lado da costa havia uma bateria de canhões de defesa, os quais eram capazes de fazer explodir todo o navio que se aproximasse da margem. Para lidar com esse problema, dois Comandos Britânicos foram enviados – o Nº 4 pelo oeste, para destruir as baterias em Vesterival-sur-Mer e Verengeville, e o Nº 3 pelo leste, para destruir os de Berneval.

OPERAÇÃO OVERLORD "DIA D":

Foi o nome código dado à Batalha da Normandia, ocorrida a 6 de Junho de 1944. Conhecida também por “Dia-D“, esta batalha representa o início da retomada Aliada de territórios na Europa Ocidental às forças nazis, na Segunda Guerra Mundial. Sob o comando do general Eisenhower, mais de 185.000 homens e 20.000 veículos aéreos, marítimos e terrestres desembarcam na Normandia, naquela que é considerada a maior operação anfíbia da história.
A decisão política sobre a invasão foi tomada após a derrota russa na Batalha de Estalinegrado. Estudos preliminares para a entrada dos Aliados em território conquistado pelos alemães vinham a ser feitos desde janeiro de 1943 num encontro entre o britânico Winston Churchill e o norte-americano Franklin Roosevelt, em Casablanca, em Marrocos.

Paralelamente, os britânicos mantinham a organização dos célebres “comandos”, cuja missão consistia em incursionar no litoral ocupado pelos alemães, para reunir informações, e ensaiar ao vivo, as técnicas de ataque. Finalmente, as forças aliadas, em nova reunião em Quebec, Canadá, decidiram realizar a invasão através da Normandia no norte de França. Exatamente às 4 horas da madrugada do dia 5, os líderes militares estavam reunidos no quartel-general de Eisenhower, em Southwick House Portsmouth, na Inglaterra. Cabia única e exclusivamente ao comandante supremo tomar a fatídica decisão. Depois de seu “ok”, a Operação Overlord teria início nos primeiros minutos do dia 6, com a aterragem dos pára-quedistas e planadores da 6ª Divisão Aérea Britânica, a Oeste do Rio Orne. A estes, seguiriam-se quase três milhões de soldados, que cruzariam o Canal da Mancha. Os exércitos envolvidos nesta grande operação militar tinham objetivos distintos, que consistiam na tomada de posse das praias, com o nome de código, Omaha e Utah, para os Americanos; Juno, Gold e Sword para as tropas Anglo-Canadenses.

Os soldados alemães apostavam na eficácia no seu “Muro do Atlântico“, a linha de defesa das tropas nazistas, que se estendia desde a fronteira franco-espanhola até à Noruega. O general Rommel havia previsto corretamente o local de desembarque das tropas aliadas, e acabou por tornar difícil a operação de desembarque, para não dizer sangrenta, causando muitas baixas entre os soldados Norte-Americanos e Anglo-Canadenses.


Apesar da feroz resistência nazi, as tropas aliadas conseguiram por fim estabelecer uma sólida cabeça-de-praia no litoral francês, que permitiu a entrada de mais tropas para continuar a retomada. As tropas Alemãs dispersaram-se ao longo da Bretanha em fortalezas costeiras e terrestres, tendo agora a guerra em duas frentes. Era o inicio do temor dos generais Alemães, e o princípio do fim de Hitler e do seu expansionismo pela Europa.
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FÉCAMP - NORMANDIA - FRANÇA

Apontamento AuToCaRaVaNiStA:

Fécamp é uma cidade pertencente à região administrativa da Alta-Normandia do departamento do Seine-Maritime na costa do Alabastro. Partimos de Dieppe com destino a Fécamp, chegados ao centro da cidade, mesmo em frente do posto de turismo e da marina, deparamos com um grande parque de estacionamento com parqueamento para cerca de 100 viaturas, com área de serviço para autocaravanas integrada, mas com pagamento no abastecimento de água.


Ficamos bastante perto de toda a centralidade da cidade para visita ao Palácio Beneditino e à grandiosa Abadia de Saint-Trinité, as quais fazemos referencia fotográfica aqui no Slide do Portal AuToCaRaVaNiStA. Estamos naturalmente no Alto da Normandia, a descer a costa, e como estamos a acompanhar a evolução da ocupação Nazi, bem como a estratégia de defesa da costa da Normandia com o denominado Muro Atlântico, vamos continuar a explorar a história até ao derradeiro Dia D.

Este Muro de defesa consistia numa barreira de bunkers em cimento armado e aço, construída pelas tropas Nazis com recurso a trabalhadores-escravos que eram obrigados a trabalhar em toda esta estrutura de defesa construída nas falésias, ou mesmo no interior do mar como barreiras para evitar o desembarque das tropas aliadas. Estávamos em plena 2ª Guerra Mundial, e a expansão territorial da tropa Nazi em curso. Atualmente, em toda a linha marítima da Normandia se vêem ruínas ou mesmo bunkers intactos desta mesma defesa do muro do atlântico construída pelos Nazis. Sobre este muro de defesa ainda daremos mais pormenores ao longo de toda a viagem pela costa, que foi o palco do desembarque das tropas aliadas no Dia D, em 06 de Junho de 1945.

              HISTÓRIA:

Emoldurado pelas mais altas falésias da Normandia, Fecamp foi desenvolvido no coração de um vale. A vista panorâmica do Cabo Fagnet, atinge uma altura de 110m acima do mar, a vista panorâmica também abrange a cidade, o porto e falésias.
Semaphore, foi construído sobre as fundações do primeiro farol Fécamp.



A Notre Dame de Hi preserva ainda as oferendas aos marinheiros, o farol e as fortificações.

Durante a 2ª Guerra Mundial, a Wehrmacht construíu o Muro Atlântico e para além dos bunkers, uma estação de radar, a mais importante na costa, e um hospital militar encravado na falésia.




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PENAFIEL - PORTO

Apontamento AuToCaRaVaNiStA:


Penafiel é uma cidade Portuguesa, pertencente ao Distrito do Porto. Cidade histórica com inúmeros pontos de atração turística espalhados pelas diversas Freguesias que a compõem. através da Rota do Românico, à qual fomos à sua descoberta. Aconselha-se também a sua Gastronomia com destaque para o cabrito no forno a lenha, a sopa seca, entre muitos outros. Para estacionar a autocaravana aconselhamos o parque da Feira, junto à GNR, bem no centro da cidade,




          HISTÓRIA:

Um brevíssimo olhar sobre o passado de Penafiel,
por Teresa Soeiro: 
Penafiel, com as suas trinta e oito freguesias distribuídas por 212,82 km2, é uma terra antiga no coração do velho Entre-Douro-e-Minho. Ocupando o interflúvio Sousa/Tâmega/Douro, tem solos essencialmente graníticos, ricos de águas e propícios para a exploração agrícola intensiva, nas últimas décadas valorizados também em função de uma importante indústria de extracção de pedra. A sudoeste, as freguesias integram-se no complexo xisto-grauváquico, tornam-se mais extensas, com importantes parcelas de monte, outrora baldio pastoril, hoje florestado. 

Zona intermédia de contacto do litoral com a montanha, em todos os tempos por aqui passavam importantes vias de comunicação inter-regional, terrestres e fluviais. Exemplo das primeiras seria a estrada real que desde a Idade Média ligava o Porto a Trás-os-Montes, geradora do actual centro urbano que, a um dia de viagem, desempenhava papel fulcral no apoio ao trânsito de passageiros e mercadorias. O Douro surgia como indispensável via fluvial de penetração para o interior, com papel mais relevante à medida que nas encostas do Alto Douro se expandia a produção do vinho generoso, que descia nos rabelos até ao Porto. Entre-os-Rios, também a um dia de viagem, cumpria aqui papel idêntico ao da cidade, no apoio aos viajantes e como centro de redistribuição de mercadorias.



Bastante povoado desde a pré-história, como testemunham dezenas de monumentos megalíticos e alguns povoados, no território penafidelense não faltam também sítios castrejos. Monte Mozinho (Oldrões/Galegos), povoado fortificado erguido no dealbar da nossa era será, pela sua extensão e relevância material, um primeiro centro, que, após trinta anos de escavações arqueológicas merece bem uma visita atenta.
Com a consolidação da integração no mundo romano, veremos a população organizar-se em novas formas de habitar, tipificadas em lugares abertos e concentrados, rodeados por terras de lavoura, ou em casais dispersos na paisagem agrícola como ilustram as casas postas a descoberto na Bouça do Ouro (Boelhe). As termas romanas de S. Vicente do Pinheiro, surgidas no início do século XX aquando da construção do actual estabelecimento termal, já destinadas a fins medicinais, podem dar-nos uma imagem dessa permanência milenar da capacidade para identificar e aproveitar os recursos naturais. Também os filões de ouro existentes nos xistos e quartzitos foram explorados na época romana. Um intenso comércio e a circulação de uma moeda comum trouxe a todos estes núcleos grande quantidade e diversidade de produtos artesanais, que materializam a integração cultural, reafirmada por valores fundamentais como a adopção da língua e das formas de ser e de estar da romanidade. 
No século IX a vivência do território é outra, pontificando como nova centralidade a Civitas Anegia, instalada num cabeço sobranceiro à confluência do Tâmega com o Douro, que dominaria extensas terras nas duas margens daqueles rios. A esta Civitas pertencia a futura terra ou tenência de Penafiel de Canas que, no século XI, desmembrada a anterior organização, assumirá por sua vez a capitalidade de um espaço mais reduzido, embrião do actual município.

Neste mundo românico, retratado pelas Inquirições de 1258, deparámos com muitas das actuais paróquias, imersas numa economia agro-pecuária e piscatória que foi longamente dominante. Dos grandes senhorios eclesiásticos destacamos, porque aqui sedeados, os mosteiros beneditinos de Paço de Sousa e de Bustelo, o primeiro ostentando ainda uma magnifica arquitectura românica e dando guarida ao cenotáfio historiado de Egas Moniz de Ribadouro, aio de Afonso Henriques, o segundo profundamente transformado ao gosto barroco, de uma riqueza e monumentalidade ímpar. As casas fidalgas de raiz medieva podem bem ser representadas pela Honra de Barbosa (Rans), com a sua torre sobranceira às terras de cultura, ou pela mais transformada Torre de Coreixas (Irivo).
Os templos românicos de Boelhe, esse divino brinquedo como lhe chamou Miguel Torga, ou o de S. Salvador da Gândara onde se venerava uma cabeça santa muito milagrosa, procurada pelos peregrinos, o de Abragão ou o mais tardio de S. Miguel da Eja, no qual se anuncia já o gótico, o memorial funerário de Ermida (Irivo) são monumentos nacionais.
Por este tempo emergia no território penafidelense uma nova realidade. Na freguesia de Moazares, de cuja igreja românica (Santa Luzia) temos ainda a cabeceira, rodeada por sepulturas escavadas na rocha, surgiu um segundo núcleo forte, instalado à margem da estrada que vinha do Porto e, passado o rio Sousa na medieva ponte de Cepeda, ascendia pela Costeira até atingir o alto. Aqui estaria o local ideal para crescer um aglomerado urbano especializado em serviços aos viandantes, na artesania e venda de manufacturas, no estabelecimento de uma grande feira. Arrifana de Sousa foi o nome escolhido.

Santuário Nª Srª do Sameiro
Este era um lugar arruado, disposto em banda ao longo da estrada, onde João Correia, um rico mercador da praça do Porto com trato na Flandres, cristão novo ao que se diz, faria erguer a manuelina capela do Espírito Santo, na cabeceira da qual alojou o próprio túmulo, coberto por uma bela placa de bronze lavrado com o seu vulto, trabalho flamengo que fez vir ainda em vida, nos anos iniciais do século XVI faltando por isso completar na gravação da data fúnebre.
Em crescimento, Arrifana assumiu a paróquia, com o orago S. Martinho, e construirá nas décadas de 50 e 60 do século XVI um novo templo, sobre a capela de João Correia, no modelo de igreja-salão com fachada retábulo maneirista. Apesar desta pujança, a terra continuava na dependência administrativa do Porto desde que D. João I a dera àquela cidade como agradecimento pela ajuda à sua causa.


Durante toda a Idade Moderna Arrifana de Sousa cresceu como centro de serviços e terra de muitas indústrias, com uma importante feira anual no S. Martinho, e ampliou a mancha urbana que se estendia já para cotas mais elevadas onde, no início do século XVII, a Misericórdia, uma das mais antigas do país, fará construir a sua monumental igreja. A fidalguia, no entanto, mantinha-se fora da urbe, preferindo habitar os solares ancestrais, que a acumulação de recursos provenientes do aumento da rentabilidade das terras e dos negócios de além-mar permitirá reformar e monumentalizar.
Apenas em 1741, depois de uma persistente insistência junto do poder, a que o Porto sempre se oporá, Arrifana de Sousa ascende à categoria de vila e concelho, composto por duas freguesias, a própria e a vizinha Santiago de Sub Arrifana. Pouco viável, mas orgulhosa da sua autonomia duramente conquistada, a população e a Câmara serão, em 1770, surpreendias pela elevação a cidade, sede de um vasto concelho. Não o haviam pedido, nem sequer foram atempadamente informados desta benesse, atribuída por D. José a 3 de Março, para que aqui se pudesse fixar a sede de um novo bispado que a política pombalina queria destacar do território da poderosa mitra portuense. Mais ainda, por esta determinação régia, Arrifana perderia o seu nome para adoptar o de Penafiel, até então reservado ao concelho cujas justiças estavam ainda formalmente no castelo medieval.

Vila, cidade, sede de comarca e de bispado em menos de trinta anos, foram significativas mudanças que exponenciaram o crescimento desta terra, atingindo ponto alto de prestígio, riqueza e desenvolvimento na segunda metade de setecentos. Depois vieram os tempos conturbados da guerra peninsular, e Penafiel esteve sucessivamente ocupada pelos exércitos francês e luso-britânico, e da guerra civil. Recomposta destes pesadelos, a cidade (cerca de 10% do total da população) e o seu município, agora com a composição territorial definitiva, entrarão, na segunda metade de oitocentos, em novo período de crescimento, assumindo as promessas do progresso fontista. É nesta fase que se fixa o urbanismo que ainda hoje reconhecemos nas ruas, avenidas e praças, com todas as peças prestigiantes como o quartel militar, o cemitério, o jardim público, a praça do mercado, o matadouro, a casa das repartições, o teatro, as escolas, etc., e mesmo o início de um proeminente santuário sobranceiro à cidade, com o seu parque.

Fonte: www.cm-penafiel.pt

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ROUEN - NORMANDIA - FRANÇA

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Rouen surpreendeu pela positiva, ao contrário de Paris, esta cidade histórica surpreende o visitante a cada passo dado a cada esquina dobrada. É surpreendente a quantidade de monumentos históricos disponíveis nesta cidade. Muitas das casas estilo Alsácia ainda permanecem originais.
Rouen é conhecida pela sua imponente catedral de Notre Dame , com o seu Tour de Beurre ( torre de manteiga . A catedral foi o tema de uma série de pinturas de Claude Monet, alguns dos quais estão expostos no Musée d'Orsay em Paris. De salientar que esta Catedral foi profundamente danificada a quando da invasão das tropas Alemãs a Rouen. Os bombardeamentos dos aliados também destruíram muitos edifícios desta bela cidade, que foi reconstruida com a genuinidade que lhe era característica. Posso assegurar, caso não soubesse da destruição (documentada dentro da Catedral) não me aperceberia absolutamente de nada. 
É na rua Gros Horloge que está situada a porta do relógio, uma torre com passagem que ostenta em cima um relógio astronómico em talha dourada, que remonta ao século 16. Toda a cidade respira história, deve ser a cidade Francesa com mais património edificado e de interesse público por metro quadrado. Existe uma outra monumental Catedral uns metros mais à frente, (secundária) que faz inveja a qualquer cidade importante do mundo.


       HISTÓRIA:

1940 - 2ª Guerra Mundial:
Em 9 de junho de 1940, as tropas alemãs entraram em Rouen . O exército francês fez explodir a ponte para impedir a passagem do lado esquerdo do rio, mas foi incapaz de evitar a ocupação da cidade. A área entre a catedral e o Sena foi atingida pelos combates e vai arder durante uma semana , os alemães proíbem a intervenção dos bombeiros, a destruição é brutal. Parte da população fugiu da cidade. 
Durante 4 anos, Rouen sofreu o terror dos nazis, as prisões cheias de reféns, torturas, execuções, deportações, privações. Além disso, há bombardeamentos, todas as semanas de 30 maio a 5 junho 1944, 400 bombas, uma tonelada cada. 1500 pessoas foram mortas, a Catedral está danificada, Saint-Maclou, o Palácio da Justiça, e uma grande parte da margem esquerda, está destruída. Há 40 mil vítimas. 
Em 30 de agosto de 1944, o exercito do Canadá liberta Rouen . A cidade está em ruínas. 

Rouen, desde 1945:


Os anos do pós-guerra são os da reconstrução. Um quarto das casas foram reconstruídas. Rouen prefere manter o plano antigo da cidade e com a mesma largura das ruas, ao contrário da cidade de Havre , que prefere construir uma nova cidade, e elevar as plataformas, cortando a cidade com o rio. 

A Catedral de Notre Dame de Rouen, reabre em 1956. As últimas ilhas foram concluídas em 1962.



Tal como no resto do país, o crescimento da população e a crise da habitação levou à construção de novos bairros na margem esquerda (em Saint-Étienne du Rouvray e Grand Quevilly) e na margem direita ( Grand'Mare, e Canteleu). Na margem esquerda da cidade, foi construída a cidade administrativa. As transformações da cidade nos anos 70 e 80 estão relacionados com a ação de Jean Lecanuet, o Maire de Rouen de 1968 a 1993. Nos anos 70, começou a reestruturação do centro da cidade, eliminando ilhas consideradas insalubres, o que abriu caminho para a construção de "conjuntos habitacionais, como aqueles construídos em torno da cidade em vez de um bairro com casas de madeira. Este é o tempo da restauração das fachadas, criando ruas pedestres (Rue Gros Horloge em 1970, a primeira rua pedonal). Em 1979, foi inaugurada a Igreja de Santa Joana d'Arc em o Place du Vieux Marché. 


A partir daqui, as torres de 18 andares da Frente do rio Sena, o Palácio do Congresso, e a Praça da Catedral, e mais recentemente, dentro da área foi construído o palácio na Place de la Pucelle. Nos anos 70 criaram-se um segundo centro da cidade, na margem esquerda, o centro de Saint-Sever . Nos anos 90 são as do comissionamento da metrobus de Rouen, o sucesso das velas da Liberdade (1989), a Armada de Liberdade (1994), e da Armada do século (1999), e finalmente, da Armada Rouen em 2003. Rouen continuou o desenvolvimento urbano, em particular a transformação de docas, da margem direita urbana, e o retorno das faculdades de medicina e direito na cidade etc.


Rouen tem cerca de 111.000 habitantes . Rouen era a cidade mais importante da Comunidade da Grande Rouen, uma cooperação público-inter municipal criado em 1 de Janeiro de 2000, e envolvendo 45 municípios. Desde 1 de Janeiro de 2010, esta instituição pública cresceu, e tornou-se numa Comunidade aglomerada, Rouen Elbeuf-Austreberthe (A AERC), que inclui 71 municípios , com cerca de 500.000 habitantes



Texto de Jean Braunstein, professor de História ©
Tradução e arranjos de jbmendes


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HOULGATE - NORMANDIA - FRANÇA

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Houlgate é uma cidade Francesa da região administrativa da Baixa-Normandia, do Departamento de Calvados.
De passagem para Granville paramos nesta pequena cidade à beira mar plantada, e também ela palco dos desembarques dos aliados no derradeiro Dia D. Como os Nazis tinham toda a costa de mar da Normandia sob proteção de bunkers no chamado muro Atlântico, houve naturalmente muitos estragos nos edificios desta cidade costeira.


                 HISTÓRIA:

Durante séculos, a cidade foi então chamada de Beuzeval, permaneceu pouco povoada (301 habitantes em 1836). A população era predominantemente agrícola, e viviam num pequeno povoado de casas perto da antiga igreja datado do XII século (a localização atual do cemitério), e na margem esquerda do Drochon, perto da sua foz, e perto do porto dos mergulhos, um outro grupo de casas, o mais importante, o povoado de Mar, que incluiu algumas casas de pescadores.
O mar era considerado uma fonte de perigo já que a população estava instalada no seu interior. .

Entre 1845 e 1850, a popularidade do banho de mar de Beuzeval torna-se muito apreciado. Alguns turistas vêm de Caen e Paris, para estadias na aldeia de Mar. Devido a esta crescente de procura por parte de pessoas abastadas da sociedade Francesa incluindo a Realeza, o Grand Hotel foi construído em 1877.
Em 1860 foi construída a capela de Houlgate de Notre-Dame (agora Villa La Chapelle), que substitui a antiga igreja Beuzeval (XII ª ), que era muito pequena. Construções como "chalets" multiplicam-se, o primeiro casino, é construído  frente ao mar, e em frente ao Grande Hotel. Uma segunda estação balnear  nasceu, e o desenvolvimento da zona cresceu com uma rapidez surpreendente.


Em 1898, o Resort de Houlgate foi ultrapassado em importância por Beuzeval-les-Bains e, o inevitável acontece, Houlgate foi rebatizado e agora será chamado Beuzeval-Houlgate e, finalmente, em 1905, apenas o nome Houlgate será mantido.
Houlgate desacelerou na altura da guerra de 1870, e nos anos 80 o crescimento vai levar Houlgate à construção de um frenesim de hotéis de luxo  e de construção em geral,  bem como a criação de empresas e desenvolvimento de infra-estruturas comunitárias adequadas às novas necessidades.

Nos últimos anos, os encantos do local  atrai  bastantes visitantes que origina a criação de mais instalações de alojamento.
A frente de mar foi sendo preenchida em poucos anos com grandes mansões (quatro níveis em geral) construídas sobre um aterro de pedra, cuja localização foi sabiamente localizada de acordo com os movimentos do mar. Estas moradias tem estilos de contrução muito diferentes. Muitas das mansões são de luxo, e mostraram, depois de mais de um século de resistência ao tempo, que ainda permanecem belos mesmo com os danos sofridos durante a Segunda Guerra Mundial, já que a maioria deles ficaram ainda de pé, e foram restaurados posteriormente.

A chegada da rede ferroviária vai impulsionar o crescimento global, mas de forma desigual. A estação será localizada no território de Houlgate. A rota da linha ferroviária junto com uma estrada costeira, vai cortar parte da importancia de Beuzeval -les-Bains já prejudicada no seu desenvolvimento pela falta de espaço entre o Drochon, e Butte de Caumont,  seria preferida uma outra alternativa que teria aumentado a sua acessibilidade através de um túnel sob o monte de Caumont.




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ORADOUR-SUR-GLANE - CIDADE MÁRTIR - LIMOUSIN - FRANÇA

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Oradour-sur-Glane é uma aldeia Francesa da Região do Limousin. O massacre e a destruição de Oradour-sur-Glane ocorreu em 10 de Junho de 1944. 642 habitantes homens, mulheres e crianças, foram mortos sem dó nem piedade pelas tropas Nazis, uma unidade da Divisão SS 2 "Das Reich".
Oradour-sur-Glane ficou batizada como a aldeia mártir. 




Quem visita este memorial, não visita apenas ruínas de edifícios e destroços sem qualquer valor! Visita sobretudo uma parte importante da história da humanidade, cada casa, cada objecto, tem uma história, e quem conhece essa história, vive-a ali no momento em que olha ao seu redor e imagina, recria, e até vive esta história real de terror. 

Monumento histórico desde 1946, as ruínas da aldeia mártir é visitado anualmente por 300.000 pessoas oriundas de todas as partes do mundo. Enquanto isto acontecia em França, o holocausto estava em marcha noutros Países como Áustria, Polónia, etc. Para que a memoria perdure, e sirvam de exemplo, ficam as imagens chocantes do holocausto nazí, na postagem e no slide anterior a este com a mesma etiqueta, "ORADOUR-SUR-GLANE". Para que a memória não se apague. 

                HISTÓRIA:




As tropas Nazis tinham ordens para atravessar o país para chegarem aos combates que estavam a ocorrer na Normandia. Ao longo do caminho, a unidade militar Alemã foi constantemente atacada por membros da Resistência Francesa. Na manhã de 10 de junho, dois civis franceses relataram aos oficiais Alemães que os habitantes de Oradour-sur-Glane estavam a comemorar a vitória dos Aliados e a colaborar com eles, e que tinham feito prisioneiro um Oficial Alemão. 




Mais tarde, naquele 10 de junho de 1944, o 1 º Batalhão do Regimento de SS "Der Führer", comandada por Otto Dickmann SS-Sturmbannführer, cercaram a aldeia de Oradour-sur-Glane e ordenaram que todos os moradores se reunissem na praça pública perto do centro da aldeia. Todas as mulheres e crianças foram trancadas na igreja, enquanto os homens foram mortos a tiro e queimados, apenas cinco homens escaparam, e 197 morreram, mais tarde, as SS entraram na igreja e queimaram mulheres e crianças, os que tentavam fugir foram metralhados, apenas uma mulher sobreviveu, 240 mulheres e 205 crianças morreram. Um pequeno grupo de pessoas que fugiram antes da chegada das SS, também foram capturados nessa mesma noite. 

Oradour-sur-Glane não foi a única chacina coletiva deste tipo cometidos por tropas alemãs, outros exemplos bem documentados que incluem as aldeias de Kortelisy da União Soviética (hoje na Ucrânia), Lídice da Tchecoslováquia (hoje República Checa), a aldeia holandesa de Putten, e povos de algumas terras italianas como por exemplo, Sant'Anna di Stazzema e Marzabotto. Além disso, as tropas alemãs executaram reféns (individualmente e em grupos) hipoteticamente pertencentes à resistência francesa. 

A versão oficial do massacre deixa claro que a população desta aldeia era completamente inocente. Embora Limosin, região, fosse o centro do movimento de resistência comunista, os habitantes de Oradour-sur-Glane estavam completamente inocentes nesta guerra. Portanto, não há desculpa para que o exercito Alemão escolhesse Oradour- sur-Glane para a execução deste massacre. Uma das possíveis razões para o ataque é a semelhança do nome com a de Oradour-sur-Vayres, uma cidade vizinha que, essa sim, tinha uma notável actividade de resistência.

       A criação do memorial:




Depois da guerra, decidiu-se deixar as ruínas como estavam, e reconstruir a nova cidade de Oradour a algumas centenas de metros de distância, para preservar a memória deste ato de destruição e chacina. Atualmente, cerca de 300 mil pessoas visitam o memorial todos os anos. Em 1992, o Conselho Geral de Haute-Vienne deu os primeiros passos para se estabelecer um memorial. Em 1994, iniciou-se um projeto internacional para projetar o sitio da aldeia mártir. Inaugurado em 1999, o Centro de Memória e Documentação, teve a presença do presidente Jacques Chirac. O memorial está localizado no terreno entre as ruínas da cidade velha e da nova localização da cidade nova. No interior, os visitantes fazem uma viagem através dos momentos mais sombrios da história de França: a ascensão do nazismo, a declaração de guerra, a França de Vichy e Oradour-sur-Glane, etc. 


Desde o início do projeto, foi estabelecido que não deveriam ser adicionados ou removidos quais-queres objetos das ruínas, eles devem ficar como no dia do massacre, com excepção de algumas cinzas que foram movidos para o cemitério, e algumas peças mais pequenas e frágeis que foram para o museu. A única entrada para as ruínas da aldeia faz-se através do Centro de Memória, ao lado da nova cidade, passando pelo centro de recepção que tem um túnel que leva os visitantes para o outro lado da aldeia mártir. O edifício está parcialmente enterrado, na recepção, uma enorme fotografia mostra Hitler na frente de uma multidão, a fazer um discurso em Munique em 1936, o quadro reflete o tema do Centro de Memória: Hitler e os nazis, que foram culpados pela tragédia de Oradour-sur-Glane. O centro também tem uma biblioteca que oferece um grande número de livros e catálogos, cartas, jornais e revistas. 

A preservação das ruínas começou no final de 1944, e em 1946 foi aprovada uma lei que garante que as ruínas permaneceriam como haviam sido encontrado depois do massacre. Em março de 1945, o general Charles de Gaulle, líder do governo provisório francês, visitou as ruínas e prestou homenagem às vítimas. A partir deste momento, Oradour-sur-Glane têm um lugar especial na memória coletiva dos franceses. No cemitério, existe uma coluna que contém as cinzas das vítimas não identificadas do massacre de 10 de junho de 1944. O monumento foi financiado por um dos sobreviventes que perderam toda a sua família no massacre. Originalmente, os restos mortais foram colocados numa cripta que foi construído pelo Estado, mas as famílias dos sobreviventes rejeitaram. Perto do pilar há dois urnas de vidro contendo ossos. Apenas os corpos de 52 das 642 vítimas foram identificadas, o resto foram oficialmente declarados desaparecidos ou dados como mortos. 


No cemitério há placas de mármore preto montado na parede atrás da coluna, com os nomes e idades das 642 vítimas do massacre. Atrás da coluna há um número de placas individuais, memoriais, colocadas há anos por grupos de veteranos, sindicatos, associações e viúvas, cidades, partidos políticos, e membros do movimento de resistência francesa, também tem uma placa do Comitê Internacional do campo de concentração de Buchenwald, uma organização comunista formada pelos prisioneiros deste campo de concentração.



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