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IGREJA DE SANTA MARIA DE VEADE - CELORICO DE BASTO


Apontamento AuToCaRaVaNiStA:
Veade é uma Freguesia Portuguesa pertencencente ao Concelho de Celorico de Basto, Distrito de Braga.
Logo à saída de Mondim de Basto em direção a Celorico, é fácil visualizar esta Igreja Românica situada do lado esquerdo. Uma pequena Igreja Românica, com a inscrição da data, na pedra superior do portal frontal pouco perceptível da data da sua reconstrução, mas que se lê na placa de informação que está assinalada com a data de 1732. Este edifício religioso de estilo Românico tem como data de construção entre o século XII e XIII.

Celorico de Basto é também ela uma região de boa gastronomia, já eram horas de almoço, e através de um amigo da terra que nos indicou um restaurante para almoço de nome "Sabores da Quinta" mas como não reservamos já estava lotado.


Seguimos em frente, e encontramos este excelente restaurante "O GRILO" Morada - Edificios: Portas da Vila - Barreiros Celorico de Basto - Telf. 255 322 085. excelente comida, excelente preço, excelente atendimento. Só não foi certificado pela CPF Portugal por não reunir os requisitos do Rústico. O ambiente é moderno e bastante airoso. Um local a revisitar nos roteiros que fiquem no enfiamento local.

              HISTÓRIA:
 A Igreja de Santa Maria de Veade conserva significativos trechos de arquitetura românica que nos remetem, de imediato, para a existência de um edifício de grande aparato durante essa época. Apesar do seu caráter regional, estes elementos não deixam, contudo, de constituir um dos melhores trabalhos dos nossos artífices românicos. Na origem desta Igreja estará um pequeno eremitério, fundado em propriedade particular, que no século XIII se vinculou à estirpe dos Guedeões. Disso pode bem ser testemunho a inscrição que, gravada num silhar de granito, foi embutida na parede lateral norte da nave da Igreja, junto ao portal, do seu lado esquerdo: SUB : Era : Mª : Cª2 : X’ª : VIIª / OBIIT : FAMULA : DEI / MIONA : DOLDIA : GOMEZ

Trata-se da inscrição funerária de D. Dórdia Gomes que, por ser aqui referida como Miona, seria pessoa de alto posicionamento social. As designações Miona, Miana ou Meana, derivam da expressão mea domina ou mea domna e que foram usadas, apenas, num muito restrito grupo de mulheres ricas-donas do século XII ou XIII. Ao alto estatuto social juntava-se a piedade por terem estado muitas vezes envolvidas na fundação de casas monásticas. Tendo, pois, falecido em 1159, é possível que Dórdia estivesse de alguma forma relacionada com as origens da instituição monástica que as Inquirições de 1220 designam como monasterium de Bialdi, embora a Igreja de Veade fosse já ao tempo um templo paroquial.

Apesar das incertezas sobre esta figura feminina, que se fez sepultar em Veade, há uma referência posterior que não pode deixar de lhe ser associada. Nas inquirições de 1258 é referido o nome de D. Dórdia Peres de Aguiar, mais conhecida por ser mãe do mestre de Santiago, D. Peres Paio Correia. Esta senhora da nobreza regional era trineta do primeiro da linhagem dos Guedeões ou Guedaz, cuja área de domínio se situava entre o Douro, Minho e Trás-os-Montes. Parente de D. Dórdia terá sido o cónego Gomes Alvites que, antes de 1258, inesperadamente vendeu a Igreja e todos os casais à Ordem do Hospital.

Conhecendo o sistema das igrejas próprias, que vinculavam direitos e bens aos descendentes de certo fundador, é com estranheza que vemos um único indivíduo a tomar o controlo de um vasto património que deveria estar na posse de vários. A Igreja, primeiramente templo menor que as inquirições afonsinas definem como monasterium de Biadi, constituiria uma ermida com servidões para os eremitas, tipologia comum aos primeiros cenóbios familiares, uns ocupados pelos próprios familiares, outros entregues à gestão de estranhos devotados à vida em solidão ou em pequenos grupos.

É provável que à ermida tenha sucedido construção maior e mais nobre, devida talvez à intervenção dos Guedeões, nomeadamente por mão de Gomes Alvites, ligado ao clero bracarense, da qual remanescem significativos trechos integrados na fábrica atual.
Todavia, o investimento mais notável no espaço eclesial será posteriormente da responsabilidade dos comendadores da Moura Morta, a quem cabia a recolha dos frutos e apresentação do prior ou vigário da matriz e mais tarde do cura da filial, anexa ou sufragânea.

Como esclarece o autor da Memória de 1758, "a fabrica da Matris e Anexa e Igrejas corre tudo por conta e despeza dos Padroeiros". Estes, representados pelo comendador, não se coibiram de deixar a sua marca e símbolos de autoridade e prestígio. Talvez pela necessidade de racionalizar a gestão do património comendatário, disperso e vasto, Veade uniu-se à comenda de Moura Morta.
Paróquia hoje do termo de Peso da Régua sedeou-se aqui uma das comendas de Malta, que no século XVII rendia 113$352 réis, benefício então entregue a Dom Luís Coutinho.

Dentre os comendadores de Veade destacamos o nome de Diogo de Melo Pereira (fal. 1666), que mandou edificar as casas da Comenda em 1641, como atesta a inscrição sob a pedra de armas: ESTAS CAZAS MAN/ DOU FAZ[ER] O COM[ENDAD]º[R] / DIOGO DE MELLO P[ERE]Y[R]A / DE BERTIANDOS. / NO. ANNO DE / 1641. Um dos bailios que se lhe seguiu foi frei Martim Álvaro Pinto, figura a que se deve a grande reforma da pequena igreja medieva, para o gosto da Época Moderna e que reflete bem a proveniência e o estatuto do seu mentor.

Na inscrição que o comendador Martim Álvaro mandou fazer sobre o pórtico da Igreja de Veade, ficamos a saber um pouco mais sobre a sua proveniência: ESTA IGR.A MANDOV REEDIFICAR DE NO / VO. O COMENDADOR FR MATIM [SIC] ALVARO PINTO / DAFONS.A E SOUZA DA CAZA DE CALVILHE / ANO 1732. É, pois, na órbitra desta família e da Instituição da Ordem de Malta que devemos entender as importantes reformas setecentistas realizadas na Igreja de Veade e que, de certa forma, contradizem ou pelo menos minimizam a ideia corrente de que os comendadores apenas comiam os benefícios nos quais eram providos, sem qualquer retribuição. O investimento em edificações ou reedificações, embora dispendioso, possibilitava que os seus mentores deixassem uma marca do seu prestígio e poder, estimulando muitas vezes a afluência de fiéis, peregrinos ou ofertantes ao novo ou renovado espaço.

Fonte: www.rotadoromanico.com

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CASTELO DE ARNOIA - CELORICO DE BASTO - BRAGA

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O Castelo de Arnoia está situado entre a Freguesia de Arnoia e Moreira, pertencente ao Concelho de Celorico de Basto, Distrito de Braga, Portugal. E por essa razão há quem chame de Castelo de Arnoia, ou Moreira, ou ainda Castelo dos Mouros. Mas o nome por que é mais conhecido é mesmo Castelo de Arnoia. Castelo altaneiro, acessível ao topo somente por via pedestre, sendo que em viatura motorizada pode ser acedido por duas zonas distintas. É só escolher a que dá mais jeito. Coordenadas GPS: N 41° 21' 48.73" - W 08° 3' 7.19". Do alto da torre do Castelo pode-se ver o grande e alargado horizonte, bem como o Monte Farinha (Srª da Graça).

              HISTÓRIA:
A mais antiga referência documental conhecida para o Castelo de Arnoia data do ano de 1064, aludindo ao Castellum Celorici et oppido ibi. Este Castelo enquadra-se na arquitetura militar da época românica, existindo nele elementos que concorrem para ser inserido nesta arte: a torre de menagem; a existência de uma única porta (a multiplicação de aberturas tornavam a defesa do Castelo mais vulnerável); a cisterna subterrânea no pátio amuralhado (com objetivo de conservar as águas pluviais perante uma possível guerra de cerco) e, por fim, o largo adarve, que define uma planta triangular.

A sua construção deve ser entendida no movimento de encastelamento que entre os séculos X-XII marcou o território europeu com a intenção de defender as populações locais contra investidas inimigas.Todavia, não poderemos entender a construção deste Castelo em termos de defesa territorial, mas, sobretudo, como marco de um espaço geográfico em reorganização: encabeçando a Terra de Basto, gerou-se junto a ele uma povoação denominada por Vila de Basto.


Perspectiva antiga do Castelo

No entanto, o seu isolamento e a limitação de espaço que impedia a expansão da vila poderão estar na origem da transferência da sede concelhia para a freguesia de Britelo, no ano de 1717, e que veio a ser mais tarde designada de Celorico de Basto.


O abandono do Castelo deu-se
precisamente a partir do ano de transferência da sede do concelho, quando as elites deixaram a pequena Vila de Basto e fixaram residência em Britelo. Sinónimos do abandono, no dealbar do século XX, os sinais de degradação eram evidentes nas aduelas da cobertura que se encontravam no seu interior, na silharia com rombos e múltiplas deslocações ou na torre de menagem reduzida às suas paredes.

Vista do Castelo (Monte Farinha)
Vista do Castelo (Monte Farinha) 
Esta situação permaneceu até à década de 1930, quando se iniciaram as diligências com vista à classificação deste monumento. Este processo só ficou concluído em 1946 com a sua classificação como Monumento Nacional.



Fonte: www.rotadoromanico.com

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IGREJA DE STº ANDRÉ - CODESSOSO - CELORICO DE BASTO


Apontamento AuToCaRaVaNiStA:
Codessoso é uma freguesia Portuguesa, pertencente ao Concelho de Celorico de Basto, Distrito de Braga.
Codeçoso, ou mais vulgarmente conhecido por Codessoso, já que se encontram várias denominações para esta Freguesia, a contar com a própria toponímia espalhada por sinais estáticos na estrada, no GPS, ou mesmo na Internet, com estas duas formas de nome desta Freguesia de Celorico de Basto.Terra de um Empresário Português de nome reconhecido, "Mota & Cº Lda" Empreiteiros e obras públicas, tem aqui uma estátua em bronze, e dá o seu nome ao Edifício Social da 3ª Idade, que fica mesmo defronte à Igreja de Santo André da qual damos aqui o respetivo destaque. 

A Igreja acenta numa construção em blocos de granito rosado muito agradável à vista, com formas de arquitetura originais como se pode comprovar pelas fotos. No interior está ornamentada com painéis de azulejos muito coloridos, com figuras de anjos, também muito agradável à vista. Um conjunto único mandado produzir por encomenda por um outro benemérito da terra.
à nossa chegada, foi logo prontamente oferecida a abertura da Igreja para que a pudesse-mos contemplar, por uma senhora que detém a chave na sua posse, e teve o maior orgulho em nos mostrar o Ex-libbris de Codessoso. Um bem haja para ela, e para o povo de Codessoso pela simpatia com os turistas que os visitam.

               HISTÓRIA:
IGREJA DE STº ANDRÉ:
A paróquia de Santo André de Codessoso era curato anexo à vigararia de Telões, no antigo concelho de Celorico de Basto. Passou mais tarde a reitoria independente, com o título de reitoria.



Esta freguesia, juntamente com a freguesia de São Pedro de Aboim
no concelho de Amarante, formavam o couto das Tábuas Vermelhas da igreja de Nossa Senhora da Oliveira de Guimarães. O pároco era cura da apresentação da Colegiada de Guimarães. Em 1758, existia nesta paróquia a Irmandade do Senhor. Pertence ao concelho de Celorico de Basto. É paróquia da diocese de Braga.

Fonte: www.adb.uminho.pt

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AS CASINHAS DO ANDRÉ - AGILDE - CELORICO DE BASTO


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O André sempre ativo nos tempos livres
André Lemos, 29 anos, em 2016, reside na Freguesia de Agilde, Concelho de Celorico de Basto, Distrito de Braga, Portugal. O jovem André é o autor desta obra de arte, feita com a perfeição de um construtor profissional, com pormenores de arquitetura verdadeiramente fantásticos.
Situado numa encosta de pinhal e mato, os acessos são difíceis, não só para aceder ao local das construções, como o acesso à localidade de Agilde, com acessos muito acentuados para autocaravanas. Deixamos aqui um apelo a quem de direito, Junta de freguesia de Agilde, e Câmara Municipal de Celorico de Basto, para a importância ao nível do turismo, já que o André, com apoios e meios, consegue ser a maior atração de Celorico de Basto. 

Saber aproveitar isto, para fomentar o Turismo em Celorico, o comércio em geral, e o nome do Concelho que viu nascer o atual Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, está nas mãos das entidades competentes, ou seja a Câmara Municipal, e com poucos Euros de investimento para um retorno multiplicado muitas vezes. Se para isso é preciso uma pessoa visionária para dar um empurrão, então procurem apoio na pessoa mais visionária desta Terra, talvez do País, o Presidente da República.


            HISTÓRIA:

Agilde situa-se no extremo poente do concelho, no seu limite com o distrito do Porto Dentro de Celorico de Basto, confina com Fervença e Borba de Montanha. Encontra-se a cerca de dezoito quilómetros da concelho-sede. Em redor da freguesia, os achados arqueológicos de diferentes épocas são inúmeros, confirmando assim o seu precoce povoamento. O mesmo se dirá dentro da sua área. Na vertente sudeste de um pequeno morro, no lugar de Bouças, surgiu um conjunto de artefactos cerâmicos, que parecem ter sido fabricados na Idade do Bronze. Cacos a torno, um fragmento de tegulae e vários cacos lisos permitem formular a hipótese de pertencerem ao período Romano. 

Escala real
O Habitat de Veiga é datável da Pré-História, embora não haja elementos para uma localização temporal aproximada. Situava-se num pequeno esporão, entre duas linhas de água, ambas afluentes da ribeira de Redolhos. Em igual circunstância, no que diz respeito à datação, encontram-se os achados isolados de Tapada da Montanha. Trata-se de uma cumeada situada no rebordo da Serra do Seixoso. Foi encontrado no local um percutor em seixo de quartzito. A via da Costa, ou o que resta dela, parece remontar à época Romana. Composta por blocos de granito, tem cerca de trinta metros de comprimento e dois e meio de largura. 

Uma outra via, a de Funduães, medieval, é um troço de calçada com cerca de trinta e cinco metros de comprimento e dois metros de largura. A parte visível desta antiga via inicia-se na actual estrada, depois de passar a ponte sobre a Ribeira Velha de Santa Natália, que liga Fervença a Agilde. Se não existissem todos estes vestígios arqueológicos, a toponímia seria suficiente para registar a antiguidade de Agilde. O monte de Ladário, situado junto à povoação, remete para o arcaico ladairo – lugar de acesso difícil e onde geralmente existia um culto castrejo. Quanto ao nome Agilde, provém de Anagildi, ou seja, a villa de Anagildus, provavelmente no século IX. Nas Inquirições de 1220, a freguesia aparece como Aagide, enquanto que nas de 1258 sofreu uma evolução para Algidi. 

Nessa altura, a paróquia de «Sancta Eufémia» não tinha grandes propriedades reais, pelo que se depreende que a maior parte dos casais pertenceria a nobres e a mosteiros. O próprio padroado da Igreja não era real, antes estava repartido entre herdadores-vilãos e filhos e netos de D. Fernando Anes de «Riba Vizela» , isto em meados do século XIII. No que diz respeito ao património edificado, uma primeira palavra para a Capela de Nossa Senhora da Rosa, situada no lugar de Barreiro, no largo central da aldeia.


Rodeada de casas e quintas rurais, terá sido edificada no século XVIII. É um templo barroco, com planta longitudinal e nave única. A fachada principal termina em empena, truncada por sineira. No centro, um portal de verga recta. A cobertura é em telhado de duas águas. Quanto ao interior, um espaço único, rebocado e pintado de branco, é iluminado por frestas. Merece destaque, a ladear a porta lateral, uma pia de água benta. Na parede testeira, encontram-se três imagens, sustentadas por mísulas marmoreadas.

Fonte: (autor desconhecido)

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ALCÁÇOVA - VIANA DO ALENTEJO - ÉVORA


Apontamento AuToCaRaVaNiStA:
A Vila de Alcáçova está localizada na Região Alentejana do Concelho de Viana do alentejo, Distrito de Évora, Portugal.
A maior referencia da actualidade a Alcáçova, foi a atribuição ao Chocalho, de Património Cultural Imaterial da Humanidade, em que Alcáçova é a Capital do fabrico do chocalho Alentejano. Na gastronomia também apreciamos, e degustamos a especialidade.



              HISTÓRIA:
Todas as fontes documentais, aludem para que a actual Vila das Alcáçovas estivesse integrada no antigo itinerário romano Ebora-Salácia e que neste período fosse apelidada de Castreleucos (Castelos Brancos). Se atendermos ao topónimo, existem fortes hipóteses de terem existido não um castelo, mas sim de dois castelos. Um que terá sido transformado em palácio por D. Dinis, localizado junto à actual Rua do Paço. E outro que estaria situado, onde actualmente se situa a Igreja Matriz, junto à Rua do Castelo e que segundo as fontes, abrangia uma grande panorâmica a norte da Vila.

No século VIII, tal como em toda a região do Alentejo, esta antiga povoação foi invadida pelos Mouros. Nesse período a palavra (alcáçova) foi uma das que seria introduzida pelos invasores (Al-Qasbah) e que tinha o mesmo significado de uma arquitectura militar localizada numa cota mais alta. Esta conjuntura, reforça mais uma vez a ideia da existência, neste caso, não de uma alcáçova, mas sim de duas alcáçovas, o que provavelmente iria determinar o topónimo final de Alcáçovas.


Na sequência do processo de reconquista, era necessário repovoar a povoação que se encontrava debilitava e sem organização, havia necessidade da localidade se adaptar às novas realidades, então, D Martinho, Bispo de Évora deu o primeiro foral à povoação, denominada na altura por Santa Maria das Alcáçovas, em 17 de Agosto de 1258. Neste período a povoação e terras anexas passariam a ser um senhorio episcopal. Em 1271, num acordo entre, D. Afonso III e D. Durando Pais, bispo de Évora, regista-se, que o senhorio das alcáçovas não era rentável na posse dos prelados eborenses, mas que o seria na posse do rei, a partir de então as Alcáçovas passaria a estar na posse do rei, passando a povoação à categoria de Vila.

D. Dinis, no dia 25 de Abril 1279, a partir de Évora mandou enviar ao concelho das Alcáçovas, uma cópia dos seus foros e costumes, para confirmar o foral da Vila. Este monarca deu ainda foros aos lavradores do seu enorme reguengo na Vila das Alcáçovas, que muitos consideram uma nova carta de foral, no dia 28 de Fevereiro de 1283. No dia 13 de Dezembro de 1308, com registos do Bispo, D. Fernando, a Igreja Matriz assinala um crescimento da Vila e consequente aumento dos fiéis, já nesta altura denominada S. Salvador das Alcáçovas, sendo seu reitor Gonçalo Martinho.

Após o reinado de D. Afonso V, foi concedido o senhorio das Alcáçovas a D. Fernando Henriques, que apesar de ser castelhano, tinha ajudado os portugueses na guerra contra Castela. Esta família era descendente de Henrique II de Trastâmara estando a História da Vila das Alcáçovas ligada durante algumas centúrias à linhagem dos Henriques. Em 1447, na Vila das Alcáçovas realizam-se os contratos nupciais da princesa D. Isabel, com o Rei de Castela, D. João II, e em 1457, os esponsais da princesa D. Beatriz, com o infante D. Fernando, duque de Viseu e filho do Rei D. Duarte. Destes casamentos, entre D. Isabel de Aviz que casou com o tal Rei D. João II veio a nascer a grande Rainha Isabel, a Católica, que terá um papel determinante em Espanha. Por outro lado, a Infanta D. Beatriz que casou com D. Fernando, duque de Viseu, veio a ser mãe do Rei D. Manuel I, de cognome, o Venturoso.

A 4 de Setembro de 1479, na Vila das Alcáçovas, encontram-se os procuradores de Portugal e Castela e aí são estabelecidos dois tratados. O primeiro diz respeito à sucessão dinástica e que ficou conhecido como Tratado das Terçarias de Moura. O segundo, designado por Tratado das Alcáçovas, que além de formalizar o fim das hostilidades entre os dois reinos em que, Afonso V de Portugal, desistia para sempre das suas pretensões ao trono de Castela, continha outras cláusulas respeitantes à política de projecção externa de ambos os reinos, num momento em que ambos competiam pelo domínio do Oceano Atlântico e das terras até então descobertas na costa africana.

O Tratado de Alcáçovas seria o primeiro na história mundial a definir uma partilha do mundo entre duas potências, sendo este, ratificado em 6 de Março de 1480, na localidade espanhola de Toledo. A 29 de Setembro de 1495, D. João II estava nas Alcáçovas sendo os seus últimos dias de vida, marcados pela incerteza quanto ao seu sucessor, e que acabaria por ditar no seu derradeiro testamento, a nomeação do seu herdeiro, D. Manuel I. No dia 20 de Setembro de 1541, através de um Alvará de Doação Régia, D. João III, entrega o actual Convento de Nossa Senhora da Esperança à Ordem Dominicana, tendo sido o Padre Frei Lourenço de Setuval, o primeiro vigário deste convento.

No dia 10 de Setembro de 1551 foi fundada a Misericórdia das Alcáçovas, sendo seu provedor, Alberto Eduardo Batista. Nesta altura o Senhor das Alcáçovas era D. Henrique Henriques, 4º Senhor das Alcáçovas, que ficou conhecido por gastar grande parte dos seus rendimentos com aqueles que mais necessitavam.
Em 1661, o Padre Frei Manuel Correia, iniciou as fundações para a construção do novo altar-mor, no Convento de Nossa Senhora da Esperança, tendo esta obra ficado em 400$000 réis.


No ano de 1758, as Memórias Paroquiais referem que a Vila tinha 1671 habitantes e existindo nesta altura duas feiras francas e um mercado. Uma dessas feiras, chamada de São Geraldo durava dois dias e tinha inicio no dia 13 de Outubro. Outra feira, a de São Bartolomeu, durava apenas um dia e era feita junto ao Convento de Nossa Senhora da Esperança no dia 24 de Agosto. O mercado era feito durante os dias três do Espírito Santo, também junto ao Convento da Nossa Senhora das Esperança.


Em 1836, a Vila das Alcáçovas passa a integrar o Concelho de Viana do Alentejo muito provavelmente na sequência da Reforma Administrativa iniciada por Mouzinho da Silveira já em pleno Liberalismo. Em 1885, após a união das bandas de música dos “nalgueiros” e, dos “pés frescos” é inaugurada a Sociedade União Alcaçovense. A 9 de Agosto do mesmo ano, reúne-se pela primeira vez a direcção da S.U.A., tendo como presidente, Manuel Estanislao Fragoso, como tesoureiro, Joaquim António Salsinha Senior e como secretário, o Padre Joaquim Pedro d’ Alcântara.

A 30 de Abril de 1888 é concluída a construção da Escola Oficial no Largo Alexandre Herculano, projecto do distinto Alcaçovense, Luís Augusto Tavares Fragoso e da iniciativa e receitas de muitos particulares Alcaçovenses. Numa altura em que a escola a nível nacional já era vista como o meio de regeneração da sociedade portuguesa, esta obra de ampliação e de grande importância para a vila, tinha como grande objectivo, fazer face ao constante aumento demográfico da população, que segundo os Censos de 1890, a Vila das Alcáçovas teria mais de 600 crianças com idades compreendidas entre 1 e os 15 anos.



No dia 18 de Maio de 1924, grande parte da população acorreu para testemunhar a reabertura do Hospital da Misericórdia, após alguns anos encerrado. Por esta altura a Vila das Alcáçovas, tinha mais de 5000 habitantes. Decorria o ano de 1956, quando a luz eléctrica chegou à Vila das Alcáçovas.





Gastronomia da Região
Bochechas Estufadas - Perna Borrego
Para comemorar o acontecimento as carroças perfilaram-se no Largo Alexandre Herculano carregadas de pão e vinho para distribuir pela população, havendo ainda um boi assado. A 9 de Setembro de 1973 no Monte Sobral, a poucos quilómetros da Vila das Alcáçovas teve lugar a segunda reunião, do período pré-revolucionário que dará origem ao Movimento das Forças Armadas, que culminaria com a Revolução de Abril de 1974.(Nuno Grave).

Fonte: www.freguesiadealcaçovas.pt

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