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BORBA - ALENTEJO - ÉVORA

Apontamento AuToCaRaVaNiStA:
Borba, Vila Alentejana reconhecida pelo seu bom vinho, azeite, e queijo. As caves da cooperativa de Borba ficam relativamente perto da Vila, para quem estacionar no parque junto à fonte, caminha cerca de 500 metros, onde pode visitar a adega com pavilhão de venda ao público. Vila típica Alentejana, tem uma boa gastronomia bastante apaladada com ervas aromáticas, da qual pode aproveitar para degustar nos diversos bares e restaurantes da Região. No trajeto de entrada e saída da Vila pode-se também observar as diversas pedreiras de extração do mármore da qual Borba é rica na sua extração.


             HISTÓRIA:

Borba é povoação antiquíssima cuja fundação alguns autores atribuem aos Galo-Celtas. Esteve sob o domínio romano, godo e árabe, sendo conquistada por D. Afonso II em 1217 e povoada pelo mesmo rei.
Em 15 de Junho de 1302 D. Dinis concedeu-lhe o primeiro foral, constituindo-se Borba como concelho e libertando-se do de Estremoz. Teve novo foral dado por D. Manuel I em 1 de Junho de 1512.
Foi também D. Dinsis quem promoveu o amuramento acastelado da povoação. 

O castelo dispunha-se em planta quardrilateral e a sua construção obedeceu as sistema corrente das fortificações similares da região. De grossa alvenaria, tinha amuramento espesso em altura normal, coroado por merlões góticos e de largo adarve que corria a muralha. O fosso, pouco profundo, desapareceu com a construção do casario que se foi desenvolvendo na face exterior.



Pelos inícios do Séc. XVIII, o governo militar da província determinou envolver a vila por um campo entrincheirado, com fossos, estacaria e estradas cobertas, obra que foi apenas esboçada e de que ainda existiam vestígios em 1766.
Do castelo, edificado ou remodelado do Séc. XIII, conserva-se a torre de menagem e duas portas, a de Estremoz e a do Celeiro.



Borba foi lugar de muitos acontecimentos notáveis da nossa história. Um dos principais foi o enforcamento do governador do castelo, Rodrigo da Cunha Ferreira, e de mais dois capitães portugueses da guarnição, no verão de 1662, após a invasão vitoriosa do exército de D. João da Áustria. Este terá mandado cometer o atroz acto como vingança pela morte de três capitães, um sargento e 20 soldados das suas forças, além de 50 feridos. A memória dos povos guardou a efeméride na tradição toponímica, com a "Rua dos Enforcados", que passou depois a chamar-se Rua Direita. 

Não contente com a sua represália, D. João da Áustria mandou ainda incendiar os Paços do Concelho e o Cartório Municipal, perdendo-se todos os manuscritos antigos da história de Borba.
Em 1383-1385, também Borba se viu envolvida nas campanhas da Independência, com destaque para os acontecimentos transcorridos durante a ocupação dos aliados ingleses do Duque de Lencastre e a cilada de Vila Viçosa, onde perdeu a vida Fernão Pereira, irmão de D. Nuno Álvares Pereira, que fizera quartel general em Borba e foi seu primeiro donatário, por mercê de D. João I.

Em 1483, D. Afonso Henriques, filho de D. Fernando da Trastâmara, senhor de Barbacena, foi amerceado por D. João II com a alcaidaria de Borba, então confiscada aos duques de Bragança.
Em 1665, Borba esteve ocupada por três regimentos de infantaria e um terço de cavalaria, e a população sofreu novamente o pânico da terrível invasão, que desmoronou no campo de Montes Claros, com a derrota dos exércitos de Filipe IV.



Em 1708, o general de artilharia João Furtado de Mendonça, governador da cidade de Elvas, era comendador de Borba.
Em Junho de 1711, a vila sofreu os incómodos da ocupação militar do general espanhol D. Domingos de Ceo, que impôs à população um elevado imposto de guerra.
Durante a Guerra Peninsular levantou-se em Borba um grupo de milicianos que figurou na defesa de Évora, em 29 de Junho de 1808. Pouco depois, entre 1809 e 1811, na vila se alojou uma brigada escocesa do exército anglo-luso de Beresford.


Fonte: Dicionário Enciclopédico das Freguesias - 4ª Edição
MinhaTerra - Estudos Regionais de Produção e Consumo, Lda.

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BUDHA EDEN - BOMBARRAL

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O Buddha Eden Garden, é um lugar mágico, onde se dá a conhecer a arte Oriental seja com materiais tradicionais como os trabalhos em terracota dos quais são feitos os inúmeros soldados enfileirados, sejam as esculturas em pedras nobres ou mesmo madeira. Espaço paradisíaco, simplesmente imperdível já que é um espaço único. Penso que é um local já conhecido pela maioria dos Autocaravanistas Portugueses, no entanto para quem não conhece, nomeadamente os Estrangeiros que nos visitam, o Portal AuToCaRaVaNiStA recomenda uma visita e esta Quinta dos Loridos localizada no Concelho do Bombarral.



Apontamento sobre o local:

O Buddha Eden Garden é um espaço com cerca de 35 hectares, idealizado e concebido pelo Comendador José Berardo, em resposta à destruição dos Budas Gigantes de Bamyan, naquele que foi, um dos maiores actos de barbárie cultural, apagando da memória obras primas, do período tardio da Arte de Gandhara. Em 2001, profundamente chocado com a atitude do Governo Talibã, que destruiu, intencionalmente, monumentos únicos do Património da Humanidade, o Comendador Berardo deu início, a mais um, dos seus sonhos, a construção deste extenso jardim oriental. Prestando, de certo modo, homenagem aos colossais Budas esculpidos na rocha do vale de Bamyan, no centro do Afeganistão, e que durante séculos foram referências culturais e espirituais.


Pretende-se, que o Buddha Eden Garden seja um lugar reconciliação. Sem nenhuma tendência religiosa, abrimos as portas, a todas as pessoas, independentemente, da religião, etnia, nacionalidade, sexo, idade, condição cultural ou social, convidando à união, comunicação e meditação, como forma de redescobrir a felicidade. Ambicionamos, assim, percorrer o caminho contrário à destruição do ser humano e disseminar a cultura da paz.


Esta é uma instituição cultural sem fins lucrativos e ao serviço da comunidade nacional e internacional, que tem como missão sensibilizar o visitante para o conhecimento interior, através do seu jardim em diálogo com um vasto património escultórico, vocacionado para a meditação e promoção da interacção social e cultural, conforme os princípios da solidariedade e da dignidade humana. Sendo o Buddha Eden Garden um espaço de livre acesso, solicitamos uma doação, dentro das suas possibilidades, para nos ajudar a manter este sítio de tranquilidade e para, que possamos continuar a facultar entradas gratuitas a todos aqueles, que nos procuram aspirando a paz, força e luz.

Fonte: www.buddhaeden.com

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BELMONTE - CASTELO BRANCO

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Belmonte é um Município Português (Cova da Beira) que pertence ao Distrito de Castelo Branco. Belmonte tem carateristicas e alinhamento medieval, ruas estreitas e sinuosas por entre casario com vasos e flores à porta. Tem um pequeno Castelo com museu integrado no seu interior, e uma bonita e muito antiga Igreja. A História desta Vila está também ligada aos descobrimentos Portugueses e para atestar isso mesmo o facto do navegador Pedro Alvares Cabral ter nascido nesta terra. Belmonte é também conhecida pela sua forte presença Judaica, da qual se destaca a própria Judiaria, (casario) e a sua Sinagoga.

              HISTÓRIA:
 

Os vestígios mais antigos da presença humana no concelho remontam à Pré-história, no entanto são da época romana o maior número de testemunhos dessa presença. A importância de Belmonte no contexto da História de Portugal releva da Idade Média, tendo-lhe sido concedida Carta de Foral em 1199 por D. Sancho I, que quer " povoar e restaurar ", assegurando, desta forma, o controlo político da região para a Coroa Portuguesa. Simultaneamente, e uma vez que se tratava de uma zona de fronteira com o reino de Leão, inicia-se a construção de reduto fortificado que nos finais do séc. XIII, a pedido do Bispo de Coimbra, a cujo senhorio pertencia, é transformado em castelo, sendo então construída a Torre de Menagem. No séc. XIII, Belmonte é já uma vila em franco desenvolvimento, justificando a existência de duas igrejas ( S. Tiago e Stª. Maria ) e uma sinagoga. 

A este crescimento será travado com as Guerras Fernandinas e a Crise de 1383 / 85, que obrigam D. João I a conceder a Belmonte Carta de Couto, logo em 1387, a pedido do Bispo de Coimbra que nos disse que " o seu castello de bellmonte he muy despouado por rezam desta guerra ". Entre 1397 e 1398, D. João nomeou o primeiro alcaide do castelo, escolhendo Luís Álvares Cabral, que herdara em Belmonte o morgadio instituído por sua tia Maria Gil Cabral, mas é só em 1466, que a família Cabral se fixa definitivamente em Belmonte, aquando da doação a título hereditário da Alcaidaria-mor do Castelo a Fernão Cabral, membro do Conselho de D. Afonso V. No séc. XVI Belmonte dará de novo um contributo importante para a história de Portugal através de Pedro Álvares Cabral que, em 1500, comandou a 2ª. Armada à Índia e durante a sua missão descobriu o Brasil. 

Refira-se ainda a prestigiada figura de D. Jorge Cabral, que teve vários cargos importantes durante o séc. XVI, nomeadamente o de Governador da Índia enter 1549 e 1550. Em 1510, D. Manuel concede nova Carta de Foral, reconhecendo a sua importância política e económica. Belmonte era então uma comunidade rural, dependente da pecuária e da agricultura, com algum comércio, que todavia terá sido prejudicado pelo Ético de Conversão dos Judeus em 1496, e responsável pelo surgimento de uma comunidade cripto-judaica que resistirá às perseguições da Inquisição, até ao nosso século. 



Em 1527 o Concelho de Belmonte "...tem de termo duas léguas em longo e uma em largura...confronta com o termo da vila da Covilhã, da vila de Sortelha e com termo da cidade da guarda e com termo da vila de Valhelhas." Naquela data o concelho tem 244 vizinhos, sendo 159 da vila de Belmonte, número equivalente a cerca de 630 habitantes. Note-se que na comarca de Castelo Branco, Belmonte tinha então a segunda maior densidade populacional em vizinhos a seguir à Atalaia. Em meados do Século XVIII, a povoação de Belmonte já contava com 354 vizinhos ou fogos, ou seja cerca de 1416 habitantes. Era a seguinte a população existente em 1750.




Fonte: www.cm-belmonte.pt

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BEJA - ALENTEJO - PORTUGAL

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Beja pertence ao Baixo Alentejo, é capital de Distrito, e também o maior Distrito Português. Destaque para o seu património histórico edificado, como o seu Castelo e os inúmeros vestígios Romanos encontrados, dos quais se pressupõem que existiu um grande templo Imperial, um Circo, um Forum ou Anfiteatro,  e as sempre presentes Termas Romanas etc. Beja uma boa cidade a visitar também pela sua rica gastronomia, muito típica do nosso Alentejo. Estacionamento para AC,s fácil de localizar, basta dar uma volta pelo centro da cidade. Melhor espaço no Parque da Cidade, com um grande e agradável jardim também pode optar pelo parque do Castelo, (em terra batida). Pode pernoitar no centro de Beja sem problemas.


             HISTÓRIA:

A cidade de Beja implanta-se num morro com 277m de altitude, dominando a vasta planície envolvente. O campo surge, assim, como uma fronteira natural entre a vida urbana e a vida rural. Esta realidade marca a vida deste povoado desde a sua fundação, algures na Idade do Ferro. Prova cabal desse momento é o troço de muralha proto-histórica descoberta no decurso das escavações da Rua do Sembrano. Achado da maior importância, dissiparia todas as dúvidas sobre a pré-existência de um povoado anterior à ocupação romana; contudo, continuamos sem saber que povo aqui estaria nem tampouco possuímos qualquer informação sobre a forma como se organizava o espaço pré-urbano.

 A cidade de Pax Julia terá sido fundada ou por Júlio César ou por Augusto. Foi capital do conventus Pacensis e administrou juridicamente uma das regiões que constituíam a província da Lusitânia (as outras duas capitais eram Santarém e Mérida). Foi também uma Civitas, ou seja, cidade responsável pela administração de uma região (tratava-se de áreas mais ou menos equivalentes aos nossos distritos) e Colonia. Sem dúvida estamos na presença de uma cidade elementar no funcionamento da grande máquina administrativa que foi a regionalização romana.


Tratando-se de uma cidade com o estatuto já mencionado, estava equipada com um conjunto de edifícios muito importantes. O espaço por excelência onde se tratava a administração jurídica provincial era o Fórum, do qual também fazia parte o templo dedicado ao culto imperial. No caso de Beja, o Fórum localizava-se junto à actual Praça da República, como testemunharam as escavações realizadas por Abel Viana quando se construiu o actual depósito de água (na altura foi identificada uma enorme estrutura que se interpretou como parte das fundações do templo imperial). A importância dos diversos achados que se têm verificado em vários sítios da cidade confirmam-nos a existência de outros edifícios, tais como o teatro, anfiteatro, o circo, as termas, etc., embora a localização para estes espaços continue na esfera das hipóteses. Certamente que a cidade romana sofreu alterações ao longo do tempo, os seus principais espaços adaptar-se-iam às novas regras e modas que sopravam de outros pontos do império. 

A mudança de poder não lhe retirou importância. Durante o período de domínio visigodo manter-se-ia como uma das principais cidades do Ocidente, ainda era um centro administrativo regional e cabeça de bispado. Desta fase, ficou-nos a pequena, mas importante, Igreja de Santo Amaro, onde está instalado o Núcleo Visigótico do Museu Regional, cuja colecção é constituída por peças provenientes da cidade e do campo. O povo germânico terá contribuído para a conservação e manutenção dos espaços públicos e privados. A cidade é referida pelos autores árabes, não só pela sua importância mas também pelos belos edifícios que possuía, assim como pelas vias grandes e bem conservadas que a ela levavam. No entanto é a partir deste momento que a configuração da cidade sofrerá as mais profundas alterações: a sua forma ortogonal vai-se alterando e ganhando uma forma radial.

Infelizmente da cidade muçulmana pouco sabemos: os vestígios são mínimos, encontrando-se, desta época, apenas uma ou outra inscrição funerária e alguns artefactos. A cidade entra em declínio sensivelmente a partir do século XI: não é mais o centro administrativo e religioso, perdendo prestígio a favor de cidades que ganhavam cada vez maior importância, como era o caso de Évora. O processo da Reconquista fez-se sentir de forma muito violenta. As muralhas foram completamente destruídas, a cidade quase deixara de existir.

O Foral de D. Afonso III é muito claro: havia que repovoar a cidade e reconstruir as suas muralhas; a cidade ficaria dotada com um novo sistema defensivo, constituído pelo castelo com torre de menagem e novo pano de muralhas. Com a fundação do Ducado de Beja projecta-se uma nova fase. Os primeiros Duques de Beja, Infantes de Portugal, vêm residir para a cidade alentejana, onde fundam o Convento de Nossa Senhora da Conceição. Junto a este edifício surge o Palácio dos Duques de Beja (Palácio dos Infantes), que terá sido um bom exemplo da arquitectura mudéjar.

Como reflexo deste novo impulso, à sua volta iriam surgir novos conventos e palácios que marcariam a diferença entre a Beja velha e destruída e um novo espaço que surgia. O momento áureo deu-se, sem dúvida, com a ascensão de D. Manuel I a rei. Tratando-se do segundo Duque de Beja, desenvolveu um forte processo de nobilitação desta cidade. Assiste-se à reabertura de um novo espaço, a Praça D. Manuel I, para onde se deslocam os Paços do Concelho, que haviam funcionado junto à Igreja de Santa Maria e promove-se também a construção do primeiro Convento-Hospital de Nossa Senhora da Piedade ou da Misericórdia no lugar da antiga Gafaria.

Este trabalho de recuperação teria continuidade com o Infante D. Luís III, Duque de Beja, que foi o patrono da construção da Igreja da Misericórdia, cuja loggia constitui um dos expoentes máximos da arquitectura do Renascimento em Portugal. Podemos afirmar que a cidade respirava um novo ar com a promoção a que assistia. A classe dirigente local não acompanhou, contudo, este processo progressista. Beja voltaria a desenvolver-se muito lentamente, esquecida na planície alentejana. As obras que marcam a cidade são pontuais, vivendo-se momentos pequenos de falsas esperanças ao desenvolvimento que nunca chega. O segundo processo destrutivo a que assistimos dá-se precisamente nos finais do século XIX continuando pelo séc. XX. Sob a batuta do Visconde da Ribeira Brava, imbuído de um espírito vanguardista, decide-se "modernizar" a cidade, despojando-a dos edifícios velhos numa tentativa clara de criar novas ruas abertas e largas.

O resultado foi que a cidade perdeu metade dos seus emblemáticos edifícios, como por exemplo, no Largo dos Duques de Beja, o Palácio dos Infantes. Na sua continuidade encontra-se o Convento de Nossa Senhora da Conceição, que ficou reduzido a menos de metade, salvando-se a Igreja o Claustro menor e a sala do Capítulo. Com ligação a este Convento encontrava-se outro, o Hospital Convento de Santo Antonino e nas suas proximidades a Igreja de São João. Todo este conjunto foi simplesmente arrasado. Mas a vontade de progresso far-se-ia sentir ainda noutros espaços, já que outros conventos tiveram o mesmo fim, destruindo-se a memória dos tempos clericais. A cidade foi assim "varrida" de boa parte dos seus equipamentos existentes.

Quem visita e percorre as suas ruas sente a ausência de algo, sem compreender muito bem o quê. Apenas uma pequena parte dos novos espaços abertos foi reocupada. O espaço urbano entra no séc. XX completamente alterado, atravessando um processo de construção/desconstrução o qual se mantém mais ou menos calmo até ao momento do Estado Novo. Com a afirmação deste regime, a cidade sofreria novas intervenções dentro do Centro Histórico. A primeira terá sido o processo de reconstrução do Castelo e das suas muralhas. Sob a direcção da DGEMN toda a zona envolvente às muralhas do Castelo seria desafogada do casario humilde que desde os tempos de paz ali se instalou.

A muralha ficaria totalmente à vista, assim como o Arco Romano das Portas de Évora, imagem que parcialmente se concretizou. A segunda grande intervenção dá-se na década de 40 na Praça da República, dotando-a da configuração actual. Com a austeridade natural do regime, esta alteração imprimiria ao Largo um sentido de nacionalismo e concentração de poder, recolocando o Pelourinho na Praça. Uma das intervenções mais importantes terá sido, também, a destruição da Cadeia Filipina e a rápida construção, no seu lugar, do novo edifício das Finanças. Este espaço, apesar de discreto, destoa num conjunto que era até aqui homogéneo, verificando-se uma interrupção desnecessária na continuidade da história deste espaço.

A infelicidade de um incêndio nos antigos Paços do Concelho em 1947 levaria á necessidade de reconstrução de um novo edifício no mesmo espaço, projecto de um dos mais importantes arquitectos do Estado Novo, Rodrigues de Lima. Mais uma vez a Praça da República sofre nova intervenção. A consolidação do poder estava completada. Entre as décadas de 30 e 40 vão surgindo novos equipamentos que vão colmatando os enormes espaços vazios libertados no início do séc. XX. O velho Teatro sofre obras de fundo, sendo totalmente alterado e adaptado a Cinema, com possibilidade de representações teatrais.

Na zona onde existiu o Convento de Nossa Senhora da Esperança
constroem-se o Banco de Portugal, de gosto neo-joanino, o Tribunal, o Governo Civil e por fim a Nova Caixa Geral de Depósitos, com um volume mais sóbrio e portanto mais moderno. A arquitectura moderna vem pois ocupar, algo timidamente, alguns dos espaços libertados dentro do Centro Histórico, patenteando todavia, as dificuldades e vícios de um Estado autoritário e pouco esclarecido que não entendia as questões que com a revolução de 1974 se tornaram inadiáveis no Centro Histórico da cidade de Beja.

Fonte:  www.cm-beja.pt

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ALDEIA PRESERVADA DE QUINTANDONA - LAGARES - PENAFIEL

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A Aldeia preservada de Quintandona fica situada na Freguesia de Lagares, concelho de Penafiel, Distrito do Porto, Portugal. Quintandona é um núcleo Rural de grande qualidade, está muito bem preservada devido às grandes obras de requalificação das casas e das ruas, com muros a serem recolocados para passagem de viaturas que na origem não possibilitava essa mesma passagem Todos os materiais novos usados estão enquadrados com a originalidade da aldeia, bem como novas construções de acordo com a traça original que tem como principal elemento de construção o xisto, o granito, e a lousa.


Existe apenas um mamarracho em cimento e tinta branca no meio da aldeia, fruto da anarquia que em algum momento da nossa vida politica se permitia tudo e mais alguma coisa. Deveria haver uma lei rural que obrigasse a quem tem casas descaracterizadas nestas aldeias históricas, fosse obrigada "com subsidio ou outra benesse" a colocar o exterior com materiais característicos e originais dessa mesma aldeia. É só a minha opinião, que de certeza não é a de quem tem estes mamarrachos implantados nestes núcleos de aldeias rurais históricas de Portugal. Enfim vale o que vale.


Em Setembro de 2013 o Grupo AuToCaRaVaNiStA vai realizar aqui em plena Aldeia de Quintandona um encontro de autocaravanas para festejar conjuntamente com a festa do Caldo (ver eventos na página do Grupo AuToCaRaVaNiStA). A seu tempo iremos divulgar este encontro, que por motivos de logística terá que ser por meio de inscrição (gratuito) já que apenas teremos vagas para estacionamento em terreno privado e fechado, até um limite de 30 autocaravanas sob reserva, (ainda por confirmar) dando-se preferência em primeira linha aos membros do Grupo AuToCaRaVaNiStA. O acesso à aldeia faz-se por caminhos estreitos, e por esse motivo não existem no local lugares para estacionar, e muito dificilmente 2 autocaravanas darão a volta de retrocesso, já que não tem saida.



                HISTÓRIA:
Localizada na freguesia de Lagares, Quintandona configura uma aldeia típica preservada, de beleza e arquitectura singulares. O aglomerado de construções em pedra de lousa e xisto, o solo com a mesma configuração e a vasta paisagem agrícola e florestal que a envolve, constituem factores diferenciadores de grande atractividade turística.
Na aldeia, existe ainda uma capela com mais de 200 anos e uma associação - Os ComoDEantes - que aprofundou aqui as suas raízes, dinamizando um conjunto de actividades, com destaque para o teatro.

A gastronomia da aldeia é muito variada: são de apreciar o presunto e os enchidos de porco, o cabrito assado e o arroz de forno, para além das sobremesas - o pão podre, as tortas de Penafiel, o leite-creme, os bolinhos de amor, as tortas de S. Martinho. 
Todos os anos, no mês de Setembro, realiza-se a Festa do Caldo - festa típica de Quintandona - ocasião para servir caldos tradicionais da aldeia e recriar, em pleno século XXI, um espaço e um tempo próprios das décadas de 1950 e 1960, altura em que o caldo era a base da alimentação da população rural portuguesa. De destacar, ainda, o caminho que vai desde a aldeia até ao Monte da Pegadinha - um miradouro natural de toda a zona.

Fonte: www.cm-penafiel.pt


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IGREJA E MOSTEIRO DO SALVADOR DE PAÇO DE SOUSA - PENAFIEL

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A Igreja e Mosteiro do Salvador de Paço de Sousa fica no lugar de Gamuz, Freguesia de Paço de Sousa, Concelho de Penafiel, Distrito do Porto, Portugal
Este Mosteiro Beneditino na sua traça atual, apresenta uma transição entre estilos, o Românico e o Gótico. No interior da Igreja do Salvador pode-se ver o Túmulo de Egas Moniz, foi-nos dito que no seu interior, encontra-se uma caixa de cobre contendo as cinzas dos seus restos mortais.


O posto de Turismo está instalado na Torre Sineira, o Mosteiro serve de ensino para catequese e outras atividades da igreja. Os terrenos anexos ao Mosteiro são agora muito bem utilizados pela obra do padre Américo, "a Casa do Gaiato de Penafiel", uma obra ímpar de solidariedade. Visitamos as instalações e ficamos agradados com as excelentes condições e organização desta obra do Padre Américo que já se expandiu há muitos anos atrás por algumas comunidades lusófonas. Saliento mais uma vez que esta instituição de solidariedade não é subsidiada pela Segurança Social, é independente e vive do trabalho próprio, é auto sustentado pela agricultura que exercem nos seus terrenos, pelo jornal do Gaiato, por donativos, e por trabalho tipográfico que fazem para fora, etc. Uma grande obra de sucesso reconhecido. Bem Hajam.




        HISTÓRIA:


A fundação de uma comunidade monástica que remonta ao século X está na origem deste Mosteiro Beneditino. O testamento do abade Randulfo, de 994, fugido de um mosteiro localizado a sul, durante as incursões de Almançor, contém as primeiras referências ao Mosteiro.
Na fundação do Mosteiro estão Trutesendo Galindes e sua mulher Anímia, que seguiram os costumes monásticos peninsulares e adotaram a Regra de São Bento, durante o abaciado de Sisnando, entre 1085 e 1087.


Em 1088, o testamento de Egas Ermiges e de sua mulher Gontinha Eriz doa bens móveis e imóveis à igreja do Salvador, em busca da salvação das suas almas.
Esta igreja não corresponde ao atual templo românico, mas a sua arquitetura deixou marcas na construção que viria a ser erguida no século XIII, apresentando parcelas de épocas diferentes.
O conde D. Henrique doa o Mosteiro como cabeça de um couto ligado à família Ribadouro, uma das mais importantes do Entre-Douro-e-Minho, e da qual provém Egas Moniz que, segundo a tradição, terá fundado este Mosteiro.
A origem desta família é estrangeira, com o primeiro representante, Mónio Viegas I, a ser originário da Gasconha, de acordo com as informações constantes nos Livros de Linhagem.
Para vêr mais em pdf link aquí:

Fonte: www.rotadoromanico.pt 

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IGREJA E MOSTEIRO DE S. PEDRO DE CÊTE - PAREDES

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A Igreja e Mosteiro de S. Pedro de Cête está situado na Freguesia de Cête no Concelho de Paredes Distrito do Porto. Este monumento da Rota do Românico surpreende qualquer um pela riqueza interior e exterior, histórica, e arquitetónica do edifício. O mosteiro é pequeno em tamanho mas grandioso em património. Um grande monumento Nacional ainda com alguma propriedade privada dos antigos terrenos e anexos do Mosteiro que ao tempo da implantação da República tudo foi vendido e saqueado, e que ainda hoje perdura essa propriedade privada de interesse público e que deveria ser de todos nós. Um problema para o IPAR resolver, e que esperamos resolva rápido para bem do interesse público. O nosso património histórico é o nosso maior tesouro.



              HISTÓRIA:
A sacralização do solo pelo túmulo de D. Gonçalo Oveques, cuja capela funerária se encontra na torre de São Pedro, poderá estar na origem do Mosteiro de São Pedro de Cête, com documentação a comprovar a sua existência em 924 e, em 985, é possível encontrar referências a uma basílica em honra de São Pedro.
Outros historiadores indicam este nobre como o responsável pela reconstrução do Mosteiro, já que terá vivido no século XI.
A construção hoje existente, no entanto, não corresponde a épocas tão tardias, apresentando vários arranjos góticos, efetuadas no final do século XIII e início do século XIV, conforme inscrição visível na parede norte da capela-mor, junto ao sarcófago do Abade D. Estêvão Anes, falecido a 23 de julho de 1323, responsável pela reforma completa da igreja.

O facto de estas construções monásticas serem, nesta época, alvo de ataques constantes de muçulmanos ou normandos, justifica a existência de fortificações defensivas nas imediações, sendo, neste caso, o Castelo de Vandoma.
Aos patronos, famílias poderosas que efetuaram doações às ordens monásticas, cabia a tarefa de defender os mosteiros, beneficiando dos direitos de “aposentadoria e comedoria”, bem como do direito de serem tumulados no mosteiro.



A implantação deste Mosteiro neste local evidencia a organização do território na época, através das paróquias, e reflete a importância que as ordens religiosas desempenharam na formação e consolidação do reino. A presença de uma igreja garantia a posse e ocupação do território.


Fonte: http://www.rotadoromanico.com/



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