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BELMONTE - CASTELO BRANCO

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Belmonte é um Município Português (Cova da Beira) que pertence ao Distrito de Castelo Branco. Belmonte tem carateristicas e alinhamento medieval, ruas estreitas e sinuosas por entre casario com vasos e flores à porta. Tem um pequeno Castelo com museu integrado no seu interior, e uma bonita e muito antiga Igreja. A História desta Vila está também ligada aos descobrimentos Portugueses e para atestar isso mesmo o facto do navegador Pedro Alvares Cabral ter nascido nesta terra. Belmonte é também conhecida pela sua forte presença Judaica, da qual se destaca a própria Judiaria, (casario) e a sua Sinagoga.

              HISTÓRIA:
 

Os vestígios mais antigos da presença humana no concelho remontam à Pré-história, no entanto são da época romana o maior número de testemunhos dessa presença. A importância de Belmonte no contexto da História de Portugal releva da Idade Média, tendo-lhe sido concedida Carta de Foral em 1199 por D. Sancho I, que quer " povoar e restaurar ", assegurando, desta forma, o controlo político da região para a Coroa Portuguesa. Simultaneamente, e uma vez que se tratava de uma zona de fronteira com o reino de Leão, inicia-se a construção de reduto fortificado que nos finais do séc. XIII, a pedido do Bispo de Coimbra, a cujo senhorio pertencia, é transformado em castelo, sendo então construída a Torre de Menagem. No séc. XIII, Belmonte é já uma vila em franco desenvolvimento, justificando a existência de duas igrejas ( S. Tiago e Stª. Maria ) e uma sinagoga. 

A este crescimento será travado com as Guerras Fernandinas e a Crise de 1383 / 85, que obrigam D. João I a conceder a Belmonte Carta de Couto, logo em 1387, a pedido do Bispo de Coimbra que nos disse que " o seu castello de bellmonte he muy despouado por rezam desta guerra ". Entre 1397 e 1398, D. João nomeou o primeiro alcaide do castelo, escolhendo Luís Álvares Cabral, que herdara em Belmonte o morgadio instituído por sua tia Maria Gil Cabral, mas é só em 1466, que a família Cabral se fixa definitivamente em Belmonte, aquando da doação a título hereditário da Alcaidaria-mor do Castelo a Fernão Cabral, membro do Conselho de D. Afonso V. No séc. XVI Belmonte dará de novo um contributo importante para a história de Portugal através de Pedro Álvares Cabral que, em 1500, comandou a 2ª. Armada à Índia e durante a sua missão descobriu o Brasil. 

Refira-se ainda a prestigiada figura de D. Jorge Cabral, que teve vários cargos importantes durante o séc. XVI, nomeadamente o de Governador da Índia enter 1549 e 1550. Em 1510, D. Manuel concede nova Carta de Foral, reconhecendo a sua importância política e económica. Belmonte era então uma comunidade rural, dependente da pecuária e da agricultura, com algum comércio, que todavia terá sido prejudicado pelo Ético de Conversão dos Judeus em 1496, e responsável pelo surgimento de uma comunidade cripto-judaica que resistirá às perseguições da Inquisição, até ao nosso século. 



Em 1527 o Concelho de Belmonte "...tem de termo duas léguas em longo e uma em largura...confronta com o termo da vila da Covilhã, da vila de Sortelha e com termo da cidade da guarda e com termo da vila de Valhelhas." Naquela data o concelho tem 244 vizinhos, sendo 159 da vila de Belmonte, número equivalente a cerca de 630 habitantes. Note-se que na comarca de Castelo Branco, Belmonte tinha então a segunda maior densidade populacional em vizinhos a seguir à Atalaia. Em meados do Século XVIII, a povoação de Belmonte já contava com 354 vizinhos ou fogos, ou seja cerca de 1416 habitantes. Era a seguinte a população existente em 1750.




Fonte: www.cm-belmonte.pt

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