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VILA NOVA DE FOZ CÔA - GUARDA


Apontamento AuToCaRaVaNiStA:
A Vila de Foz Côa, é um Concelho Português pertencente ao Distrito da Guarda,
Local de Pernoita no parque destinado a Autocaravanas, muito perto do centro da Vila já engalanada para a Feira Franca que decorreu este ano a 25/26 de Fevereiro, com todo o programa das festas das Amendoeiras em Flôr a decorrer até Março de 2012. A Área de Serviço para Autocaravanas, fica na Pista de moto-crosse. Estrada em terra batida, e para sair, uma subida à motocrosse em autocaravana, que em dias de chuva não sei não!

Ãrea de Serviço para Autocaravanas:
COORDENADAS Até ao corte para o caminho da pista de moto-crosse:
N 41º 04' 030" - W 07º 09' 294"
Veja estas e outras A.S.A.s em Portugal, na nossa Base de dados neste Portal



              HISTÓRIA:

 As recentes descobertas do Vale do Côa levam-nos a procurar as origens destas gentes no «homem do paleolítico», que há cerca de 20.000 anos desceu o vale e os vales vizinhos (incluindo os do rio Douro), pescando e caçando para sobreviver, gravando com «silex» os painéis do rijo xisto de ambas as margens, por ali se mantendo ou vagueando os seus descendentes, homens do Mesolítico, Neolítico, Calcolítico, Bronze e Ferro, numa sucessão de gerações inter-milenares, que se sucederam c completaram. Assim, na Canada do Inferno, no Vale de Figueira, no Vale de José Esteves, no Vale Cabrões, gravuras do Paleolítico e de períodos posteriores marcam bem a presença humana na área que hoje é termo de Vila Nova de Foz Côa.


No Castelo Velho do Monte Meão poderemos vir a encontrar vestígios pré-históricos, se bem que a muralha visível nos leve tão somente à Idade Média ou, mesmo, ao período de ocupação romana. Só sondagens arqueológicas poderão dar resposta a esta constante interrogação das pessoas, desde a visita ao local, no século XIX, do Abade de Miragaia.
Não será descabida a hipótese de tentar localizar, no lugar do Castelo, vestígios de um povoado da Idade do Ferro. Imensos vestígios líticos encontram-se nas imediações! No Paço são abundantes os vestígios de ocupação do período romano, o que nos leva a supor estarmos (ali no Castelo) perante um «Castro Romanizado»! No lugar do Azinhate sondagens arqueológicas permitiram recolher alguns materiais dos finais da Idade do Ferro, do período Romano e ainda da Idade Média, o que leva a referenciar, naquela veiga planáltica, uma ocupação ultra-secular continuada. Aliás, a julgar por notícias recentes, a Ara votiva que se encontra na Matriz de Foz Côa, dedicada a Júpiter, teria sido oriunda deste sítio.

 Nos primórdios da Nacionalidade deve a terra ter sido arrolada pela Coroa, mantendo-se durante muito tempo como «terra reguengueira». Assim se explicará a sua não dependência do então município de Numão, bem como a disponibilização e vontade de D. Dinis em lhe conceder foros e mercês.

Recebeu o seu primeiro foral de D. Dinis, que lho outorgou em 21 de Maio de 1299. Nessa época, Foz Côa compreendia os seguintes limites: para além da Vila Nova, o lugar da Veiga de Santa Maria com seu termo; o Azinhate; Aldeia Nova, que por sua vez chegava ao termo de Vale de Boi, e daí o termo ia em direcção à Portela de Anovia, Muxagata, seguindo para o Côa até ao Douro. O foral dionisino reflecte já um processo de anexação, uma vez que a descrição do termo individualiza alguns lugares. Refira-se ainda que poucas décadas antes, no reinado de D. Afonso III, o lugar da Veiga foi objecto de uma Carta de Composição entre as Câmaras de Numão e da Vilariça.


O segundo foral foi-lhe também atribuído pelo mesmo monarca, que o fez, em Lisboa, a 24 de Julho de 1314. Entre as doações fernandinas, de 1 de Fevereiro de 1371, a favor de Fernando Afonso de Zamora figura também Foz Côa. O mesmo monarca, em 1373, torna a doar as terras de Foz Côa, mas agora a Rui Vasques Fernandes.

Segundo Pinho Leal, Foz Côa foi fundada por D. Dinis, tendo sido elevada à categoria de vila com D. João I. Esta opinião não nos parece ser a mais correcta, porque é precisamente com D. João I que Foz Côa sofrerá uma diminuição da sua autonomia administrativa. Foz Côa principiou a perder privilégios nos finais do século XIV, mais precisamente no reinado ele D. Fernando I e depois, ao iniciar-se a 2ª Dinastia. Em 15 de Julho de 1377, concede D. Fernando à Torre de Moncorvo a adua de Vila Nova de Foz Côa. Em 1385, o Mestre de Avis, estando no cerco de Torres Vedras, deu por termo e jurisdição à sua vila ele Moncorvo a «aldeia» de Vila Nova de Foz Côa. Este acto veio mais tarde a ser confirmado após a subida ao trono de D. João I. D. João I usou Vila Nova de Foz Côa, como terra reguengueira que era, para a sua política de captação de simpatias e apoios para a sua causa. Para além da anexação a Moncorvo, um dos pontos que estrategicamente mais interessava conservar e apoiar, D. João I pagou ainda outros apoios com rendimentos recolhidos em Foz Côa. Passada a crise nacional dos fins do século XIV, Vila Nova de Foz Côa assume o seu lugar de concelho, recebendo a confirmação dos seus privilégios por D. Duarte e por D. Afonso V. entre os senhores de Vila Nova de Foz Côa encontra-se Vasco Fernandes Coutinho, 1º Conde de Marialva.

Teve foral novo de D. Manuel I, em 16 de Julho de 1514, isto numa época em que teria uma população de cerca de 152 moradores, como indica o numeramento de 1527.

Sabemos que ao longo do século XVI, teve Vila Nova de Foz Côa uma demanda com o concelho vizinho de Moncorvo quanto aos direitos de passagem da barca do Douro. Este não foi, todavia, o único conflito em que se viu envolvida, dado que em 2 de Janeiro de 1551, publicou-se uma sentença contra a câmara por se opor à entrada em correição do corregedor da comarca, sem para tal ter privilégios. A administração civil era exercida por um ouvidor, 2 juizes ordinários, 2 vereadores, 2 tabeliães, 2 almotacés, escrivães, alcaide, meirinho da ouvidoria, capitão e sargentos-mores com duas companhias de ordenanças e uma de auxiliares sujeitas à praça de Almeida.

Em 1708 eram senhores da Vila os Condes de Portimão. Os marqueses de Abrantes possuíram também um morgado em Vila Nova de Foz Côa.
O século XIX foi particularmente violento em Foz Côa. Questões religiosas e políticas estiveram no despoletar dessas situações. Acrescente-se ainda que Vila Nova de Foz Côa viu nascer ao longo deste período um grupo de homens de qualidades invulgares, com projecção a nível nacional e que muitas das vezes combateram em partidos diferentes. Recorde-se o vintista José Joaquim Ferreira de Moura, o miguelista Joaquim José de Campos Abreu e Lemos, o setembrista Francisco António de Campos, 1º Barão de Vila Nova de Foz Côa e o cabralista António Joaquim Marçal, isto para citar apenas alguns, que passado mais de um século, ainda hoje é difícil falar sem tomar algum partido.

 O concelho de Vila Nova de Foz Côa, beneficiando do desaparecimento de outros concelhos na região, viria finalmente, em 1872, a ganhar os contornos que ainda hoje o caracterizam.
Passemos, agora, a citar excertos da obra "História da Diocese de Lamego", do Dr. Manuel Gonçalves da Costa:
No âmbito eclesiástico, as referências antigas provocaram certa confusão que vamos tentar desfazer através da análise aos documentos segundo as leis da crítica comparativa. Na taxação de 1321, Santa Maria da Veiga pagou 50 libras, enquanto Foz Côa não vem sequer mencionada. Gozou, além disso, da categoria de abadia da apresentação real, tendo chegado até nós os nomes de alguns párocos, como Padre Mendes, que, em Janeiro de 1305, se comprometeu a pagar à Sé de Lamego um tanto por motivo de visitação, como já referimos algures. A 28 de Março de 1488, a apresentação de Luís Martins à igreja da Senhora da Veiga incluiu a «sua anexa de Fozcoa», por ter falecido o reitor desta última, Álvaro Anes, «vosso cantor». Já anteriormente, mas dentro do mesmo século, se mencionam outros reitores, como Fernando Vasques, por cujo falecimento foi nomeado, para o seu lugar, Martim Rodrigues, a 8 de Dezembro do 1463. Por outro lado, dois anos depois de subir ao trono, D. Manuel colocou à frente da mesma igreja o seu capelão João de Melo, por permuta com o abade Lopo Afonso, ao qual largou Santa Comba de Chancim, que era do padroado de Afonso Vaz de Sampaio; a em 1537, aparece também designado por abade o pároco de Vila Nova, D. Álvaro da Costa, que auferia o rendimento anual do 60 mil réis.


Em conclusão: a igreja do Foz Côa não obteve o título do matriz antes da conclusão do templo actual, principiado, muito provavelmente por D. João II, mantendo-se durante a Idade Média coma simples reitoria anexa a Santa Maria da Veiga. A importância desta advínha-lhe da própria antiguidade e da sua situação no lugar de passagem da barca de Moncorvo, centro de procissões de vários concelhos na segunda-feira depois do domingo in Albis, continuadas muito para além da Idade Média quando ficou reduzida a simples capela privada de direitos paroquiais.



A par de Vila Nova, Ievantava-se Aldeia Nova, com a igreja de Santa Maria, do padroado real e que, segundo os citados autores, foi fundada após a anexação de Riba-Côa a Portugal, ou por ter aumentado a população, ou com a fim de acolher os que abandonaram Azínhate por demasíado perto da fronteira com Leão. Nesta capela festejavam os estudantes Santa Luzia. Em honra da Senhora da Veiga promoviam os lavradores grande solenidade na matriz, no dia 8 de Setembro. São Sebastião, não longe do antigo cemitério, era o padroeiro dos sapateiros, enquanto Santo António, ao lado do Campo da Feira, recebia as homenagens dos cordoeiros. No dia da sua festa e em outros, corriarn-se ali touros criados no Monte Meão, costume que se manteve até meados do século passado. A maioria dos artesãos de Vila Nova moravam à volta do largo da Senhora da Conceição. A festa da Senhora do Amparo, no sítio do Azínhate, estava a cargo dos almocreves, e a Santa Bárbara, mais para nascente, solenizavam-na os cavadores com procissões, corridas de touros e outras manifestações de gosto popular. A airosa capela de Santa Quitéria, particular, reconstruída no século XVIII e ornada de belos azulejos, altares de talha dourada, acabaria por cair em ruínas nos meados do século seguinte. São Miguel que deu nome ao largo mas tarde conhecido por Campo da feira, ou da Lagoa, foi também demolida na mesma época para possibilitar o alinhamento da rua principal. Entrava-se nela por uma galilé e achava-se circuitada de diversos cobertos para use dos feirantes. A festa celebravam-na os moradores extra-muros. Até aos finais do século XVlll, mantinham-se ainda em pé as ermidas da Senhora da Encarnação e da Expectação, além da igreja da Misericórdia recordada, segundo parece, no nome duma rua.


 Na terra fixou-se uma grande colónia de Judeus que fizeram prosperar a vila graças ao seu génio laborioso a de grande capacidade para a indústria. Os que se mantiveram após a infeliz expulsão decretada em 1496, continuaram confinados na judiaria do bairro do Castelo que conservou a designação de «Bairro dos Judeus», mesmo depois de extinta a divisão entre cristãos-novos e cristãos-velhos. D. Joaquim de Azevedo taxa injustamente de preguiçosos os fozcoenses pelo facto de se entregarem menos à agricultura do que ao comércio, ramo em que se mostram destros. Pare este autor, só o amanho da terra merece o título de trabalho. Reconhece porém que a fábrica de atanados e cordovões contribuiu para o enriquecimento de muitas famílias.



               Património;

Sobre as duas mais imponentes obras arquitectónicas de Vila Nova de Foz Côa, PELOURINHO a IGREJA MATRIZ, nada melhor do que continuar a citar o Dr. Gonçalves da Costa:

A actual matriz é, sem contestação, a obra mais notável da Beira no seu género arquitectónico, com relevo para a fachada mantida quase intacta até nossos dial. O acesso ao interior fazia-se através dum pequeno pátio do qual arrancava uma escada sustentada por dois pilares, de acesso ao campanário. Abriam-se também entradas nos panos laterais, sendo a do lado Sul conhecida por porta do sol. As três naves interiores demarcadas por altas colunas cilíndricas não fugiam ao estilo da região, bem como o púlpito do pedra assente num pedestal, em forma de cálice, mas despido de ornatos.
Resumimos a seguir a apreciação que do monumento apresentaram dois críticos de arte:

Templo gótico-manuelino dos maiores a mais belos monumentos de Portugal. O principal valor reside no desenho a lavor do alçado frontal, obra-prima a lembrar algum dos Arrudas que nessa época orientava trabalhos do outro lado do Douro. O pórtico, esmeradamente moldurado, ostenta ornatos encurvados, duas esferas armilares, uma com a cruz de Cristo, outra com a flor de lis, dois escudos régios peculiares da época do Venturoso, e a Virgem com o Menino.


Ladeiam-no contrafortes prismáticos a no alto recorta-se singela rosácea para iluminação do coro. O campanário, de três sineiras, parece reportar-se ao restauro do século XVIII. O corpo da igreja, um tanto atarracado, desenvolve-se em três naves separadas por seis colunas relacionadas entre si por arcos abatidos, com os laterais mais baixos por exigência da cobertura. Na capela-mor pode admirar-se um tríptico quinhentista sobre madeira.


Segundo o emérito investigador de arte, Prof. Dr. Vítor Serrão, as pinturas que se encontram na capela-mor da Igreja Matriz são da autoria do pintor português de quinhentos, António Leitão, cuja obra está também representada no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa.

Deve atribuir-se à mesma época o esbelto pelourinho levantado na praça, em face da Câmara, com fuste de secção quadrada cingido a meio por anel também quadrado, tudo profusamente decorado de ornamentações caprichosamente entrelaçadas. Do tabuleiro arrancam quatro pináculos rematadosem coruchéu com a esfera armilar e uma flor de lis.

Do Património Religioso temos ainda a salientar:

- Capela do NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO - de raiz medieval mas com elementos introduzidos no século XIX!

- Capela do SENHOR DOS AFLITOS - de 1898, com valor arquitectónico restrito.

- Outras Capelas descaracterizadas, tais como S. Sebastião, Senhora da Aldeia Nova, Senhora do Amparo (Azinhate).

- Capela de S. PEDRO, de raiz medieval (restaurada no presente século pelo Sr. Cónego Marrana). Tem nave única, pórtico românico em arco de volta perfeita ornamentada com esferas.

- Capela de SANTA QUITÉRIA - do século XVII, e da qual se diz ter sido a antiga Sinagoga. Tem o pórtico em arco do volta perfeita encimado par painel azulejar com figuração da Anunciação.

- Capela de SANTO ANTÓNIO - Datada do 1787, e estilo barroco, com nave única; pórtico e fenestração apresentando características marcadamente barrocas (ornatos curvilíneos, concheados, volutas), bem como o coroamento da frontaria; altares em talha barroca.

- Capela de Santa Bárbara - do século XIX, com pórtico em arco abaulado com molduras simples.

No Património Arquitectónico Edificado temos ainda a salientar a existência de casas solarengas, tais como a casa do Conde de Pinhel e a Casa da Viscondessa do Foz Côa, entre outras.

O edifício doe PAÇOS DO CONCELHO é de 1858 e substituiu um provável edifício seiscentista, que se tornou demasiado pequeno para as necessidades do concelho, agora (1855) a receber as freguesias dos extintos concelhos de Freixo de Numão, Marialva e Almendra. A porta principal é em arco abatido enquadrado por pilastras estriadas e encimada por janela de sacada. Apresenta armas de D. Pedro V e frontão sem retorno.

Do CASTELO, construído no reinado de D. Afonso V, restam-nos alguns «panos de muralha» e a denominada «Torre do Relógio» que, hipoteticamente, poderá ter pertencido à cintura amuralhada da Vila (modificada posteriormente!).

Da Arquitectura Judaica resta-nos muito pouco, talvez devido aos muitos restauros e alterações no tecido urbano, devendo ser preservadas as casas com «balcoada em xisto» ainda existentes na zona do Castelo!

Vila Nova de Foz Côa foi elevada à categoria de cidade por Lei publicada no "Diário da República", 1ª série, em 12 de Julho de 1997.

Bibliografia
António N. Sá Coixão e António R. Trabulo, Por Terras do concelho de Foz Côa - Susídios para a sua História - Estudo e Inventário do seu Património, Vila Nova de Foz Côa, Câmara Municipal de Vila Nova de Foz Côa, 2ª edição - 1999.

António N. Sá Coixão e António R. Trabulo, Evolução político-administrativa na área do actual concelho de Vila Nova de Foz Côa : séculos XII a XX, Vila Nova de Foz Côa, Câmara Municipal de Vila Nova de Foz Côa, 2ª edição - 1995.

António N. Sá Coixão e António R. Trabulo, A Primeira República no concelho de Vila Nova de Foz Côa, Vila Nova de Foz Côa, Câmara Municipal de Vila Nova de Foz Côa, 2ª edição - 1995.

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ALMENDRA - V.N. DE FOZ CÔA


Apontamento AuToCaRaVaNiStA:


Almendra é uma Freguesia pertencente ao Concelho de Vila Nova de Foz Côa, Distrito da Guarda, Portugal. Existem vários pontos de interesse histórico dentro de um perímetro relativamente pequeno. Destaco a Igreja Matriz, o Solar do Visconde de Almendra, a Capela do Senhor dos Passos, o Calvário, o Pelourinho, etc.




               HISTÓRIA:
Almendra antiga por entre montes e vales encaixados entre o rio Douro e o Côa, os homens começaram a desenvolver aquilo a que hoje chamamos de civilização. Desde o Paleolítico, com as recém-descobertas figuras rupestres, passando pelo período visigótico de onde data a antiga cidade de Calábria, pelo período românico, da qual é datado os mais recentes trabalhos arqueológicos em busca de uma aldeia romana perdida no tempo (figura à esquerda), Almendra e as suas gentes têm uma longa história, que vale a pena relembrar e preservar para o futuro.

Constituída por cinco lugares (Caldeira, Olga, Pedra Cavada, Rapada e S. Cidrão), Almendra tomou o seu nome actual à palavra "amêndoa", que em castelhano tem a sua tradução em "almendra". Tudo devido à enorme concentração de amendoeiras na região. Tem como santa padroeira Nossa Senhora dos Anjos, Patrona da Ordem dos Frades Menores (Franciscanos), embora a santa mais venerada na vila seja a Nossa Senhora do Campo, a quem se realiza uma festa anual. Os vestígios de ocupação em Almendra remontam ao primeiro milénio antes de Cristo, altura em que se pensa que existiria um núcleo fortificado na
área onde se situa hoje a Igreja Matriz. No mesmo local também se admite que existiu uma pequena Igreja cristã, substituindo um templo pagão românico também aí existente. Vestígios de uma fortificação medieval também se encontram a norte dessa Igreja, no denominado "Chão do Morgado".

Por volta de 960, Almendra pertencia a Condessa Dona Flâmula tal como se comprova pelo seu testamento. A Vila só se tornou definitivamente portuguesa após o Tratado de Alcañices em 1297, no tempo de D. Dinis, no entanto o primeiro Foral que recebeu foi em 1209 de D. Sancho I. Devido a esta contradição, há quem diga que o Foral foi dado por Afonso VIII, rei de Leão e detentor destas terras nessa altura. Mesmo após o Tratado de Alcañices, Almendra ficou ainda ligado em termos espirituais a Leão, pois o bispo de Ciudad Rodrigo manteve até 1404 o domínio espiritual na região do Cima-Côa. Almendra seria doada a D. Gil Martins por volta de 1270, pai do futuro alferes-mor de D. Dinis, D. Martim Gil.

Nesta altura, Almendra seria elevada a vila, algo que não foi pacifico em Castelo Rodrigo. Após sucessivos avanços e recuos e disputas entre Castelo Rodrigo e D. Gil Martins, Almendra ficaria mesmo elevada a vila sendo confirmado por D. Pedro em 1358 e por D. Fernando em 1367.Este privilégio viria a ter o seu fim através deste mesmo ultimo governante que, em 1370, reintegra Almendra no concelho de Castelo Rodrigo. No entanto, Almendra viria a ter a sua mais importante época nos tempos que se seguiriam. Em 1383, Almendra recupera o seu titulo perdido e assim se mantém durante largos anos.

O seu Concelho viria a ser novamente confirmado por D. Afonso V em 1449, sendo designado como Concelho de Almendra e Castelo Melhor. Em 1510, D. Manuel concede novo foral à Vila, facto actualmente celebrado com um monumento na zona da Praça da Vila. É durante este século que são construídos os mais importantes monumentos em Almendra. Devido à sua crescente importância, D. João III passa durante o seu reinado treze cartas a nomear tabeliães. Almendra continuaria Concelho até 1855, aquando da reestruturação levada a cabo pelos governantes. A partir dessa data, seria integrada no Concelho de Vila Nova de Foz Côa até aos dias de hoje, sendo extinguido o seu concelho, na altura constituído pelas freguesias de Algodres, Castelo Melhor, Vilar de Amargo e a própria Almendra.

Fonte: Junta de Freguesia de Almendra

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ALFANDEGA DA FÉ - BRAGANÇA


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Relógio da Torre

Alfandega da Fé, é uma pequena Vila Duriense, sede de Concelho pertencente ao Distrito de Bragança, Portugal. Constatamos que à data, todo o centro da Vila está com obras de melhoramentos, pelo que numa próxima visita, o aspecto da Vila estará francamente melhor. Destaco a Torre do Relógio, Medieval, como sendo o principal Ex-libris da Vila, e a cabeça do Romano, como ponto de interesse.


         HISTÓRIA:
O nome de Alfândega da Fé remete-nos desde logo para factos relacionados com a História de Portugal: o nome “Alfândega” estará relacionado com invasões árabes que ocorreram por volta do século VIII e que deixaram, entre outras coisas, os vocábulos começados por al; e o “da Fé” evoca, por sua vez, todo o processo de reconquista cristã da Península Ibérica e que só terminou completamente no século XV. Alfandagh, designação atribuída pelos árabes a esta região, significa hospício, estalagem ou fronteira, ou seja um local calmo e hospitaleiro, povoado por gente pacífica e trabalhadora.

Isto mesmo é descrito na obra de João Manuel d’Almeida Moraes Pessanha:“ “Fandagh, hospício público, mercado talvez, como o Kan oriental, que é tomado nas duas acceptações; Alfandagh, o hospício, o paradouro, a albergaria, em árabe; logar onde se cobraram tambem certos direitos, principalmente dos mercados ricos (...). É, pois, esta villa de fundação árabe, talvez do século VIII; Os árabes precisavam de levar a sua vida nómada, por toda a parte para onde iam.


Encantados com a conquista d’Hespanha trataram logo de affeiçoar o paiz aos seus usos e costumes: um solo de que tanto gostavam, uma terra que, segundo elles dizem era semelhante à Syria na amenidade do clima e na pureza da atmosphera, ao yemen na fecundidade do solo, a India nas flores e nos aromas, ao Hedjaz nos productos, e ao Aden nos portos e nas costas.” Para além disso, existe hoje a convicção de que durante o período da ocupação árabe foi sede administrativa com alguma importância de uma região designada “Valiato de Aldandica”. No entanto, afigura-se como muito provável o povoamento do território em períodos anteriores. Facto que ganha sustentação se se atender aos vestígios arqueológicos que se encontram na área do concelho.

A conquista da região pelos neogodos das Astúrias (povo cristão), deverá ter acrescentado ao toponímico Alfândega a palavra “Fé”. Há quem defenda que a vila foi sede de uma antiga ordem, anterior à dos Templários e que dava pelo nome de “Ordem dos Cavaleiros das Esporas Douradas”. Terá sido devido à valentia destes Cavaleiros e das gentes de Alfândega, que estas terras foram libertadas do jugo “infiéis”. Assim reza a lenda dos Cavaleiros das Esporas Douradas, ou do Tributo das Donzelas.


                 LENDA:


Certo dia tais Cavaleiros tomaram o rumo de Balsamão para combaterem um terrível Muçulmano. Abdel Ali, senhor destas paragens, impunha como feudo a entrega de um determinado número de Donzelas. Este imposto ficou conhecido como o “Tributo das Donzelas”. Mas o casamento de dois jovens haveria de mudar o destino da população e do mouro malvado.



O anúncio da união entre Teolinda, filha de D. Rodrigo Ventura de Melo, Senhor de Castro (Vicente) e Casimiro, filho de D. Pedro Rodrigues de Malafaia (Alfândega), líder dos Cavaleiros das Esporas Douradas, faz inverter o rumo dos acontecimentos (usando aqui os nomes, naturalmente, imaginários utilizados pelo Prof. João baptista Vilares, no romance “Tributo das Donzelas”). A cobrança do tributo por parte do Mouro revolta a população. É então que os “Cavaleiros das Esporas Douradas” organizam uma investida contra o infiel. Conta o povo que tal batalha não foi fácil, os Cristãos chegaram mesmo a estar em desvantagem. Foi quando apareceu

Nossa Senhora, que com um bálsamo que trazia na mão foi reanimando os mortos e curando os feridos. A luta aumentou, então, de intensidade e os invasores acabaram por ser expulsos destas terras, pondo-se assim fim ao “Tributo das Donzelas”. No local construiu-se uma capela em homenagem a Nossa Senhora de Bálsamo na Mão, hoje Santuário de Balsamão, o lugar de tão grande Chacina deu origem a Chacim e Alfândega, graças à bravura e valentia dos seus Cavaleiros das Esporas Douradas e em nome da Fé cristã, passou a designar-se Alfândega da Fé. Actualmente, a Fé de Alfândega está espelhada no rosto de quantos fazem deste concelho um local único para viver e visitar.



A Alfândega de hoje é um concelho em desenvolvimento, mas onde o passado espreita em cada canto, esquina ou ruela. O 1º foral foi-lhe atribuído em 8 de Maio de 1294, por D. Dinis. Documento que, entre outros aspectos, define, os primeiros limites geográficos do concelho. A 17 de Setembro de 1295, o monarca concede-lhe carta de feira, do mesmo tipo da Covilhã, mas com a particularidade de obrigar que a referida feira se realizasse depois da de Mogadouro e antes da de Mirandela. A carta de feira foi novamente passada por D.João I, a 13 de Janeiro de 1410. Sabe-se que em 1320 D. Dinis mandou reconstruir o castelo, um edifício anterior ao primeiro foral e que provavelmente foi construído pelos mouros.

Este castelo acabaria por desaparecer. O recenseamento de 1530 faz referência ao castelo e indica-o como “derrubado e malbaratado”. O Tombo dos Bens do Concelho (1766) ainda faz alusão aos “antigos muros”. Actualmente a Torre do Relógio, ex-libris da vila, parece ser o que resta do antigo Castelo Medieval. Em 1385 D. João I obrigou os moradores de Alfândega da Fé a trabalhar na reconstrução dos muros de Torre de Moncorvo, talvez como ”castigo” pelo facto de a vila ter tomado partido por Castela durante a Crise de 1383/1385. Este rei foi também o primeiro a passar por Alfândega da Fé, aquando da sua deslocação a Torre de Moncorvo e Bragança. Decorria o ano de 1510, quando D. Manuel I concede novo foral a Alfândega da Fé, alterando-lhe os limites geográficos anteriormente estabelecidos, aumentando-lhe a área.

Os dados históricos existentes sobre a localidade e o concelho entre este período e o século XVIII são escassos, sabe-se porem que no século XVI a vila estava despovoada, não possuindo sequer uma centena de fogos, situação que pouco se alterou pelo menos até à primeira metade do século XVIII. Situação que viria a ser invertida a partir da segunda metade do século XVIII, em boa parte pelo incremento da criação do bicho da seda, que no século XIX atingiu as 1,72 toneladas. A 24 de Outubro de 1855, o concelho foi extinto e as suas freguesias incorporadas em Moncorvo, Vila Flor, Macedo de Cavaleiros e Mogadouro.

Em Janeiro de 1898 foi restaurada como circunscrição administrativa independente. O concelho mantém hoje os mesmos limites, que vão da serra de Bornes até ao rio Sabor e do planalto de Castro Vicente até ao Vale da Vilariça, num total de 314 km2 distribuídos por uma impressionante e surpreendente diversidade paisagística.

FONTE: www.cm-alfandegadafe.pt

 

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Nª Sª DA ASSUNÇÃO - VILAS BOAS - VILA FLÔR



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O Santuário de N.Sª da Assunção fica em Vilas Boas, no Concelho de Vila Flôr, Distrito de Bragança, Portugal.
A cerca de 700 metros de altitude, circundado por capelas e acessos em estrada e escadaria para acesso ao topo onde está situado o Santuário. Do alto vislumbra-se grandes horizontes panorâmicos que atingem Mirandela etc. Está servido por bom estacionamento, sanitários, água para abastecimento da autocaravana, bem como tomadas de corrente que não testei o seu funcionamento. Bom local para visita, de preferencia com bom tempo. Veja a nossa Base de Dados de A.S.A.s na Base Lateral deste Portal.



        HISTÓRIA:
Festas e Romarias: N.ª Sra. Assunção – 14 e 15 Agosto, Santa Eufémia – 3º Domingo Setembro, Santa Maria Madalena – 22 Julho, Assunção do Senhor – 6º Domingo depois da Páscoa.
PATRIMÓNIO:
Miradouro e Santuário de N.ª Sra. Assunção, Igreja de Sta. M.ª Madalena, Capela de N.ª Sra. do Rosário, Capela de S. Sebastião, Capela de Sto. António, Cruzeiro Sra. do Rosário, Pelourinho, Brasão da Câmara e Brasão da Baronesa de Alverca, Casa da Câmara, Fonte das Cerdeiras, Fonte Santa, Fonte da Lameira, Capela de Sta. Marinha em Meireles, Azenha Nova, na Ribeirinha, Capelas Velha e Nova de Sto. António, em Ribeirinha, Castro N.ª Sra. da Assunção, Castro Romanizado, Relógio de sol, Casarelhos habitat romano, em Meireles, Olival do Rei, habitat romano, na Ribeirinha Gastronomia: Rojões, aquando da matança do porco, Folar da Páscoa, Alheiras com Grelos Artesanato: Estatuetas esculpidas em Madeira, Rendas, Bordados Aldeias Anexas: Meireles e Ribeirinha

De povoamento muito remoto, Vilas Boas vê o seu nome associado aos povos romanos. Vilas eram unidades agrárias do tempo dos romanos e Boas significa que os solos desta freguesia eram bastante férteis. A antiguidade da fundação desta freguesia é confirmado também pela arqueologia. No monte de Nossa Senhora da Assunção existe um castro que viria a ser romanizado posteriormente. Nesse local ainda se podem ver vestígios de uma muralha. Vila e sede de concelho até 1836, viria a ser integrada nesta data no Concelho de Vila Flor. Conserva ainda o Pelourinho, símbolo de autonomia municipal. Do património artístico religioso temos a Igreja Paroquial dedicada a Santa Maria Madalena, de estilo barroco, construída no séc. XVIII, mas com friso da época manuelina na parte posterior da sacristia.

O Santuário de Nossa Senhora da Assunção é considerado o maior Santuário Mariano de Trás-os-montes, tem uma Igreja principal, várias capelas pequenas espalhadas e um escadório monumental. Fazem ainda parte do espólio cultural desta freguesia vários solares brasonados, fonte e um cruzeiro. Vilas Boas é uma terra rica quer em história, quer em cultura e cheia de curiosidades. Há um sítio ao qual chamam Pia das Feiticeiras onde há uma caverna com mais de 2 metros de altura e onde cabem uma dúzia de homens. Meireles – No sopé do Monte de Nossa Senhora da Assunção, situada a 350 metros e já virada para o lado oposto a Vilas Boas, encontra-se esta aldeia anexa onde também se afirmaram povos romanos, sendo disso prova o lugar da Moura, a meia encosta, e as Casinhas, para os lados da serra do Faro. Ribeirinha – A 200 metros fica esta outra anexa, mais pequena. Ali existe uma azenha com uma roda de ferro que ainda funciona para rega. O rio Tua, que ali passa, serve de regalo a quem o procura para banhos e mergulhos e ainda atrai modalidades variadas tais como a pesca desportiva e passeios de barco. O Olival do Rei é o lugar onde os vestígios arqueológicos encontrados provam ter existido presença de romanos.

Fonte: www.cm-vilaflor.pt

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CARRAZEDA DE ANSIÃES

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Carrazeda de Ansiães é uma Vila pertencente ao Distrito de Bragança, Sub- Região do Douro. As terras de Carrazeda têm quase todas elas grande carga Histórica Medieval, sobretudo no que diz respeito ao património edificado considerados como monumentos de interesse Nacional. O Castelo de Ansiães é o seu maior tesouro, com todo o seu recheio interior, e que seria no seu inicio a sua principal povoação, pelos vestigios visíveis que o compõem. Destaque ainda para as freguesias deste Concelho, como Belver, Amedo, etc.

HISTÓRIA:
Carrazeda de Ansiães é uma vila de características rurais, sede de um concelho com 19 freguesias e com a área aproximada de 282,28km2. Pertence ao distrito de Bragança, situando-se para sudoeste, tendo o rio Tua até à Foz a limitá-lo para poente, e o rio Douro a Sul. É sobre a vila que nós queremos aqui falar, enquanto freguesia do respectivo concelho. A história da freguesia de Carrazeda de Ansiães está ligada ao concelho medieval de Ansiães. Realmente, quando Ansiães era uma vila próspera, antiga, quanto importante, na defesa da linha fronteiriça que o Douro constituiu e muitas vezes de uma forma incerta e variando de limites, Carrazeda era apenas um lugar pouco povoado. Por isso é preciso referir que Ansiães tivera foral logo no século IX dado por D. Fernando o Magno.
Depois D. Afonso Henriques dá-lhe de novo um Foral em 1160 para que se repovoasse, já que as lutas com os árabes tinham feito diminuir a sua população. D. Sancho I em 1198 atribui-lhe regalias com novo foral. D. Manuel I dá-lhe outro foral em 1510. Vasco Pires de Sampaio vai receber a vila de D. João I, mantendo-se nessa família até ao século XVIII. Ali nasceram figuras ilustres a nível nacional, como Lopo Vaz de Sampaio, 8.º Governador da índia, D. Frei Gonçalo de Morais Mesquita, Bispo do Porto, ou D. Manuel de Sousa, arcebispo de Goa, entre outros.

Como a falta de água no Castelo de Ansiães era uma constante, os acessos difíceis, com a linha e processo de defesa estratégica a alterar-se e saindo fora dos limites do concelho, a Vila entra em decadência e abandono, acabando por ser transferida a sede de concelho para Carrazeda de Ansiães em 6 de Abril de 1734. Nascia assim a Vila e o concelho de Carrazeda de Ansiães, fazendo com que, em meados do século XIX, estivesse o lugar da antiga Vila de Ansiães despovoado. Restam por lá riquíssimos vestígios históricos e monumentais, alguns dos quais falamos na II Parte deste volume.

A Vila de Carrazeda de Ansiães tem vários pontos de interesse, como casas nobres, Moinho de Vento, o Pelourinho erguido no século XVIII, a Fonte das Sereias e outra Fonte com Tanque nessa mesma zona cheia de rusticidade, os antigos Paços do Concelho e os actuais, a Igreja Matriz de 1790 com Torre lateral esquerda quadrangular e de 4 sinos, toda a zona antiga, o Jardim ou Praça D. Lopo Vaz de Sampaio.

Fonte: www.cm-carrazedadeansiaes.pt



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ALIJÓ - VILA REAL


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Partindo da Régua, depois de tomado o Porto de honra, serpenteando o Alto Douro Vinhateiro em direção a Alijó, Região demarcada do Douro e do vinho do Porto, também conhecida pelo seu famoso vinho moscatel de Favaios,uma das suas 19 freguesias. Fizemos uma primeira paragem para a compra do moscatel, e para registo de algumas imagens desta simpática terra Duriense.




                   HISTÓRIA:


Delimitado geograficamente pelos rios Douro, Tua, Tinhela e Pinhão e pelas “montanhas transmontanas”, com uma área aproximadamente de 300 Km 2, encontra-se o concelho de Alijó que pertence ao distrito de Vila Real. Historicamente implantado num eixo que terá servido de fronteira em permanentes mutações, só a partir do primeiro quartel do século XII (ano de 1225) é que D. Sancho II mandou povoar Alijó, que se encontrava até então abandonada. Deu-lhe carta de foral em Abril de 1226. D. Afonso III concede nova carta de foral, dia 15 de Novembro.de 1269, em Santarém.



Já no século XVI, D. Manuel I cria novamente carta de foral, dia 10 de Julho de 1514 (em Lisboa). A ocupação ordenada do território, acontece a partir dos séculos XII e XIII, tendo nessa altura sido atraídos vários representantes da nobreza e da alta burguesia como os Távoras (sendo este o caso do Marquês de Távora, primeiro donatário de Alijó e seus termos). Ficaram os Marqueses de Távora senhores donatários deste concelho durante as dinastias Joanina, Filipina e parte da Brigantina até ao reinado de El-Rei D. José.


Só em pleno consulado pombalino é que se assiste à execução dos Távoras (por suspeita de envolvimento na tentativa de assassinato do rei D. José I). Tanto hoje como no passado o clima, a situação geográfica e o magnífico património natural e arqueológico impuseram-se como factores de atracção. O concelho de Alijó é assim detentor dos mais belos solares, igrejas, capelas e casas senhoriais distribuídas pelas diversas freguesias.


O concelho de Alijó apresenta um carácter rural, inserido na Região Demarcada do Douro. Alijó é um concelho que vive essencialmente da agricultura e do pequeno comércio. A cultura vitivinícola - cultura dos vinhos finos ou generosos e de mesa, praticada essencialmente nas terras junto aos rios que delimitam o concelho (principal suporte económico). Contribuem também para o sustento das gentes locais a prática da pastorícia (em lameiros) e os soutos (nas terras mais altas).


No concelho de Alijó, a beleza é omnipresente e marcada por duas zonas distintas: a zona Norte agreste, rica na cultura do azeite, cereais, leguminosas, batata e amendoais e a zona Sul tipicamente duriense , repleta de vinhedos em socalcos e paisagens verdejantes.

Fonte: www.cm-alijo.pt



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CASTELO DE POMBAL - POMBAL

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O Castelo de Pombal está situado na Cidade de Pombal, Distrito de Leiria, Portugal.
O Castelo de Pombal, de tantas vezes que passei por ali, nunca se proporcionou uma sessão fotográfica do monumental Castelo de Pombal. Infelizmente estava encerrado para obras, fica para uma próxima vez a visita ao interior do Castelo. Do cimo do monte onde está situado o Castelo, obtem-se uma panorâmica de toda a cidade de Pombal, de onde se avista igualmente toda a parte antiga.




                 HISTÓRIA:

Pombal é terra de história, de lendas e de gente ilustre. Do grande Marquês de Pombal, do historiador e escritor João de Barros, do político Mota Pinto, da poetisa Martel Patrício, do médico e escritor Amadeu da Cunha, entre tantos outros.

Sendo difícil situar o aparecimento do primeiro aglomerado populacional, não restam, no entanto, dúvidas quanto à presença dos romanos na região de Pombal, tendo em conta as moedas encontradas nas obras de restauro do Castelo.

Antes da presença romana, está assente que a fixação demográfica na área de Pombal remonta ao período neolítico, sem que, também aqui, seja possível determinar o local exacto do sedentarismo inicial.

Certo é que, no início do século XII, os Templários passaram pela região. Em 1126 terão encontrado uma povoação no lugar de Chões, hoje desaparecida. Esta terra deserta, de matos e brenhas fechadas e inóspitas entre Coimbra e Leiria, situava-se na fronteira das batalhas contra os sarracenos. Por esse motivo foi aqui erigida, por volta de 1147, uma fortaleza militar.

Gualdim Pais, mestre da Ordem dos Templários, concede foral a Ega em 1131, depois a Redinha em 1159, e por fim a Pombal em 1174, renovado posteriormente no ano de 1176. A acrescentar aos dois forais, D. Gualdim Pais concede também a Pombal, em 1181, uma carta de privilégios.

Em 1509 D. Manuel passou por Pombal. Admirado com a povoação, ordenou a recuperação do Castelo, ficando o seu interior a servir de residência ao alcaide-mor da vila, Conde de Castelo-Melhor, e ordenou a abertura de uma porta, voltada para a vila. Por cima dessa porta, foram colocadas as armas da vila de Pombal, à qual revogou antigos privilégios concedendo-lhe foral novo, datado de 1 de Junho de 1512.
Deve-se ao Marquês de Pombal, que aqui viveu entre 1777 e 1782, a ordenação da parte baixa da vila. Então mandou construir, na Praça Velha, a cadeia, no sítio do antigo pelourinho e o celeiro, no lado oposto. Na última década do século XVIII, a estrada real foi desviada para dentro de Pombal e foi construída uma ponte sobre o rio Arunca, numa obra dirigida pelo coronel-engenheiro Joaquim de Oliveira, que também abriu uma alameda arborizada até à frente do Emporão, dando à vila e a toda a região um novo incremento.

Estas condições excelentes para o desenvolvimento da região, vêm a ser travadas pelas invasões francesas. Em 1811 as tropas comandadas pelo general Massena, saquearam e incendiaram toda a povoação, circunstância que feriu a antiga pujança, completada pela mortandade ocorrida em 1833, quando a cólera-morbus transformou Pombal numa localidade abandonada.
A estrada real ficou totalmente desmantelada e intransitável, mas os governantes não mostraram qualquer interesse em mandar fazer reparações, preferindo desenvolver as carreiras marítimas com barcos a vapor, entre as cidades de Lisboa e Porto, o que concorreu para o isolamento total da vila com o resto do país. Esta situação só será ultrapassada em 1855, após a construção da via férrea, permitindo estabelecer comunicação rápida e fácil com os principais centros de Portugal.

Com a renovação urbana, ocorrida na segunda metade do século XX, e a construção de modernas vias de comunicação, tudo mudou. Tirando partido da sua localização invejável, novas indústrias começaram a implantar-se em Pombal, a construção civil floresceu e os estabelecimentos de comércio e serviços proliferaram tornando a cidade numa das mais prósperas do distrito de Leiria e dando ao concelho um desenvolvimento único na região centro do país.


Fonte: www.cm-pombal.pt


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ALDEIA DO XISTO DE COVELO DE PAIVÔ - AROUCA


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Covelo de Paivô é mais uma das inúmeras Aldeias Tradicionais à Portuguesa, do Concelho de Arouca, Distrito de Aveiro.. Preserva ainda intactas as raízes rurais da lavoura e das pastagens do gado que findo o dia regressa aos currais. É comum ver-se nos caminhos encruzilhados da Aldeia, cabritinhos a brincarem uns com os outros, enquanto os seus progenitores pastam para darem bom leite para os alimentar. Arouca não é tradicionalmente um produtor de queijo, mas sim do bom fumeiro e da boa carne com certificação de qualidade Arouquesa. Uma das melhores carnes Nacionais, e quiçá do mundo. Esta foi já uma segunda passagem, já que na anterior não a visitei no seu interior, e por esse motivo não recolhi fotos. Fica a reportagem possivel.

             HISTÓRIA:
A origem de povoados nesta região é anterior à fundação da nacionalidade e mesmo ao domínio Romano, pois em 1946 foi encontrado em Regoufe uma pulseira de ouro com o peso de 171 gramas, formada por dois troncos de cone, ligados pela parte mais estreita, com o diametro, num dos bordos externos de 67,5 milímetros e no outro de 69,5 milímetros, e com 30 milímetros de altura, por dentro é lisa e por fora tem junto de cada bordo dois sulcos paralelos e pequenas incisões oblíquas, aos grupos de 13.


Esta pulseira do período Romano encontra-se no Museu de Arte Sacra em Arouca. As aldeias da freguesia pertenceram à freguesia de São Martinho das Moutas. Constituída a freguesia, eclesiasticamente ficou como curato da apresentação do vigário de São Martinho das Moutas, que fazia parte do concelho de Lafões, passando mais tarde para o concelho do Sul, extinto em 24 de Outubro de 1855, passando para o concelho de São Pedro do Sul, mas, pela lei nº 653, de 16 de Fevereiro de 1917, foi anexada ao concelho de Arouca. No lugar de Regoufe desta freguesia explorou-se volfrâmio durante a 2ª Grande Guerra, pela companhia Inglesa. A agricultura e a pastorícia têm ainda hoje um papel importante nesta região de paisagens virgens e incomparáveis da qual a aldeia tradicional da Drave e o Rio Paivó, com as suas águas cristalinas fazem parte integrante.
Fonte: www.cm-arouca.pt

EM AROUCA:
Os autocaravanistas tem a vantagem de poderem fazer as suas visitas ao vasto e valioso território, e no final da tarde recolherem ao centro da Vila de Arouca, mais propriamente no parque da feira, onde existe a Área de Serviço para Autocaravanas, uma parceria do nosso Portal AuToCaRaVaNiStA - Grupo AuToCaRaVaNiStA Português, e a Câmara Municipal de Arouca. Inaugurada em 2014:
"Veja aqui a inauguração"
Veja as coordenadas GPS em cima, ou na sua globalidade, na nossa Base de Dados aqui neste Portal na barra lateral. Não esqueça também de ler e imprimir para oferecer aos amigos, as nossas Regras de Ouro. O Portal AuToCaRaVaNiStA - Grupo AuToCaRaVaNiStA Português, deseja-lhe uma boa estadia em Arouca, e ótimos passeios.


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