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VILAR DE PERDIZES - MONTALEGRE

Apontamento AuToCaRaVaNiStA:
Chegados pela manhã a Vilar de Perdizes, decorria a missa de Domingo, como sempre celebrada pelo Padre Fontes, sobejamente conhecido, pelo Congresso Anual de Medicina Alternativa e Popular, que já se realiza há mais de 25 anos. Vilar de Perdizes é o local por excelência onde "tudo é permitido" e que segundo o Padre António Fontes um dos dinamizadores do evento, este Congresso de Medicina Popular é "uma escola aberta a toda a mentira e a toda a verdade". Falar de Vilar de Perdizes obrigatoriamente é falar deste padre, homem por vezes controverso, um defensor acérrimo desta região, que ele tanto ama. Estivemos à conversa com ele, o qual se revelou uma pessoa bastante dada aos outros.


                HISTÓRIA:
A par de Salto e Tourém é das mais "cosmopolitas" freguesias do concelho, afora Montalegre. Outra zona barrosã testificadamente habitada desde remotas eras, como se prova numa inventariação sumária dos seus monumentos: as inscrições pré-históricas de Caparinhos (gravuras rupestres de controvérsia leitura); o altar sacrificial da Pena Escrita; as duas aras romanas achadas na abertura da estrada para Meixide e Chaves, uma dedicada ao Deus dos Deuses, Júpiter, e outra dedicada ao Deus local Larouco; e a grande inscrição do Penedo de Rameseiros cuja interpretação não consegue recolher consensos.

Tal riqueza arqueológica e tão diversificada não é usual em meios pequenos. Mas a riqueza continua no que sabemos da sua igreja de São Miguel e no Solar, que foi berço de filhos de algo, e junto do qual floresceram o Hospital e a Capela de Santa Cruz, destinados a prestar apoio físico e espiritual aos peregrinos de Santiago de Compostela e do Cristo de Ourense que por ali passavam, vindos dos lados de Chaves Alto Douro, Beiras e Castela. Desta freguesia desligaram-se as duas vizinhas de Solveira (Santa Eufémia) e Santo André e todas pertenceram, por poucos anos, até á sua extinção, ao concelho de Couto de Ervededo. Modernamente Vilar de Perdizes entra na moda das notícias televisivas por apadrinhar um evento sócio-cultural que é o Congresso de Medicina Popular.




Admira que alguns, ditos intelectuais, lancem farpas ao dito como se estivéssemos ainda no século VI, do São Martinho de Dume, a combater pagãos e as heresias dos maniqueístas e arianos… Recusamo-nos a que nos lancem o anátema de pagãos e hereges pelo facto de querermos alcançar, enquanto é tempo, os saberes (no campo da farmacologia, da medicina e das tradições) dos nossos avós!




Foto com o Padre  Fontes em 2012
Esperemos que a gente de Vilar continue a acarinhar as ervas com que se fazem mezinhas, defumatórios, infusões e chás que nos debelam as dores do corpo e nos dulcificam as dores do espírito! Estão em fase de conclusão os roteiros arqueológico e do contrabando, que a pé e a cavalo de burros irão permitir a visita aos locais que melhor defendem a identidade de Vilar de Perdizes.

Fonte: cm-montalegre.pt

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PONTEIRA - ALDEIA DE GRANITO - MONTALEGRE

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A Aldeia Granítica de Ponteira pertencente à União de Freguesias de Paradela do Rio, Contim, e Fiães do Rio. São agora, 7, os lugares desta União de Freguesias: Paradela, Ponteira, Contim, São Pedro, Vilaça, Fiães do Rio e Loivos.
Na minha opinião, Ponteira é a aldeia mais visitável desta rica e vasta região de Montalegre, a mais interessante do ponto de vista das origens rurais que a caracterizam. Não fosse os arranjos das ruas com o empedrado e o saneamento básico, e era seguramente uma viagem no tempo e às origens para quem a visitasse.

O gado vai sozinho para os currais, os caminhos estão cobertos de vestígios da passagem sistemática e diária do gado de pasto, seja bovino ou caprino, algumas casas mantêm as lareiras diretas sem chaminé para os fumeiros, as paredes pretas, e a telha à vista, são um retrato fiel e original das aldeias tradicionais Portuguesas em todo o seu esplendor. Uma das aldeias mais emblemáticas que visitei. Destaco também uma visita à pedra bolideira, que constatei in-loco, que até uma criança faz movimentar este enorme penedo. Uma Aldeia Tradicional e genuína a visitar. Recomendada pelo Portal AuToCaRaVaNiStA


   ALDEIA DE PONTEIRA:

Anexa á Freguesia de Paradela do Rio, goza de paisagens deslumbrantes, um povoado implantado em penedias fragosas (com uma “pedra bolideira” no Castro)(vêr fotos), até às margens da barragem. Este pequeno povoado (Ponteira) terá sido o primitivo assento da paróquia. Nesta freguesia existe um alto monte, conhecido por “Rocha da Ponteira”, onde, em tempos idos, se fez a extracção de ametistas.
Data do século III ou IV antes de Cristo a ocupação humana destas terras, como o atestam achados de três colares de ouro que foram encontrados próximos da albufeira, na margem esquerda do rio Cávado. A sua origem remonta aos Celtas, sendo usados pelos chefes guerreiros como insígnias. A existência destas três peças permite concluir o quão perfeita era já a indústria joalheira no período hispano-céltico, e a existência da exploração mineira de ouro antes do domínio romano. D. Afonso III, em 1258, concedeu carta de aforamento de um casal a Pedro Durando e sua mulher, Maior Pelágio.


Paradela foi vigairaria da apresentação do reitor de Santa Maria de Viade, passando depois a reitoria. Na Segunda Invasão Francesa, as tropas comandadas por Soult passaram por Ponteira e Paradela rumo a Montalegre, onde chegaram em 17 de Maio de 1809, depois de terem sido atacadas na ponte da Misarela por um grupo de Barrosões, que lhes infringiram inúmeras baixas.
Acesso a informações de toda a região de Montalegre.


Fonte: www.patrimonio-turismo.com/


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PITÕES DAS JÚNIAS - ALDEIA DE GRANITO - MONTALEGRE

Apontamento AuToCaRaVaNiStA:
Pitões das Júnias ainda conserva toda a actividade rural tradicional das aldeias de montanha de outros tempos. Ainda é comum vêr-se o gado nas ruas, e os vestigios da sua passagem, quer bovino quer caprino. De realçar o relógio solar que ainda mostra as horas aos lavradores e população, as casas de pedra granítica, os produtos tradicionais etc. Em contraste com esta origem e tradicionalidade, existe logo à entrada o Restaurante "O Preto" que tem no cardápio algumas especialidades daquela região, como seja o cabrito, ao que parece, se quiserem assado só através de encomenda prévia. "O Preto" tem duas salas individuais, uma das quais equipada para grandes excursões de pessoas, que habitualmente visitam aquela Aldeia aos fins de semana.


-ALDEIA DE PITÕES DAS JÚNIAS
-MOSTEIRO DE N.SENHORA DAS JÚNIAS
-CASCATA DE PITÕES
-CAPELA DE N.SENHORA DAS JÚNIAS
Actividades Económicas:Agrícola e pecuária;
Gastronomia: Cozido à Portuguesa, cabrito estufado, cabra estufada, sopa de vinho, rabanadas pão-de-ló e aletria;
(Restaurante O PRETO) Á entrada de Pitões. (Salão para banquetes)
Artesanato: Meias e aventais de lã de ovelha, croças de junco;
Movimento Associativo: Associação Cultural e Recreativa “O Fiadeiro de Pitões”;
Festas: Nossa Senhora das Júnias (15 de Agosto), Santo António (13 de Junho), São João (24 de Junho), São João da Fraga (25 de Junho) e Santa Bárbara (16 de Agosto);
Fauna: Lobo-ibérico, javalí, corço, cabra-loura, gato bravo, açor, peneireiro, papa-figos, fuinha, lebre e coelho bravo. Avifauna: gavião, águia-real, perdiz, cuco, coruja, melro, milhafre, andorinhas, águia-cobreira, águia-de-asa-redonda, tartaranhão-caçador. Répteis: sardão, cobra rateira, víbora cornuda; truta-de-rio;
Flora: Lírio-do-gerês, narcisos, anémona, silene, violetas, vários arbustos (carqueja, urze, tojos, torga, sargaço, giestas, hipericão,
macela e azevinho), carvalho-negral, carvalho-alvarinho, vidoeiros, aveleiras, amieiros, salgueiros e alguns exemplares de teixo;
Locais de Interesse Turístico: Parque Natural da Peneda Gerês, Desfiladeiro da Flecha Velha, Cascata de Pitões; Mosteiro Pitões (ordem de Cister)
Cursos de Água: Ribeiras de Camposinho, Boudo, Fornos e Avelairos.





             HISTÓRIA:
Situada a cerca de 1200 metros de altitude, junto às faldas do Alto Gerês
Barrosão, Parque Internacional, faz um belo e harmonioso contraste de planalto verde, e serra granítica, a poente. Aldeia medieval, gregária, comunitária, nascida e povoada de casas alinhadas na rua central, mexe-se em azáfama para todos, pela manhã com a saída para o monte de manadas de vacas, vezeiras de cabras. O mesmo acontece ao por do sol, no regresso de todos a casa. Tem cerca de 200 habitantes. De dia como em qualquer aldeia quase não se vê ninguém na rua nem em casa, velhos e novos todos na mesma labuta, como abelhas à procura do mel montanhês.» Autor, Padre António Lourenço Fontes





Da Pré-Histórica aos Mouros:
Aldeia das mais visitadas do País, já foi povoada pelos celtas. Visite o Castro na serra do Gerês, a caminho de S. João da Fraga. Descubra as muitas mamoas que chamam aqui forninhos dos mouros, junto à estrada, desde o Ramiscal, ao alto do Ouroso e Portela da Moura e casa abrigo. Os romanos estiveram, trouxeram cultura e religião. Conheça a nossa ara romana, no museu dos Castelos de Montalegre, aparecida em Pitões, ao lado da igreja, dedicada a Juno (?) Júpiter ou outro.


A caminho de Tourém foi aí por 1950 encontrado um pote com denários romanos de prata. Terra farta de tudo também em minerais. Os romanos explorariam ouro no Ouroso, ferro no Ferrenho, esmeraldas e berilo, na aldeia. Nos carris (Gerez) neste século se explorou volfrâmio. O medo dos mouros e a sua fama destruidora, está na lenda da santa escondida e escapada da sanha mourisca e na toponímia da Mourela.»

Fonte: www.cm-montalegre.pt



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SENHORA DA MÓ - AROUCA


Apontamento AuToCaRaVaNiStA:

O Monte da Srª da Mó está situado no Concelho de Arouca, Distrito de Aveiro, Portugal.
O Monte da Senhora da Mó, faz-se por caminhos estreitos e sinuosos, com subidas de grande elevação. No cimo do monte, deparamos com espaço para estacionamento para cerca de 20 autocaravanas para lotar todo o espaço disponivel. Tem bar aberto, e mesas para pic-nic. O santuário encontrava-se aberto. Daquí parti para as Aldeias Tradicionais de Janarde, Meitriz e Covelo de Paivô, todas pertencentes a Arouca, as quais pode vêr no Slideshow do nosso portefólio.


               HISTÓRIA:


Situa-se, por estrada, a cerca de 8 Km. da Vila de Arouca. Eleva-se rapidamente à altitude de 711 m. Do seu cume desfruta-se uma deslumbrante vista panorâmica sobre o vale de Arouca. No seu ponto mais elevado existe uma capela dedicada a Nossa Sra. Da Mó, de contornos muito característicos e que se presume ser do séc. XVI. A festa em honra de Nossa Sra. Da Mó, comemora-se nos dias 7 e 8 de Setembro.


Em Arouca, Nossa Senhora da Mó é considerada advogada dos campos, das colheitas e dos animais e protectora contra as secas e as trovoadas.
Diz-se também que a Senhora «tem mais seis irmãs», por igual número serem as ermidas de invocação mariana que se avistam da sua capela, localizadas nos montes em redor: Senhora do Monte; Senhora da Laje; Senhora das Amoras; Senhora do Castelo; Senhora Guia e Santa Maria do Monte.


Outrora, durante a romaria, decorria uma feira junto da ermida, situada no alto da serra da Mó, acendiam-se fogueiras de pinhas, que ardiam a noite inteira, e fazia-se, segundo parece, uma procissão desde Arouca até ao santuário.
 Hoje, em vez das fogueiras da noite do dia 7, o povo reúne-se na chamada «Casa da Ceia», ao lado da capela, para tomar parte na já tradicional «bacalhoada arouquense» a lembrar, talvez, os piqueniques de tempos idos. No dia 8 é celebrada missa pelas onze horas, seguida de procissão, a cumprir o ritual de dar a volta ao antigo cruzeiro
.
A imagem primitiva da Senhora da Mó, em pedra de Ançã, com o Menino ao colo – supostamente do século XIV – encontra-se num nicho aberto na parede da capela. Posteriormente, foram-lhe acrescentados o pequenino arcão e a mó, em madeira, que se vêem a seus pés - em alusão à «lenda do cristão e do mouro» -  à semelhança dos atributos que apresenta a imagem actual, que se encontra no altar-mor e que sai na procissão. No templo veneram-se ainda as imagens de Nossa Senhora das Neves e de Santa Bárbara.

 A lenda de Nossa Senhora da Mó conta que no ano de 1027 um cristão de Arouca, feito prisioneiro dos Mouros, foi amarrado com uma corda dentro de um arcão do milho, com a pedra de uma mó colocada por cima e um mouro sentado nela, assim se mantendo à espera da morte.
 Pediu então à Virgem que lhe valesse, acontecendo que a arca com o cristão, a mó e o mouro apareceram, por milagre, junto da capela. Ao ouvir o sino, espanta-se o mouro por se encontrar num lugar religioso e desconhecido, e pede ao cristão que não lhe faça mal e aquele assim faz.



A lenda encontra-se retratada num grande quadro em madeira (ex-voto) pintado em 1827, que se encontra na capela.

Fonte: Do livro “Festas e Tradições Portuguesas”, Vol. VII - Edição Círculo de Leitores



            EM AROUCA:
Os autocaravanistas tem a vantagem de poderem fazer as suas visitas ao vasto e valioso território, e no final da tarde recolherem ao centro da Vila de Arouca, mais propriamente no parque da feira, onde existe a Área de Serviço para Autocaravanas, uma parceria do nosso Portal AuToCaRaVaNiStA - Grupo AuToCaRaVaNiStA Português, e a Câmara Municipal de Arouca. Inaugurada em 2014:
"Veja aqui a inauguração"

Veja as coordenadas GPS em cima, ou na sua globalidade, na nossa Base de Dados aqui neste Portal na barra lateral. Não esqueça também de ler e imprimir para oferecer aos amigos, as nossas Regras de Ouro. O Portal AuToCaRaVaNiStA - Grupo AuToCaRaVaNiStA Português, deseja-lhe uma boa estadia em Arouca, e ótimos passeios.

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TALASNAL - ALDEIA DO XISTO - LOUSÃ

Apontamento AuToCaRaVaNiStA:

Talasnal é uma Aldeia do Xisto Portuguesa, pertencente ao Concelho da Lousã, Distrito de Coimbra.
A aldeia do xisto do Talasnal, é entre todas as aldeias que visitei, a segunda mais profunda e isolada, a seguir a Drave em Arouca, e já lá vão mais que muitas visitas a aldeias do xisto, até porque tenho que pensar bem o que me falta visitar! Acho que já visitei todos os buracos perdidos algures nas montanhas, socalcos, ribeiras, etc, que dou por mim a pensar já em visitar, os buracos dos buracos mais escondidos.

Haverá concerteza sempre algo mais a descobrir neste Portugal que embora pequeno em território, mas cheio de boas surpresas a cada canto desbravado. Para se chegar ao Talasnal, é conveniente fazer-se transportar num todo-o-terreno, ou então fazer como nós, e arrepiar caminho por entre as fragas e as valas rasgadas pelas águas em alturas de mau tempo, fazer das autocaravanas um todo terreno e ala que é bombeiro por entre uma imensa nuvem de pó mesmo a velocidades de 10 Kms hora, todo o material bem seguro, e lá chegamos nós a bom porto. A Aldeia está reconstruída, é praticamente turismo de aldeia, como segunda casa de férias, alberga também instalações de turismo jovem ligado a instituições governamentais, e escuteiros.

ROTA DAS ALDEIAS DE XISTO:

As aldeias de xisto, a serra, os caminhos íngremes e estreitos compunham a paisagem das gentes serranas. Por estes velhos caminhos se uniam as aldeias dispersas nas vertentes da serra, se chegava aos socalcos cultivados, aos soutos, ou aos moinhos escondidos nos meandros das ribeiras. Por eles se descia à vila para negociar o carvão produzido na serra.” in Quercus, 1996.
No passado, os caminhos estavam intimamente ligados ao dia-a-dia da população das aldeias serranas, por serem um meio de comunicação com as populações vizinhas e o único acesso às suas fontes de subsistência. A desertificação levou ao abandono dos caminhos que lhes retirou a sua melhor manutenção: a de serem caminhados. Hoje, alguns destes caminhos são ainda usados pelos poucos habitantes das aldeias, mas os caminheiros são os principais agentes na revitalização destes percursos.

Os percursos pela Serra da Lousã, passando pelas aldeias serranas podem ser feitos a título individual, mas para uma melhor interpretação do espaço permitindo uma experiência completa e agradável, é aconselhável recorrer às empresas da zona especializadas neste tipo de actividade.


Fonte: www.cm-lousa.pt


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CANDAL - ALDEIA DO XISTO - LOUSÃ

Apontamento AuToCaRaVaNiStA:

Candal é uma Aldeia de Xisto Portuguesa, pertencente ao Concelho da Lousã, Distrito de Coimbra.
A Aldeia do xisto do Candal, é mais uma das fantásticas aldeias do xisto de Portugal. Situada na serra da Lousã entre outras belas aldeias do xisto. Aldeia rústica de acesso pedonal, à semelhança da Aldeia do xisto de Água Formosa em Vila de Rei, com arruamentos estreitos e labirinticos, onde a água é uma constante, e a vizinhança quase totalmente turística Nacional e também Estrangeira.



Praticamente toda a aldeia está restaurada ou em vias disso, não havendo quase nenhuma casa para restaurar para venda. Cada vez mais estas aldeias passam de casas de famílias rurais genuínas, para serem segundas ou terceiras casas de férias de pessoas do tecido urbano, que vêem nestas aldeias um refúgio à selva da cidade. Contudo um postal muito bonito e agradável aos olhos do comum visitante. O Candal estende-se numa encosta soalheira com os pés em águas que nascem no cimo da Serra. A estrada leva-nos à descoberta de outras aldeias em xisto que o Outono mimetiza entre carvalhos e castanheiros.



           NATUREZA:
A Serra da Lousã conjuga de forma única a vertente cultural e humana das Aldeias do Xisto, com a natureza e as possibilidades de lazer que a sua paisagem proporciona. É casa de veados, javalis e corços que
espreitam por entre sobreiros, castanheiros, carvalhos e, claro, pinheiros. É atravessada por inúmeros trilhos pedestres/BTT e por caminhos que nos levam ao St. António da Neve, ao Alto do Trevim, ao Castelo da Lousã ou à Sra. da Piedade… não esquecendo as praias fluviais.




         PATRIMÓNIO:

Espelhando as restantes aldeias serranas, estas casas típicas da região reclamavam protecção, conservação
e reabilitação. As pedras de xisto, principal elemento quer das casas habitação, quer dos currais que guardam os animais, são comuns aos outros povoados da região. Mas nesta aldeia o aspecto do conjunto arquitectónico torna-se verdadeiramente singular com os contornos pouco uniformes dos edifícios e as construções justapostas ou mesmo sobrepostas a contribuírem para uma paisagem de rica diversidade.



          HISTÓRIA:
Permanecem misteriosos os motivos que empurraram os primeiros povoadores dos territórios serranos a deixarem o sopé e a fixarem-se no alto, onde a terra era difícil de cultivar. A par de antigas narrativas que levam para o campo da fantasia e da lenda as origens dos povoados serranos, pensa-se que a verdadeira razão destas migrações possa estar relacionada com a pastorícia e o abate de árvores. Certo é que o Candal é um exemplo típico de apropriação do território pelo homem. Numa clara tentativa de adaptação às irregularidades do terreno, a disposição das edificações seguiu um método lógico tendo em vista o assegurar das exposições solares e facilitar das acessibilidades.



       GASTRONOMIA:
O Foral manuelino da Lousã – Aldeias do Xisto de: Candal, Casal Novo, Cerdeira, Ciqueiro e Talasnal, dá-nos conta de serem produzidos e consumidos cereais como a aveia, centeio, cevada, milho, painço e trigo, e de farinha de cada “hum deles” dos quais resultava o “pam”. O sal, o vinho, o vinagre, a linhaça, o marisco, o pescado, a fruta verde, os melões, a hortaliça também nele constam e, anote-se a referência ao marisco que tal como o pescado era transportado pelos almocreves. Descubra mais receitas desta aldeia na Carta Gastronómica das Aldeias do Xisto.
Fonte: www.aldeiasdoxisto.pt



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LINDOSO - PONTE DA BARCA - VIANA DO CASTELO

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Lindoso é uma Freguesia Portuguesa, pertencente ao Concelho de Ponte da Barca, Distrito de Viana do Castelo.
Um fim de semana prolongado de 3 dias, deu para planear e executar uma viagem que passou por várias regiões de Portugal e Espanha, da qual dou aqui destaque à Aldeia Medieval do Lindoso.
Aldeia com características rurais, transportando-nos para a época medieval, destacando-se: o Castelo, os Espigueiros, o Casario em granito, a Igreja Matriz, Fontes, e Cruzeiros, etc .



              HISTÓRIA:

Lindoso dista 25 km da sede do concelho. Esta freguesia tem cerca de 1300 habitantes, que se dedicam essencialmente à agricultura e pastorícia. O topónimo Lindoso deriva de «Limitosum». O castelo, reconstruído em 1278, serviu para defender o Lindoso e Portugal, sendo um motivo de orgulho para os habitantes desta freguesia e muito apreciado por quem o visita. Lindoso é composto pelos lugares de Castelo, Cidadelhe e Parada.


Existe uma eira composta por 50 espigueiros dos séc. XVII e XVIII. Situa-se junto ao Castelo de Lindoso, e apresenta um aglomerado único no país e de rara beleza. Inteiramente de pedra, cada exemplar apoia-se em vários pilares curtos, assentes na rocha e encimados por mós ou mesas. Sobre eles, repousa o espigueiro que tem uma cobertura de duas lajes de granito unidas num ângulo obtuso, ornamentado nos vértices com cruzes protectoras, que também servem para arejar o espigueiro.


A Citânia de Cidadelhe situa-se a 100 metros do lugar de Cidadelhe. Tratam-se de vestígios arqueológicos de uma citânia situada numa plataforma sobre o Rio Lima. Historiadores situam aqui a cidade romana de Bretalvão ou Flávia Lambria. 
A cerca de 20 km a jusante da localidade, encontra-se a Barragem de Touvedo que, para além da produção de energia, complementa a Barragem do Alto Lindoso, modulando os elevados caudais que esta turbina debita (250 m3 no conjunto dos dois grupos) e lançando-os para jusante devidamente controlados.


A Barragem de Touvedo assume desta forma uma relevante função regularizadora, evitando variações acentuadas num troço do Rio Lima.
Como chegar... Do Porto: Siga pela A3 em direcção a Valença. Saia ao Km 78 em direcção aos Arcos de Valdevez, após pagar a portagem siga no IC28 até à entrada de Ponte da Barca, onde encontrará do lado esquerdo as indicações para Lindoso/Espanha. Vire e siga (N203) durante cerca de 18 km até chegar ao Lindoso. Fonte:  www.aldeiasdeportugal.pt




                 CASTELO:
O Castelo de Lindoso localiza-se no lugar do Castelo, na Freguesia de Lindoso, Concelho de Ponte da Barca, Distrito de Viana do Castelo, em Portugal. Sobranceiro a terras de Espanha, em posição dominante na serra Amarela, sobre a margem esquerda do rio Lima, este castelo foi erguido de raiz, na Idade Média, com a função de vigília, defesa e marco de soberania da fronteira.
Embora não tenha estado envolvido em grandes batalhas ou episódios de história militar, é considerado como um dos mais importantes monumentos militares portugueses, pelas novidades técnicas e arquitetônicas que ensaiou, à época, no país. O castelo medieval Alguns autores afirmam que o topônimo Lindoso deriva do latim Limitosum (limitador, fronteira, extrema). Embora não existam informações sobre a primitiva ocupação humana de seu sítio, esse topônimo não se encontra mencionado nas Inquirições de 1220, o que vem a ocorrer nas de 1258.

Compreende-se, por essa razão, que tenha sido erguido de raiz no reinado de D. Afonso III, inscrita no esforço de reforço do sistema defensivo das fronteiras, empreendido por aquele soberano. Entre as obrigações dos habitantes da povoação, incluíam-se as de prover o alcaide de alimentos sob determinadas circunstâncias, sendo a ele vedado praticar quaisquer abusos contra esses mesmos habitantes. O castelo teria sido reforçado e ampliado no reinado de D. Dinis, a partir de 1278. A Guerra da Restauração da independência Castelo de Lindoso, Portugal: vista das muralhas medievais; em primeiro plano o baluarte seiscentista.


À época da Restauração da independência portuguesa, readquiriu importância face à sua localização fronteiriça. Por esta razão, no contexto das incursões portuguesas na Galiza pelas forças militares do General das Armas de Entre-Douro-e-Minho, D. Gastão Coutinho, o Castelo do Lindoso foi utilizado como base de apoio para as incursões das tropas sob o comando de Vasco de Azevedo Coutinho e de Manuel de Sousa de Abreu (Setembro de 1641).



Com o desenvolvimento da Guerra da Restauração, recebeu obras de modernização, que estariam concluídas por volta de 1666 (data inscrita no lintel de uma das portas), apenas três anos após ter caído em mãos de tropas espanholas, reconquistada, em seguida, pelos portugueses. É de crer, no entanto, que os trabalhos se tenham arrastado por mais algumas décadas, pois data de 1720 a conclusão do principal revelim, que defende a entrada principal. Do século XIX aos nossos dias Acredita-se que a sua guarnição tenha estado de prontidão ao tempo das Guerras Napoleônicas, quando, em 1809, as tropas franceses sob o comando do general Soult, se concentravam em Ourense, nos preparativos para a invasão. Esta, todavia, veio a ocorrer por outro trecho da fronteira.


Com a paz, perdida a função estratégico-defensiva, foi desguarnecido, entrando em processo de ruína. No século XX, o conjunto foi classificado como Monumento Nacional por Decreto publicado em 23 de Junho de 1910. A intervenção do poder público iniciou-se na década de 1940, através da Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN), tendo se procedido, entre outros trabalhos, à reconstrução de panos de muralha e de ameias bem como à demolição de algumas estruturas no pátio de armas. Recentemente, procederam-se ainda trabalhos de prospecção arqueológica, no âmbito de um projeto mais vasto de estudo da região.

Embora não possam ser datados com precisão, podem ser observados atualmente os vestígios da residência do alcaide, do quartel da guarnição, da capela, da cisterna e de um forno. Características Castelo de Lindoso, Portugal: Torre de Menagem.O núcleo que chegou até nós do castelo medieval, é de planta similar a do Castelo de Lanhoso, do Castelo de Arnóia e de vários outros desta região. É composto pelas muralhas de alvenaria de pedra, cujo topo é circundado por um adarve. Nestas rasgam-se duas portas, uma a norte, próxima à torre, e outra, a sul, acedida por uma ponte levadiça de madeira. Esta última porta ostenta pelo interior um arco de volta perfeita e pelo exterior um arco quebrado, sendo ladeada por dois cubelos de planta retangular.

No interior, abre-se a Praça de Armas, na qual se inscreve, a norte (lado da Espanha), a torre de menagem, de planta quadrangular, com porta rasgada acima do nível do solo, dividida internamente em dois pisos e coroada por ameias de remate tronco-piramidal. A adaptação do perímetro defensivo do castelo aos tiros da artilharia, no século XVII, materializou-se por uma linha envolvente de muralhas de tipo abaluartado, com planta no formato estrelado, em cujos parapeitos se rasgam canhoneiras em pontos estratégicos, apresentando guaritas cilíndricas encimadas por cúpulas semiesféricas nos vértices. 


O conjunto era acedido por porta encimada por matacães, precedida por ponte levadiça e cercado por altos taludes e fossos. Um revelim provê a defesa da entrada principal.


Fonte: Wikipédia

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