A Aldeia do xisto do Candal, é mais uma das fantásticas aldeias do xisto de Portugal. Situada na serra da Lousã entre outras belas aldeias do xisto. Aldeia rústica de acesso pedonal, à semelhança da Aldeia do xisto de Água Formosa em Vila de Rei, com arruamentos estreitos e labirinticos, onde a água é uma constante, e a vizinhança quase totalmente turística Nacional e também Estrangeira.
Praticamente toda a aldeia está restaurada ou em vias disso, não havendo quase nenhuma casa para restaurar para venda. Cada vez mais estas aldeias passam de casas de famílias rurais genuínas, para serem segundas ou terceiras casas de férias de pessoas do tecido urbano, que vêem nestas aldeias um refúgio à selva da cidade. Contudo um postal muito bonito e agradável aos olhos do comum visitante. O Candal estende-se numa encosta soalheira com os pés em águas que nascem no cimo da Serra. A estrada leva-nos à descoberta de outras aldeias em xisto que o Outono mimetiza entre carvalhos e castanheiros.
NATUREZA:
A Serra da Lousã conjuga de forma única a vertente cultural e humana das Aldeias do Xisto, com a natureza e as possibilidades de lazer que a sua paisagem proporciona. É casa de veados, javalis e corços que
espreitam por entre sobreiros, castanheiros, carvalhos e, claro, pinheiros. É atravessada por inúmeros trilhos pedestres/BTT e por caminhos que nos levam ao St. António da Neve, ao Alto do Trevim, ao Castelo da Lousã ou à Sra. da Piedade… não esquecendo as praias fluviais.
PATRIMÓNIO:
Espelhando as restantes aldeias serranas, estas casas típicas da região reclamavam protecção, conservação
e reabilitação. As pedras de xisto, principal elemento quer das casas habitação, quer dos currais que guardam os animais, são comuns aos outros povoados da região. Mas nesta aldeia o aspecto do conjunto arquitectónico torna-se verdadeiramente singular com os contornos pouco uniformes dos edifícios e as construções justapostas ou mesmo sobrepostas a contribuírem para uma paisagem de rica diversidade.
HISTÓRIA:
Permanecem misteriosos os motivos que empurraram os primeiros povoadores dos territórios serranos a deixarem o sopé e a fixarem-se no alto, onde a terra era difícil de cultivar. A par de antigas narrativas que levam para o campo da fantasia e da lenda as origens dos povoados serranos, pensa-se que a verdadeira razão destas migrações possa estar relacionada com a pastorícia e o abate de árvores. Certo é que o Candal é um exemplo típico de apropriação do território pelo homem. Numa clara tentativa de adaptação às irregularidades do terreno, a disposição das edificações seguiu um método lógico tendo em vista o assegurar das exposições solares e facilitar das acessibilidades.
GASTRONOMIA:
O Foral manuelino da Lousã – Aldeias do Xisto de: Candal, Casal Novo, Cerdeira, Ciqueiro e Talasnal, dá-nos conta de serem produzidos e consumidos cereais como a aveia, centeio, cevada, milho, painço e trigo, e de farinha de cada “hum deles” dos quais resultava o “pam”. O sal, o vinho, o vinagre, a linhaça, o marisco, o pescado, a fruta verde, os melões, a hortaliça também nele constam e, anote-se a referência ao marisco que tal como o pescado era transportado pelos almocreves. Descubra mais receitas desta aldeia na Carta Gastronómica das Aldeias do Xisto.
Fonte: www.aldeiasdoxisto.pt
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