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CALVÁRIO - AROUCA - AVEIRO - PORTUGAL


Apontamento AuToCaRaVaNiStA:
Arouca é uma Vila Portuguesa, Sede de Concelho, pertencente ao Distrito de Aveiro. O Calvário está situado a cerca de 500 m da Capela da Misericórdia, que está situada no centro histórico de Arouca, bem de frente ao imponente Mosteiro de Santa Mafalda. Para informação de companheiros de outros Países que nos visitam, e que venham unicamente com a indicação dos Passadiços do Paiva em Arouca, saberem que Arouca é muito mais que isto! (ver nossas etiquetas "Arouca" no nosso Portefólio). Estacione na Área de Serviço para Autocaravanas no Parque da Feira bem no Centro de Arouca Coordenadas GPS (N 40º55'33" W 08º15'01").

               HISTÓRIA:
Calvário:
Fica sobre uma penedia, a norte da Vila de Arouca, sobressaindo na sua parte mais elevada 3 cruzes, das quais a central data de 1627; no centro tem um púlpito de pedra, datado de 1643, situando-se as restantes cruzes da via sacra espalhadas pelas diversas ruas da Vila. Classificado Imóvel de Interesse Público pelo Decreto n.º 37077 de 29-09-1960.
Fonte: www.cm-arouca.pt


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CAPELA DA MISERICÓRDIA DE AROUCA - AROUCA - AVEIRO


Apontamento AuToCaRaVaNiStA:
A capela da Misericórdia de Arouca, fica situada no Centro Histórico da Vila de Arouca, pertencente ao Distrito de Aveiro, Portugal. A Capela apresenta-se restaurada e bem cuidada. Apesar de pequena tem um património sacro-religioso de elevado valor. Está quase sempre de portas abertas. Depois de uma visita ao Mosteiro de Santa Mafalda, é só atravessar a estrada e visitar este monumento que data a sua construção do ano 1612. Para visitar Arouca aceda aqui à informação da Área de Serviço para Autocaravanas no Centro da Vila.



               HISTÓRIA:
Capela da Misericórdia de Arouca:
Situada no centro histórico da vila, defronte ao Mosteiro de Santa Maria de Arouca, a capela da Misericórdia é um edifício de arquitectura religiosa de traça maneirista, correspondente a um ciclo construtivo que proliferou na segunda metade do século XVI e primeira do XVII, marcado pela influência italiana, mas comprometido com a austeridade da arquitectura chã tipicamente portuguesa. Mandada erigir pelos devotos, em 1612, conforme se infere da inscrição existente no friso do portal, mantém a estrutura original seiscentista, muito embora tenha sofrido algumas alterações no decurso dos tempos.


Das pequenas dimensões, segue o esquema tradicional de corpo único de planta longitudinal, à qual acresce, adossadas ao lado direito a sacristia, sobreposta pela casa do despacho, espaço de reunião e decisão das Mesa e da Irmandade, edificadas no século XVIII. Ao lado direito da frontaria, foi erigida no século XIX uma torre sineira paralelepipédica à fachada, apresentando as pilastras dos respectivos cunhais independentes. A frontaria, com embasamento granítico e pilastras nos cunhais, segue um modelo de fachada de portal com alfiz de moldura rectilínea e remate em arquitrave.


A porta axial, em arquivolta de arco pleno, é enquadrada por pilastras assentes em altos pedestais rectangulares e encimadas por pináculos, com remate arquitravado de friso e cornija. O friso encontra-se preenchido com a inscrição alusiva à sua fundação: DEVOTI – FECERE - AN – 1612.O portal é ladeado por postigos rectangulares, moldurados e gradeados sobrepujados por cruzes de assento de terminações trevadas, setecentistas. O remate, que se configura em frontão triangular, alongando-se por todo o alçado, apresenta no centro do tímpano um óculo de esbarro encimado por um escudo com as armas reais, alusivas à protecção régia a que as Irmandades da Misericórdia se encontravam sujeitas, datado do século XVIII. No coroamento possui pináculos piramidais colocados sobre pedestais, nos vértices laterais, e uma por cruz latina, assente em soco, no vértice central.

A torre sineira é composta por três registos, demarcados por friso. No primeiro, possui embasamento na continuação da fachada e uma porta de entrada de acesso á sacristia e, no segundo, uma porta de sacada com guarda de ferro. O último, de cornija saliente, possui embasamento ornado com um florão central, quatro ventanas de arco pleno e entablamento de friso e cornija. Sobre este, eleva-se o remate, composto por pináculos sobre as pilastras dos cunhais e por cúpula, quadrangular, coroada por esfera com cata-vento de ferro, ornado por um anjo.

O espaço interior, de uma só nave, embora tenha sido alvo de obras no século XVIII, conserva a sua primitiva estrutura da centúria de seiscentos. A riqueza do seu programa decorativo e a unicidade do conjunto, patente na conciliação harmoniosa da composição original do século XVII com a campanha de obras de matriz barroca do século XVIII, conferem a este espaço exuberância e esplendor no contexto artístico da região.



À semelhança do que sucedia em muitas igrejas das misericórdias erigidas neste período, é possível perceber a divisão espacial em dois patamares distintos, diferenciados somente por um desnível do chão: o espaço da capela-mor, local onde o sacerdote ministra o serviço religioso, mais elevado e com o chão com lajes de granito, e o restante espaço, cujo chão é coberto por madeira. As paredes, com excepção da do topo, onde se localiza o retábulo-mor, são integralmente revestidas com azulejos de padrão de motivos vegetalistas e geométricos, datáveis de cerca de 1620. Este recurso artístico que coteja ao espaço exuberância e colorido foi, a par da talha, amplamente utilizado no nosso país nos espaços religiosos, pelas suas potencialidades estéticas e luminosas, capazes de metamorfosearem esses mesmos espaços. Formando uma composição azulejar, designada por azulejo de tapete, presencia-se nesta composição a inclusão de pequenos painéis hagiográficos com a figuração dos Apóstolos.

O uso da talha está presente na cobertura da capela, onde configuram as cimalhas e as molduras dos caixotões que a compõem. O tecto, de planta longitudinal e abobadado, compõem-se de cinquenta caixotões, dispostos em dez linhas com cinco caixotões em cada uma, formando cinco colunas. São de formato quadrangular, excepto os laterais da linha junto ao retábulo-mor, os quais, executados de forma a permitir colocação do mesmo, apresentam a configuração de um triângulo isósceles. Com características do figurino tardobarroco, os enquadramentos e as molduras são pintados em marmoreados de tons beges, azuis e vermelhos, tendo os ângulos dos emolduramentos exteriores demarcados por florões entalhados no fecho. Com objectivos pedagógicos e catequético, as pinturas exibem representações de temática cristológica, mariana e hagiográfica e são datados do terceiro quartel do século XVIII, conforme se infere da legenda pintada no caixotão central, junto à porta de entrada, onde se lê: ESTA OBRA DE PINTVRA SE MANDOV FAZER EM O ANO 1773 SENDO PROVEDOR O D.OR JOZE DOS S.TOS TEIXEIRA TELLES. Nos temas cristológicos encontramos representações dos Passos da paixão e de passagens da vida pública de Jesus Cristo: o encontro com a Samaritana e alguns dos Seus milagres. Nas pinturas ligadas à vida da Virgem, os temas vão desde a Anunciação até à Coroação. No que se refere à iconografia dos santos, estão representados os Apóstolos, os Evangelistas, os quatro Doutores da Igreja Latina e alguns santos frequentes nas devoções populares da época. Na disposição das pinturas, aparentemente parece não existir coerência na leitura dos temas. No entanto, verifica-se que existiu uma preocupação em ordenar a leitura segundo critérios, como acontece nos painéis ao centro que representam os 15 mistérios do Rosário: Anunciação, Visitação, Adoração dos Pastores (Nascimento de Jesus), Apresentação de Jesus no Templo, Jesus entre os doutores, Oração do Horto, Flagelação, Coroação de espinhos, Cristo a caminho do Calvário, Crucifixão, Ressurreição de Cristo, Ascensão, Pentecostes, Assunção da Virgem Maria e Coroação da Virgem Maria. De igual modo acontece nos painéis mais perto da cabeceira com a sequência das pinturas relativas aos Apóstolos, seguidos dos Evangelistas, com os seus atributos de tetramorfo e dos Doutores da Igreja. Nas últimas linhas, os painéis junto à cabeceira apresentam elementos do conjunto iconográfico da Arma Christi: o martelo, os cravos e a coroa de espinhos, apresentando os últimos cinco, junto à porta da entrada, a representação de Santos de ampla devoção popular: São Martinho, São Sebastião, Santa Apolónia e São João Baptista, a enquadrar o painel central, onde se encontra a inscrição alusiva ao encomendador.

A parede testeira da capela, sobre o retábulo-mor, é forrada por um conjunto de cinco painéis figurativos, que supomos que tenha sido executado em simultâneo com as dos caixotões da cobertura do tecto (1773). As pinturas representam, na parte central, o Escudo Real que é flanqueado, à esquerda, pela representação do senhor dos Passos e, à direita, pela de Nossa Senhora das Dores. Os painéis laterais exibem dois robustos anjos alados, que sustem elementos do conjunto da Arma Christi: a esponja de vinagre e a lança. Localizado na parede testeira, o retábulo-mor de madeira entalhada, pintada e dourada, insere-se no formulário maneirista, evidente nas suas proporções anti-clássicas e na sua feição planimétrica. As modificações posteriores – no sotobanco e nas ilhargas – que lhe foram imputadas, não impedem a leitura do esquema maneirista.

Resultante da campanha de obras realizada nos meados do século XVIII, do lado do Evangelho, foi edificada uma capela em arco de volta perfeita, que possui um retábulo de talha dourada, marmoreada e policromada, dedicado ao Senhor dos Passos, que segue os cânones do formulário tardobarroco.

No lado da Epístola, no topo da capela, encontra-se uma porta rectangular de acesso à sacristia e à sala do despacho, rasgada em 1714, conforme se depreende da inscrição existente na padieira: “SENDO PROVEDOR MANUEL PEREIRA BURGO, MANDOU ABRIR ESTE PORTAL À SUA CUSTA – ANO – 1714”.

Na sala do despacho, situada sobre a sacristia, encontram-se o púlpito e a tribuna dos mesários. O púlpito, datado do século XVIII, assenta sobre base pétrea pintada em marmoreados, de mísula trabalhada com desenhos geometrizantes. Sobre a mísula recai o balcão, de madeira entalhada, dourada e policromada, decorado com motivos geométricos de losangos e elipses alternados, que suporta uma balaustrada torneada, que nos ângulos apresenta prumadas em forma de quartelões, decoradas com ornatos vegetalistas dourados. No remate um varandim, com frisos corridos, adornado com querubins, interpolados com motivos florais dourados. Rasgada na mesma parede, muito próximo, encontra-se a tribuna dos mesários, com varandim, de madeira, abalaustrado.
Fonte: Santa Casa da Misericórdia de Arouca

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CABECEIRAS DE BASTO - MOSTEIRO S. MIGUEL DE REFOJOS


Apontamento AuToCaRaVaNiStA:
Cabeceiras de Basto é uma Vila Portuguesa, sede de Concelho, pertencente ao Distrito de Braga.
Tem o seu Ex-libbris no Mosteiro de S. Miguel de Refojos, uma obra religiosa de grande envergadura, património que orgulha Portugal e os Portugueses. Destaque também para a Casa do Tempo inserido no mesmo complexo, sem deixar de referenciar o seu Pelourinho como mais um belo exemplar do nosso património, símbolo da nossa justiça medieval. 


Na gastronomia, Cabeceiras de Basto também está bem servido, mas aconselha-se mais a hora do almoço, já que para jantar as opções são menores, e porventura mais caras. Provamos também um verde tinto de lavrador, que passou com distinção. Comparativamente com o vizinho Celorico de Basto, tivemos melhor experiência gastronómica em Celorico, não só na gastronomia propriamente dita, mas também ao nível da restauração.



                HISTÓRIA:
Os cronistas regulares não acordam no nome do fundador deste notável Mosteiro, para uns Hermínio Fafes, para outros Gomes Soeiro. Porém estas afirmações não merecem crédito, embora na então sala do Capítulo do Mosteiro se tivesse colocado um pretenso retrato do segundo, como fundador, nem deverá conceder-se maior importância ao informe de Frei Leão de S. Tomás, de que no Mosteiro haviam aparecido sepulturas datadas de 670 e 701. 


Certo é que o Mosteiro existia já em princípios do Séc. XII, não se conhecendo com exactidão desde quando, e que os seus padroeiros eram os descendentes do rico-homem D. Gomes Mendes, “Guedeão”, que viveu em meados desse século, certamente porque foi dele o Mosteiro próprio de seus antepassados, dominantes na terra de Basto e, por aquela possessão, seus fundadores e senhores do lugar de “Refúgios”.



O mais antigo desses nobres possessores é um “domno” Mendo, que viveu na segunda metade do século XI e de cuja ascendência nada se pode determinar de provável. Sucedeu-lhe nestas propriedades - “Villa” e respectivo “acistério” de S. Miguel – o filho, que os linhagistas medievais registaram com o nome de D. Gueda “O Velho”, para o distinguirem de outros homónimos, seus descendentes. É, indubitavelmente, um grande rico-homem da “escola” do Conde D. Henrique, D. Teresa e de D. Afonso Henriques.


No século XIII, a maior parte do padroado do Mosteiro passou de Gomes Mendes “Guedeão” a seu filho D. Egas Gomes Barroso. Dele passou à sua descendência, principalmente Gonçalo Viegas e Gomes Viegas “de Basto”. Estes, e muitos outros padroeiros de Refojos eram proprietários nobres de locais à roda do convento nos séculos XII e XIII.



No século XIV, foi o Vasco Gonçalves “Barroso”, primeiro marido daquela foi esposa do condestável D. Nuno Álvares Pereira, D. Leonor de Alvim; e esse seu filho de algo dotou o Mosteiro com muitos haveres. O rei D. Afonso Henriques havia coutado este Mosteiro ao seu abade Bento Mendes, por 800 maravedis; e pela inquirição se vê que nele se compreenderam, além do Mosteiro, as paróquias de S. Pedro de Alvite e Sta. Maria de Outeiro, respectivamente com dezassete e trinta casas. A igreja do Mosteiro era obrigada a dar apenas por ano quarenta maravedis velhos à Coroa.

D. Dinis, em 20/12/1223, deu carta “a Martim Gil priol do mosteyro de Reffojos de Basto e procurador do Abade e Convento do dito mosteyro” a respeito do escambo que Pero Foncinha e o comendador do “Barro” – Rio Gonçalves “tinham feito pelo rei e em seu nome pelas herdades em Adaúfe e em Crespos” por outros que os monges tinham em Vilalva dadas "pera sua pobra de Vila Real".



O Mosteiro de Refojos de Basto era governado por abades perpétuos, mas no reinado de D. Duarte passou a sê-lo por abades comendatários. Foi o primeiro D. Gonçalo Borges, em cuja família o cargo se manteve por 109 anos. Depois da morte de Francisco Borges, último daquela família, sucedeu-lhe D. Duarte, filho bastardo de D. João III, que veio a ascender a arcebispo de Braga.
Foi seu sucessor o ilustre Frei Diogo de Murça, jerónimo, que governou a casa com o título de administrador perpétuo. Pediu este ao Papa Paulo III que extinguisse o Mosteiro e permitisse que as suas rendas fossem aplicadas a dois colégios que se deveriam fundar em Coimbra, um de S. Bento e outro de S. Jerónimo. 

O Basto
O sobrante seria para construir um outro colégio para 12 pobres. O pontífice anuiu ao pedido e expediram-se as bulas nesse sentido, recebidas por Frei Diogo de Murça, em Coimbra, onde então reitorava a Universidade. Os padres, porém apelaram destas bulas e Frei Diogo reconsiderou, rogando para Roma que se mantivesse o Mosteiro com 12 padres e um prior e fosse reformado com os demais. Paulo IV acedeu a este novo pedido em 1555. Frei Diogo de Murça morreu no Mosteiro em 1570 e nele foi sepultado.



D. João Pinto, Cónego regrante de Sta. Cruz de Coimbra foi o último abade comendatário e, por bula de S. Pio V, o governo do Mosteiro foi entregue a abades trienais. Gozou o Mosteiro de Refojos de Basto de avultadas rendas, quase todas em Trás-os-Montes, que eram divididas a meio com a Casa de Bragança, por serem herança do já referido Vasco Gonçalves “Barroso”, que foi sepultado no Mosteiro. A Igreja do Convento foi reconstruída em 1690, ficando com duas torres soberbas e muito elegantes. O Mosteiro foi vendido pelo Estado, depois da extinção das Ordens Religiosas, em 1834.


                  ARTE:
A Igreja do Mosteiro é toda de estilo Barroco. São de realçar as seguintes partes da Igreja:
Na fachada dos lados direito e esquerdo estão colocadas as estátuas em tamanho natural do fundador da Ordem de S. Bento – São Bento de Núrcia, e de Santa Escolástica. Ala exterior em forma de varandim, tendo ao fundo, em nicho, a imagem de S. Miguel, e onde se celebrava missa campal no dia do padroeiro, S. Miguel, dia 29 de Setembro, em que o povo enchia toda a Alameda do Convento, hoje Praça da República.

Figuras demoníacas, máscaras e também conhecidas por carrancas colocadas dos dois lados interiores logo a seguir à entrada da Igreja.
Órgão duplo nas duas laterais, sendo um mudo.
Dois púlpitos em castanho, pintados, em imitação de mármores e parcialmente dourados (data: 1777/1780). Pintados e dourados em 1786/1789. Gradeamento em pau ébano.
Capela do Santíssimo Sacramento em castanho pintado e dourado (data: 1780/1789) – com dois anjos tocheiros de madeira estofada, e o Santo Cristo da Capela do SS. Sacramento em castanho estofado (data: 1783/1786?). Altar-Mor com credencia. 

Do esplendor da talha são de salientar alguns efeitos especiais, como a orla de “chamas” do pináculo da obra, as fitas de folhas cingindo as molduras convexas e o formoso festão de margaridas e rosas no remate da portada. A Capela do Altar-Mor é em castanho dourado (1764/1767). Dourada em 1780/1783, a Capela e o Altar-Mor foram concebidos por Frei José de Santo António. A Sacristia seiscentista, hoje Nucleo Museológico, possui, além de outros elementos de interesse, um arco inclinado, único nos monumentos do país, quatro espelhos em castanho (1767/1770) e dois contadores da mesma data. 

Os espelhos foram baseados num modelo inglês. Claustros com elegantes colunas de pedra e ao centro com uma taça também de granito. Zimbório em circunferência e rodeado por uma varanda interior e exterior e tendo ainda as esbeltas estátuas dos doze apóstolos, em tamanho natural e no remate, a do arcanjo São Miguel, rodeada por outra varanda. As cadeiras do Coro são em castanho (1767/1770) do qual consta o cadeiral, as sanefas e as portas das portadas, assim como, três sanefas dos janelões. O grande cadeiral foi composto em dois andares com 45 assentos em forma de U com cadeira do D. Abade no centro, segundo a tradição beneditina.A igreja possui ainda uma mísula com a imagem de S. Miguel Arcanjo (data: 1767/1770).
Fonte:www.cm-cabeceirasdebasto.pt

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ARRAIOLOS - ALENTEJO - ÉVORA - PORTUGAL


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Arraiolos é uma Vila Portuguesa Alentejana pertencente ao Distrito de Évora.
Quem entra na Vila de Arraiolos, depara-se inevitavelmente com a presença majestosa do seu belo Castelo Altaneiro, que do cimo do monte olha a Vila em torno da sua circunferência, com o respeito merecido de um Castelo com o indício bastante visível de ter sido no seu tempo um ponto estratégico de defesa, já que apresenta alguns pontos de destruição bem visíveis dessas batalhas. 

      GASTRONOMIA:

Para além do Castelo, sobressai também o seu Pelourinho situado na Praça da Vila, com características bem cuidadas, e bem Alentejanas. Mundialmente conhecido pelos seus tapetes que não precisam de apresentações, viramo-nos para a gastronomia regional e local, a qual não poderíamos deixar passar sem a degustar convenientemente. Arraiolos, um território com selo de excelência patrimonial a visitar.



                HISTÓRIA:
Cunha Rivara, historiador Arraiolense, na sua obra “Memórias da Vila de Arraiolos”, depois de se referir à nobreza e antiguidade de Arraiolos, bem como a alguns aspetos históricos da sua origem, afirma: “... seja como for, tenho por certo que em princípios do século XIII já havia povoação no sítio de Arraiolos...”
Certo é também que a abundância de vestígios relacionáveis com o final do Neolítico ou mesmo com o calcolítico são um sinal de uma significativa ocupação humana a partir do IV Milénio A.C. e, provavelmente, “na proto-História, o grande local de habitat corresponderia já à atual elevação onde se localiza o Castelo de Arraiolos".

É ainda Cunha Rivara que nos transmite as referências do padre António de Carvalho da Costa, na Corographia Portugueza (tomo 2.º Pág 525) e do Padre Luís Cardoso no Diccionario Geographico (tomo 1º pág. 590) onde atribuem a fundação de Arraiolos a Sabinos, Tusculanos e Albanos, ocupantes que foram da cidade de Évora antes de Sertório e deram o governo de Arraiolos ao capitão Rayeo, nome grego. Porém, é em 1217 com a concessão do termo de Arraiolos pelo rei D. Afonso II, ao Bispo de Évora D. Soeiro e ao cabido da Sé da mesma cidade, que se inicia um novo capitulo da nossa história.

Em 1290, Arraiolos recebe o 1º Foral, de D. Dinis, e o mesmo monarca manda edificar o Castelo em 1305, sendo que no dia 26 de Dezembro de 1305 o Concelho representado por João Anes e Martim Fernandes, outorgou com o Rei o contrato para a sua feitura. Arraiolos foi condado de D. Nuno Álvares Pereira - 2º conde de Arraiolos - a partir do ano de 1387. Antes de recolher ao Convento do Carmo em Lisboa, o Condestável do reino, permaneceu aqui longos períodos da sua vida. Em 1511, Arraiolos recebeu Foral Novo de D. Manuel.


Ao longo dos anos foram muitas as alterações do seu território, tendo limites administrativos definidos a partir de 1736, sofreu, entretanto, várias alterações:
- Inclusão no distrito de Évora (1835) ; Anexação do concelho de Vimieiro (1855) ; Anexação do concelho de Mora (1895) ; desanexação do concelho de Mora (1898).



A TERRA DOS TAPETES: 
É ainda os séculos de história bordados à mão por gerações e gerações de bordadeiras que fizeram chegar até aos nossos dias o nosso mais genuíno artesanato o “Tapete de Arraiolos”.
A referência escrita mais antiga que até hoje é conhecida está no inventário de Catarina Rodrigues, mulher de João Lourenço, lavrador e morador na herdade de Bolelos, termo de Arraiolos, onde, pelo ano de 1598, é descrita a existência de hum tapete da tera novo avalliado em dous mill Reis.


Certo é ainda que as escavações arqueológicas realizadas na Praça Lima e Brito no inicio do Séc. XXI, sob a responsabilidade da Arqueóloga Ana Gonçalves, sem prejuízo de uma investigação mais pormenorizada, induzem o inicio da produção de tapetes em Arraiolos para uma fase anterior ao Séc. XV.
O concelho, a par da riqueza da sua paisagem, é detentor de um vasto património edificado que a Câmara Municipal tem procurado preservar e valorizar.
Fonte: www.cm-arraiolos.pt


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CONFRARIA DA PANELA DE FERRO - MERCADO À MODA ANTIGA



Apontamento AuToCaRaVaNiStA:
Entrega do Certificado pela FAMOA

A 1ª participação da Confraria da Panela de Ferro (oficial) no XX Mercado à Moda Antiga em Oliveira de Azeméis, decorreu em ambiente de grande prazer e festa participado por toda a equipa que esteve na sua representação, com a inevitável adrenalina de quem participa pela primeira vez num Evento desta dimensão. 
Como Autocaravanista, e como Confrade, foi das melhores experiências que tive até hoje. Obrigado a todos os intervenientes por nos proporcionarem esta experiência tão enriquecedora.


Com Jorge Gabriel
Com Catarina Camacho e Joana Teles
O nosso stand (Nr 16) ficou situado mesmo ali à frente do palco onde se realizou o programa da RTP 1 "Aqui Portugal" com Jorge Gabriel, Joana Teles, e Catarina Camacho. As fotos da praxe com todos os principais intervenientes deste programa da RTP 1 de animação e festa, que abrilhantou ainda mais esta grandiosa festa das tradições, dos trajes, da gastronomia, e dos bons aromas que pairavam no ar.


Repres. da CIF o nosso Patrocinador Of.
Com a Fadista Ana Margarida
Tivemos igualmente o prazer e o gosto da visita do Sr. Nuno Barbosa em representação da CIF - Companhia Industrial de Fundição, S.A. Patrocinador Oficial da Confraria da Panela de Ferro do Grupo AuToCaRaVaNiStA Português, que muito agradecemos.



A Confraria da Panela de Ferro existe, para fazer não esquecer as tradições gastronómicas confecionadas nestas panelas centenárias de grande qualidade e utilidade na confeção da verdadeira e saborosa gastronomia portuguesa. Estivemos integrados no nosso mundo, e é com este conceito de demonstração que queremos evoluir. 

Confraria da Panela de Ferro - Preservamos as Tradições


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2º ENCONTRO NACIONAL DE AUTOCARAVANAS - Olª AZEMÉIS



Apontamento AuToCaRaVaNiStA:

2º ENCONTRO NACIONAL DE AUTOCARAVANAS

PARQUE DESPORTIVO E ESCOLAR DE O. AZEMÉIS

Decorreu de 13 a 15 de Maio de 2016 o 2º Encontro Nacional de Autocaravanas em Oliveira de Azeméis, integrado no grandioso XX Mercado à Moda Antiga realizado no centro Histórico de Oliveira de Azeméis. Será provavelmente  "O Maior Evento do Género" em Portugal. Um cartaz fiel das tradições e da gastronomia de outros tempos, transportado para este grandioso Mercado, que por ser indescritível e inexplicável, terão que o visitar in-loco para terem a noção da sua grandeza.

É sem qualquer dúvida o melhor evento disponibilizado aos autocaravanistas através deste Encontro Nacional, já que estacionamento de outra forma não seria possivel devido ao volume de tráfego e falta de estacionamento para tanta gente. Só para os expositores que são em grande número, ocupa a maior parte do estacionamento nas proximidades, já que Oliveira de Azeméis conta com inúmeras coletividades e associações bastantes diversificadas, o que faz deste Evento a melhor festa das tradições de Portugal. Esta foi mais uma Organização levada a cabo pelo Grupo AuToCaRaVaNiStA Português na 1ª pessoa pelo Domingos Oliveira, com coordenação de jbmendes, e a colaboração do Staff: Arlindo Dinis - Rosa Carvalho - Odete Moreira - Maria José. Parabéns também aos participantes deste Encontro, por abrilhantarem ainda mais esta festa do Autocaravanismo. Este ano já fomos mais, e para o ano seremos mais ainda, num crescendo a que o Grupo AuToCaRaVaNiStA Português já está habituado.



PATROCÍNIOS:
Caçarola - 
SO Seguros

APOIOS:
Câmara Municipal de Olª de Azeméis
Azeméis é Vida
F.A.M.O.A. - Federação das Associações de Olª de Azeméis


          ESTAMOS NA GRELHA MUNDIAL DE PROGRAMAÇÃO DE EVENTOS: (click)

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2º ENCONTRO NACIONAL DE AUTOCARAVANAS - OLIVEIRA AZEMÉIS


O 2º Encontro Nacional de Autocaravanas de Oliveira de Azemeis a realizar a 14,15 de Maio 2016, com pernoita possivel já a 13, entrada no parque "fechado" reservado a ACs, a partir das 10H00. O Mercado à Moda Antiga vai ter novamente a presença da RTP 1 com o Programa Aqui Portugal apresentado por (a confirmar) (Sónia Araújo e Jorge Gabriel) entre outros. O maior acontecimento do Norte ligado às tradições, e à boa gastronomia tradicional e típica vai estar em grande neste evento que é o Mercado à Moda Antiga, que encerra no Domingo com um grande concerto da fadista Carminho. O parque fechado para autocaravanas que abre pelas 10H00 de Sexta feira, situado no Parque Desportivo e Escolar, no Centro da Cidade, vai receber os autocaravanistas por ordem de chegada até lotação do mesmo. Depois terão que ser os parques adjacentes junto às piscinas.
Vêr o regulamento no Portal AuToCaRaVaNiStA na secção "EVENTOS"

ORGANIZAÇÃO:
Domingos Oliveira
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COORDENAÇÃO:
jbmendes
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www.autocaravanista.pt

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IGREJA DE SANTA MARIA DE VEADE - CELORICO DE BASTO


Apontamento AuToCaRaVaNiStA:
Veade é uma Freguesia Portuguesa pertencencente ao Concelho de Celorico de Basto, Distrito de Braga.
Logo à saída de Mondim de Basto em direção a Celorico, é fácil visualizar esta Igreja Românica situada do lado esquerdo. Uma pequena Igreja Românica, com a inscrição da data, na pedra superior do portal frontal pouco perceptível da data da sua reconstrução, mas que se lê na placa de informação que está assinalada com a data de 1732. Este edifício religioso de estilo Românico tem como data de construção entre o século XII e XIII.

Celorico de Basto é também ela uma região de boa gastronomia, já eram horas de almoço, e através de um amigo da terra que nos indicou um restaurante para almoço de nome "Sabores da Quinta" mas como não reservamos já estava lotado.


Seguimos em frente, e encontramos este excelente restaurante "O GRILO" Morada - Edificios: Portas da Vila - Barreiros Celorico de Basto - Telf. 255 322 085. excelente comida, excelente preço, excelente atendimento. Só não foi certificado pela CPF Portugal por não reunir os requisitos do Rústico. O ambiente é moderno e bastante airoso. Um local a revisitar nos roteiros que fiquem no enfiamento local.

              HISTÓRIA:
 A Igreja de Santa Maria de Veade conserva significativos trechos de arquitetura românica que nos remetem, de imediato, para a existência de um edifício de grande aparato durante essa época. Apesar do seu caráter regional, estes elementos não deixam, contudo, de constituir um dos melhores trabalhos dos nossos artífices românicos. Na origem desta Igreja estará um pequeno eremitério, fundado em propriedade particular, que no século XIII se vinculou à estirpe dos Guedeões. Disso pode bem ser testemunho a inscrição que, gravada num silhar de granito, foi embutida na parede lateral norte da nave da Igreja, junto ao portal, do seu lado esquerdo: SUB : Era : Mª : Cª2 : X’ª : VIIª / OBIIT : FAMULA : DEI / MIONA : DOLDIA : GOMEZ

Trata-se da inscrição funerária de D. Dórdia Gomes que, por ser aqui referida como Miona, seria pessoa de alto posicionamento social. As designações Miona, Miana ou Meana, derivam da expressão mea domina ou mea domna e que foram usadas, apenas, num muito restrito grupo de mulheres ricas-donas do século XII ou XIII. Ao alto estatuto social juntava-se a piedade por terem estado muitas vezes envolvidas na fundação de casas monásticas. Tendo, pois, falecido em 1159, é possível que Dórdia estivesse de alguma forma relacionada com as origens da instituição monástica que as Inquirições de 1220 designam como monasterium de Bialdi, embora a Igreja de Veade fosse já ao tempo um templo paroquial.

Apesar das incertezas sobre esta figura feminina, que se fez sepultar em Veade, há uma referência posterior que não pode deixar de lhe ser associada. Nas inquirições de 1258 é referido o nome de D. Dórdia Peres de Aguiar, mais conhecida por ser mãe do mestre de Santiago, D. Peres Paio Correia. Esta senhora da nobreza regional era trineta do primeiro da linhagem dos Guedeões ou Guedaz, cuja área de domínio se situava entre o Douro, Minho e Trás-os-Montes. Parente de D. Dórdia terá sido o cónego Gomes Alvites que, antes de 1258, inesperadamente vendeu a Igreja e todos os casais à Ordem do Hospital.

Conhecendo o sistema das igrejas próprias, que vinculavam direitos e bens aos descendentes de certo fundador, é com estranheza que vemos um único indivíduo a tomar o controlo de um vasto património que deveria estar na posse de vários. A Igreja, primeiramente templo menor que as inquirições afonsinas definem como monasterium de Biadi, constituiria uma ermida com servidões para os eremitas, tipologia comum aos primeiros cenóbios familiares, uns ocupados pelos próprios familiares, outros entregues à gestão de estranhos devotados à vida em solidão ou em pequenos grupos.

É provável que à ermida tenha sucedido construção maior e mais nobre, devida talvez à intervenção dos Guedeões, nomeadamente por mão de Gomes Alvites, ligado ao clero bracarense, da qual remanescem significativos trechos integrados na fábrica atual.
Todavia, o investimento mais notável no espaço eclesial será posteriormente da responsabilidade dos comendadores da Moura Morta, a quem cabia a recolha dos frutos e apresentação do prior ou vigário da matriz e mais tarde do cura da filial, anexa ou sufragânea.

Como esclarece o autor da Memória de 1758, "a fabrica da Matris e Anexa e Igrejas corre tudo por conta e despeza dos Padroeiros". Estes, representados pelo comendador, não se coibiram de deixar a sua marca e símbolos de autoridade e prestígio. Talvez pela necessidade de racionalizar a gestão do património comendatário, disperso e vasto, Veade uniu-se à comenda de Moura Morta.
Paróquia hoje do termo de Peso da Régua sedeou-se aqui uma das comendas de Malta, que no século XVII rendia 113$352 réis, benefício então entregue a Dom Luís Coutinho.

Dentre os comendadores de Veade destacamos o nome de Diogo de Melo Pereira (fal. 1666), que mandou edificar as casas da Comenda em 1641, como atesta a inscrição sob a pedra de armas: ESTAS CAZAS MAN/ DOU FAZ[ER] O COM[ENDAD]º[R] / DIOGO DE MELLO P[ERE]Y[R]A / DE BERTIANDOS. / NO. ANNO DE / 1641. Um dos bailios que se lhe seguiu foi frei Martim Álvaro Pinto, figura a que se deve a grande reforma da pequena igreja medieva, para o gosto da Época Moderna e que reflete bem a proveniência e o estatuto do seu mentor.

Na inscrição que o comendador Martim Álvaro mandou fazer sobre o pórtico da Igreja de Veade, ficamos a saber um pouco mais sobre a sua proveniência: ESTA IGR.A MANDOV REEDIFICAR DE NO / VO. O COMENDADOR FR MATIM [SIC] ALVARO PINTO / DAFONS.A E SOUZA DA CAZA DE CALVILHE / ANO 1732. É, pois, na órbitra desta família e da Instituição da Ordem de Malta que devemos entender as importantes reformas setecentistas realizadas na Igreja de Veade e que, de certa forma, contradizem ou pelo menos minimizam a ideia corrente de que os comendadores apenas comiam os benefícios nos quais eram providos, sem qualquer retribuição. O investimento em edificações ou reedificações, embora dispendioso, possibilitava que os seus mentores deixassem uma marca do seu prestígio e poder, estimulando muitas vezes a afluência de fiéis, peregrinos ou ofertantes ao novo ou renovado espaço.

Fonte: www.rotadoromanico.com

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