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TONGOBRIGA - MARCO DE CANAVESES - PORTO




Apontamento AuToCaRaVaNiStA:
Tongobriga é uma cidade Romana, inserida na área arqueológica do Freixo, na cidade Portuguesa de Marco de Canaveses, Distrito do Porto. Existe ainda uma grande área por explorar desta vasta área de origem Romana. Na zona, para além da pequena aldeia tradicional que lhe está associada, tem ainda um espaço moderno de restauração, com menú gourmet de grande qualidade, que desde já recomendamos, pelo bom gosto na apresentação, na degustação da gastronomia, incluindo uma boa escolha dos vinhos da região. Uma boa experiencia com nome "Sabores da Avó Deolinda".



            HISTÓRIA:
A urbe Tongobriga começou a ser escavada em Agosto de 1980, num sítio chamado "capela dos mouros", designação dada pela população local à pequena parte então visível das ruínas romanas. A estrutura castrejo-romana criada em Tongobriga, possivelmente pelo imperador Augusto, amadureceu política, administrativa e economicamente, resultando daí a instalação de uma cidade. A escavação permite dizer que no final do séc. I, início do séc. II, surge Tongobriga como organismo sócio-económico. 



Podemos pensar que surgiu também nessa época como centro estruturado do poder, civitas, com preponderância sobre a região envolvente.

A construção das termas no final do séc. I, do forum na 1ª metade do séc. II, e demais edifícios públicos identificados, corresponde ao objectivo de dotar este centro urbano de equipamentos colectivos que, pela sua monumentalidade e "riqueza" arquitectónica, impusessem Tongobriga como centro de atracção e decisão.


Esta cidade, cujo auge identificamos na 2ª metade do séc. II, integrava certamente uma política de ordenamento da Tarraconense, particularmente para o Noroeste Peninsular e Norte da Meseta. Tongobriga ocupava cerca de 30 hectares, englobando também o espaço da necrópole. Em comparação com outras cidades romanas, podemos considerá-la de médias dimensões. As áreas habitacionais ocupam cerca de 5 a 7 ha, o que indicia uma população de cerca de 2000 a 2500 pessoas.



No territorium de Tongobriga, marcado pela serra do Marão e pelos rios Tâmega e Douro, são abundantes os vestígios arqueológicos romanos, dos quais identificámos 125 sítios, o que comprova a intensa ocupação desta região, favorecida pela circulação que as vias proporcionavam e pela navegabilidade dos rios Douro e Tâmega.




No séc.V, Tongobriga está documentada como paróquia Sueva, após o que se perde no tempo. Hoje, é uma pequena aldeia, estrutura residual organizada em volta da Igreja Paroquial que poderá estar sobre a primitiva igreja cristã.
Actualmente, estão classificados como Monumento Nacional cerca de 50 hectares, espaço designado por Área Arqueológica de Freixo. O IPPAR, a que o Monumento está afecto, criou aqui um Gabinete responsável pela sua investigação, conservação, gestão e divulgação.
Fonte; cm-marco-canaveses.pt



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MOSTEIRO E IGREJA DE S. JOÃO DE ALPENDURADA

Apontamento AuToCaRaVaNiStA:


O Mosteiro de S. João de Alpendurada, revela-se a quem o visita um local de recolhimento recatado, e à altura isolado do reboliço central. Esta situação de isolamento é comum a quase todos os Mosteiros e Conventos, e eram construídos em locais de abundância de água e terrenos de cultivo férteis.



              HISTÓRIA:

Velino, Sacerdote e Abade assistente de Santa Sabina – teve três revelações e ouviu uma voz Divina que lhe ordenava edificar uma igreja neste lugar, que ignorava e onde apareciam luzes do Céu... E a fundou no ano de Cristo de 1055, sagrando-a o 2º Bispo do Porto D. Sisnando, dando-lhe várias relíquias entre as quais, o dedo índex da mão esquerda do grande S. João Baptista, que foi venerado durante séculos ... Reinava então D. Fernando Magno, rei de Castela e Leão e vivia nestes lugares D. Moninho Viegas, tio avô de Egas Moniz e rico homem destas terras, que amava uma nobre e formosa donzela e quando estava prestes a casar com ela, esta foi pedida em casamento a seu pai por um poderoso cavaleiro Mouro, o qual perante a recusa do pai o matou, apunhalando-o diante da filha, que arrancando o punhal do peito do pai se matou junto com ele. Quando D. Moninho Viegas soube tão triste nova, jurou cruel vingança contra o mouro e a sua raça e foi com sua hoste, fazer guerra crua aos infiéis! Depois de derramar muito sangue deles ficou cativo, prometendo então, se saísse vivo, fundar um Convento junto da Ermida de arado.


E conseguindo a liberdade cumpriu o voto. Não só ampliou o Convento como lhe deu o padroado de nove (9) igrejas e muitas rendas e uma imagem de S . João Baptista em prata e tudo mais que enriqueceu o Convento. No ano de 1123 D. Teresa, viúva do conde D. Henrique, deu couto aos frades de Alpendurada e em 1132 D. Afonso Henriques confirmou-o e ainda lhe deu o couto de Vila Meã e Escamarão. Isto e tudo mais conseguido pelo filho de Moninho Viegas, Serrazin Viegas, pelos serviços nas guerras, e no mais que legou à coroa pelo que recebeu mais privilégios, padroados e liberdades, que estes padroeiros e seus parentes gratuitamente doaram ao mosteiro. Tem ainda este mosteiro, a honra dos Abades serem capelães de sua majestade, mercê com outros privilégios dado por reis e concedida pela primeira vez por El rei D. João I no ano de 1423. Esta mercê foi dada a Afonso Martins, D. Abade perpétuo deste Convento pela sua intervenção nas cortes de Coimbra, onde foi proclamado rei D. João I. Uma das preciosidades deste convento era a sua biblioteca, onde se guardavam, catalogavam e protegiam os documentos mais importantes do reino. É exemplo disso o pergaminho aqui guardado em que pela primeira vez se escreve o português arcaico, nunca usado até então em nenhum documento e em que os filhos e os seus pais Cortimero e a sua mulher Asirilli fizeram o compromisso de doação da igreja e seus ornatos aos beneditinos no ano de 874. Em 996 o truculento Almoncor –Kalifa de Cordova –numa das suas correrias por estes lugares a destruiu e nunca mais foi reconstruída. Ficava em Souzelo, frente ao Convento de Alpendurada. Foram os Beneditinos grandes arquitectos , construindo grandes casas com um equilíbrio jamais visto, tendo em conta os ventos dominantes , a rota do sol e o curso dos rios, conseguiram uma integração cósmica quase perfeita, homem com a natureza inundando-o de uma paz física e mental abrindo para uma espiritualidade que é propícia ao estudo e reflexão.

Este Convento é o exemplo vivo desse milagre de arquitectura e enquadramento que lembra o Paraíso e onde se vive o Paraíso. Se não foi aqui que nasceu Portugal foi aqui que também se fez Portugal, porque a cultura dos monges, que não só rezavam, ensinavam, curavam e faziam bom vinho, fruticultura, horticultura, mel, licores,etc. aglutinavam á sua volta homens e povos, na dependência da sua fé e saber, que os monges aproveitaram para os ensinar a serem patriotas, e a lutarem com fé e coragem por Portugal e pelo Rei D. Afonso e os mentalizaram para guerras e sofrimentos contra a moirama e deste modo ajudaram a consolidar e dilatar Portugal. Por isso se aqui não nasceu Portugal, aqui se contribuiu decisivamente para fazer Portugal. Pois os conselheiros influentes do rei D. Afonso eram Monges e grandes senhores deste Padroado, que para definir Portugal, certamente o aconselhavam na luta contra sua mãe, estudaram e aconselharam as prioridades das guerras a fazer para dilatarem o reino com menos custos e mais glória. Alpendurada é pois uma peça importantíssima da nossa identidade. O actual Convento de Alpendurada, reconstruído com as mesmas pedras seculares de antanho e com uma azulejaria dos séculos XVII e XVIII, com salões seculares e longos corredores onde se misturam beleza, austeridade e grandeza, e onde se sente o sussurro do passado, na espiritualidade que toca todo o Homem, aqui envolvendo-o no fascínio duma poesia diferente, mas possessiva. Os quartos , antigas celas todas com casa de banho, conservam os mesmos bancos de pedra junto da janela que olham a paisagem, onde os frades se sentavam a ler, rezar, estudar e reflectir. Se acaso fechar os olhos no grande silêncio das paredes conventuais , vai-lhe parecer ou vir as suas litanias e um diálogo de amor e prece com Deus . No Convento o mistério e a mística continuam a marcar presença, despertando o homem para a beleza e perfeição. Na cerca e na Quinta do convento, há dois km. do rio Douro que o marginaliza. Na floresta com mais de dois milhões de árvores de toda a espécie, existem ainda 15 casas recuperadas com os mesmos materiais de antanho (granito e castanho velho)com os seus tectos em madeira e seus balcões que se debruçam sobre uma paisagem inesquecível, conferindo-lhe a beleza e a dignidade dos pequenos solares num enquadramento de sonho. E bem perto existem pistas de manutenção ladeadas de milhares de árvores , piscina, campo de ténis , e uma praia fluvial, que são um convite ao exercício e lazer. Mas se preferir a aventura, ande por verelhas raramente trilhadas e ficará deslumbrado com a beleza circundante. Córregos de água transparente, belos precipícios , fabulos os miradouros que a natureza construiu , podendo ainda cruzar-se com cavalos selvagens, javalis, raposas, gatos selvagens, ou então ver e ouvir os pássaros que percorrem livremente as belas paisagens do convento... Nas margens do rio Douro, com as suas águas calmas , podemos observar as pequenas críspações da água rompida por milhares de peixes que saltam num pulsar de vida entre predadores e seres inofensivos cada um com suas defesas e que perduram num equilíbrio instável mas constante de milhares de anos . Há vida na natureza como à milhares de anos e viver aqui é recuar no tempo até ao paraíso... Há no Convento uma colecção de coches raros , bem recuperados que faz em lembrar as caçadas reais , nos passeios bucólicos e românticos , que serviram reis , fidalgos e clero. Olha-los é ser incentivado pela imaginação a sentir-se você mesmo um rei; um fidalgo... conforme o estado de espirito de cada um, por instantes ou por dias . Se gosta de Portugal, se quer conhecer melhor as suas origens, aconselhamo-lo a visitar-nos , pois só um convento Beneditino como o nosso lhe mostrará as origens de Portugal...
FONTE: (http://www.jf-alpendorada.pt)

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