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O jardim Oudinout fica situado em Ílhavo Aveiro, e está estruturado num parque de grande envergadura, com canais de água, pontes de passagem para as diversas margens dos canais, parque de merendas, restauração, e a atração principal, o navio museu Santo André, um bacalhoeiro que conta a história de outros tempos em que Portugal exercia grande actividade piscatória na captura do fiel amigo, o bacalhau. O nosso companheiro e Confrade Mário Pontes é figura que consta da história deste bacalhoeiro, e conta várias histórias desta faina que os ausentava de casa durante semanas e até meses. Vida dura a destes pescadores.
HISTÓRIA:
O navio-museu Santo André é um pólo do Museu Marítimo de Ílhavo. Fez parte da frota portuguesa do bacalhau e pretende ilustrar as artes do arrasto.
Este arrastão lateral (ou “clássico”) nasceu em 1948, na Holanda, por encomenda da Empresa de Pesca de Aveiro. Era um navio moderno, com 71,40 metros de comprimento e porão para vinte mil quintais de peixe.
Nos anos oitenta surgiram restrições à pesca em águas exteriores que resultaram na redução da frota e no abate de boa parte dela. O Santo André não escapou à tendência. A 21 de agosto de 1997 foi desmantelado. O armador do navio, António do Lago Cerqueira, L.da (pescas Tavares Mascarenhas, S.A.) e a Câmara Municipal de Ílhavo decidiram por mútuo acordo transformar o velho Santo André em navio-museu. Convertido em museu, inaugurado a 23 de agosto de 2001, o Santo André iniciou um novo ciclo da sua vida: mostrar aos presentes e vindouros como foram as pescarias do arrasto do bacalhau; honrar a memória de todos os seus tripulantes durante meio século de atividade.
Entre os meses de outubro e dezembro de 2006 o navio-museu encerrou para se submeter a trabalhos de remodelação e renovação de conteúdos, reabrindo a 13 de janeiro de 2007. Considerando o extraordinário êxito dos primeiros cinco anos de vida do Santo André como navio-museu, durante os quais ultrapassou os 100 mil visitantes, e as excelentes possibilidades que oferece como unidade patrimonial capaz de articular consumos culturais e turismo, após o cumprimento deste plano de recuperação o navio-museu iniciou um novo ciclo da sua existência que se pretende sustentável e sempre dinâmica. Tal como os homens do mar sentem e acreditam, também nós cremos que os navios têm vida e que merecem preservá-la porquanto arquivam estórias e história, memórias e identidades.
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