A Aldeia do Xisto de Cabreira, pertence ao Concelho de Góis, Distrito de Coimbra, Portugal. Saídos de Miranda do Corvo, dirigimo-nos a Cabreira já com programa pré-estabelecido, que passava ainda pelas aldeias do Xisto de Cadafaz e Fajão, sendo que a primeira já não deu tempo para visita. Cadafaz é a Freguesia onde pertence Cabreira, e Ponte da Cabreira, essa sim mais interessante pelo casario em xisto na encosta do rio. Casas bastante pequenas, desabitadas mas muito bem conservadas. Uma paisagem lindíssima como quase todas as aldeias de xisto.
HISTÓRIA:
Ponte da Cabreira |
A aldeia da Cabreira situa-se na margem norte do rio Ceira e toma vantagem do terreno suavemente inclinado. Por baixo da aldeia, estendendo-se até ao rio, encontram se bonitas tiras de terra cultivada e por baixo destas está uma praia fluvial com sombra debaixo da alta ponte da estrada. A Cabreira tem dois Cafés, um ao lado da estreita calçada que passa pelo centro e outro ao lado da estrada principal, no cimo de um alto muro de xisto, permitindo assim uma vista por cima da povoação.
Embora a aldeia já exista há vários séculos, a sua maior expansão deu-se durante os inícios e até ao meio do Século XX, havendo uma das maiores minas de volfrâmio na área. Estas minas ofereceram postos de trabalho até mais ou menos 1953, quando fecharam por causa da procura de volfrâmio ter entrada em queda. Existiam também minas privadas exploradas por individuais e minas de estanho mais encima no monte. Durante os trabalhos mineiros, fontes de água que alimentavam as nascentes por trás da aldeia foram cortadas e algumas destas velhas nascentes secaram. Muitos dos habitantes locais ainda lembram o tempo das minas e as mudanças depois de estas fecharem. Há 60 anos havia 40 crianças na escola local que actualmente se encontra fechada.
A uma pequena distância vale acima encontra-se o lagar junto à Ponte do Lagar, a ponte medieval que atravessa o rio Ceira. O lagar e o moinho estão ainda funcionais e trabalham anualmente. No monte, em cima da ponte, existe um estreito edifício branco onde os trabalhadores que extraíam ouro e volfrâmio do leito do rio Ceira pernoitavam. Estes costumavam mergulhar até 4 m para recuperar pedras e gravilha que a seguir lavavam para separar os minérios. Durante o tempo destes trabalhos o lagar era utilizado como gabinete da companhia. Agora este lugar é uma praia fluvial popular durante o Verão com instalações para poder grelhar petiscos e pitorescas casa de xisto de arrecadação para as azeitonas, das quais algumas foram transformadas em balneários.
Fonte: www.cm-gois.pt
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