Apontamento AuToCaRaVaNiStA:
Monsanto é conhecida como sendo a Aldeia mais Portuguesa de Portugal. A União de Freguesias com Idanha-a-Velha da qual Monsanto é a sede, Pertencem ao Concelho de Idanha-a-Nova, Distrito de Castelo Branco, Portugal. De facto esta aldeia emblemática, carregada de tradição, rusticidade, e sobretudo história, para quem a visita fica desde logo com a impressão de ter recuado umas boas centenas de anos no tempo. As casas de granito estão muito bem restauradas, bem como os acessos que são unicamente pedonais, sofreram restauro no empedramento, na inovação com a iluminação, o saneamento, etc. Monsanto, um local obrigatório de visita, seja para Portugueses ou Estrangeiros. União - Monsanto/Idanha-a-Velha
HISTÓRIA:
Monsanto é uma das 17 freguesias do concelho de Idanha-a-Nova. Tem uma área de cerca de 18 hectares e situa-se a nordeste do território concelhio, aninhada na encosta de uma elevação escarpada - o cabeço de Monsanto (Mons Sanctus como foi chamada há muito tempo) - que irrompe abruptamente na campina e que, no seu ponto mais elevado, atinge 758 metros. Pelas várias vertentes da encosta e no sopé do monte existem vários lugarejos dispersos,atestando a deslocação populacional em direcção à planície. Monsanto dista cerca de 25 Km de Idanha-a-Nova, sede do concelho.
O acesso a esta localidade faz-se pela Estrada Nacional 239 e pela Estrada Municipal 567. Quadro Histórico Trata-se de um local muito antigo, com registo de presença humana desde o Paleolítico. A falta de trabalho aprofundado de carácter científico no campo da arqueologia faz com que certos períodos da pré e proto-história do lugar permaneçam envoltos numa certa obscuridade. De qualquer forma, vestígios arqueológicos dão conta de um castro lusitano e de villae e termas romanas no denominado campo de S. Lourenço, no sopé do monte.
Terra conquistada aos Mouros por D. Afonso Henriques, em 1165, foi doada à Ordem dos Templários que lhe edificaram o castelo, sob as ordens de D. Gualdim Pais. Em 1174 Monsanto recebeu foral do mesmo monarca, o qual foi confirmado por D. Sancho I, em 1190, que, ao mesmo tempo, a mandou repovoar e reedificar a fortaleza desmantelada nas lutas contra Leão; mais tarde, em 1217, D. Afonso II confirmou novamente o primeiro foral. A Ordem do Templo mandou reedificar a fortaleza e as muralhas em 1293.
Com D. Dinis obteve, em 1308, Carta de Feira na ermida de S. Pedro de Vir-a-Corça. O rei D.Manuel I outorgou-lhe novo foral e deu-lhe a categoria de vila no ano de 1510. Em 1758 Monsanto era sede de concelho, privilégio que manteve até 1853. Daqui decorre a designação de "vila" ainda hoje atribuída pelos monsantinos à sede da freguesia. Em meados do séc. XVII D. Luis de Haro, ministro de Filipe IV, tentou o cerco a Monsanto, sem sucesso.
Mais tarde, no inicio do século XVIII,o Duque de Berwick põe também cerco a Monsanto. O exército português, comandado pelo Marquês de Minas, derrotou o invasor nos contrafortes da escarpada elevação. Já no século XIX, o imponente castelo medieval de Monsanto foi parcialmente destruido pela explosão acidental do paiol de munições, numa noite de Natal, restando actualmente apenas duas torres, a do Peão e a de Menagem, para além das belíssimas ruínas da Capela de S.Miguel (séc. XII).
Património Natural e Construído Monsanto é o resultado de uma fusão harmoniosa da natureza com a obra humana operada ao correr do tempo. O mimetismo entre a acção do homem e os acidentes geográficos deu origem a curiosas utilizações de grutas e penedos integralmente convertidos em peças de construção. Os penedos graníticos, enormes, estão de tal modo ligados às habitações, que tanto lhes servem de chão, como de paredes ou tectos. Para além do próprio conjunto urbano e do castelo, Monsanto conserva variados exemplares de arquitectura militar e religiosa.
Dentro das muralhas existem duas capelas. Na Capela de Santiago podem ser apreciados um portal românico e, voltada a norte, uma arcada ogival. A Capela de Santa Maria do Castelo é rodeada por um cemitério em que sepulturas de formas antropomórficas foram escavadas na rocha. A mais importante Capela de Monsanto é, no entanto, a Capela Românica de São Miguel (em estado de ruína). Situada entre o castelo e a torre de vigia medieval, designada de Torre do Peão, ela é indício de uma primitiva povoação - S. Miguel - e sobrepõe-se a um monumento que se supõe de culto a Marte e a outros deuses pagãos.
É rodeada igualmente por sepulturas escavadas na rocha granítica (cemitério paleo-cristão). Junto à porta da povoação, aberta na muralha no reinado de D. Manuel, encontra-se a Capela de Santo António, da mesma época, com um portal de quatro arquivoltas, ladeado por dois bastões ornamentados por flores de liz. Também apreciável é a abóbada da capela-mor, de estilo gótico. Do outro lado da "vila", encostada ao arco da Porta de S. Sebastião,encontra-se a Capela do Espírito Santo, construída nos séculos XVl e XVIl.
No percurso entre estas duas capelas encontra-se ainda a lgreja da Misericórdia, de raíz Românica, e a lgreja Matriz ou de São Salvador, com fachada do século XVlll, no interior da qual jaz o seu fundador, num túmulo com a inscrição de 1630. Nos seus altares existem imagens de grande valor artístico, nomeadamente algumas esculpidas em granito. Na base do monte, nos arredores da povoação, situa-se a Capela de S.Pedro de Vir-a-Corça (ou de Vila Corça, como também é designada), construída em granito, possivelmente do século XIll, em que se destaca uma rosácea. Perto da lgreja da Misericórdia pode visitar-se a Torre do Relógio ou Torre de Lucano, construída no século XlV, torre sineira onde foi colocada uma réplica do Galo de Prata (troféu atribuído a Monsanto por ter conquistado o titulo de "a aldeia mais portuguesa de Portugal" num concurso lançado pelo SNl em 1938).
O acesso a esta localidade faz-se pela Estrada Nacional 239 e pela Estrada Municipal 567. Quadro Histórico Trata-se de um local muito antigo, com registo de presença humana desde o Paleolítico. A falta de trabalho aprofundado de carácter científico no campo da arqueologia faz com que certos períodos da pré e proto-história do lugar permaneçam envoltos numa certa obscuridade. De qualquer forma, vestígios arqueológicos dão conta de um castro lusitano e de villae e termas romanas no denominado campo de S. Lourenço, no sopé do monte.
Terra conquistada aos Mouros por D. Afonso Henriques, em 1165, foi doada à Ordem dos Templários que lhe edificaram o castelo, sob as ordens de D. Gualdim Pais. Em 1174 Monsanto recebeu foral do mesmo monarca, o qual foi confirmado por D. Sancho I, em 1190, que, ao mesmo tempo, a mandou repovoar e reedificar a fortaleza desmantelada nas lutas contra Leão; mais tarde, em 1217, D. Afonso II confirmou novamente o primeiro foral. A Ordem do Templo mandou reedificar a fortaleza e as muralhas em 1293.
Com D. Dinis obteve, em 1308, Carta de Feira na ermida de S. Pedro de Vir-a-Corça. O rei D.Manuel I outorgou-lhe novo foral e deu-lhe a categoria de vila no ano de 1510. Em 1758 Monsanto era sede de concelho, privilégio que manteve até 1853. Daqui decorre a designação de "vila" ainda hoje atribuída pelos monsantinos à sede da freguesia. Em meados do séc. XVII D. Luis de Haro, ministro de Filipe IV, tentou o cerco a Monsanto, sem sucesso.
Mais tarde, no inicio do século XVIII,o Duque de Berwick põe também cerco a Monsanto. O exército português, comandado pelo Marquês de Minas, derrotou o invasor nos contrafortes da escarpada elevação. Já no século XIX, o imponente castelo medieval de Monsanto foi parcialmente destruido pela explosão acidental do paiol de munições, numa noite de Natal, restando actualmente apenas duas torres, a do Peão e a de Menagem, para além das belíssimas ruínas da Capela de S.Miguel (séc. XII).
Património Natural e Construído Monsanto é o resultado de uma fusão harmoniosa da natureza com a obra humana operada ao correr do tempo. O mimetismo entre a acção do homem e os acidentes geográficos deu origem a curiosas utilizações de grutas e penedos integralmente convertidos em peças de construção. Os penedos graníticos, enormes, estão de tal modo ligados às habitações, que tanto lhes servem de chão, como de paredes ou tectos. Para além do próprio conjunto urbano e do castelo, Monsanto conserva variados exemplares de arquitectura militar e religiosa.
Dentro das muralhas existem duas capelas. Na Capela de Santiago podem ser apreciados um portal românico e, voltada a norte, uma arcada ogival. A Capela de Santa Maria do Castelo é rodeada por um cemitério em que sepulturas de formas antropomórficas foram escavadas na rocha. A mais importante Capela de Monsanto é, no entanto, a Capela Românica de São Miguel (em estado de ruína). Situada entre o castelo e a torre de vigia medieval, designada de Torre do Peão, ela é indício de uma primitiva povoação - S. Miguel - e sobrepõe-se a um monumento que se supõe de culto a Marte e a outros deuses pagãos.
É rodeada igualmente por sepulturas escavadas na rocha granítica (cemitério paleo-cristão). Junto à porta da povoação, aberta na muralha no reinado de D. Manuel, encontra-se a Capela de Santo António, da mesma época, com um portal de quatro arquivoltas, ladeado por dois bastões ornamentados por flores de liz. Também apreciável é a abóbada da capela-mor, de estilo gótico. Do outro lado da "vila", encostada ao arco da Porta de S. Sebastião,encontra-se a Capela do Espírito Santo, construída nos séculos XVl e XVIl.
No percurso entre estas duas capelas encontra-se ainda a lgreja da Misericórdia, de raíz Românica, e a lgreja Matriz ou de São Salvador, com fachada do século XVlll, no interior da qual jaz o seu fundador, num túmulo com a inscrição de 1630. Nos seus altares existem imagens de grande valor artístico, nomeadamente algumas esculpidas em granito. Na base do monte, nos arredores da povoação, situa-se a Capela de S.Pedro de Vir-a-Corça (ou de Vila Corça, como também é designada), construída em granito, possivelmente do século XIll, em que se destaca uma rosácea. Perto da lgreja da Misericórdia pode visitar-se a Torre do Relógio ou Torre de Lucano, construída no século XlV, torre sineira onde foi colocada uma réplica do Galo de Prata (troféu atribuído a Monsanto por ter conquistado o titulo de "a aldeia mais portuguesa de Portugal" num concurso lançado pelo SNl em 1938).
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