Portal AuToCaRaVaNiStA - G.A.P. Grupo AuToCaRaVaNiStA Português - O SEU PORTAL DE AUTOCARAVANISMO GRATUÍTO, INDEPENDENTE, SEMPRE CONSIGO.

2º ENCONTRO DE AUTOCARAVANAS DE CASTANHEIRA DE PERA


ENTREGA DE BRINDES AOS 50 INSCRITOS NESTE 2º ENCONTRO DE AUTOCARAVANAS DE CAST. DE PERA


INAUGURAÇÃO DO ESPAÇO DE MERENDAS ADJACENTE AO PARQUE DE AUTOCARAVANAS DE C. PERA


Apontamento AuToCaRaVaNiStA:

«ESGOTADO»
2º Encontro de Autocaravanas em Castanheira de Pera a 15, 16, 17, de Julho de 2016
Inauguração do Espaço de Merendas do Parque de Autocaravanas de Castanheira de Pera (Praia das Rocas)

Oferecemos 1 Entrada na Praia das Rocas (Praia de Ondas - Ondas a 80 Kms do mar). + 1 Peça de Barro Rústica para o churrasco (Patrocínio Campilider). 



Inscrições limitadas ao espaço do Parque. Temos um máximo de 50 lugares. 
Todos os autocaravanistas serão inscritos por ordem de chegada das inscrições, e  tratados da mesma forma, indiscriminadamente até ao limite máximo de 50 inscrições. Iremos também reservar alguns lugares destes 50,  para os companheiros que não utilizam internet, ou não tiveram conhecimento deste Evento, pelo que, em Castelo de Paiva, iremos reservar, e colocar lugares à disposição também para eles. O Portal AuToCaRaVaNiStA - Grupo AuToCaRaVaNiStA Português, recebe e dá oportunidades a todos os companheiros de igual forma.
Portal AuToCaRaVaNiStA, o seu Portal de Autocaravanismo Independente sempre consigo.


Faça já a sua inscrição pelo Tlm 966925601 (Arlindo Dinis)
Ou para o nosso E-mail: portalautocaravanista@hotmail.com

MARQUE JÁ E GARANTA O SEU LUGAR
APOIOS: Câmara Municipal de Castanheira de Pera - União de Juntas de Castanheira de Pera e Coentral - e Prazilândia.
Veja as condições de participação no nosso Portal em "EVENTOS"


ORGANIZAÇÃO:
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(Arlindo Dinis)
www.autocaravanista.pt

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8º ENCONTRO NACIONAL DE AUTOCARAVANAS - CASTELO PAIVA


Sorteamos mais de 50 prémios pelos participantes do 8º Encontro Nacional de Autocaravanas de C. Paiva
1, 2, 3, DE JULHO DE 2016:

SEMPRE NO 1º FIM DE SEMANA DE JULHO

8º Encontro Nacional de Autocaravanas - C. de Paiva

  • 8º Encontro Nacional de Autocaravanas - C. de Paiva 
  • Integrado na Feira do Vinho Verde e Gastronomia. 
  • A realizar entre os dias, 1,2,3 de Julho 2016 
  • A maior festa do Autocaravanismo Português, 
  • é sempre no 1º Fim de Semana de Julho. 

  • A RTP 1 vai estar presente com o programa; 
  • "AQUI PORTUGAL" a abrilhantar ainda mais este Evento
Brevemente colocaremos aqui o Programa deste Evento...

Para todos os autocaravanistas - A NÃO PERDER. 
  • Festa 100% tradicional em que o rei é o vinho verde com selo de melhor do mundo para o tinto (medalha de ouro "Valetruto) e o verde branco (medalha prata "Pata da Burra"). Venha provar diversos vinhos de diversas quintas,  de diversas marcas, nas muitas tasquinhas montadas no Largo do Conde, junto da Câmara Municipal, também com bastantes restaurantes para degustar a melhor gastronomia da Região, com a Rainha da Festa, a Vitela Arouquesa, regada com o Rei da Festa, o Verde Tinto. Castelo de Paiva tem muito boa gastronomia. A combinação perfeita para degustar uma vez por ano ao mais alto nível.

    SORTEIOS GRÁTIS: Valiosos prémios para o sorteio principal, e outras ofertas dos nossos patrocinadores, e também da Câmara Municipal, a sortear tudo no Domingo de manhã cerca das 10H30. Os cupões para o sorteio vão ser distribuídos ao (Meio Dia) 12H00 de Sábado. Pede-se que os Srs Autocaravanistas estejam junto à autocaravana nessa altura para receberem este cupão que dará acesso ao sorteio de Domingo de manhã.
      PATROCINADORES CONFIRMADOS:
        Campilider - Vidicar - Albicampo


A participação é livre e gratuita. 
A organização não se responsabiliza por qualquer acidente ou incidente. Cada um é responsável por si e pelos seus atos.
NÃO ESQUEÇA: Dias: 1,2,3, de Julho 2016 
GPS: N. 41º 02 '23" - W. 08º 16' 26"
"Parque da Feira"


Apoio: Câmara Municipal de Castelo de Paiva

Organização: Portal AuToCaRaVaNiStA
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MOSTEIRO DE SÃO GONÇALO DE AMARANTE - AMARANTE - PORTO


Apontamento AuToCaRaVaNiStA:

O Mosteiro de São Gonçalo de Amarante, está situado junto à Ponte de Amarante, no centro da Cidade de Amarante, Distrito do Porto, Portugal. Monumento Religioso de grande envergadura que guarda os restos mortais de S. Gonçalo numa das secções do Mosteiro em urna com a sua figura esculpida. Como era um santo casamenteiro, sobretudo de mulheres mais velhas, foi entretanto criado um doce com forma fálica como símbolo da fertilidade.


        GASTRONOMIA:
Certificação CPF  "Tasca do Adérito"
Na gastronomia destaque para os rojões, para o cabrito, para a vitela assada, e para a inevitável francesinha, muito apreciada no Norte de Portugal mais própriamente no Grande Porto. E para acompanhar, o verde branco característico da região.


Estivemos na "Tasca do Adérito" nas provas gastronómicas, e certificamos com Estrela de Excelência - CPF Portugal "Restaurante Recomendado" pode ser verificado na reportagem dedicada ao Distrito do Porto com etiqueta "Amarante". Verifique o link.
Aqui tivemos uma sessão de guitarra Amarantina que nos deliciou noite dentro:


              HISTÓRIA:
S. Gonçalo tem honras de Padroeiro de Amarante e a sua memória é festejada em duas ocasiões no ano: a 10 de janeiro data do seu falecimento e no primeiro fim de semana de junho, com as grandiosas festas da cidade.

Oriundo da nobre família dos Pereira, Gonçalo nasceu no Paço de Arriconha, freguesia do Divino Salvador de Tagilde – Vizela, por volta de 1187 e herda de seus pais a nobreza no sangue e a grandeza na Fé.

É educado nos bons princípios cristãos e, quando atinge a mocidade, opta pela vida eclesiástica, estudando as primeiras letras, crê-se, no mosteiro beneditino de Santa Maria de Pombeiro de Ribavizela, Felgueiras, prosseguido estudos no Paço Arcebispal de Braga, onde viria a ser ordenado sacerdote. Foi-lhe confiada a paróquia de S. Paio de Vizela, tornando-se, em data incerta, cónego de Santa Maria da Oliveira (Colegiada de Guimarães). Não satisfeito com a vida paroquial e ardendo no desejo de conhecer os lugares mais Santos do Cristianismo, decide encetar uma longa peregrinação a Roma, para estar junto dos túmulos dos Apóstolos Pedro e Paulo, seguindo, depois, para a Palestina.

Após catorze anos, Gonçalo regressa à sua paróquia de S. Paio de Vizela que, durante a sua ausência, fora dirigida por um sobrinho que, o não reconhecendo, o expulsa de casa. Desiludido com a vida opulenta e faustosa do seu substituto e deparando-se com o desrespeito aos ensinamentos e à humildade cristã, decide abandonar a vida paroquial e opta por um modus vivendi mais contemplativo, eremítico e evangelizador. Embevecido neste espírito, toma o hábito da Ordem de S. Domingos.


Foi através desta nova forma de vida que chegou ao vale do Tâmega. Deparando-se com uma ermida arruinada dedicada a Nossa Senhora da Assunção, localizada num local ermo, junto ao rio e nas imediações de uma ponte devoluta, aí se instala e recupera o velho templo. Calcorreando as povoações do vale do Tâmega e da Serra do Marão, Frei Gonçalo, acompanhado por um irmão espiritual, frei Lourenço Mendes, evangeliza e abençoa uniões matrimoniais, apoia e protege os mais desfavorecidos e realiza alguns prodígios, que lhe vão conferindo aura de santidade. No decorrer destas ações pastorais, depara-se com as dificuldades e com o perigo que os seus fiéis corriam ao aventurarem-se a atravessar o rio, principalmente nas alturas em que este se apresentava mais caudaloso e, na falta de alternativas, decide empreender, ele próprio, o restauro ou a reedificação da velha ponte romana, nos idos de 1250.


Para a sua reconstrução terá contado com a participação de todos, desde os mais abastados que contribuíram com alguns numerários e matéria-prima e os mais pobres que, com o seu esforço, executaram a obra. Consta que o arquiteto fora o próprio santo. A ponte medieval haveria de perdurar até ao dia 10 de fevereiro de 1763, altura em que sucumbe face à turbulência das águas do Tâmega, durante uma cheia, desmoronando-se por completo, tendo apenas sobrevivido o cruzeiro biface de Nossa Senhora da Ponte.



Após a construção da ponte e do restabelecimento do tráfego, o frade dominicano continuou com a sua vida de pregador até ao dia da sua morte, ocorrida a 10 de janeiro de 1259.
A partir de então, muitos foram aqueles que acorreram ao seu túmulo, instalado na mesma ermida onde residiu para, junto aos seus restos mortais, pedirem ou agradecerem a sua intercessão.
Em 1540, D. João III manda construir, no lugar da velha ermida medieval, um convento que entrega aos frades pregadores de S. Domingos, Ordem à qual o Santo estava vinculado.

No dia 16 de setembro de 1561, Gonçalo de Amarante é beatificado pelo papa Pio IV e, algum tempo depois, já no reinado de D. Filipe I de Portugal (II de Espanha), inicia-se o seu processo de canonização, que acaba por ficar sem efeito.
O Papa Clemente X, em 1671, estende o ofício da sua festa litúrgica a toda a Ordem Dominicana, que é celebrada no dia do seu falecimento, a 10 de Janeiro.
Daí para cá o seu culto jamais parou de se difundir e propagar em Portugal e nos países lusófonos, destacando-se o Brasil, onde várias localidades o têm por padroeiro.
Fonte: www.cm-amarante.pt

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CALVÁRIO - AROUCA - AVEIRO - PORTUGAL


Apontamento AuToCaRaVaNiStA:
Arouca é uma Vila Portuguesa, Sede de Concelho, pertencente ao Distrito de Aveiro. O Calvário está situado a cerca de 500 m da Capela da Misericórdia, que está situada no centro histórico de Arouca, bem de frente ao imponente Mosteiro de Santa Mafalda. Para informação de companheiros de outros Países que nos visitam, e que venham unicamente com a indicação dos Passadiços do Paiva em Arouca, saberem que Arouca é muito mais que isto! (ver nossas etiquetas "Arouca" no nosso Portefólio). Estacione na Área de Serviço para Autocaravanas no Parque da Feira bem no Centro de Arouca Coordenadas GPS (N 40º55'33" W 08º15'01").

               HISTÓRIA:
Calvário:
Fica sobre uma penedia, a norte da Vila de Arouca, sobressaindo na sua parte mais elevada 3 cruzes, das quais a central data de 1627; no centro tem um púlpito de pedra, datado de 1643, situando-se as restantes cruzes da via sacra espalhadas pelas diversas ruas da Vila. Classificado Imóvel de Interesse Público pelo Decreto n.º 37077 de 29-09-1960.
Fonte: www.cm-arouca.pt


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CAPELA DA MISERICÓRDIA DE AROUCA - AROUCA - AVEIRO


Apontamento AuToCaRaVaNiStA:
A capela da Misericórdia de Arouca, fica situada no Centro Histórico da Vila de Arouca, pertencente ao Distrito de Aveiro, Portugal. A Capela apresenta-se restaurada e bem cuidada. Apesar de pequena tem um património sacro-religioso de elevado valor. Está quase sempre de portas abertas. Depois de uma visita ao Mosteiro de Santa Mafalda, é só atravessar a estrada e visitar este monumento que data a sua construção do ano 1612. Para visitar Arouca aceda aqui à informação da Área de Serviço para Autocaravanas no Centro da Vila.



               HISTÓRIA:
Capela da Misericórdia de Arouca:
Situada no centro histórico da vila, defronte ao Mosteiro de Santa Maria de Arouca, a capela da Misericórdia é um edifício de arquitectura religiosa de traça maneirista, correspondente a um ciclo construtivo que proliferou na segunda metade do século XVI e primeira do XVII, marcado pela influência italiana, mas comprometido com a austeridade da arquitectura chã tipicamente portuguesa. Mandada erigir pelos devotos, em 1612, conforme se infere da inscrição existente no friso do portal, mantém a estrutura original seiscentista, muito embora tenha sofrido algumas alterações no decurso dos tempos.


Das pequenas dimensões, segue o esquema tradicional de corpo único de planta longitudinal, à qual acresce, adossadas ao lado direito a sacristia, sobreposta pela casa do despacho, espaço de reunião e decisão das Mesa e da Irmandade, edificadas no século XVIII. Ao lado direito da frontaria, foi erigida no século XIX uma torre sineira paralelepipédica à fachada, apresentando as pilastras dos respectivos cunhais independentes. A frontaria, com embasamento granítico e pilastras nos cunhais, segue um modelo de fachada de portal com alfiz de moldura rectilínea e remate em arquitrave.


A porta axial, em arquivolta de arco pleno, é enquadrada por pilastras assentes em altos pedestais rectangulares e encimadas por pináculos, com remate arquitravado de friso e cornija. O friso encontra-se preenchido com a inscrição alusiva à sua fundação: DEVOTI – FECERE - AN – 1612.O portal é ladeado por postigos rectangulares, moldurados e gradeados sobrepujados por cruzes de assento de terminações trevadas, setecentistas. O remate, que se configura em frontão triangular, alongando-se por todo o alçado, apresenta no centro do tímpano um óculo de esbarro encimado por um escudo com as armas reais, alusivas à protecção régia a que as Irmandades da Misericórdia se encontravam sujeitas, datado do século XVIII. No coroamento possui pináculos piramidais colocados sobre pedestais, nos vértices laterais, e uma por cruz latina, assente em soco, no vértice central.

A torre sineira é composta por três registos, demarcados por friso. No primeiro, possui embasamento na continuação da fachada e uma porta de entrada de acesso á sacristia e, no segundo, uma porta de sacada com guarda de ferro. O último, de cornija saliente, possui embasamento ornado com um florão central, quatro ventanas de arco pleno e entablamento de friso e cornija. Sobre este, eleva-se o remate, composto por pináculos sobre as pilastras dos cunhais e por cúpula, quadrangular, coroada por esfera com cata-vento de ferro, ornado por um anjo.

O espaço interior, de uma só nave, embora tenha sido alvo de obras no século XVIII, conserva a sua primitiva estrutura da centúria de seiscentos. A riqueza do seu programa decorativo e a unicidade do conjunto, patente na conciliação harmoniosa da composição original do século XVII com a campanha de obras de matriz barroca do século XVIII, conferem a este espaço exuberância e esplendor no contexto artístico da região.



À semelhança do que sucedia em muitas igrejas das misericórdias erigidas neste período, é possível perceber a divisão espacial em dois patamares distintos, diferenciados somente por um desnível do chão: o espaço da capela-mor, local onde o sacerdote ministra o serviço religioso, mais elevado e com o chão com lajes de granito, e o restante espaço, cujo chão é coberto por madeira. As paredes, com excepção da do topo, onde se localiza o retábulo-mor, são integralmente revestidas com azulejos de padrão de motivos vegetalistas e geométricos, datáveis de cerca de 1620. Este recurso artístico que coteja ao espaço exuberância e colorido foi, a par da talha, amplamente utilizado no nosso país nos espaços religiosos, pelas suas potencialidades estéticas e luminosas, capazes de metamorfosearem esses mesmos espaços. Formando uma composição azulejar, designada por azulejo de tapete, presencia-se nesta composição a inclusão de pequenos painéis hagiográficos com a figuração dos Apóstolos.

O uso da talha está presente na cobertura da capela, onde configuram as cimalhas e as molduras dos caixotões que a compõem. O tecto, de planta longitudinal e abobadado, compõem-se de cinquenta caixotões, dispostos em dez linhas com cinco caixotões em cada uma, formando cinco colunas. São de formato quadrangular, excepto os laterais da linha junto ao retábulo-mor, os quais, executados de forma a permitir colocação do mesmo, apresentam a configuração de um triângulo isósceles. Com características do figurino tardobarroco, os enquadramentos e as molduras são pintados em marmoreados de tons beges, azuis e vermelhos, tendo os ângulos dos emolduramentos exteriores demarcados por florões entalhados no fecho. Com objectivos pedagógicos e catequético, as pinturas exibem representações de temática cristológica, mariana e hagiográfica e são datados do terceiro quartel do século XVIII, conforme se infere da legenda pintada no caixotão central, junto à porta de entrada, onde se lê: ESTA OBRA DE PINTVRA SE MANDOV FAZER EM O ANO 1773 SENDO PROVEDOR O D.OR JOZE DOS S.TOS TEIXEIRA TELLES. Nos temas cristológicos encontramos representações dos Passos da paixão e de passagens da vida pública de Jesus Cristo: o encontro com a Samaritana e alguns dos Seus milagres. Nas pinturas ligadas à vida da Virgem, os temas vão desde a Anunciação até à Coroação. No que se refere à iconografia dos santos, estão representados os Apóstolos, os Evangelistas, os quatro Doutores da Igreja Latina e alguns santos frequentes nas devoções populares da época. Na disposição das pinturas, aparentemente parece não existir coerência na leitura dos temas. No entanto, verifica-se que existiu uma preocupação em ordenar a leitura segundo critérios, como acontece nos painéis ao centro que representam os 15 mistérios do Rosário: Anunciação, Visitação, Adoração dos Pastores (Nascimento de Jesus), Apresentação de Jesus no Templo, Jesus entre os doutores, Oração do Horto, Flagelação, Coroação de espinhos, Cristo a caminho do Calvário, Crucifixão, Ressurreição de Cristo, Ascensão, Pentecostes, Assunção da Virgem Maria e Coroação da Virgem Maria. De igual modo acontece nos painéis mais perto da cabeceira com a sequência das pinturas relativas aos Apóstolos, seguidos dos Evangelistas, com os seus atributos de tetramorfo e dos Doutores da Igreja. Nas últimas linhas, os painéis junto à cabeceira apresentam elementos do conjunto iconográfico da Arma Christi: o martelo, os cravos e a coroa de espinhos, apresentando os últimos cinco, junto à porta da entrada, a representação de Santos de ampla devoção popular: São Martinho, São Sebastião, Santa Apolónia e São João Baptista, a enquadrar o painel central, onde se encontra a inscrição alusiva ao encomendador.

A parede testeira da capela, sobre o retábulo-mor, é forrada por um conjunto de cinco painéis figurativos, que supomos que tenha sido executado em simultâneo com as dos caixotões da cobertura do tecto (1773). As pinturas representam, na parte central, o Escudo Real que é flanqueado, à esquerda, pela representação do senhor dos Passos e, à direita, pela de Nossa Senhora das Dores. Os painéis laterais exibem dois robustos anjos alados, que sustem elementos do conjunto da Arma Christi: a esponja de vinagre e a lança. Localizado na parede testeira, o retábulo-mor de madeira entalhada, pintada e dourada, insere-se no formulário maneirista, evidente nas suas proporções anti-clássicas e na sua feição planimétrica. As modificações posteriores – no sotobanco e nas ilhargas – que lhe foram imputadas, não impedem a leitura do esquema maneirista.

Resultante da campanha de obras realizada nos meados do século XVIII, do lado do Evangelho, foi edificada uma capela em arco de volta perfeita, que possui um retábulo de talha dourada, marmoreada e policromada, dedicado ao Senhor dos Passos, que segue os cânones do formulário tardobarroco.

No lado da Epístola, no topo da capela, encontra-se uma porta rectangular de acesso à sacristia e à sala do despacho, rasgada em 1714, conforme se depreende da inscrição existente na padieira: “SENDO PROVEDOR MANUEL PEREIRA BURGO, MANDOU ABRIR ESTE PORTAL À SUA CUSTA – ANO – 1714”.

Na sala do despacho, situada sobre a sacristia, encontram-se o púlpito e a tribuna dos mesários. O púlpito, datado do século XVIII, assenta sobre base pétrea pintada em marmoreados, de mísula trabalhada com desenhos geometrizantes. Sobre a mísula recai o balcão, de madeira entalhada, dourada e policromada, decorado com motivos geométricos de losangos e elipses alternados, que suporta uma balaustrada torneada, que nos ângulos apresenta prumadas em forma de quartelões, decoradas com ornatos vegetalistas dourados. No remate um varandim, com frisos corridos, adornado com querubins, interpolados com motivos florais dourados. Rasgada na mesma parede, muito próximo, encontra-se a tribuna dos mesários, com varandim, de madeira, abalaustrado.
Fonte: Santa Casa da Misericórdia de Arouca

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CABECEIRAS DE BASTO - MOSTEIRO S. MIGUEL DE REFOJOS


Apontamento AuToCaRaVaNiStA:
Cabeceiras de Basto é uma Vila Portuguesa, sede de Concelho, pertencente ao Distrito de Braga.
Tem o seu Ex-libbris no Mosteiro de S. Miguel de Refojos, uma obra religiosa de grande envergadura, património que orgulha Portugal e os Portugueses. Destaque também para a Casa do Tempo inserido no mesmo complexo, sem deixar de referenciar o seu Pelourinho como mais um belo exemplar do nosso património, símbolo da nossa justiça medieval. 


Na gastronomia, Cabeceiras de Basto também está bem servido, mas aconselha-se mais a hora do almoço, já que para jantar as opções são menores, e porventura mais caras. Provamos também um verde tinto de lavrador, que passou com distinção. Comparativamente com o vizinho Celorico de Basto, tivemos melhor experiência gastronómica em Celorico, não só na gastronomia propriamente dita, mas também ao nível da restauração.



                HISTÓRIA:
Os cronistas regulares não acordam no nome do fundador deste notável Mosteiro, para uns Hermínio Fafes, para outros Gomes Soeiro. Porém estas afirmações não merecem crédito, embora na então sala do Capítulo do Mosteiro se tivesse colocado um pretenso retrato do segundo, como fundador, nem deverá conceder-se maior importância ao informe de Frei Leão de S. Tomás, de que no Mosteiro haviam aparecido sepulturas datadas de 670 e 701. 


Certo é que o Mosteiro existia já em princípios do Séc. XII, não se conhecendo com exactidão desde quando, e que os seus padroeiros eram os descendentes do rico-homem D. Gomes Mendes, “Guedeão”, que viveu em meados desse século, certamente porque foi dele o Mosteiro próprio de seus antepassados, dominantes na terra de Basto e, por aquela possessão, seus fundadores e senhores do lugar de “Refúgios”.



O mais antigo desses nobres possessores é um “domno” Mendo, que viveu na segunda metade do século XI e de cuja ascendência nada se pode determinar de provável. Sucedeu-lhe nestas propriedades - “Villa” e respectivo “acistério” de S. Miguel – o filho, que os linhagistas medievais registaram com o nome de D. Gueda “O Velho”, para o distinguirem de outros homónimos, seus descendentes. É, indubitavelmente, um grande rico-homem da “escola” do Conde D. Henrique, D. Teresa e de D. Afonso Henriques.


No século XIII, a maior parte do padroado do Mosteiro passou de Gomes Mendes “Guedeão” a seu filho D. Egas Gomes Barroso. Dele passou à sua descendência, principalmente Gonçalo Viegas e Gomes Viegas “de Basto”. Estes, e muitos outros padroeiros de Refojos eram proprietários nobres de locais à roda do convento nos séculos XII e XIII.



No século XIV, foi o Vasco Gonçalves “Barroso”, primeiro marido daquela foi esposa do condestável D. Nuno Álvares Pereira, D. Leonor de Alvim; e esse seu filho de algo dotou o Mosteiro com muitos haveres. O rei D. Afonso Henriques havia coutado este Mosteiro ao seu abade Bento Mendes, por 800 maravedis; e pela inquirição se vê que nele se compreenderam, além do Mosteiro, as paróquias de S. Pedro de Alvite e Sta. Maria de Outeiro, respectivamente com dezassete e trinta casas. A igreja do Mosteiro era obrigada a dar apenas por ano quarenta maravedis velhos à Coroa.

D. Dinis, em 20/12/1223, deu carta “a Martim Gil priol do mosteyro de Reffojos de Basto e procurador do Abade e Convento do dito mosteyro” a respeito do escambo que Pero Foncinha e o comendador do “Barro” – Rio Gonçalves “tinham feito pelo rei e em seu nome pelas herdades em Adaúfe e em Crespos” por outros que os monges tinham em Vilalva dadas "pera sua pobra de Vila Real".



O Mosteiro de Refojos de Basto era governado por abades perpétuos, mas no reinado de D. Duarte passou a sê-lo por abades comendatários. Foi o primeiro D. Gonçalo Borges, em cuja família o cargo se manteve por 109 anos. Depois da morte de Francisco Borges, último daquela família, sucedeu-lhe D. Duarte, filho bastardo de D. João III, que veio a ascender a arcebispo de Braga.
Foi seu sucessor o ilustre Frei Diogo de Murça, jerónimo, que governou a casa com o título de administrador perpétuo. Pediu este ao Papa Paulo III que extinguisse o Mosteiro e permitisse que as suas rendas fossem aplicadas a dois colégios que se deveriam fundar em Coimbra, um de S. Bento e outro de S. Jerónimo. 

O Basto
O sobrante seria para construir um outro colégio para 12 pobres. O pontífice anuiu ao pedido e expediram-se as bulas nesse sentido, recebidas por Frei Diogo de Murça, em Coimbra, onde então reitorava a Universidade. Os padres, porém apelaram destas bulas e Frei Diogo reconsiderou, rogando para Roma que se mantivesse o Mosteiro com 12 padres e um prior e fosse reformado com os demais. Paulo IV acedeu a este novo pedido em 1555. Frei Diogo de Murça morreu no Mosteiro em 1570 e nele foi sepultado.



D. João Pinto, Cónego regrante de Sta. Cruz de Coimbra foi o último abade comendatário e, por bula de S. Pio V, o governo do Mosteiro foi entregue a abades trienais. Gozou o Mosteiro de Refojos de Basto de avultadas rendas, quase todas em Trás-os-Montes, que eram divididas a meio com a Casa de Bragança, por serem herança do já referido Vasco Gonçalves “Barroso”, que foi sepultado no Mosteiro. A Igreja do Convento foi reconstruída em 1690, ficando com duas torres soberbas e muito elegantes. O Mosteiro foi vendido pelo Estado, depois da extinção das Ordens Religiosas, em 1834.


                  ARTE:
A Igreja do Mosteiro é toda de estilo Barroco. São de realçar as seguintes partes da Igreja:
Na fachada dos lados direito e esquerdo estão colocadas as estátuas em tamanho natural do fundador da Ordem de S. Bento – São Bento de Núrcia, e de Santa Escolástica. Ala exterior em forma de varandim, tendo ao fundo, em nicho, a imagem de S. Miguel, e onde se celebrava missa campal no dia do padroeiro, S. Miguel, dia 29 de Setembro, em que o povo enchia toda a Alameda do Convento, hoje Praça da República.

Figuras demoníacas, máscaras e também conhecidas por carrancas colocadas dos dois lados interiores logo a seguir à entrada da Igreja.
Órgão duplo nas duas laterais, sendo um mudo.
Dois púlpitos em castanho, pintados, em imitação de mármores e parcialmente dourados (data: 1777/1780). Pintados e dourados em 1786/1789. Gradeamento em pau ébano.
Capela do Santíssimo Sacramento em castanho pintado e dourado (data: 1780/1789) – com dois anjos tocheiros de madeira estofada, e o Santo Cristo da Capela do SS. Sacramento em castanho estofado (data: 1783/1786?). Altar-Mor com credencia. 

Do esplendor da talha são de salientar alguns efeitos especiais, como a orla de “chamas” do pináculo da obra, as fitas de folhas cingindo as molduras convexas e o formoso festão de margaridas e rosas no remate da portada. A Capela do Altar-Mor é em castanho dourado (1764/1767). Dourada em 1780/1783, a Capela e o Altar-Mor foram concebidos por Frei José de Santo António. A Sacristia seiscentista, hoje Nucleo Museológico, possui, além de outros elementos de interesse, um arco inclinado, único nos monumentos do país, quatro espelhos em castanho (1767/1770) e dois contadores da mesma data. 

Os espelhos foram baseados num modelo inglês. Claustros com elegantes colunas de pedra e ao centro com uma taça também de granito. Zimbório em circunferência e rodeado por uma varanda interior e exterior e tendo ainda as esbeltas estátuas dos doze apóstolos, em tamanho natural e no remate, a do arcanjo São Miguel, rodeada por outra varanda. As cadeiras do Coro são em castanho (1767/1770) do qual consta o cadeiral, as sanefas e as portas das portadas, assim como, três sanefas dos janelões. O grande cadeiral foi composto em dois andares com 45 assentos em forma de U com cadeira do D. Abade no centro, segundo a tradição beneditina.A igreja possui ainda uma mísula com a imagem de S. Miguel Arcanjo (data: 1767/1770).
Fonte:www.cm-cabeceirasdebasto.pt

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