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SOURE - COIMBRA


Apontamento AuToCaRaVaNiStA:
Soure, é uma Vila Portuguesa, pertencente ao Distrito de Coimbra. Confina a Norte com o Concelho de Montemor-o-Velho, a Nascente, os concelhos de Condeixa-a-Nova e Penela, a Sul, os concelhos de Pombal e Ansião, e a Oeste o Concelho de Figueira da Foz. Local calmo, para passar um tempo de lazer agradável convívio familiar ou com amigos. A zona está equipada com 3 estações de serviço, sendo que a água e a luz é a pagar, e pasme-se, não tem local para vazar as águas residuais. No que tem de exagero falta-lhe no essencial. Perto do centro histórico e do seu Castelo em ruínas do qual resta pouco, tem na sua envolvencia paisagística, os jardins com uma grande área para desfrutar com a família, amigos, ou mesmo só com o fiel amigo.



             HISTÓRIA:

Vem de longe a importância deste Concelho, quer no contexto regional, quer mesmo nacional.
Com os dados disponíveis não é possível procurar um marco que assinale o início da ocupação humana neste território. Porém, os vestígios arqueológicos, sobretudo do período neolítico e romano, aliados às condições naturais que desde cedo atraíram a ocupação humana, indicam que este espaço foi ocupado desde tempos imemoriais.

O documento escrito mais antigo que se conhece e se refere a Soure data de 1043 assinalando a doação, ao Convento da Vacariça, de um mosteiro que aqui possuíam os irmãos João, Sisnando, Ordonho e Soleima.
Em Julho de 1111 o Conde D. Henrique e a rainha D. Teresa concederam foral à vila de Soure. Este importante documento estipulava um conjunto de previlégios fiscais com o objectivo de atrair e fixar as populações.

Na Idade Média, mais concretamente no período da reconquista Cristã, Soure assume um papel de importância estratégica vital. O seu castelo é, até à conquista de Lisboa, uma praça fortificada, incluída na cintura de edificações militares da defesa de Coimbra definitivamente conquistada em 1064, (juntamente com os castelos de Montemor-o-Velho, Penela, Santa Olaia, Germanelo, Miranda do Corvo e Lousã). Em 1128 D. Teresa doa o Castelo de Soure à ordem dos Templários, doação que veio a ser confirmada por D. Afonso Henriques em 1129.

Com o decorrer dos tempos, a função militar foi desaparecendo e Soure passou a caracterizar-se, a partir da Idade Média, por uma região marcadamente rural dada a apetência agrícola dos seus terrenos enriquecidos pela água dos rios Anços, Arunca e Pranto.
O Castelo de Soure tinha uma situação estratégica privilegiada, dada a sua posição de ligação entre os castelos e rotas que atravessavam os territórios de Coimbra e Montemor-o-Velho e a sua proximidade com a confluência dos rios Anços e Arunca que lhe servia de fosso natural.

Em 13 de Fevereiro de 1513, el-rei D. Manuel outorgou um novo Foral à vila de Soure. As alterações administrativas, que ao longo dos tempos foram sendo feitas, determinaram que tivesse havido permutas de freguesias entre concelhos adjacentes, sobretudo com o de Montemor-o-Velho e os extintos de Verride e Santo Varão. A partir de finais do século XIX, o concelho de Soure manteve a mesma estrutura administrativa, agrupando as doze freguesias que hoje conhecemos.

Fonte: www.cm-soure.pt


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SANTO ANTÓNIO DA NEVE - COENTRAL - CASTANHEIRA DE PERA

Apontamento AuToCaRaVaNiStA:


Santo António da Neve fica situado na Freguesia do Coentral, Concelho de Castanheira de Pera, Distrito de Coimbra, Portugal.
Santo António da Neve foi batizado assim desta forma devido aos neveiros que ali trabalhavam na recolha da neve, que durante o inverno recolhiam-na para os poços de armazenamento, para que no verão a nossa realeza pudesse saborear os bons gelados. Mordomias da nossa realeza, que ainda hoje perduram, mas agora com os nossos políticos republicanos.



Enfim! as moscas mudam, mas os gelados continuam a refrescar à mesma, isto para não dizer de outra forma. Esta visita integrada no passeio denominado de, "Operação Chanfana II" realizado em 18 de Maio, por mais estranho que pareça, o Santo António da Neve fez jus ao seu nome, e brindou o Grupo AuToCaRaVaNiStA com neve à chegada ao cimo da serra onde está implantada a capela dedicada ao Santo. Uma aventura no meio da serra para ficar na memória de todos quantos lá foram.





            HISTÓRIA



A Capela:

No antigo Cabeço do Pereiro ergue-se uma capela em honra de Santo António e porque foi mandada construir por Julião Pereira de Castro, neveiro-mor da casa Real, passou o local a designar-se por Santo António da Neve. Esta capela tem a seguinte inscrição:
Esta capela do glorioso Santo António de Lisboa a mandou fazer Julião Pereira de Castro reposteiro do nosso reino da câmara de sua Magestade e neveiro de sua Real casa em terra sua ano 1786.
A licença do Bispo D. Miguel de Anunciação tem data de 6 de Maio de 1778 o que nos leva a concluir que demorou oito anos (1794) para ser benzida. 
O Bispo concede licença porque Julião Pereira de Castro emprega muita gente na expedição da neve ocupando nessa tarefa os domingos e dias Santos e porque ir ouvir Missa à Igreja do Coentral era um incómodo considerável e não cumprir com os preceitos era gravíssimo prejuízo para as suas almas.
Esta capela andou nas mãos de particulares durante muitos anos até que em 1954 foi adquirida pela Câmara da Presidência do Dr. Marreca David e ficou pertença da Junta de Freguesia do Coentral.

Os Poços da Neve e o Ofício do Neveiro:


Segundo um trabalho do Dr. Herlander Machado, os poços da neve são seguramente mais antigos do que a capela. Admite-se mesmo que sejam muito anteriores a Julião Pereira de Castro no ofício de que só há notícia devidamente documentada a partir de 1757 em alvará de D. José também assinado pelo Marquês de Pombal.
Dos sete poços construídos somente restam três que pela sua raridade foram considerados imóveis de interesse público.




Estes três poços de construção tosca são redondos no seu interior; todavia dois são octogonais no seu exterior e um é circular. Estão cobertos por abóbadas de pedra em forma de sino achatado e todo o conjunto foi edificado com a pedra negra da região. Cada poço tem uma só porta, estreita, virada para nascente, como para evitar que, quando o Sol é mais forte, possa entrar pela estreita porta e derreter a neve ali guardado, Utilizando escadas de mão, feitas em tosca madeira, os homens desciam ao fundo destes poços – que então tinham uma profundidade superior a uma dezena de metros – e à medida que neles iam sendo despejadas as cestas com neve iam calcando esta com pesados maços de madeira que empunhavam vigorosamente, à maneira dos calceteiros de hoje.



Empedernida, isolada entre os paredões alisados pelo estuque, coberta depois de palha e fetos, a neve conservava-se nesses amplos reservatórios, até ao Verão – sem que uma réstia de Sol lhe pudesse chegar.
Quando chegava o tempo quente, a neve era cortada e seguia em grandes blocos para Lisboa. O transporte era feito, numa primeira etapa, em ronceiros carros de bois. Apenas três ou quatro desses grandes blocos podiam ser carregados nessas robustas carroças e eram cuidadosamente envolvidos em palha, em fetos, mesmo em serapilheiras ou, ainda, metidos em caixotes. Mas, mesmo assim, diz o testemunho oral que muita neve se perdia pelo caminho percorrido através dos tortuosos carreiros da serra, quase penosamente.
Em Miranda do Corvo fazia-se a primeira muda dos animais e depois os carros partiam para Constância onde, da via terrestre, se passava para a via fluvial até ao Terreiro do Paço onde eram feitos saborosos gelados para o Rei e sua corte, tão saborosos que os Lisboetas os procuravam no Martinho da Arcada e outros cafés.


Fonte: www.cm-castanheiradepera.pt



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SANTUÁRIO DO SENHOR DA SERRA - SEMIDE - MIRANDA DO CORVO



Apontamento AuToCaRaVaNiStA:


Semide é uma Freguesia Portuguesa, pertencente ao Concelho de Miranda do Corvo, Distrito de Coimbra, Região Centro, e sub Região do Pinhal Interior Norte.
Este importante Santuário do Senhor da serra, ergue-se bem lá no alto, de onde se tem belas vistas no seu horizonte, com a serra da Lousã ali tão perto. Semide tem um rico e vasto património Religioso, um pouco espalhado por toda a Freguesia.




Santuário do Senhor da Serra:

O crescimento dos peregrinos foi notável a partir de 1793. A região centro do país teve no Senhor da Serra, desde o século XVII, até que Fátima se impôs pelas aparições da Virgem Mãe de Deus, o seu maior Santuário. Desde o Vouga ao Mondego, ao Liz; no interior, numa região transbordando para além das serras da Lousã e do Buçaco, atingindo os concelhos de Pampilhosa da Serra e Oliveira do Hospital e da Mealhada, não há aldeia ou vila, donde em Agosto (14-21), não tenham vindo peregrinos ao Senhor da Serra, para agradecer um pedido feito em horas de aflição: o salvamento de um pescador, a cura de uma pessoa de família de uma doença grave, livrar um rapaz da tropa etc.

Os peregrinos vinham em grupos ou em ranchos, facilmente identificáveis pelos trajes e costumes. Os da Beira Mar contrastando com os da Beira Interior, os da estremadura com as gentes da Gafanha. Muitos vinham a pé desde as suas terras. E depois era vê-los subir como carreiros de formigas pelos lados de Ceira, de Miranda, da Trémoa, de Semide e outras partes, subindo sempre, porque o Senhor da Serra ficava lá no alto e era necessário lá chegar para cumprir a promessa.
Em finais do século XVII já havia peregrinos que se demoravam no Santuário do Senhor da Serra alguns dias, foi por isso necessário proceder a ampliações da capela original e construir as hospedarias.


     A CAPELA ACTUAL
A capela actual é um edifício que não se pode classificar de um só estilo, mas de vários, segundo o autor da planta, já que a torre dá a impressão de um gótico flamejante, mas os capitéis e outros elementos são do estilo românico.
Lá dentro podemos apreciar o altar mor dourado que foi executado pelos alunos da antiga Escola Industrial Brotero em Coimbra sob orientação de João Machado, tal como os belíssimos vitrais, estes sob a direcção do prof. Lapierre, e os azulejos que revestem as paredes e que representam cenas da vida de Jesus, e que foram executados sob orientação do prof. António Augusto Gonçalves.


Os altares laterais que vieram da Capela da Misericórdia de Coimbra.
A pintura do Tecto que é obra do pintor Eliseu de Coimbra.
O púlpito de pau preto, artisticamente trabalhado, obra do séc. XVII e que veio da Sé Velha de Coimbra.
A torre, para a qual se sobe por uma escada em caracol que vai desde a porta da entrada principal passando pelo coro até ao ponto mais alto, de onde se podem disfrutar excelentes vistas sobre a povoação e região envolvente.
Cá fora existe uma capelinha com uma imagem do Senhor Crucificado, da autoria de António Augusto Gonçalves e um Lavabo da autoria de João Machado que são também dignos de atenção.


Actualmente é capelão do Santuário do Senhor da Serra, o Padre António Pedro dos Santos, que tem vindo a enveredar esforços para que o Santuário do Senhor da Serra retome a fama que teve em tempos não muito remotos, de Santuário de grande piedade e manifestação pública de fé.
As romarias dos últimos anos são a prova de que se está a caminhar para esse objectivo.



Fonte: http://www.freguesiadesemide.eu



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MOSTEIRO DE SANTA MARIA DE SEMIDE - MIRANDA DO CORVO



Apontamento AuToCaRaVaNiStA:
Situado em Semide, agora com  a junção das Freguesias de Semide e Rio Vide, Concelho de Miranda do Corvo, Distrito de Coimbra, Portugal. O Mosteiro de Santa Maria de Semide, que sofreu ao longo dos tempos várias vicissitudes e catástrofes na base de vários incêndios que destruíram praticamente todo o Mosteiro, bem como o seu valioso espolio religioso e não só. O acesso ao Mosteiro é um pouco sinuoso, mas chegados lá acima tem um grande largo para estacionar. A igreja estava também ela fechada, mas com um pouco de sorte, lá vamos abrindo p.f. estes monumentos religiosos para visita, e apreciar as riquezas do seu interior.



             HISTÓRIA:

O Convento ou Mosteiro de Santa Maria de Semide, localizado em Miranda do Corvo foi fundado em 1154 por Martim Anaia. Inicialmente era ocupado por monges beneditinos. Mais tarde tornou-se num convento de freiras para receber as descendentes do seu fundador.
A parte mais antiga ainda existente data do século XVI. Em 1664 um incêndio devorou a maior parte do edifício que foi reconstruído e inaugurado, com a actual igreja, em 1697. 


Em 1964 o mosteiro sofre novo incêndio tendo sido devorada a ala poente. Em 1990, um novo incêndio destruiu o claustro velho, a casa do capítulo e a sacristia.
Do conjunto ainda existente salienta-se a Igreja, com um retábulo e cadeiral em madeira, dos finais do séc. XVII, azulejos do séc. XVIII, esculturas do séc. XVII e séc. XVIII e altar-mor também do séc. XVII. O órgão de tubos, do séc. XVIII, foi recentemente recuperado.
Actualmente o mosteiro alberga o CEARTE, escola de formação profissional e um lar de jovens da Cáritas.


Para satisfazer a sede de cultura dos seus visitantes, esta freguesia tem para oferecer, o Mosteiro de Santa Maria de Semide, o Santuário do Divino Senhor da Serra, a Igreja Matriz e a Misericórdia de Semide.
Do opulento Mosteiro de Santa Maria de Semide, já pouco resta actualmente. A parte mais antiga que resiste as vicissitudes dos tempos é o claustro, datado da década de quarenta do século XVI. O incêndio de 1664 devorou a maior parte do edifício, que foi reconstruído e inaugurado, com a nova Igreja, em 1697.

Encerrado aquando da extinção das Ordens Religiosas, ai se instalou a Escola Profissional de Agricultura, sob a alçada da então Junta Distrital, por iniciativa de Bissaya Barreto.
Um novo incêndio, em 1964, queimou toda a ala poente do edifício.
A parte do claustro velho, a cãs do Capitulo, a sacristia e uma sala contigua onde se encontravam algumas imagens, alfaias religiosas, livros e documentos que não puderam ser retirados, foram também recentemente destruídas por outro incêndio, que deflagrou em 16 de Agosto de 1990.

Do que ainda resta, salienta-se a Igreja com retábulo e cadeiral em madeira, de finais do século XVII, algumas esculturas dos séculos XVII e XVII e o altar-mor, também datado do século XVII. O órgão de tubos, por outro lado, é uma bela peça de século XVIII.
Pela sua antiguidade, o Mosteiro de Semide, erigido no século XI, é considerado o monumento edificado mais importante de todo o Município.
O Santuário do senhor da Serra, no monte com o mesmo nome, é dedicado ao Santo Cristo, cuja devoção teve inicio num vulgar cruzeiro de caminho que, a pouco, se transformou na romaria que hoje o caracteriza.

A Capela é um edifício de uma só nave, cuja torre se levanta a meio da frontaria, rasgando-se na base o portal, que remata em pirâmide. A capela-mor poligonal é de tipo nitidamente romântico. O retábulo principal em madeira, flamejante, foi inspirado no da Sé Velha de Coimbra, desenhado por António Augusto Gonçalves e executado segundo a direcção de João Machado (pai).
Os retábulos colaterais pertencem a demolida Igreja da Misericórdia de Coimbra, sofrendo algumas adaptações, são construídos por colunas torcidas, datada do século XVIII.
A Imagem do Santo Cristo é um crucifixo em pedra, tipo setecentista, que mostra na base as inscrições seguintes: “1704 e R(eforma) do 1862”. O púlpito, seisecentista, é criundo da Sé Velha. Os vitrais e azulejos exteriores (ex-votos), por sua vez, foram executados na Escola de Avelar Botero, de Coimbra.
Fonte: Junta de Freguesia de Semide

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OPERAÇÃO CHANFANA II - MIRANDA DO CORVO

Apontamento AuToCaRaVaNiStA:

Pela segunda vez o Grupo AuToCaRaVaNiStA visitou a Capital da Chanfana, para degustar uma vez mais, esta maravilha da gastronomia Portuguesa. Desta feita o local escolhido para o repasto foi o Restaurante Parreirinha, bem no centro de Miranda do Corvo. Convívio de Confraternização do Grupo AuToCaRaVaNiStA de eleição, que normalmente são os membros da nossa muito estimada Confraria da Panela de Ferro. Por imposição de alguns contratempos pessoais, não pudemos reunir toda a gente, mas mesmo assim totalizamos 40 pessoas sentadas à mesa, para saborear ao jantar este excecional repasto que foi a chanfana. Para que fique registado, foi aos 18 de Maio de 2013, pelas 19h30, no Restaurante Parreirinha.



                           HISTÓRIA:
A gastronomia principal está ligada à criação de cabras que nestas pastagens de montanha encontram o local ideal para se desenvolverem. Assim os principais pratos feitos à base de carne de cabra são: Chanfana; Negalhos; Chispe e Sopa de Casamento.
A Chanfana teria surgido no Mosteiro de Santa Maria em Semide, instituição religiosa pertencente actualmente à nossa freguesia de Semide, generalizando-se o seu consumo após a 3ª Invasão Francesa, apoiada numa região com tradição na produção vinícola e com uma indústria de transformação de barro ancestral.


Até finais do séc. XIX, todos os agricultores e rendeiros eram obrigados ao pagamento dos foros. Muitos dos moradores, porque eram pastores, pagavam com cabras e ovelhas. Os foreiros libertavam-se dos animais mais velhos que já não lhes davam leite nem se reproduziam. Ora, como as freiras não tinham disponibilidade nem meios para manter tão grande rebanho, descobriram uma fórmula para cozinhar e conservar a respectiva carne, aproveitando o vinho que lhes era entregue pelos rendeiros, o louro que tinham na sua quinta, bem como os alhos e demais ingredientes.


Surge, assim, a Chanfana que era religiosamente guardada, ao longo do ano, nas caves frescas do mosteiro. A carne assada no vinho mantinha-se no molho gorduroso solidificado, durante largos meses. É inegável, em termos históricos, a contribuição das ordens religiosos no aparecimento de muita da nossa gastronomia. Basta lembrarmo-nos da doçaria conventual. O vinho tinto utilizado era de grande qualidade, pois só assim a carne ficaria mais tenra. Não se pode deixar de associar a utilização deste líquido ao facto do concelho de Miranda do Corvo, nomeadamente a freguesia de Lamas, onde o Mosteiro possuía inúmeros coutos, ser conhecida pela qualidade do seu vinho tinto “carrascão”, ainda hoje produzido em abundância.

Durante a terceira Invasão Francesa, as freiras terão divulgado esta fórmula gastronómica, devido a necessidades imperiosas da própria conjuntura histórica, concretamente, para evitar que os soldados franceses roubassem as cabras e as ovelhas da região. Diz-se, então, que quando as tropas francesas circularam pela região de Miranda do Corvo, a população envenenou as águas para matar os franceses. Mas, como era necessário cozinhar a carne habitualmente consumida, utilizou-se o vinho da região. A Chanfana é um prato típico do concelho de Miranda do Corvo, de onde cremos ser originária, que se expandiu praticamente por toda a região centro onde adquiriu várias nuances. É muito apreciada e servida em quase todos os restaurantes do nosso concelho. De salientar que constitui o prato «obrigatório» quando decorrem as festas religiosas em todos os lugares da Freguesia de Semide, e é ainda hoje imprescindível na ementa dos casamentos, sendo como tal também chamada “Carne de Casamento”.

Assim a gastronomia característica da freguesia de Semide nasce com o modo de vida e criatividade das monjas do Mosteiro de Santa Maria de Semide, importante núcleo religioso e administrativo; no contexto político, social e económico da 3ª Invasão Francesa; condicionada pela presença de um complexo industrial de oleiros do barro vermelho e uma boa produção vinícola. Numa época em que as dificuldades económicas prevaleciam na maior parte da população, tudo tinha de ser minuciosamente aproveitado. Assim, com a carne temos a Chanfana; com o molho e as sobras, a Sopa de Casamento; com as peles (depois de limpas e secas ao sol) faziam-se os “foles” para levar os cereais aos moinhos e o azeite às feiras. Consta que também os Negalhos remontem a esse difícil período da época da terceira Invasão Francesa, em que as necessidades de sobrevivência e de miséria se acentuaram ainda mais.

Estando a rarear a carne, porque os invasores franceses roubavam os rebanhos, a população teve de aproveitar tudo, inclusivamente as tripas dos animais cuja carne – preciosa e agora rara - utilizava na sua alimentação. Experimentaram, então, cozinhar as tripas segundo a receita da Chanfana e terá dado resultado. Há um factor extremamente importante para o sucesso destes pratos, que se prende com as condições de cozedura. Tanto a Chanfana, como os Negalhos são cozinhados em caçoilas de barro tapadas com folhas de couve. Neste concelho desenvolveu-se uma indústria artesanal de olaria de barro vermelho de que há notícias, pelo menos, desde o séc. XVI. O forno de lenha, elemento fundamental na cozedura da broa, é previamente aquecido e, depois de fechada a boca, deve ser vedado com barro. Como estes pratos apenas são consumidos no dia seguinte, devem ser mantidos no forno até à hora de serem servidos. Nessa altura o barro é picado para abrir a porta e a caçoila é retirada e colocada sobre as trempes junto à lareira para aquecer lentamente. Comia-se carne apenas em épocas especiais – festas, casamentos - e os legumes plantados em pequenas hortas, a par do pão, foram, desde sempre, os alimentos de maior consumo pela população portuguesa. Como tal o aproveitamento de um produto tão precioso como a carne tinha que ser total, evitando todo e qualquer desperdício.

Assim, comida a Chanfana, com o molho faz-se a “Sopa de Casamento”. Era tradição dar aos convidados o almoço no dia seguinte ao casamento, e como já não havia carne suficiente, com o molho fazia-se a dita sopa e enfeitava-se com os restantes pedaços de carne. Trata-se de um aproveitamento óptimo do molho da chanfana, que nunca é totalmente consumido. Como é muito saboroso e rico, não só em gordura mas também nos sucos de carne, seria uma pena desperdiçá-lo. Tal como a Chanfana, este prato é cozinhado em recipiente de barro vermelho para depois ir ao forno apurar. A Sopa de Casamento acaba por ser o fechar do ciclo de aproveitamento da cabra.
Chanfana:
Segundo a lenda, a chanfana terá surgido no Mosteiro de Semide. Até ao final do século XIX, todos os agricultores eram obrigados ao pagamento de foros. O mosteiro de Semide era quem recebia os foros dos moradores do seu couto. Muitos dos moradores, porque eram pastores, pagavam as suas «rendas» com cabras e ovelhas. Como as freiras não tinham possibilidade de manter tão grande rebanho, descobriram esta fórmula para cozinhar e conservar a respectiva carne, aproveitando também o vinho que lhes era entregue pelos rendeiros, o louro, que tinham na quinta, bem como os alhos e demais ingredientes. Surge, assim a chanfana que era religiosamente guardada ao longo do ano nas caves do convento.
Adaptado de “Gastronomia – Miranda do Corvo” de Mª Teresa Osório e Mª Helena Duarte



      CHANFANA:


Ingredientes por caçoilo:
1, 5 kg de carne de cabra, 2 ou 3 cabeças de alho, 1 colher de sopa de colorau, cravinho, 2, ou 3 folhas de louro, sal q.b., 1 a 1,5 l de vinho tinto.
Corta-se a carne em postas. No caçoilo colocam-se as cabeças de alho limpas e as folhas de louro. Em seguida, coloca-se a carne, o colorau, o cravinho e o sal. Por fim, cobre-se tudo com o vinho tinto e com algumas gorduras da cabra.
Aquece-se o forno bem quente (normalmente é o forno da broa). Deixam-se ficar as brasas que vão servir para manter a temperatura e introduzem-se os caçoilos e «esquece-se» até o forno esfriar, o que leva cerca de 3 horas. A entrada do forno é barrada com cinza ou farinha para manter o calor. Ao fim deste tempo, tiram-se os caçoilos, rectificando de sal, se for necessário.
Serve-se no caçoilo em que cozeu, com batatas cozidas e com os famosos grelos do Senhor da Serra.
Este prato é rigorosamente obrigatório em todas as festas e bodas desta região. Nunca deverá ser feito no dia em que é servido, mas na véspera ou antevéspera, aquecendo-se muito bem antes de servir.



SOPA DE CASAMENTO:

Trata-se de um aproveitamento óptimo do molho da Chanfana, que nunca é totalmente consumido. Como é muito saboroso e rico não só em gordura mas também nos sucos de carne, seria pena desperdiçá-lo.
Confecção:
Cozem-se as couves, preferência lombarda ou troncha.
Numa caçoila de barro dispõe-se uma camada de couves cozidas, uma camada de pão em fatias e assim sucessivamente até acabar com as couves. Deita-se por cima o molho, aquecido, da chanfana. Vai ao forno quente para apurar e tostar um pouco.
            


             NEGALHOS:

Consta que a origem dos negalhos remonta à época da terceira invasão francesa. Estando a rarear a carne porque os franceses roubavam os rebanhos, a população teve de aproveitar tudo, inclusivamente as tripas dos animais, cuja carne utilizava habitualmente na sua alimentação.
Experimentaram, então, cozinhar as tripas segundo a receita da chanfana e deu resultado.
Ingredientes:
Bucho de cabra cortado aos bocados grandes
Tripas de cabra cortadas em bocados grandes
Vinho tinto
Cabeças de alho inteira
Hortelã
Sal
Colorau
Louro
Piripiri
Água
Confecção:
Lavam-se muito bem as tripas e o bucho e deixam-se ficar com limão e sal durante algumas horas. Temperam-se depois com sal, colorau e piripiri.
Dentro de cada bocado de bucho colocam-se bocadinhos de tripas e de toucinho e uma folha de hortelã, fazendo-se uma “bola” que se cose com linha.
Deitam-se as bolas numa caçoila de barro preto com vinho tinto. Junta-se toucinho de porco cortado aos bocados e tempera-se, a gosto, com louro, colorau e cabeças de alho inteiras esmagadas.
Leva-se a caçoila ao forno de lenha bem quente. A porta do forno deve ser vedada com barro, como para a chanfana. Também como para a chanfana, os negalhos ficam no forno até ao dia seguinte e, antes de os servir, com batata cozida, aquecem-se à lareira.



           ARROZ DOCE:

O arroz-doce é uma sobremesa obrigatória nas bodas de baptizado e de casamento.
É ainda hoje usado nesta região como participação de casamento e pretexto para apresentação do noivo. As raparigas do povo, juntamente com a mãe e o noivo, visitam as famílias que conhecem e que não foram convidadas para o casamento, oferecendo uma travessa de arroz-doce, transportada numa cesta e coberta com um pano de linho feito nos teares manuais. Ao fazerem a devolução das travessas, entregavam também os seus presentes de casamento.
Ingredientes: 
250 grs de arroz
1 Litro de leite
300grs de açúcar
1 Limão
Canela em pó
Confecção
Coze-se o arroz em água com umas pedrinhas de sal.
Coloca-se o leite ao lume com o açúcar e a casca de limão cortada fininha e, logo que o arroz esteja a meio da cozedura, deita-se sobre ele o leite, que também deve estar a ferver.
Deixa-se cozer bem e serve-se em travessas polvilhado de canela



NABADA: (Doce conventual de Semide)

1 Kg de nabos;
cerca de 500 g de açúcar;
50 g de amêndoas;
sal.
Escolhem-se nabos muito bons e doces.
Descascam-se, cortam-se às rodelas e cozem-se em água ligeiramente temperada com sal. Escorrem-se e colocam-se as rodelas de nabo em água fria durante quarto dias, renovando a água diariamente. A esta operação dá-se o nome de corar. Escorrem-se os nabos, espremem-se muito bem num pano e pisam-se num almofariz, tendo o cuidado de retirar os fios e algumas pontas mais duras dos nabos. Pesa-se o puré dos nabos e toma-se igual porção de açúcar. Regra geral, 1 kg de nabos dá 500 g de puré. Leva-se o açúcar ao lume com um copo de água e deixa-se ferver até fazer ponto de cabelo. Nesta altura, juntam-se o puré de nabos e as amêndoas previamente peladas e raladas. Deixa-se o doce ferver como se fosse marmelada, isto é, até se ver o fundo do tacho, tendo o cuidado de mexer constantemente. Guarda-se em tigelas cobertas com papel vegetal, passado por aguardente.
Nota: A operação de «corar» pode ser efectuada, sem prejuízo, no frigorífico.



SÚPLICAS:  (Doce conventual de Semide)

4 Ovos inteiros + 8 gemas;
400 g de açúcar;
500 g de farinhas;
1 Colher de sopa de canela;
Raspa de um limão grande
Batem-se os ovos inteiros e as gemas com o açúcar até estar bem branco.
Junta-se a canela, a raspa do limão e a farinha. Mistura-se tudo muito bem e cozem-se as súplicas no forno em forminhas de queques untadas e polvilhas com farinha.




   VINHOS DA REGIÃO:

 São néctares da região, os vinhos Maduros (branco e tinto) cultivados na Região, sendo os mais afamados o da localidade de Lamas.

Fonte: http://www.freguesiadesemide.eu                                                                                                                                              




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CHAVES - VILA REAL


Apontamento AuToCaRaVaNiStA:
2013:
Chaves, uma cidade que já visitei várias vezes, porém é a primeira vez que lhe dedico uma reportagem fotográfica express. O estacionamento não é muito fácil, até porque interditaram em altura o parque na zona ribeirinha, e por isso não é muito abundante espaços para aparcar autocaravanas no centro da cidade. O local que encontramos foi na zona do Castelo. Um breve passeio pela zona Histórica, incluindo a degustação de um pastel de chaves a sair do forno.


2017: 
O aparcamento das autocaravanas faz-se sem dificuldade na zona ribeirinha do parque da cidade, juntamente com o aparcamento dos autocarros.




Desta vez viemos de um passeio do Carnaval Careto em Trás-os-Montes, Macedode Cavaleiros - Podense, e Bragança - Gimonde, etc.
Chaves é sempre um destino agradável para se visitar em qualquer altura, em transição de outros destinos. Não perdemos a oportunidade de degustar as especialidades da Região, e o local escolhido é o Benito, com as suas especialidades na posta, e no cabrito ao Domingo, etc. Nesta quadra do carnaval não podia faltar o cozido à portuguesa, que diga-se uma dose dá para 4 pessoas.
Como nada se perde tudo se transforma e o cozido veio apenas para dois, e sobrou muitas carnes, serviu de pretexto para fazer no dia seguinte uma feijoada à transmontana. Resumindo, Benito junto à ponte romana. 


               HISTÓRIA:
São numerosos os vestígios aqui presentes, legados por civilizações pré-históricas que levam a admitir mesmo a existência de povoamentos no longínquo período Paleolítico. É considerado deste período um instrumento de pedra encontrado na encosta da serra do Brunheiro. Porém, são abundantes os achados procedentes do Neolítico, do Calcolítico de Mairos, Pastoria, S.Lourenço,etc e das civilizações proto-históricas, nomeadamente nos múltiplos Castros situados no alto dos montes que envolvem toda a região do Alto Tâmega.

Foram as legiões romanas, que há dois milénios, dominaram esses homens, que até aí tinham vivido, como deuses, alcandorados no cimo das montanhas e se instalaram de modo especial no vale, fertilíssimo do Tâmega. Fixaram-se onde hoje é a cidade e distribuíram pequenas fortificações pelas alturas circundantes, aproveitando, para tais guardas-avançadas, alguns dos castros conquistados. Edificaram, presumivelmente, a primeira muralha que envolveu o aglomerado populacional; construíram a imponente ponte de Trajano, sobre a via Bracara-Asturica; tiraram proveito das águas quentes mínero-medicinais, implantando balneários termais; exploraram filões auríferos e outros recursos do solo e subsolo.

Tanta importância adquiriu este núcleo urbano, nessa época, que foi elevado à categoria de Município, quando no ano 79 dominava Vespasiano, primeiro César da Família Flavia. Será esta a origem de Aquae Flaviae, designação antiga da atual cidade de Chaves.
Situar-se-ia o imponente núcleo monumental e centro cívico da cidade no cerro envolvente da área hoje ocupada pela Igreja Matriz. O seu actual recorte lembra ainda o traçado de um acampamento romano, com o Fórum, o Capitólio e a Decumana que seria a rua Direita. 


De facto, neste perímetro foram encontrados os mais relevantes vestígios arqueológicos a testemunhá-lo, expostos no Museu da Região Flaviense, sendo mesmo de evidenciar uma lápide alusiva a um combate de gladiadores. A florescência da dominação romana verificou-se até ao início do século III, apagando-se gradualmente com a invasão dos povos denominados vulgarmente por Bárbaros. As invasões dos Suevos, Visigodos e Alanos, provenientes do leste europeu, puseram termo à colonização romana. As guerras entre Remismundo e Frumário que disputavam o direito ao trono, tiveram como consequência uma quase total destruição da cidade, a vitória de Frumário e a prisão do Idácio, notável Bispo de Chaves.


O período de dominação bárbara durou até que os mouros, povos do Norte de África, invadiram a região e venceram Rodrigo, o último monarca visigodo, no início do século VIII.

Com a invasão dos árabes, também o islamismo invadiu o espaço ocupado pelo cristianismo o que determinou uma azeda querela religiosa e provocou a fuga das populações residentes para as montanhas noroestinas com as inevitáveis destruições. As escaramuças entre mouros e cristãos duraram até ao século XI.

A cidade começou por ser reconquistada aos mouros no século IX, por D. Afonso, rei de Leão que a reconstruiu parcialmente. Porém, logo depois, no primeiro quartel do século X, voltou a cair no poder dos mouros, até que no século XI, D. Afonso III, rei de Leão, a resgatou, mandou reconstruir, povoar e cercar de muralhas.

Da presença islâmica remanesce, quase tão somente na cultura popular, uma grande variedade de lendas interligando castros, tesouros fabulosos e mouras encantadas.

Foi, provavelmente, por volta de 1160 que Chaves foi integrada no país que já era então Portugal, com a relevante intervenção dos lendários Ruy e Garcia Lopes tão intimamente ligados à história desta terra.

Pela sua situação fronteiriça, Chaves era vulnerável ao ataque dos invasores. D. Dinis, como medida de protecção, mandou levantar o Castelo e a fortificação muralhada que ainda hoje dominam o burgo citadino e a sua periferia, num grande raio.

Em 1253 realizou-se em Chaves. o casamento de D. Afonso III com a sua sobrinha D. Beatriz, filha de Afonso X, o Sábio; foi o Bolonhês quem concedeu à povoação o seu 1º foral, a 15 de Maio de 1258; D. Manuel I outorgaria novo foral em 1514. Aquando da Guerra da Independência, D. João I montou em redor de Chaves um cerco que durou 4 meses; tendo-se-lhe rendido a praça,.O senhorio da vila foi então dada a D. Nuno Alvares Pereira, que o viria a ceder a D. Afonso, seu genro, fundador da Casa de Bragança, na qual Chaves, se conservou durante vários séculos.

A Cidade foi cenário de diversos episódios bélicos no século XIX, nela se tendo celebrado, a 20 de Setembro de 1837, a designada Convenção de Chaves, após o combate de Ruivães, pondo termo à revolta cartista de 1837, conhecida pela revolta dos marechais. Em Chaves travou-se a 8 de Julho de 1912, o combate entre as forças realistas de Paiva Couceiro e as do governo republicano, chefiadas pelo coronel Ribeiro de Carvalho, de que resultou o fim da 1ª incursão monárquica.

A 12 de Março de 1929 Chaves foi elevada à categoria de cidade.

Fonte: www.cm-chaves.pt

HISTÓRIA: Castelo de Chaves


A primitiva ocupação humana desta região remonta à pré-história, conforme os testemunhos arqueológicos abundantes na zona.


Certamente refazendo o cenário a um castro pré-romano, à época da ocupação Romana na Península Ibérica, a actual cidade de Chaves foi um importante centro urbano, conforme testemunharam os vários vestígios arqueológicos.


A partir de 78 d.C. tornou-se sede de Município fundado por Tito Flávio Vespasiano, que a denominou Aquae Flaviae, em homenagem à excelência das águas termais em que a região é abundante.
Para unir as duas margens do rio, cortado pela estrada Romana que unia Bracara Augusta (actual cidade de Braga), e Asturica Augusta (actual Astorga, pertencente a Espanha), foi erguida a ponte de Trajano, datada do século I.

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