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NISA - ALENTEJO - PORTALEGRE



Apontamento AuToCaRaVaNiStA:

VILA DE NISA - ALENTEJO:

Nisa é uma típica Vila Alentejana, pertencente ao distrito de Portalegre, Portugal.
Vila muito airosa com boa luz, bem cuidada, e pessoas simpáticas.
Ao nível gastronómico, e pela composição populacional, não encontramos restauração com variedade de pratos típicos alentejanos, para além de alguns relacionados com o porco preto.


Casa dos Cestos da Dª Beatriz

Nesta visita, fizemos a pernoita no jardim da praça principal da vila, com muito boa localização, perto de bares, e esplanadas, e com vistas privilegiadas. Pessoas simpáticas e de boas falas como a senhora Dª Beatriz da casa dos cestos, casa de artesanato com artigos típicos alentejanos e dedicados a Nisa, bem no centro da vila. Para ela um grande abraço nosso pela simpatia.



              HISTÓRIA:
Atendendo às últimas investigações sobre a fundação da Vila de Nisa da responsabilidade do Prof. Carlos Cebola, podemos avançar com factos novos que vieram trazer uma nova versão da mesma o que muito enriqueceu o nosso conhecimento sobre a história de Nisa. Neste sentido os factos apresentados são fruto dessa investigação.


IGREJA MATRIZ:

Em 1199 D. Sancho I doa a Herdade da Açafa à Ordem do Templo, este território era delimitado, de modo muito sumário a norte pelo Rio Tejo e a sul detinha parte do território dos actuais concelhos de Nisa, Castelo de Vide e parte do território espanhol junto á actual fronteira. Estas doações tinham como objectivo fixar moradores em zonas ermas e despovoadas e consequentemente defender o território.




Os Templários edificaram uma fortaleza que os defendesse dos infiéis e sinalizava a posse desses territórios. Ao mesmo tempo o monarca anuncia a vinda de colonos franceses, que chegaram de forma faseada, sendo o último grupo destinado ao povoamento do território da Açafa.



Instalaram-se junto das fortalezas construídas pelos monges guerreiros e aí ergueram habitações, fundaram aglomerados populacionais a que deram o nome das suas terras de origem. É neste sentido que surge possivelmente o de Nisa, ou seja sendo os primeiros habitantes oriundos de Nice, ergueram aqui a sua “ Nova Nice” ou melhor dizendo, a Nisa a Nova, que encontramos nos documentos, e quando surge o termo Nisa a Velha, este refere-se á sua antiga terra de origem, a Nice francesa.


Assim terão nascido Arêz (de Arles), Montalvão (de Montauban), Tolosa (de Toulouse), cidades do Sul de França.
O primeiro Foral foi dado à Vila de Nisa entre 1229 e 1232, pelo Mestre Dom Frei Estêvão de Belmonte. Em 1512 D. Manuel I atribuiu novo Foral á Vila, aparecendo a palavra Nisa escrita com dois “ss “, ou seja Nissa, provavelmente sob a influência da palavra Nice.


Em 1343, D Afonso IV estava em guerra aberta com o seu genro, Afonso XI de Castela, o que colocava em risco toda esta zona fronteiriça, daí o Mestre da Ordem ter solicitado ao Rei a construção de uma muralha para protecção da população, pedido este que foi aceite.




PELOURINHO:

D João I atribui o título de “ Notável” à Vila de Nisa e D. João IV por carta régia de 13 de Outubro eleva Nisa à Categoria de Marquesado, de que fez mercê a D. Vasco Luís de Gama, 5º Conde da Vidigueira.




Ao Concelho de Nisa foram anexados os de Arêz e Montalvão por decreto de 6 de Novembro de 1836 e os de Alpalhão e Tolosa no decreto de 3 de Agosto de 1853, tendo sido desanexadas em 1895 e novamente anexadas em 1898.

A freguesia de Amieira do Tejo passou para o concelho do Gavião em 1836, mas transitou para Nisa através de decreto de 26 de Setembro de 1895. 

Fonte: www.cm-nisa.pt


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ALPALHÃO - NISA - PORTALEGRE


Apontamento AuToCaRaVaNiStA:

Alpalhão é uma típica Vila Portuguesa Alentejana, que já foi Município, (ver história) agora pertencente ao Concelho de Nisa, Distrito de Portalegre. Uma pequena Vila que já teve edificado um Castelo no centro da Vila, e que agora está reduzido a umas poucas pedras, da qual penso que ainda resiste uma torre sineira que pertenceria ao interior da muralha. Ainda se pode ver a sinalética da rua do Castelo, com um portão que fecha uma rua estreita que vai de encontro à dita torre da igreja. O antigo edifício da Câmara Municipal ainda exibe as insígnias, mas com a indicação de "Antiga".


             HISTÓRIA:
Não se sabe bem quem foram os fundadores da vila. Fraxinum ou Fraginum, que se julga ter sido a origem da actual vila de Alpalhão, é uma povoação antiquíssima, já existente no tempo dos Romanos. Esta povoação situar-se-ia no chamado Monte dos Sete, sensivelmente 2 km a norte da actual vila. Não se sabe, igualmente, qual a razão da mudança de local.
A romanização da Península Ibérica contribuiu para que Fraxinum evoluísse e se tornasse numa estação importante. Uma das três estradas que ligava Lisboa a Mérida (então capital da Lusitânia), passava por Fraxinum, segundo o itinerário de Antonino. A queda do Império Romano e a invasão da Península pelos Mouros terá alterado a sua etimologia para Alpalhandro.

O prefixo «Al» é uma reminiscência do domínio árabe, existente no nome de muitas povoações portuguesas, especialmente a sul do Tejo.
D. Afonso Henriques, após a independência do condado Portucalense em 1143, inicia a reconquista do Alentejo e Algarve e, em 1160, concede o 1º Foral a Alpalhão que, por ser uma região pouco povoada e fronteiriça, concedia facilidades e garantia de defesa aos indivíduos que nela se fixassem.

Em 1198 já se nota nova evolução etimológica de Alpalhandro para Alpalantri visivel no já existente Mosteiro «Monasterium Alpalantri». Esta evolução talvez surja da necessidade de eliminar lentamente os vestígios da civilização árabe. Esse Mosteiro era uma espécie de quartel ou posto militar pois era necessário consolidar as posições militares sobretudo por duas razões: 1 - era região fronteiriça (a sul dominavam os árabes, a norte os cristãos); 2 - esta povoação localizava-se num ponto estratégico porque passava ali a velha estrada romana que ligava Lisboa a Mérida funcionando como guarda avançada da acção militar e de atalaia.

Em 1215 surge já o termo Alpalham numa concordata celebrada entre o Bispo da Guarda e os Comendadores dos Templários.
Em 1286, o rei D. Afonso III, o Bolhonês, confirma o Foral concedido por D. Afonso Henriques.
Em 1300, no reinado de D. Dinis foi erguido o Castelo de Alpalhão (para mais informações sobre o Castelo consultar o menu Locais e o sub-menu Monumentos) provavelmente no local onde existira o Mosteiro de Alpalantri aproveitando assim algumas instalações existentes.

A 13 de Outubro de 1512, D. Manuel I concede novo Foral a Alpalham.
Em 1762 era Vila na Correição de Portalegre.
Em 1821 era Concelho na divisão eleitoral e Comarca de Portalegre, com uma só freguesia (Sr.ª da Graça).
Em 1835 era Concelho no Julgado de Nisa, Beira-Baixa.
Em 1842 era Concelho no Distrito Administrativo de Portalegre, Alentejo, com três freguesias: Alpalhão, Gáfete e Tolosa.


O Concelho de Alpalhão é extinto em 31 de Dezembro de 1853, por Decreto de 3 de Agosto de 1853 e é publicado no Diário do Governo n.º 244 de 17/10/1853, passando para o Concelho de Nisa.
"Ministério dos Negócios do Reino (Decreto de 3-8-1853)
Atendendo ao que me foi representado acerca do Concelho de Alpalhão, o qual por falta de elementos necessários para a sua regular administração, e por outras circunstâncias igualmente atendíveis, não poderia continuar a existir como Concelho separado sem incómodo dos seus próprios moradores, e prejuízo do serviço público; em vista da Consulta da Junta Geral do Distrito de Portalegre de 18 de Março do corrente ano, e conformando-Me com a informação proposta do respectivo Governador Civil em Concelho de Distrito:

Usando da faculdade concedida ao Governo pela Carta de Lei de vinte e nove de Maio de mil oitocentos quarenta e três, decretar o seguinte:

Artigo 1º - É suprimido o Concelho de Alpalhão, no Distrito Administrativo de Portalegre.

Artigo 2º - Das três freguesias, que constituem o referido Concelho, são incorporadas, no Concelho de Nisa, a de Nossa Senhora da Graça de Alpalhão e a de Nossa Senhora da Encarnação de Tolosa; e no Concelho de Crato, a de S. João Baptista de Gáfete.



O Ministro e Secretário de Estado dos Negócios do Reino assim o tenha entendido, e faça executar.
Paço de Mafra em 3 de Agosto de 1853 = Rainha
Rodrigo da Fonseca Magalhães"
Memória transcrita do Diário do Governo

Qualquer que fosse a causa da extinção do Concelho, a população de Alpalhão nunca aceitou de bom grado a sua anexação no concelho de Nisa. O inconformismo e o descontentamento da população contribui para que decorridos 42 anos (Decreto de 26 de Setembro de 1895), as freguesias de Alpalhão e Tolosa, fossem integradas no concelho de Crato.
Anexação da Freguesia ao Concelho do Crato
"Direcção Geral da Administração Política e Civil
Artigo 2º - Ao Concelho de Campo Maior é anexada a freguesia de Degolados, que actualmente pertence ao Concelho de Arronches, e ao Concelho do Crato são anexadas as freguesias de Alpalhão e Tolosa, do Concelho de Nisa.

Paço, em 26 de Setembro de 1895"

Memória transcrita do Diário do Governo

Três anos mais tarde, em 1898, por Decreto de 18 de Janeiro, ambas as freguesias são reintegradas no concelho de Nisa.
Regresso de Alpalhão ao Concelho de Nisa
"Ao Concelho de Nisa ficam pertencendo as freguesias de Alpalhão e Tolosa.
Paço em 13 de Janeiro de 1898
José Luciano de Castro"
Diário do Governo n.º 11 de 15 de Janeiro de 1898


              Em resumo:

Alpalhão foi Concelho desde D. Afonso Henriques, em 1160, até 1853. Deixou de ser Concelho no reinado de D. Maria II, em 3-8-1853 passando a fazer parte do Concelho de Nisa até 26-9-1895. Fez parte do Concelho do Crato desde essa data até 13-1-1898 quando voltou a ser integrada no Concelho de Nisa.

Fontes consultadas:
Canatário, Jerónimo M., AL PALH'AM - História e Património
Subtil, Carlos Emídio Lopes, Memórias de Alpalhão

Fonte: www.alpalhaoonline.no.sapo.pt

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AMIEIRA DO TEJO - NISA


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Tipicamente Alentejana, Amieira do Tejo situa-se no Concelho de
Nisa, Distrito de Portalegre, Portugal. O acesso faz-se por uma estrada sem saída, que desemboca no Castelo. Para chegar lá, é necessário mil cuidados, por entre ruelas estreitas, e labirinticas, o suficiente para nos colocar (a nós Autocaravanistas) em duplo sentido, seja para não levarmos com uma varanda em cima, ou em formato de brincadeira, simplesmente umas cuecas na antena como bandeira. De qualquer forma vamos a todo o lado.

             HISTÓRIA:
                                                   
Não sabendo para lá de que idades se poderão ir buscar origens dos mais velhos núcleos de habitantes de Amieira e seu termo, independentemente dos maiores e posteriores grupos constitucionais do povoado. É porém, certo que a vida pré-histórica teve por ali também seus arraiais, como é licito afirmar-se, quanto mais não seja, pela tradição que ainda agora se mantém nas designações dadas a lugares determinados, onde, seguramente, existiram antas os dólmenes. Na Do Gago e na courela denominada da Anta, há ainda um daqueles monumentos, apenas com as três pedras verticais e sem a pedra ou mesa de cobertura horizontal, parecendo que uma outra existiu no Monte das Figueiras. Que os romanos também andaram por terras de Amieira parece não haver duvidas, pelas moedas do seu tempo encontradas por ali.

Ainda há anos, na Do Gago, numa das milharadas, junto à ribeira e ao fundo do cabeço denominado do Ouro, foram encontradas moedas romanas, de ouro, e pedaços de chumbo, provenientes, estes, talvez, de canos, ou de utensílios domésticos. Sabido é também que, já dentro do Portugal constituído em nação independente, ou pouco antes, mesmo, à influência dos freires da Ordem dos Templários, mais tarde de Cavaleiros de Cristo, se deve a colonização e o desenvolvimento, sob todos os aspectos, da parte sul do Tejo, fronteira à Beira Baixa, que hoje pertence ao Distrito de Portalegre. Efectivamente, à Ordem do Templo, cujo Mestre tinha a sua moradia em Castelo Branco, pertenciam do lado de cá do Tejo, além de outras, as comendas de Aviz, Niza, Montalvão e Alpalhão.

Vila Flor, dois passos de Amieira, pertencia aos Templários. De forma que, possivelmente, Amieira, se lhes não pertenceu também, deve ter sentido e muito a acção reflexa da sua influência e trabalhos exercidos em tão próximas vizinhanças. Depois da Ordem dos templários, a ordem militar do Hospital, que, tendo sido introduzida nos tempos de Afonso Henriques, recebeu de D. Sancho I, em 1194, as terras onde assentam a povoação e o Castelo de Belver, e em 1232, D. Sancho II, uma grande extensão de território, ao qual uma nova povoação, logo começada a edificar, o Crato, viria a servir de centro e de comenda principal.

Dentro destas terras , provávelmente as que no futuro viriam a construir em parte o Priorado do crato, ficaria, de certo, Amieira, considerada sempre uma das mais importantes pelo seu valor próprio e pelo valor estratégico e guerreiro que mais tarde lhe veio a dar o seu castelo. Belver parece ter sido, antes da sua passagem para Flor da Rosa, por 1356, a sede da ordem de Malta em Portugal, antes fixada em Leça do Balio, tendo sido naquele período, talvez ainda no tempo de D. Sancho I, que um Joanne-Annes e sua mulher fizeram doação ao comendador de belver de uma casa que tinham em Amieira, o que mostra que já naquela época Amieira existia como povoado.

Com a fixação, por 1356, de D. Fr. Álvaro Gonçalves Pereira no castelo de Flor da Rosa, por ele construido, todas as terras que lhe estavem sujeitas lhe mereceram os melhores carinhos, tal predilação tendo por Amieira, talvez por motivos estratégicos, que nela edificou o magestoso castelo, cuja importância aind agora é de admirar, nele passando temporadas largas e nele vindo a morrer, já velho, em 1382 ou 83. Mas, muito antes disso, já um dos priores do Crato, que José Anastácio de Figueiredo supõe ter sido Fr. D. Gonçalo Viegas (1256), ou Fr. D. Afonso Pires, ambos do reinado de D. Afonso III, teria dado a Amieira o seu foral, depois renovado ou confirmado pelo rei D. Manuel, em 15 de Novembro de 1512, nos termos que abaixo seguem:
(Retirado do livro - AMIEIRA do antigo Priorado do Crato)
Fonte: http://www.amieiradotejo.pt

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