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ALCÂNTARA - ESPANHA



Apontamento AuToCaRaVaNiStA:
Ponte de Alcântara
Chegada pela Manhã a Alcântara, visita à cidade e centro histórico. Almoço dentro do Parque do Mosteiro D. Benito de Alcântara, que à altura estava em obras de remodelação. Como tenho repetido sempre que encontro imóveis de interesse histórico em obras, e comparando com as obras feitas de igual modo em Portugal, as diferenças são muitas, e sempre dando crédito aos métodos adotados em Espanha de recuperar a traça original dos monumentos, relativamente a Portugal, que opta pelo mais fácil e mais barato, mas com a agravante de não respeitar o original. Finalmente a entrada em Portugal, atravessando a famosa e impressionante ponte Romana, e da qual se dá destaque já a seguir.


             HISTÓRIA:
É indescritível a impressão que produz a ponte, monumento sem par no mundo entre os do seu género e época, cuja grandiosidade apenas somos capazes de compreender. O assombro que causa contemplar a ponte desde cima, sendo imenso, não é comparável ao que produz vista debaixo, desde a orilha do rio. Pilares e arcos alçam-se no espaço com arrogância e firmeza inverosímeis, criando naquele que os contempla o duplo complexo da pequenez e da grandeza humana, porque se sente insignificante junto a aquela mole de pedra e orgulhoso ao pensar que é obra do homem. Esta imensa mole de pedra granítica, foi concluída entre os anos 105 e 106 da nossa Era. Fez-se a expensas de onze municípios da Lusitânia, sob a direcção de Cayo Julio Lacer, reinando Trajano, na via de Norba (Cáceres) a Conimbriga (Condeixa-a-Velha). Salva com só seis arcos os 194 metros de comprimento do profundo barranco que o rio Tejo abre entre os penhascos de um lugar donde não houve cidade romana e cavalga entre dois recodos do caudal do rio que atenuam o ímpeto da corrente, mas donde a acumulação de agua impede multiplicar os pilares. A cota de la via e as grandes crescidas obrigaram a descomunal altura de 48 metros para os dois arcos centrais que com a sua grande largura de 27,34 e 28,60 metros ocupam o caudal das águas e deixam fácil passo à corrente; de 24 metros os seguintes e tão só de 18,47 os laterais, formam seguro contraforte da pressão do central. A Altura total é de 71 metros. Na ponte há um tabuleiro de mármore com inscrição do ano de 105 a 106 de J. C. dedicada a Trajano, e mais outras duas onde aparecem os nomes dos municípios da Lusitânia que contribuíram para a obra, Igaeditani, Lancienses, Oppidani, Talori, Interannienses, etc., o que demonstra que a ponte não foi obra do estado, mas sim comunal. No lado esquerdo da ponte há uma inscrição que diz que foi o arquitecto Cayo Julio Lacer que edificou esta ponte e que diz "que esta ponte durará tanto quanto o mundo durar". Ponte Romana de Alcântara concluída entre 105 a 106 DC e dedicada a Trajano

Acima da ponte, no leito do rio, encontra-se uma barragem hidroeléctrica , a mais importante, no seu tempo, da Europa Ocidental (3 162 milhões de m3). A superfície inundada é de 10 400 há e a longitude do açude é de 91 km. Desde o século XIII até hoje, um dos arcos foi várias vezes cortado nas guerras e reconstruído depois. Em 1475, nas lutas de Castela e Portugal, quando pensavam derruba-lo para evitar que Alfonso V o cruzasse, se salvou pela galhardia do português que mandou dizer a seu inimigo o duque de Villahermosa que ele daria um rodeio, pois "não queria o reino de Castela com menos aquele edifício". Mais tarde foi recomposto por Carlos V em 1543 desfigurando o perfil do arco central, depois por Carlos III e novamente, em 1860, por dona Isabel II. Nesta última restauração, séc. XIX, taparam-se as juntas das pedras. A sua situação junto ao rio Tejo, e sua proximidade à fronteira portuguesa, serão dois factores determinantes de seu passado histórico e artístico. Conservam-se magníficas obras artísticas que abrangem desde os tempos pré-históricos até a Idade Moderna, por isso Alcântara pode considerar-se como uma população excepcional, por conter um rico património artístico. Foi o berço de São Pedro de Alcântara, místico reformador da Ordem Franciscana.

A existência de grupos populacionais nas suas imediações durante a pré-história nos o certifica o achado de sepulcros megalíticos e um povoado fortificado da Idade do Ferro. Durante a dominação romana se levará a cabo uma importante empresa construtiva, como é a realização de uma ponte sobre o rio Tejo. Esta ponte comunicava vários municípios do norte do Tejo com a região do sul. No entanto não parece que seja até a dominação árabe quando se estabeleça na actual Alcântara um grupo populacional permanente, então denominada "Cántara-as-Saif" (ponte da espada), que teria como missão principal o controlar o passo pela ponte.

 
Durante a Reconquista, Alcântara foi um ponto muito cobiçado, devido a sua situação estratégica e pela presença da ponte, com o qual se controlava a passagem de exércitos e ganhos. Após uma etapa de instabilidade, na qual passou sucessivamente a mãos cristãs e muçulmanas, será definitivamente conquistada por Alfonso IX de Leão em 1213 e, após pertencer à Ordem Militar de Calatrava, será cedida em 1218 à Ordem Militar de São Julião de Pereiro, que transladarão a Alcântara sua Casa matriz e mudarão sua denominação pela de Ordem Militar de Alcântara. Devido a seu lugar fronteiriço com Portugal, Alcântara foi palco de numerosos eventos bélicos durante os séculos XVlI e XVIII, chegando as tropas portuguesas a ocupar a praça em diversas ocasiões. Esta breve revisão do passado histórico da população, permite-nos compreender a existência de uma série de construções significativas, pelas quais podemos comprovar o papel histórico que desempenhou Alcântara. Provavelmente a ponte romana, os restos da muralha árabe, a presença da Conventual de São Benito, casa matriz da Ordem de Alcântara, a existência de numerosos palácios senhoriais e as reformas efectuadas nos tempos modernos da primitiva muralha, sejam os principais elos do seu passado histórico.

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ALBACETE - ESPANHA


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Praça de Toiros
ALBACETE:

Albacete, é uma cidade de Espanha, fica no percurso entre Cartagena e Cuenca em direcção a Madrid, ou em alternativa, fazer o desvio por Toledo para não atravessar o Centro de Madrid que é muito complicado com grandes túneis e estradas cruzadas, que na falha, dá direito a nova volta pela cintura da cidade. Convém não falhar o próximo.

Aqui em Albacete foi uma visita rápida pela cidade, destaco a Catedral, e a sua envolvencia, com edifícios de arquitetura histórica, bem como a Monumental Praça de Toiros, uma tradição muito forte aqui na região, e um pouco por toda a Espanha.

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PRAIA FLUVIAL POÇO CORGA - CASTANHEIRA PERA - LEIRIA

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Esta Praia Fluvial de Poço Corga, fica situada no Município de Castanheira de Pera, que pertence ao Distrito de Leiria, Portugal.
Praia Fluvial com galardão de “Praia Acessível”. Situada no leito da Ribeira de Pera, de águas límpidas e cristalinas, a Praia Fluvial do Poço Corga, proporciona ao visitante, a tranquilidade e serenidade necessárias para renovar forças, e deliciar o corpo e o espírito. As paisagens bucólicas que misturam o verde da Serra da Lousã, com o azul do céu, o colorido das flores, e o chilrear dos pássaros, que propiciam um contacto pleno com a natureza. 
  
Nos terrenos anexos à praia, um esplêndido carvalhal centenário oferece as indispensáveis sombras a um parque de merendas e o Museu “Lagar do Corga”, antigo lagar movido a energia hidráulica, recorda aos visitantes como os nossos antepassados produziam o azeite. A qualidade da água, o acesso pedonal, as rampas de acesso para pessoas com mobilidade reduzida, as instalações sanitárias adaptadas e com acesso facilitado, o serviço de primeiros socorros com nadador-salvador, durante a época balnear, são algumas das mais-valias oferecidas por esta Praia.


INFRA-ESTRUTURAS DA PRAIA: 



Restaurante/Bar com esplanada WC público/balneários WC p/ deficientes Posto de Primeiros Socorros Praia infantil Parque de merendas Parque de estacionamento Museu “Lagar do Corga” Parque de Campismo Chuveiros Zona relvada Nadadores Salvadores


ACESSOS RODOVIÁRIOS:

Vindo de Norte pela A1, sair em Condeixa-a-Nova, apanhar o IC3 no sentido de Tomar. Chegando ao IC8, entrar em direcção a Castelo Branco, saindo no nó que indica Castanheira de Pera, 10km depois chegará ao destino. (Percurso Recomendado)
Vindo de Norte pela A1, sair em Condeixa-a-Nova, apanhar o IC3 no sentido de Tomar. Depois de Penela, em Casais do Cabra, contornar a rotunda em direcção ao Espinhal, que o trará por uma estrada de serra. (Percurso Panorâmico)

Vindo de Sul pela A1, sair em Pombal, entrar no IC8 em direcção a Castelo Branco até ao nó de Castanheira de Pera, 10km depois chegará ao destino. Vindo de Sul pela A1, sair em Torres Novas, seguindo pela A23, sair na indicação de Tomar, entrar no IC3 (variante à cidade de Tomar), até à ligação do IC8 (Pontão), tomar a direcção Castelo Branco até ao nó de Castanheira de Pera, 10km depois chegará ao destino. Vindo de Este pela A23, sair para o IC8 na indicação Pombal/Sertã/Proença-a-Nova, seguindo até ao nó pela A23, sair na indicação de Tomar, entrar no IC3 (variante à cidade de Tomar), até à ligação do IC8 (Pontão), tomar a direcção Castelo Branco até ao nó de Castanheira de Pera, 10km depois chegará ao destino.

Fonte: www.praiasfluviais.com/


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CASTELO DE BELVER - GAVIÃO - PORTALEGRE

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CASTELO DE BELVER:
O Castelo de Belver está situado na freguesia de Belver, Concelho de Gavião, Distrito de Portalegre, Portugal.

Muitos dos nossos monumentos, infelizmente estão fechados no fim de semana, este "Castelo de Belver" por acaso estava em obras, mas não deixa de ser contraproducente para a divulgação turística, o facto de encontrarmos muita coisa fechada.


Sobre Belver, é uma pequena freguesia alentejana, do Concelho de Gavião, circundada pelo Rio Tejo, que proporciona para quem vai pelo outro lado da ponte que a une, uma área de lazer com ciclovia beira rio, que o leva até à praia fluvial. 


                   HISTÓRIA:
BELVER, encontra-se no concelho de Gavião, distrito de Portalegre, distando aproximadamente 5 quilómetros da sede concelhia; o seu orago é Nossa Senhora da Visitação. O território da actual povoação de Belver deverá ter sido ocupado pela primeira vez em épocas muito longínquas, pois a julgar pela região em que se insere, onde se encontram vestígios de fixação humana pré-histórica, como por exemplo, a anta do Penedo Gordo na Torre Fundeira, não se pode excluir a hipótese de essas populações se terem espalhado por toda aquela área, inclusivamente para a de Belver.

O repovoamento fixo e permanente do território da freguesia foi iniciado por D. Sancho I que, por carta de 13 de Junho de 1194, fez doação à Ordem do Hospital de S. João de Jerusalém das terras denominadas “Guidimtesta’, com a condição de na “Vila de Guidimtesta’, edificarem um castelo, a que o próprio monarca impôs o nome de “Belver”, cuja interpretação é “Bela Vista”; facto concordante com a localização do referido castelo, que se situa no alto de um morro, na margem direita do rio Tejo, de onde se tem a panorâmica da freguesia.

O castelo foi fundado por Gualdim Pais, dos Hospitalários; esta Ordem estava familiarizada com as inúmeras experiências em arquitectura militar avançada, o que permitiu a construção de uma fortaleza muito bem delineada. Julga-se que o castelo terá sido ocupado pelos cavaleiros da Ordem antes mesmo da sua conclusão, em 1212. O Foral Novo atribuído por D. Manuel 1, a 18 de Maio de 1518, instituiu o concelho de Belver; porém, no século XVII, o seu termo estava muito mais reduzido, sendo apenas composto por Belver e Comenda.


O concelho de Belver acabava por ser extinto em 1836, na sequência de uma reorganização administrativa do país. Belver ficava então integrada no concelho de Mação e, em 1898, passava para o de Gavião, ao qual ainda hoje pertence. O castelo é o mais valioso património cultural da povoação e a Barragem de Belver um dos locais de maior interesse turístico.


A sua situação geográfica e as dificuldades económicas, fizeram da povoação um dos pontos onde a emigração chegou a atingir valores significativos, levando muitos dos seus habitantes a procurar noutras zonas do país e do mundo, trabalho com melhor remuneração, visto que no local, a actividade dominante é a agricultura, sendo a produção olivícola a que mais se destaca. No artesanato local, ressaltam os tapetes e as colchas em lã ou linho.

Fonte: Junta de Freguesia de Belver.

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OLHOS DA FERVENÇA - CANTANHEDE - COIMBRA

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Olhos da Fervença está localizado na Freguesia de Cadima, Município de Cantanhede, e pertence ao Distrito de Coimbra. É nesta zona que está localizada a mãe de água que abastece uma grande parte do Concelho de Cantanhede, a agua remanescente fez nascer a praia fluvial de Olhos da Fervença, onde está integrado um parque de lazer muitíssimo agradável, o qual no verão é bastante concorrido. É servido ainda por um Restaurante/Bar, balneários com WCs públicos etc. Tem parque de estacionamento, mas para pernoita é bastante isolado, pelo que não se aconselha a sua permanência à noite. Tem bastante sombra de verão, churrasqueias, e uma boa relva para estender toalhas. Local recomendado pelo Portal AuToCaRaVaNiStA.

Local Verde, muito aprazível com praia fluvial de águas limpas pela manhã já que as nascentes de água presentes alí muito próximo renova consecutivamente a água. Parque de merendas com churrasqueiras à disposição, bar restaurante de apoio à praia. O local para pernoita é um pouco isolado pelo que se aconselha caso seja necessário o centro de Cantanhede aqui também retratado



           

              HISTÓRIA:
Praia Fluvial dos Olhos da Fervença, está situada no Concelho de Cantanhede, Distrito de Coimbra, Portugal. Fonte de abastecimento de água do Concelho de Cantanhede, e outros limítrofes. As nascentes dos Olhos da Fervença, na Freguesia de Cadima, têm atraído uma significativa afluência anual de visitantes, não só pelas suas particularidades invulgares e únicas mas também por estarem integradas numa zona natural de eleição.


Para tirar partido do potencial turístico do local, foi construída uma praia fluvial, no âmbito de uma intervenção de fundo que incluiu o correcto aproveitamento do seu espaço envolvente como zona de lazer, designadamente com a criação de um pequeno areal e área de prado relvado para banhos de sol e descanso, circuitos pedonais, bar com esplanada, balneários, parque de merendas e campo de jogos.
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CAMPO MAIOR - ALENTEJO - PORTALEGRE

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Campo Maior, é uma Vila Alentejana, que fica a pouquíssimos quilómetros de Elvas e com Badajoz à vista. É uma Vila simpática, com gente igualmente simpática e hospitaleira, é bastante conhecida por ser o berço dos cafés Delta, que emprega a maioria da população de Campo Maior, que em agradecimento, ergueu uma estátua ao comendador Nabeiro, em sua homenagem. Como crítica, saliento a má organização da zona histórica, nomeadamente nas trazeiras do Castelo e do Convento que lhe fica anexo, com a comunidade cigana instalada em barracas em toda a sua circunferencia, com lixo e dejetos espalhados pela zona do casco histórico. Não tenho nada contra a comunidade cigana, mas acho que a Autarquia deveria criar outras condições de habitação para essa comunidade alí instalada, mas fora daquele local, que é o mais importante edifício histórico e turístico de Campo Maior.

             HISTÓRIA:

História da Vila de Campo Maior Origem do nome: A lenda diz que a povoação foi fundada por vários chefes de família que viviam dispersos no campo e resolveram agrupar-se para uma maior protecção. Descobrindo um espaço aberto, um diz para os outros: "Aqui o campo é maior".Vestígios de proveniência diversa permitem concluir que o actual território do concelho de Campo Maior foi habitado desde a época Pré-Histórica. Certamente foi uma Povoação Romana, dominada por Mouros durante meio milénio e conquistada por cavaleiros cristãos da família Pérez de Badajoz em 1219, que posteriormente ofereceram a aldeia pertencente ao concelho de Badajoz à Igreja de Santa Maria do Castelo. Em 31 de Maio de 1255, D. Afonso X, rei de Leão, eleva-a a Vila.
O Senhor da Vila, o Bispo D. Frei Pedro Pérez concede, em 1260, o primeiro foral aos seus moradores assim como o seguinte brasão de armas : N. Sr.ª com um cordeiro, e a legenda “Sigillum Capituli Pacensis”. Em 31 de Maio de 1297, através do Tratado de Paz de Alcanizes assinado em Castela por D. Fernando IV, rei de Leão e Castela e D. Dinis, passa a fazer parte de Portugal, juntamente com Olivença e Ouguela. Campo Maior vai pertencer sucessivamente a D. Branca, irmã de D. Dinis, em 1301 ; a D. Afonso Sanches, filho ilegítimo do mesmo rei, em 1312 ; e novamente ao rei D. Dinis em 1318. O seu castelo que se ergue a leste da vila foi reedificado por D. Dinis em 1310, e foi no século XVII e XVIII que se levantaram fortificações tornando Campo Maior numa importante praça forte de Portugal. Como reflexo da influência castelhana em Campo Maior, durante a Revolução de 1383-85, a guarnição militar e os habitantes da vila colocam-se ao lado do rei de Castela, tornando-se necessário que o Rei D. João I de Portugal e D. Nuno Álvares Pereira se desloquem propositadamente ao Alentejo com os seus exércitos para a cercarem durante mais de um mês e meio e ocuparem pela força, em fins de 1388. D. João II deu-lhe novo brasão: um escudo branco, tendo as armas de Portugal de um lado, e de outro S. João Baptista, patrono da vila. Em 1512, o rei D. Manuel I concede foral à vila de Campo Maior. Desde os fins do Século XV, muitos dos perseguidos pela Inquisição em Castela refugiam-se em Portugal. A população de Campo Maior vai aumentar substancialmente à custa da fixação de residência de muitos desses foragidos. A comunidade judaica ou rotulada como tal era tão numerosa na vila no Século XVI que nas listas dos apresentados em autos de fé realizados em Évora pela Inquisição, Campo Maior aparece entre as terras do Alentejo com maior número de acusados de judaísmo. A guerra com Castela a partir de 1640 vai produzir as primeiras grandes transformações. A necessidade de fortificar a vila que durante os três últimos séculos se desenvolvera acentuadamente para fora da cerca medieval, a urgência em construir uma nova cintura amuralhada para defesa dos moradores da vila nova dos ataques dos exércitos castelhanos, vai obrigar o rei a enviar quantias avultadas em dinheiro, engenheiros militares, operários especializados e empregar um numeroso contingente de pessoal não qualificado. Os contingentes militares são então numerosos. Calcula-se que na Segunda metade do Século XVII, em cada quatro pessoas residentes na vila, uma era militar. Campo Maior foi, durante algum tempo quartel principal das tropas mercenárias holandesas destacadas para o Alentejo. A vila torna-se naquele tempo o mais importante centro militar do Alentejo, depois de Elvas. Em 1712, o Castelo de Campo Maior vê-se cercado por um grande exército espanhol comandado pelo Marquês de Bay, o qual durante 36 dias lança sobre a vila toneladas de bombas e metralha, tendo conseguido abrir uma brecha num dos baluartes; o invasor ao pretender entrar por aí, sofre pesadas baixas que o obrigam a levantar o cerco. No dia 16 de Setembro de 1732, pelas três da manhã, desencadeia uma violenta trovoada, o paiol, contendo 6000 arrobas de pólvora e 5000 munições, situado na torre grande do castelo é atingido por um raio, desencadeando de imediato uma violenta explosão e um incêndio que arrastou consigo cerca de dois terços da população. D. João V determina a rápida reconstrução do castelo. A vila vai erguer-se lentamente das ruínas e aos poucos refazer-se para voltar a ocupar o lugar de primeira linha nos momentos de guerra e de local de trocas comerciais e relacionamento pacífico com os povos vizinhos de Espanha, nos tempos de paz. No Século XVIII termina a construção das actuais Igrejas da Misericórdia e da Matriz, e lança-se a primeira pedra para a fundação da Igreja de S. João. A vila que até então só tivera uma freguesia urbana é dividida nas duas actuais, Nossa Senhora da Expectação e São João Baptista, em 1766. Os primeiros anos do Século XIX são em Campo Maior de grande agitação. Um cerco, em 1801, pelos espanhóis e uma revolução local, em 1808, contra os franceses que então invadiram Portugal o comprovam. A sublevação campomaiorense contra a ocupação napoleónica vai sair vitoriosa devido ao apoio do exército de Badajoz que permanece na vila durante cerca de três anos. Em 1811 surge uma nova invasão francesa que fez um cerco cerrado durante um mês à vila, obrigando-a a capitular. Mas a sua resistência foi tal que deu tempo a que chegassem os reforços luso-britânicos sob o comando de Beresford, que põe os franceses em debandada, tendo então a vila ganho o título de Vila Leal e Valorosa, título este presente no actual brasão da vila. As lutas entre liberais e absolutistas em Campo Maior são também acontecimentos assinaláveis. A «cólera morbis» mata, em 1865, durante cerca de dois meses e meio, uma média de duas pessoas por dia. Em 1867, tentam extinguir Campo Maior como sede de concelho, agregando-lhe Ouguela e anexando-o ao concelho de Elvas. Tal decisão provoca um levantamento colectivo da povoação, que em 13 de Dezembro, entre numa verdadeira greve geral. O concelho é definitivamente acrescido da sua única freguesia rural, em 1926 – Nossa Senhora dos Degolados.
Fonte: www.cm-campomaior.pt

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MOSTEIRO DE SÃO MIGUEL DE REFOJOS - CABECEIRAS DE BASTO

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São Miguel de Refojos, está inserido no Município de Cabeceiras de Basto, e pertence ao Distrito de Braga. Esta visita vem na sequência de uma outra feita anteriormente, com o inconveniente de ter sido de noite, e por consequência disso não tive acesso ao interior do Mosteiro, e por esse motivo a ausência de imagens do seu interior obrigou-me a uma segunda visita. Desta feita, apesar da chuva que se fazia sentir, o mosteiro estava aberto para tirar umas fotos, e eu não me fiz rogado.


             HISTÓRIA:

Os cronistas regulares não acordam no nome do fundador deste notável Mosteiro, para uns Hermínio Fafes, para outros Gomes Soeiro. Porém estas afirmações não merecem crédito, embora na então sala do Capítulo do Mosteiro se tivesse colocado um pretenso retrato do segundo, como fundador, nem deverá conceder-se maior importância ao informe de Frei Leão de S. Tomás, de que no Mosteiro haviam aparecido sepulturas datadas de 670 e 701. Certo é que o Mosteiro existia já em princípios do Séc. XII, não se conhecendo com exactidão desde quando, e que os seus padroeiros eram os descendentes do rico-homem D. Gomes Mendes, “Guedeão”, que viveu em meados desse século, certamente porque foi dele o Mosteiro próprio de seus antepassados, dominantes na terra de Basto e, por aquela possessão, seus fundadores e senhores do luar de “Refúgios”.
O mais antigo desses nobres possessores é um “domno” Mendo, que viveu na segunda metade do século XI e de cuja ascendência nada se pode determinar de provável. Sucedeu-lhe nestas propriedades – “Villa” e respectivo “acistério” de S. Miguel – o filho, que os linhagistas medievais registaram com o nome de D. Gueda “O Velho”, para o distinguirem de outros homónimos, seus descendentes. É, indubitavelmente, um grande rico-homem da “escola” do Conde D. Henrique, D. Teresa e de D. Afonso Henriques.

No século XIII, a maior parte do padroado do Mosteiro passou de Gomes Mendes “Guedeão” a seu filho D. Egas Gomes Barroso. Dele passou à sua descendência, principalmente Gonçalo Viegas e Gomes Viegas “de Basto”. Estes e muitos outros padroeiros de Refojos eram proprietários nobres de locais à roda do convento nos séculos XII e XIII.
No século XIV, foi o Vasco Gonçalves “Barroso”, primeiro marido da que foi esposa do condestável D. Nuno Álvares Pereira, D. Leonor de Alvim; e esse seu filho de algo dotou o Mosteiro com muitos haveres. O rei D. Afonso Henriques havia coutado este Mosteiro ao seu abade Bento Mendes, por 800 maravedis; e pela inquirição se vê que nele se compreenderam, além do Mosteiro, as paróquias de S. Pedro de Alvite e Sta. Maria de Outeiro, respectivamente com dezassete e trinta casas. A igreja do Mosteiro era obrigada a dar apenas por ano quarenta maravedis velhos à Coroa.


D. Dinis, em 20/12/1223, deu carta “a Martim Gil priol do mosteyro de Reffojos de Basto e procurador do Abade e Convento do dito mosteyro” a respeito do escambo que Pero Foncinha e o comendador do “Barro” – Rio Gonçalves “tinham feito pelo rei e em seu nome pelas herdades em Adaúfe e em Crespos” por outros que os monges tinham em Vilalva dadas "pera sua pobra de Vila Real".
O Mosteiro de Refojos de Basto era governado por abades perpétuos, mas no reinado de D. Duarte passou a sê-lo por abades comendatários. Foi o primeiro D. Gonçalo Borges, em cuja família o cargo de manteve por 109 anos. Depois da morte de Francisco Borges, último daquela família, sucedeu-lhe D. Duarte, filho bastardo de D. João III, que veio a ascender ao arcebispado de Braga.
Foi seu sucessor o ilustre Frei Diogo de Murça, jerónimo, que governou a casa com o título de administrador perpétuo. Pediu este ao Papa Paulo III que extinguisse o Mosteiro e permitisse que as suas rendas fossem aplicadas a dois colégios que se deveriam fundar em Coimbra, um de S. Bento e outro de S. Jerónimo. O sobrante seria para construir um outro colégio para 12 pobres. O pontífice anuiu ao pedido e expediram-se as bulas nesse sentido, recebidas por Frei Diogo de Murça, em Coimbra, onde então reitorava a Universidade. Os padres, porém apelaram destas bulas e Frei Diogo reconsiderou, rogando para Roma que se mantivesse o Mosteiro com 12 padres e um prior e fosse reformado com os demais. Paulo IV acedeu a este novo pedido em 1555. Frei Diogo de Murça morreu no Mosteiro em 1570 e nele foi sepultado.

D. João Pinto, Cónego regrante de Sta. Cruz de Coimbra foi o último abade comendatário e, por bula de S. Pio V, o governo do Mosteiro foi entregue a abades trienais.
Gozou o Mosteiro de Refojos de Basto de avultadas rendas, quase todas em Trás-os-Montes, que eram divididas a meio com a Casa de Bragança, por serem herança do já referido Vasco Gonçalves “Barroso”, que foi sepultado no Mosteiro. A Igreja do Convento foi reconstruída em 1690, ficando com duas torres soberbas e muito elegantes.
O Mosteiro foi vendido pelo Estado, depois da extinção das Ordens Religiosas, em 1834.
Arte
A Igreja do Mosteiro é toda de estilo Barroco. São de realçar as seguintes partes da Igreja:

Na fachada dos lados direito e esquerdo estão colocadas as estátuas em tamanho natural do fundador da Ordem de S. Bento – São Bento de Núrcia, e de Santa Escolástica. Ala exterior em forma de varandim, tendo ao fundo, em nicho, a imagem de S. Miguel, e onde se celebrava missa campal no dia do padroeiro, S. Miguel, dia 29 de Setembro, em que o povo enchia toda a Alameda do Convento, hoje Praça da República. Figuras demoníacas, máscaras e também conhecidas por carrancas colocadas dos dois lados interiores logo a seguir à entrada da Igreja. Órgão duplo nas duas laterais, sendo um mudo. Dois púlpitos em castanho, pintados, em imitação de mármores e parcialmente dourados (data: 1777/1780). Pintados e dourados em 1786/1789. Gradeamento em pau ébano. Capela do Santíssimo Sacramento em castanho pintado e dourado (data: 1780/1789) – com dois anjos tocheiros de madeira estofada, e o Santo Cristo da Capela do SS. Sacramento em castanho estofado (data: 1783/1786?). Altar-Mor com credencia. Do esplendor da talha são de salientar alguns efeitos especiais, como a orla de “chamas” do pináculo da obra, as fitas de folhas cingindo as molduras convexas e o formoso festão de margaridas e rosas no remate da portada. A Capela do Altar-Mor é em castanho dourado (1764/1767). Dourada em 1780/1783. A Capela e o Altar-Mor foram concebidos por Frei José de Santo António. A Sacristia seiscentista possui, além de outros elementos de interesse, um arco inclinado, único nos monumentos do país, quatro espelhos em castanho (1767/1770) e dois contadores da mesma data. Os espelhos foram baseados num modelo inglês. Claustros com elegantes colunas de pedra e ao centro com uma taça também de granito. Zimbório em circunferência e rodeado por uma varanda interior e exterior e tendo ainda as esbeltas estátuas dos doze apóstolos, em tamanho natural e no remate, a do arcanjo São Miguel, rodeada por outra varanda. As cadeiras do Coro são em castanho (1767/1770) do qual o Coro consta o cadeiral, as sanefas e portas das portadas e três sanefas dos janelões. O grande cadeiral foi composto em dois andares com 45 assentos em forma de U com cadeira do D. Abade no centro, segundo a tradição beneditina. A igreja possui ainda uma mísula com a imagem de S. Miguel Arcanjo (data: 1767/1770).
Fonte: www.cm-cabeceiras-basto.pt

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NOSSA SENHORA DO SAMEIRO - BRAGA

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O Santuário de Nossa Senhora do Sameiro em Braga, a par com o  Santuário do Bom Jesus, são uma referencia impar que Braga tem como sendo a Cidade dos Arcebispos, tal é o enraizamento à cultura Cristã, cimentada com os inúmeros monumentos religiosos edificados um pouco por toda a região Bracarense. Local aprazível na sua envolvencia com parque de merendas, restaurante e bar. O Santuário do Sameiro é visitado semanalmente por inúmeras excursões e turistas de diversas regiões e Países,  e é paragem obrigatória para quem visita Braga. Por alturas da Páscoa, procuramos visitar regiões, onde o espírito Pascal é uma presença assídua, e uma tradição. Aqui no Norte, a tradição ainda é o que era.

               HISTÓRIA:

Como Nasceu o Sameiro? Aqui, nunca houve nenhuma aparição nem visão de Nossa Senhora. O Sameiro existe como prova da profunda devoção do povo português à Santíssima Virgem, no mistério da sua Imaculada Conceição. É justo salientar a muito particular devoção do povo deste Minho, onde Guimarães é o berço da nacionalidade. A este sentir do povo, veio juntar-se a devoção e o entusiasmo de um ilustre e santo sacerdote bracarense, o Padre Martinho António Pereira da Silva, que, em placa de bronze, cravada no exterior da Basílica, o adjectiva como: «inspirado fundador do primeiro monumento à Imaculada Conceição, no Sameiro». Seu busto em bronze, marca o início da mais extensa Avenida do Sameiro. ,
Em 15 de Maio de 1982, num altar montado frente ao Monumental Cruzeiro, o Papa João Paulo II presidiu à celebração da Eucaristia. Daqui falou às famílias, deixando-lhes uma mensagem que, passados 20 anos, nada perdeu de actualidade. Pio IX - O Padre Martinho - Imaculada Conceição O Padre Martinho vibrava sempre que falava dos privilégios de Nossa Senhora, especialmente, o da Conceição Imaculada da Mãe de Deus. Em 8 de Dezembro de 1854, Pio IX, beatificado por João Paulo II, definiu a Imaculada Conceição da Virgem Maria como dogma católico. Toda a Igreja exultou com esta definição. Por toda a parte se erigiram monumentos para celebrar a alegria que tal acontecimento despertou nos devotos da Mãe de Deus. Pareceu ao Padre Martinho que o Monte Sameiro, na freguesia de Espinho, Braga, sobranceiro à cidade que se espraia a seus pés, seria o lugar privilegiado para erguer um monumento em honra da Imaculada Conceição. Primeiro Monumento do Sameiro No dia 14 de Junho de 1863, era lançada a primeira pedra de um pedestal de granito ladeado por vários degraus da mesma rocha. Serviria de suporte a uma estátua da Virgem Maria, com altura de 14 palmos, esculpida em mármore branco de uma só pedra. Foi trabalho do artista italiano Emídio Carlos Amatucci, que fixara residência em Portugal. Foi benzida pelo Arcebispo Primaz D. José Joaquim de Azevedo e Moura, aos 29 de Agosto de 1869, com assistência de muito povo, que não escondia sua emoção e alegria por tão bela obra em homenagem à Santíssima Virgem.

Este foi o primeiro marco histórico daquilo que é o Sameiro de hoje. Deste se pode ver, após a sua destruição, uma foto guardada no Museu. Primeira Capela construída no Sameiro O Povo de Braga, e de todos os recantos do Minho, começou a subir este monte em piedosas romagens. Passado pouco tempo, tornou-se necessário construir um lugar de culto, amplo e coberto, onde os devotos pudessem recolher-se e fazer oração. A ideia desta nova construção foi lançada quando o Concílio do Vaticano I (1870), definiu o dogma da Infalibilidade Pontifícia. Era uma capela com 30 por 19 metros, muito perto daquele 1º monumento. A bela escultura da Senhora do Sameiro Em 29 de Agosto de 1880 chegou a Braga uma grande (2,20 metros) e bela imagem da Imaculada Conceição, em madeira, obra do escultor romano Eugénio Maocegnali. Fora benzida pelo próprio Pio IX, em 22.12.1876. Ficou 2 anos na Igreja do Pópulo, Braga. Terminada a construção da Capela do Sameiro, a imagem foi transportada para lá em grandiosa peregrinação. Esta imagem é a que os devotos conhecem como a "Senhora do Sameiro" e se encontra no trono do Santuário. Dela foi feita uma cópia, que, desde a peregrinação de Junho de 2002, ocupa o lugar de maior destaque na Cripta da Basílica.

Um salto à gruta de Massabielle (Lourdes) Em Lourdes, na margem esquerda do rio Gave, no ano de 1858, 4 anos após a definição dogmática da Imaculada Conceição, a "jovem" que aparecia na gruta revelou o seu nome a Bernardette Soubirous: «Eu sou a Imaculada Conceição». Existe uma profunda relação entre Lourdes e o Sameiro: em ambos os santuários se venera a Imaculada Conceição. O conhecido "Avè" de Lourdes era o cântico "obrigatório" em todas as peregrinações ao Sameiro. Por isso, no piso inferior do terreiro, do lado Norte da Basílica, a Confraria mandou construir uma gruta que evoca a de Lourdes (França). No Sameiro nunca se falou em aparições, mas a Casa dos Ex-votos e actual Sala do Tesouro do Sameiro, guarda testemunhos de muitas graças especiais e "milagres", sobretudo de ordem moral, atribuídos à intervenção da Mãe de Jesus, invocada como Senhora do Sameiro. Ao Padre Martinho se deve a honra de "inspirado fundador" do Sameiro e ao Arcebispo Primaz D. Manuel Vieira de Matos (1915-1932) a de "grande impulsionador do Sameiro". De Sua Ex.cia Rev.ma é a conhecidíssima frase, gravada num dos painéis de azulejo da colunata: «Nossa Senhora não apareceu no Sameiro, mas está no Sameiro». Em 13 de Junho de 1954, na comemoração centenária da definição Dogmática da Imaculada Conceição, foi levantada, no escadório monumental, uma grandiosa escultura em bronze de Pio IX.

Há poucos anos, foi mudada para o acesso à avenida da Gruta de N.ª S.ª de Lourdes, e hoje marca o início da "Avenida do Rosário", inaugurada na Peregrinação de 18 de Agosto de 2002. Da exígua Capela à actual Basílica O número de peregrinos crescia todos os dias, especialmente nos Domingos. Foi necessário pensar num espaço mais amplo e digno. Em 31 de Agosto de 1890, era colocada a primeira pedra da actual Basílica do Sameiro, esse grandioso templo dedicado a Nossa Senhora da Conceição do Monte Sameio, para perpetuar a alegria do povo cristão que, deste modo, quis, mais uma vez, marcar a sua gratidão pela definição do dogma católico da Imaculada Conceição. A magnitude do edifício, diversos obstáculos e dificuldades de vária ordem, fizeram atrasar esta obra. Por isso, o Altar-mor, construído em mármore e colocado sobre supedâneo e degraus de granito de grão grosseiro, polido na Cooperativa de Pedreiros do Porto, só foi sagrado em 12 de Junho de 1941. O granito cinzento foi extraído de pedreiras da região, mas o de cor rosa veio da região de Porriño (Espanha). Neste grandioso templo de estilo neoclássico, em forma de Cruz latina, sobressai o zimbório e as duas torres dotadas de carrilhão de sinos. Interiormente, o majestoso trono, por trás do altar-mor termina com a "formosa" imagem de Nossa Senhora do Sameiro, em cuja base lateral tem pintado: "Eugénio Maocegnali . Face . Roma 1875". Na frente da mesma base, há uma placa que regista: «S.S. o Papa Pio IX benzeu esta imagem no dia 22 de Dezembro de 1876». O Artístico Sacrário O Sacrário, de 1,m32, todo em prata cinzelada, é obra primorosa de um artista bracarense, bem como as jarras florais destinadas à ornamentação do rico trono e os castiçais. O Santuário foi sagrado nas comemorações centenárias do primeiro monumento do Sameiro. Pode afirmar-se que a fé na Imaculada Conceição de Maria se transformou num rio sem margens a ponto de o Santo Padre Paulo VI ter elevado este Santuário à categoria de Basílica em 4 de Novembro de 1964. A Cripta - espaço muito maior Também a Basílica se tornou insuficiente para as grandes concentrações de fiéis. Por isso se construiu uma Cripta, inaugurada em 17 de Junho de 1979 . Por baixo da nave central da Basílica, foi aberto um largo túnel, escavado em duríssima rocha granítica, que permite aos fiéis a comunicação interior entre a Basílica e a Cripta. Trouxeram os restos mortais do Padre Martinho e depositaram-nos num austero, mas belo monumento, logo no primeiro patamar da descida do túnel. À entrada da Cripta, há um grande painel de azulejo, em baixo relevo, com a imagem de Nossa Senhora do Sameiro. O desenho é do falecido reitor, Cón. José Borges, numa realização de Querubim Lapa. Querubim Lapa é também o autor dos painéis, em cerâmica de relevo, policromada que ornamentam as paredes desta Cripta. Que é feito do 1º monumento do Sameiro do tempo do P. Martinho? Do primeiro monumento erguido no Sameiro em honra da Imaculada Conceição de Maria (inaugurado em 1869) praticamente nada resta a não ser a cabeça da primitiva imagem do escultor Emidio Amatucci. Em 9 de Janeiro de 1883, apareceu, enigmaticamente, destruído o pedestal e a imagem da Virgem, ignorando-se, ainda hoje, se terá sido derrubado por causas naturais ou se por maldade dos homens. A cabeça dessa imagem foi encontrada «milagrosamente intacta» entre os escombros e cuidadosamente guardada como uma das mais preciosas relíquias do Sameiro. Há poucos anos, essa cabeça foi montada sobre um agregado das pedras recolhidas dos escombros e colocada ao centro de um pequeno lago artificial no jardim das oliveiras.
Fonte:http://www.diocese-braga.pt/
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SANTUÁRIO DO BOM JESUS - BRAGA

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O Bom Jesus de Braga, quase dispensa qualquer comentário, penso que tal qual como Fátima, toda a gente já teve uma vez na vida oportunidade de visitar este magnifico local lúdico de culto, de lazer, e rara beleza paisagística. Quem nunca ouviu a celebre frase: "ver Braga por um canudo!" Pois é mesmo aqui a origem dessa frase. A vista sobre Braga é totalmente abrangente no horizonte total e sem obstáculos, daqui vê-se a Pedreira (estádio do Braga) a Cidade na sua total panorâmica, e pode-se ver ao pormenor exatamente por um canudo sobre o miradouro junto à esplanada do bar. Desde Jardins frondosos, lagos para passeio de barco, passeios a cavalo, numa luxuriante vegetação. Não esquecer de subir e descer o escadório, ou em alternativa fazer uma das viagens no funicular movido a água, construído no século XIX.

                HISTÓRIA
O Santuário do Bom Jesus foi projetado pelo arquiteto Carlos Amarante, por encomenda do então Arcebispo de Braga, D. Gaspar de Bragança, para substituir a anterior, erguida por D. Rodrigo de Moura Teles. As suas obras iniciaram-se a 1 de junho de 1784, tendo ficado concluídas em 1811.

O adro, também projetado por Amarante, apresenta oito estátuas que representam personagens que intervieram na condenação, paixão e morte de Cristo.

A igreja apresenta planta na forma de uma cruz latina, constituindo-se em um dos primeiros edifícios em estilo neoclássico no país. A sua fachada é ladeada por duas torres, encimada por um frontão triangular.



Sítio magnifico onde se conjuga a obra da natureza com a notável obra do homem, (vasta, diversificada e absolutamente fabulosa), numa das maiores intervenções tardo barrocas do País desenvolvida por André Soares. Afirma-se como uma referência obrigatória do Barroco europeu, que evidência a própria evolução da arte-bracarense, consubstanciada na introdução do neoclássico por Carlos Amarante. Importa ainda referir e viajar no funicular, movido a água (finais do século XIX), peça viva da arqueologia dos transportes portugueses. Imóvel de interesse público, visitável durante todo o dia. Existem autocarros que partem do centro da cidade de meia em meia hora (aos dez e aos quarenta minutos).
Fonte: portugalvirtual

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