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NOSSA SENHORA DA PENEDA GERÊS - ARCOS DE VALDEVES

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Imponente e magestoso surge o Santuário de Nossa Senhora da Peneda, em Arcos de Valdevez, na freguesia de Gavieira, a caminho da vila de Melgaço, à primeira vista parece-nos o Senhor dos Remédios em Lamego, já que a semelhança é muito recalcada, seja na escadaria, seja nas capelas que retratam a crucificação e paixão de Cristo. Tem como data provável de inicio da sua construção, finais do século XVIII, a julgar pela data inscrita na coluna existente ao cimo da escadaria de acesso. Acredita-se que neste local tenha existido uma pequena ermida construída para lembrar a aparição da Senhora da Peneda, cujo culto foi crescendo e motivou a construção do santuário.

Este lugar de culto é constituído pelo designado, escadório das virtudes, com estatuária que representa a Fé, Esperança, Caridade e Glória, datada de 1854, a igreja principal, terminada em 1875, o grande terreiro, o terreiro dos evangelistas e a escadaria com cerca de 300 metros e 20 capelas, com cenas da vida de Cristo. A Festa da Senhora da Peneda é anual, tem a duração de uma semana, entre dia 31 de Agosto e oito de Setembro.



   Lenda da Peneda:
A Senhora da Peneda terá aparecido a cinco de Agosto de 1220, a uma criança que guardava algumas cabras, a Senhora apareceu-lhe sob a forma de uma pomba branca e disse-lhe para pedir aos habitantes da Gavieira, para edificarem naquele lugar uma ermida. A pastorinha contou aos seus pais, mas estes não deram crédito à história. No dia seguinte quando guardava as cabras no mesmo local, a Senhora voltou a aparecer, mas sob a forma da imagem que hoje existe, e mandou a criança ir ao lugar de Roussas, pedir para trazerem uma mulher entrevada há dezoito anos, de nome, Domingas Gregório, que ao chegar perto da imagem recuperou a saúde.

Fonte: http://www.guiadacidade.com


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MOSTEIRO DE SANTA MARIA DO BOURO - AMARES

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O Mosteiro de Santa Maria do Bouro, fica situado na Freguesia com o mesmo nome, pertencente ao Concelho de Amares, Distrito de Braga. Foi em tempos idos um Mosteiro (Convento) Cisterciense do século XII, da grande Ordem de Cister, e que atualmente está a desempenhar a função de Pousada, resultado da restauração do edifício por privados para fins turísticos. De salientar a grande qualidade deste espaço, que manteve a traça original adaptada à finalidade para que foi convertido. A visita ao Mosteiro é possível desde que de forma discreta (tipo cliente).




             HISTÓRIA:

Visitar o Concelho de Amares é realizar uma viagem pela história, na medida em que são muitos os monumentos que retratam épocas documentadas que se relacionam directamente com os grandes momentos da história de Portugal.



O Mosteiro e Pousada de Santa Maria de Bouro é um exemplar desta riqueza. Classificado como Imóvel de Interesse Público, situado na freguesia de Bouro Santa Maria, foi fundado no século XII. O Mosteiro pertenceu à Ordem de Cister e é caracterizado pela sua arquitectura religiosa, românica, maneirista, barroca, rococó, neoclássica e contemporânea. De salientar, a sacristia forrada a azulejos do século XVIII, onde é retratada a vida de S. Bernardo, um tesouro artístico legado pelos nossos antepassados e desconhecido dos mais atentos olhares.
Parte do mosteiro (convento) foi adaptada para uma “Pousada de Portugal”, considerada hoje uma unidade hoteleira de referência.



Na origem do actual edifício está uma construção que terá sido habitada por eremitas, cujo orago era São Miguel. Em 1148 D. Afonso Henriques doou o couto a monges beneditinos. Em 1195 o Mosteiro deixa a regra beneditina passando a reger-se pela de Cister invocando Nossa Senhora da Assunção. Os vários edifícios monacais desenvolviam-se lateralmente à igreja de três naves, tendo como referência o claustro central. Durante a crise de 1383-1385 o abade do mosteiro juntou 600 homens em defesa da fronteira da Portela do Homem, conseguindo suster o avanço das tropas galegas. Como reconhecimento pelo seu papel D. Nuno Álvares Pereira agraciou o abade com o título de Capitão-Mor e Guarda das Fronteiras dando-lhe a prerrogativa de poder levantar exército, sempre que considerasse necessário. Apesar de ter prosperado rapidamente graças ao apoio real, à sua localização, e à actividade dos frades, o mosteiro veio a entrar num processo de degradação a partir do século XV, a que não terá sido alheia a instauração do regime dos abades comendatários chegando ao século XVI em estado de quase ruína. Nos finais do século XVI, com a criação da Congregação Autónoma Portuguesa, iniciaram-se as obras de recuperação incluindo novas decorações em talha e azulejos, que prosseguiram até meados do século XVII. Invocando as suas origens, a fachada da igreja, sujeita a profundas remodelações, exibe as imagens de São Bernardo e São Bento com a virgem ao centro. Por sua vez na fachada do convento que se desenvolve perpendicularmente à igreja, encontram-se entre as varandas superiores cinco estátuas de personagens importantes na história do país e do próprio convento, com pequenas inscrições anexas: o conde D. Henrique(supõe-se que o seja apesar de ser designado ALFONSUS em vez de HENRICUS), D. Afonso Henriques(sob o reinado do qual foi fundado o mosteiro, diz a inscrição) , D. Sebastião(que suprimiu a comenda do convento), o cardeal D. Henrique(que fundou a Congregação Autónoma), e D. João IV(o restaurador da monarquia portuguesa). É reconquistada a pujança de outrora com 34 monges habitando o mosteiro e com obras de recuperação e expansão do edifício. No início do século XVIII, foi construído um novo refeitório e cozinha, bem como uma nova ala a oeste do claustro, tendo sido para aí transferido o novo acesso ao mosteiro. Em 1834 com a extinção das ordens religiosas masculinas o mosteiro foi abandonado vindo depois a ser vendido em hasta pública a particulares. O convento encontra-se classificado como Imóvel de Interesse Público desde 1958 (Decreto 42007, DG 265 de 6 de Dezembro de 1958). Em 2005 foi estabelecida uma Zona Especial de Protecção em torno do monumento (Portaria n.º 1277, D.R., 2ª Série, n.243 de 21 de Dezembro de 2005. (Apesar da designação oficial da classificação se referir ao imóvel como "Convento", as Ordens que o ocuparam - a de São Bento e a de Cister - tinham votos monacais, com clausura e prática da vida contemplativa pelo que a designação mais adequada seria "Mosteiro"). Não obstante as diferentes obras de restauro, ampliação e decoração, há dados seguros, baseados nomeadamente em escavações efectuadas, de que o modelo planimétrico do edifício se terá conservado "sem grandes roturas" ao longo dos séculos. Em 1986 parte do mosteiro é adquirida pela Câmara Municipal de Amares(por 200 contos).


                A Pousada:



A classificação de Pousada Histórica Design dada pelas Pousadas de Portugal reflecte a intervenção no conjunto: sobre um convento em ruínas foi realizada uma obra arquitectónica que, baseando-se na herança patrimonial do passado, a reconstruiu à luz das necessidades dos dias de hoje. O edifício mantém a imagem natural que ostentava nos últimos anos, sem qualquer telhado de cobertura visível do exterior, e com as janelas da fachada apenas com vidro e sem caixilharia aparente, reforçando a ideia de algo parado no tempo. Vêem-se mesmo as ervas crescendo nas coberturas(estas foram revestidas a terra de onde saem plantas como as que antigamente se agarravam ao travejamento em ruínas).


O claustro foi mantido sem a inclusão de vidros de protecção. No interior foi mantida a estrutura original das dependências, com decoração apelando a materiais simples e sobrios. Nalgumas salas sucessivas foram retiradas as portas para criar um espaço contínuo, deixando apenas os respectivos vãos, tendo sido usadas algumas dessas mesmas portas como painéis decorativos colocados nas paredes. Manteve-se na fachada posterior a grande chaminé de granito do antigo refeitório, funcionando o restaurante no espaço da antiga cozinha. Parte do sistema hidráulico montado pelos monges de cister foi preservado, sendo possível observar e ouvir, em vários locais, a água que atravessa o mosteiro. A Pousada tem 32 quartos, restaurante, bar e esplanada, bem como piscinas para adultos e para crianças.
Fonte: www.cm-amares.pt

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AMARANTE - PORTO

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Amarante não é só a Ponte! O maior Ex-Libbris da cidade é sem dúvida o Convento e a Igreja de S. Gonçalo. O seu espólio interior é digno de se ver.  Existe junto à GNR um pequeno parque de estacionamento que não sendo em horas proibidas, arranja-se com alguma facilidade estacionamento para a autocaravana,  para uma visita ao Mosteiro, e à  famosa Ponte de Amarante que fica logo ali a poucos metros da praça.



                  HISTÓRIA

Tudo indica que Amarante deve a sua origem aos povos primitivos que demandaram a serra da Aboboreira (habitada desde a Idade da Pedra), embora se desconheça com exactidão o nome dos seus fundadores. Dá-se como certo, porém, que a urbe ganhou importância e visibilidade com a chegada de S. Gonçalo (1187-1259), nascido em Tagilde-Guimarães, que aqui se fixou depois de peregrinar por Roma e Jerusalém. Em tempos não muito longínquos, o concelho de Amarante pertencia administrativamente à província do Minho, fazendo fronteira com os concelhos de Celorico de Basto (N), Gestaço (E), Gouveia (S) e Santa Cruz de Riba Tâmega (O). Com as reformas administrativas liberais do séc. XIX desapareceram os municípios de Gouveia, Gestaço e Santa Cruz de Ribatâmega, tendo o de Amarante recebido a maioria das suas freguesias.
Desde então o concelho estende-se por uma área de 301,5 quilómetros quadrados, a que correspondem, hoje, 40 freguesias, 18 ao longo da margem direita do rio Tâmega e 22 da margem esquerda, ocupando uma posição de destaque na região do Douro-Tâmega. Tem uma população de 59 638 habitantes e uma densidade populacional de 197,8 habitantes por quilómetro quadrado. Rico em termos paisagísticos, para o que contribuem decisivamente as serras do Marão e Aboboreira e o rio Tâmega, o concelho de Amarante reúne também um conjunto notável de edifícios e monumentos.

No Centro Histórico da cidade merecem referência a Ponte, o Convento e Igreja de S. Gonçalo, as Igrejas de S. Pedro e S. Domingos, a Casa da Cerca e o Solar dos Magalhães. Fora da urbe, o destaque vai para os Paços do Concelho de Santa Cruz de Riba Tâmega, o Mosteiro de Travanca e para o românico das igrejas de Mancelos, Jazente, Freixo de Baixo, Gatão ou Gondar. As festas grandes em Amarante, em honra de S. Gonçalo, acontecem no primeiro fim de semana de Junho.


O feriado municipal tem lugar a 8 de Julho. No concelho, na área do artesanato, o destaque para o barro negro de Gondar, a cestaria, as rendas e os bordados, as mantas e as meias de lã. Amarante tem o seu destino indissociavelmente ligado ao rio Tâmega e às serras do Marão e da Aboboreira: à natureza, numa palavra. É por isso que ali constantemente se sente um apelo às actividades de ar livre e de manutenção física, como o montanhismo, a canoagem, o parapente, os passeios em guigas (designação de uma pequena embarcação de fabrico local) e gaivotas, a pesca, a caça, a natação, o golfe, o campismo, a fruição das praias fluviais e do parque aquático.
O Tâmega foi muitas vezes um rio impetuoso, que extravasou das margens e alagou ruas da cidade: ainda hoje há lápides que recordam esses arrojos. Por outro lado, situado como está numa região madeireira, serviu muitas vezes para transporte rápido e barato de troncos de árvores que as serrações a jusante trabalhavam. Hoje seduz-nos mais pelo bucolismo das suas margens bordejadas a salgueiros e amieiros, de uma ou outra lavadeira, dos seus acidentes - golas, penedos, canais, ínsuas, areais - que mantêm nos seus nomes a referência às actividades humanas a que deram azo. A sua frescura comunica-se à cidade e convida aos passeios nas suas margens e aos desportos de água. As serras, por sua parte, dão o enquadramento telúrico. Também elas se prestam a longos passeios a pé. A observação da flora é outro dos seus encantos. E a fruição dos tons das flores silvestres: os amarelos - todos diferentes! - de mimosas, giestas, tojos e carquejas, ou as mil tonalidades entre o rosa e o roxo das urzes.
Fonte: www.cm-amarante.pt

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ALTER DO CHÃO - PORTALEGRE

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Segunda visita a Alter do Chão, Sede de Concelho, desta vez de dia como convém para uma reportagem fotográfica, já que na anterior visita foi unicamente para pernoita, e não se proporcionou a explorar devidamente esta bonita Vila Alentejana, pertencente ao Distrito de Portalegre. Esta localidade foi desta vez não só escolhida para pernoita e visita, mas também para o habitual repasto no Pateo Real, para degustar mais uns pezinhos de coentrada, que aprecio sempre que passo por ali. Este é um concelho do Norte Alentejano, por excelência dedicado à Arte Equestre, e que se auto-apelida de: "Alter do Chão, a Coudelaria Real".

Existe, para além de um monumento ao cavalo, uma das mais antigas cavalariça," Casas Altas" setecentista, do reinado de D. João V (1748). Foi então recuperado o cavalo Alter Real da raça Lusitana, um dos melhores cavalos de Alta Escola. A Coudelaria de Alter tem boas e grandes instalações, onde se pode observar o picadeiro, a pista de obstáculos, a falcoaria, exposições temáticas, Carruagens, o Museu do Cavalo, etc.


Para não me repetir, sobre esta localidade, saliento a importância do Pelourinho, (1512) da Fonte da Praça Pública, (1566) e do Castelo de Alter do Chão, do reinado de D. Pedro I (1359), entre muitas outras referencias históricas. Tive ainda o prazer de conhecer o Sr. Felizardo Pereira, um homem que ama de verdade a terra onde vive, e que serviu de cicerone para a minha visita, e também para me aconselhar alguns locais, como foi o caso de Alter Pedroso e Seda. Pode encontrar aqui também a sua reportagem fotográfica.

             Nota Histórica:
A origem de Alter do Chão poderá ser atribuída a um povoado romano, fundado a partir de um aglomerado da Idade do Ferro em Alter Pedroso. De Abelterium, cidade romana que vem referenciada no Itinerário de Antonino Pio, terá provavelmente nascido Alter do Chão. No reinado de D. Sancho II, o Bispo da Diocese da Guarda D. Vicente, propôs “restaurar e povoar Alter”, atribuindo-lhe o 1º Foral no ano de 1232. D. Afonso III com o objectivo de incentivar o povoamento, manda reconstruí-la e terá concedido novo Foral em 1249. D. Dinis atribui-lhe dois Forais em anos consecutivos, o último data de 25 de Março de 1293 e conferia-lhe todos os privilégios de Santarém. Em 1359, D. Pedro I mandou edificar o actual Castelo e confirma-lhe, através de nova carta de Foral os privilégios anteriores.

D. João I, Mestre da Ordem de Avis, cede em senhorio a D. Nuno Álvares Pereira, passando os bens para a Casa de Barcelos e posteriormente para a Casa de Bragança, fundada pelo casamento de D. Beatriz, filha do Condestável com D. Afonso, filho bastardo do progenitor da Ínclita Geração. O Foral de Leitura Nova, foi-lhe atribuído a 1 de Junho de 1512 no decurso da nova reforma mandada efectivar por D. Manuel. Do período quinhentista as construções que subsistem mostram a vitalidade e importância que a vila tomou.

São deste período o Chafariz Renascentista, Igreja de Nossa Senhora da Alegria e a Janela Geminada, na Rua General Blanco. Prova evidente do desenvolvimento que Alter alcançou no período Barroco, e do qual se pode orgulhar, são as várias construções civis e religiosas de entre elas algumas imponentes, das quais se destacam: Coudelaria de Alter, mandada construir por D. João V em 1748 por iniciativa do Príncipe D. José, para a produção do cavalo Lusitano, cujo destino era a Arte Equestre, muito em voga nas cortes daquela época; o Palácio do Álamo, Igreja do Senhor Jesus do Outeiro, Igreja do Convento de Santo António e os chafarizes da Barreira e dos Bonecos.
Fonte: cm.alterdochao.pt

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CASTELO MENDO - ALMEIDA



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Castelo Mendo é uma freguesia Portuguesa que pertence ao Concelho de Almeida, Distrito da Guarda.
Castelo Mendo, é mais uma das belas aldeias Portuguesas, muralhada com a traça ainda muito bem definida e conservada, e com as suas características originais, tirando um ou outro pormenor da era do cimento e da tinta. A Igreja, (fechada) dizia-nos a propósito disto uma habitante septuagenária da aldeia, que por motivos de segurança a igreja está fechada a visitas, já que ultimamente tem havido diversos roubos de arte sacra. Dizia-nos a senhora, que a igreja tem um espólio muito rico. 


                HISTÓRIA:
Situada na margem esquerda do rio Côa, a cerca de 20 km da sede do concelho, a freguesia de Castelo Mendo é constituída pelas povoações de Castelo Mendo e Paraizal, lugar onde existe um muito antigo relógio de sol. A história de Castelo Mendo é riquíssima, tendo sido cabeça de um concelho de grande importância, que dominava uma vasta área. O poder de outrora está ainda hoje bem representado na actual povoação. Toda ela é uma fortaleza - museu.


Castelo Mendo situa-se, a cerca de 800 metros de altitude, com vertentes abruptas, que descem para o ribeiro dos Cadelos e o rio Côa, a cerca de um quilómetro de distância. Nesta paisagem de grande beleza, instalaram-se desde cedo os primeiros habitantes. Aí deverá ter existido, antes da chegada dos romanos, um castro lusitano, importante sob o ponto de vista estratégico e por isso aproveitado por aquele povo.
Restos de antigos troços de estrada, ultimamente encontrados na povoação, bem como alguma cerâmica e diversas moedas, provam a remota existência neste local de um centro político e administrativo relativamente importante. A localização geográfica de Castelo Mendo funcionou em diferentes momentos como força motriz fundamental para o progresso. Assim aconteceu com a Reconquista Cristã. Castelo Mendo situado num morro, garantia a defesa das terras da margem esquerda do rio Côa. Daí à construção do castelo apenas um pequeno passo, decidido por D. Sancho II em meados do séc. XIII.

Este monarca, em 15 de Março de 1229, deu foral a Castelo Mendo. O objectivo do documento era o povoamento de "Castelli Menendi" por membros de todas as classes sociais, embora o foral refira os "melhores homens da Vila": "Melioribus hominibus de villa clericis et laicis". Pelo mesmo foral, é criada uma feira franca em Castelo Mendo, que se realizaria três vezes por ano. Na Páscoa, na festa de S. João e na de S. Miguel. Cada uma iria durar oito dias e os seus participantes beneficiariam da protecção real durante a sua realização, fossem "credores ou homícidas".

Segundo Virgínia Rau, foi a primeira vez que na documentação oficial surgiram referências a feiras, já que anteriormente eram comuns alusões a mercados locais. A de Castelo Mendo terá sido, assim, pioneira no que diz respeito às feiras medievais portuguesas. Com D. Dinis, Castelo Mendo tornou-se um ponto ainda mais importante na estratégia defensiva do reino. Mandou alargar as muralhas da povoação, trabalho que só viria a ficar concluído no reinado de D.Fernando. Depois do reinado de D. Dinis, as muralhas de Castelo Mendo passaram a constituir um ponto de defesa muito eficaz para as lutas com Castela.

Ao mesmo tempo, foram concedidos novos privilégios à povoação e ampliados os benefícios apresentados no primeiro foral. O mesmo voltou a acontecer com D. Manuel, em 1 de Junho de 1510. Localidade bastante antiga, foi no período da reconquista o ponto fronteiriço entre Portugal e Castela. Depois do Tratado de Alcanices em 1297 a mobilidade da fronteira para Almeida e Castelo Rodrigo levou a que esta localidade perdesse a importância anteriormente verificada.



Os dois panos de muralha existentes reportam-se: o primeiro, a um plano inicial de D. Sancho e o segundo, a um desenvolvimento e incremento económico ocorrido desde D. Dinis a D. Manuel, conforme se verifica no "telheiro" da primeira feira franca da região existente no exterior das muralhas.

  PATRIMÓNIO E TURISMO:

O programa das "Aldeias Históricas" transformou a freguesia, sob o ponto de vista urbanístico e de recuperação patrimonial. Os fios e cabos eléctricos e telefónicos foram enterrados, as fachadas foram arranjadas, os monumentos restaurados e preservados. O turismo começa a despontar, com a criação de o "Museu do Tempo e dos Sentidos", a realização da Feira Medieval que traz cada vez mais gente à Freguesia, em busca de encontros e partilha de vivências, enquanto se transaccionam produtos regionais, como o fumeiro, queijo, o mel, etc.

    Património Edificado:
Igreja de Santa Maria do Castelo - de raíz românica é considerada uma das mais antigas do Distrito da Guarda. Igreja de S. Pedro - de traçado setecentista, destina-se ainda hoje ao culto. Igreja de S. Vicente - era a igreja utilizada pelos nobres. Destaque para o tecto de raíz mudejar. Pelourinho - manuelino, ostentando bonito capitel em gaiola, tendo a sua coluna sete metros de altura. Antiga Misericórdia - de traçado filipino ostenta numa das suas paredes uma vieira testemunhando que por aqui passava uma das "Rotas de S. Thiago". Tribunal - edifício que funcionou como Tribunal, Câmara e Prisão. O "Mendo e a Menda" - esculturas colocadas numa parede (do Tribunal e casa particular). "Dois Berrões" - esculturas votivas de origem celta colocadas à entrada da Vila, testemunhando a antiguidade da mesma paisagem:

É de referir a agreste paisagem, cheia de contrastes, entre o morro feérico e deserto, e o fresco vale junto às margens do rio Côa. Aqui alarga-se um importante açude (Vale de S. Miguel), onde se pode praticar a pesca desportiva e passar amenos momentos, ouvindo a queda da água em comunhão com a Natureza. O ribeiro dos Cadelos é também um elemento interessante e de destaque, na paisagem de Castelo Mendo.

Fonte: http://www.castelomendo.com

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CASTELO BOM - ALMEIDA



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Castelo Bom é uma Aldeia Portuguesa pertencente ao Concelho de Almeida Distrito da Guarda.
Aldeia tipicamente Beirã, construída em granito, já algo descaracterizada pelas gentes do turismo rural, que são agora predominantemente turistas urbanos, quer Nacionais quer Estrangeiros, que habitam as casas apenas na sazonalidade das ferias ou em fins-de-semana esporádicos. É certo e sabido, que ainda existem aldeias genuínas e com todas as virtudes e características puramente rurais para admirar e apreciar neste nosso bonito Portugal. 

               HISTÓRIA:

A povoação foi conquistada aos leoneses por D. Dinis, tendo a sua posse sido ratificada pelo Tratado de Alcanizes. Ao mesmo monarca se deve a concessão do primeiro foral, em 1296, reformulado por D. Manuel I em 1510. Foi ainda D. Dinis quem mandou reparar o castelo e a cerca, reforçados no período manuelino, de que subsiste uma porta em arco quebrado e uma pequena torre em ruínas.



Na Guerra da Restauração a fortaleza era ainda importante como núcleo de defesa, tendo servido de abrigo aos governadores da Beira. No séc. XVIII ainda existiam duas peças de artilharia e numa torre com duas abóbadas estava a cadeia. Junto à fortificação encontram-se duas casas quinhentistas, de alpendrada exterior, bem como outra situada junto à igreja matriz.


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ALMEIDA - GUARDA


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Almeida, é uma Vila Portuguesa pertencente ao Distrito da Guarda, inserida na região Centro da Beira Interior. Por estar bastante perto da fronteira de Vilar Formoso com Espanha, tinha predominante importância estratégico-militar na defesa da fronteira Nacional. A sua muralha em forma de estrela, bem como as casa-matas e os fossos que separavam as muralhas dão uma imagem real dessa mesma linha de defesa estratégica. Uma Fortaleza imponente, que alberga ainda dentro das suas muralhas toda uma povoação existente, que vale muito a pena visitar.

              

             HISTÓRIA:

A actual estrutura remonta ao século XVII, no contexto da Restauração da independência, quando, revalorizada a sua posição estratégica, foi transformada em uma poderosa Praça-forte. Iniciadas em 1641 pelo Governador das Armas da Província da Beira, Álvaro Abranches, as suas obras monumentais só estariam concluídas no final do século XVIII com o Conde de Lippe. 



Estrutura chave durante os repetidos conflitos sucessórios no século XVIII, no contexto da Guerra Peninsular foi entregue por ordem governamental ao exército napoleónico sob o comando do General Jean-Andoche Junot em fins de 1807. Devolvida ao domínio de Portugal, foi novamente cercada por tropas francesas, agora sob o comando do general André Masséna (agosto de 1810). Sob o fogo da artilharia inimiga, o paiol de pólvora explodiu arrasando o velho castelo medieval e parte da vila, matando e ferindo mais de quinhentas pessoas.



As brechas abertas nas muralhas pelo impacto da explosão forçaram capitulação da praça que passou a ser guarnecida pelos franceses. Poucos meses mais tarde, sofreria novo sítio, agora por tropas inglesas. Acuados, os defensores franceses conseguiram se retirar, explodindo a praça atrás de si.

No século XIX, durante o período das Guerras Liberais (1832-1834), mais uma vez a Praça-forte de Almeida foi palco de confrontos pela sua posse, que se alternou entre Absolutistas e Liberais, tendo as suas casamatas servido como prisão para mil e quinhentos prisioneiros políticos. No século XX, apenas em 1927 é que a fortaleza deixou, definitivamente, de exercer funções militares.



O conjunto encontra-se classificado como Monumento Nacional pelos Decretos 14.985, publicado em 3 de fevereiro de 1928, e 28.536, publicado em 22 de março de 1938. Bem conservados, os seus baluartes remanescentes, podem ser vistos na actualidade, destacando-se no interior da praça: o Quartel das Esquadras, os alicerces do antigo castelo, a Pousada, a Casa da Roda e o edifício dos Paços do Concelho, antigo Quartel da Artilharia. Almeida goza do estatuto de Aldeia Histórica de Portugal. A fortificação, em estilo Vauban, apresenta planta no formato estrelado irregular, com seis baluartes intercalados por seis cortinas com revelins, num perímetro abaluartado que atinge dois mil e quinhentos metros (650.000 m² de superfície).

Destacam-se: Baluarte de São Pedro; Baluarte da Bandeira; Baluarte de Nossa Senhora das Brotas - também conhecido como Baluarte do Trem por ter abrigado o edifício do Trem de Artilharia, atual Picadeiro d’El-Rey, uma escola hípica; Baluarte de Santa Bárbara - também conhecido como Praça Alta por sua posição elevada, onde subsistem os vestigios da antiga Capela de Santa Bárbara; Baluarte de São João de Deus; e Baluarte de São Francisco.



São acessíveis pelos fossos: Revelim da Cruz; Revelim da Brecha; Revelim de Santo António; Revelim do Paiol; Revelim Doble e Revelim dos Amores. O acesso à Praça faz-se por duas portas duplas, acedidas por pontes de alvenaria, defendidas por revelins, abertas em túnel, com abóbadas à prova de bomba, encimadas pelas armas reais: Portas de Santo António - rasgadas a Norte; Portas de São Francisco - também conhecidas como Portas da Cruz. Destacam-se ainda: Portas Falsas - dissimuladas, acedem galerias subterrâneas da fortificação, permitindo a ligação entre a Praça e os fossos.


Quartel das Esquadras - erguido pelo Conde de Lippe, serviu como o antigo Quartel de Infantaria.
Apresenta um escudo com as armas reais e deveria servir como modelo para a construção de outros quartéis nas Praças-fortes portuguesas. Casamatas - espaços construídos à prova das bombas do século XVIII, ocupavam uma ampla área subterrânea, dividida em vinte salas e corredores. Essas defesas são complementadas por canhoneiras, plataformas, e flancos de bastiões.




As muralhas são revestidas de cantaria e cercadas por fossos (doze metros de profundidade com dez de largura mínima e sessenta e dois de máxima) e caminhos cobertos. Uma Praça de Armas, esplanadas, quartéis para tropas, paióis, depósitos, e oficinas completam o conjunto monumental.

Fonte: Wikipédia

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