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VILA DO TOURO - SABUGAL

Apontamento AuToCaRaVaNiStA:


A Vila do Touro, é uma Freguesia Portuguesa, pertencente ao Concelho do Sabugal, Distrito da Guarda.
Vila do Touro é de todas as visitas no Sabugal, talvez a que tem o seu património mais destruído. Refiro-me naturalmente ao seu castelo que tem como maior referencia o arco da porta de entrada do próprio castelo, vislumbrando-se aqui e ali paredes das muralhas. Com uma vista fantástica do alto deste que seria um belo castelo altaneiro, nada mais resta que esta arcada da entrada principal. Destaque ainda para uma fonte real, a fonte gótica de Paio Gomes logo à entrada, bem como outras fontes medievais espalhadas pela aldeia, a Igreja Matriz estilo medieval (mal tratada)com o seu Pelourinho. Tudo para ver mais abaixo. Depois de algumas frutas (uvas e romãs) seguimos em direção à A-23 (sem portagens). Saliento que em portagens, do Porto a Fátima, depois até ao Sabugal com retorno ao Porto, custo zero (0€).



                HISTÓRIA:

A vetusta aldeia de Vila do Touro encontra-se implantada a 800 m de altitude, entre dois outeiros: o Cabeço de S. Gens e o Alto do Castelo.
Integra-se numa região de terrenos graníticos, de relevo suave, onde apenas estes dois relevos destacam na paisagem. Deduzimos que a região já era denominada por Tauro na época romana, a partir da referência numa epígrafe encontrada próximo à Abitureira. Este topónimo advém da configuração topográfica elevada dos dois morros da Vila.

A sua posição estratégica permite um amplo campo de visão para norte e poente, ao longo do vale da ribeira do Boi e para nascente, para a meseta e vale do Côa.

A sua localização numa região com abundantes linhas de água e com diversos terrenos irrigados e férteis, ao mesmo tempo, protegida pelos relevos circundantes, permitiu que uma diversidade de comunidades aqui se estabelecesse, desde a Pré-história até aos nossos dias.

Identificam-se alguns vestígios da presença destas culturas. No local foi descoberto um machado de bronze, da Idade do Bronze Final, e é provável que no alto do Castelo tenha existido um povoado que recue a esse período, com continuidade na Idade do Ferro. Nos terrenos do morro identificam-se algumas cerâmicas manuais de tradição antiga. Outros vestígios poderão ter sido arrasados pelas construções militares medievais.
Conhecemos dois lugares próximos de Vila do Touro com testemunhos de ocupação romana: os Vilares e a Abitureira. No primeiro lugar são identificados abundantes materiais romanos. As inscrições encontradas no Baraçal e na própria Vila do Touro podem ter vindo desta estação arqueológica. Na Abitureira foi encontrada uma inscrição descontextualizada que poderá provir dum lugar ainda ignorado.

Na época da reconquista a região sofre também o mesmo processo de reordenamento do espaço e da população de todo o Alto Côa. As necessidades militares obrigaram à reocupação do alto dos relevos.
As origens da aldeia recuam ao século XII. Por volta desta altura, a reconquista do território estava já bastante avançada, e agora havia que se defender do inimigo leonês. A nossa progressão, não suscitou a sua aprovação e a região de Touro situava-se na zona instável de fronteira.
Houve então necessidade de definir uma fronteira, de manter o controlo constante dessa linha e de criar uma zona-tampão frente a Leão e Castela. E ela foi-se delineando com os castelos da Guarda. As fortificações de Touro e de Castelo Mendo surgiriam, num segundo esforço, alguns anos mais tarde. Contrapondo à política de Leão e Castela de criar uma raia fronteiriça, apoiada em vilas fortificadas a oeste, além do Côa, nomeadamente com o início da construção da fortaleza de Caria Talaya (Ruvina), do outro lado do Côa (lugar visível à distância do cimo do cabeço de Touro), Portugal tomou o empreendimento de edificar uma fortificação ciscodana, retirando para o seu termo parte do território da Guarda. 

Nasce assim um castelo no cabeço de Tauro, que nunca terá sido totalmente acabado. Desta construção militar, hoje, resta apenas parte do pano de muralha, encavalitado entre as penedias, podendo no entanto, pelos alicerces, ser identificado todo o seu traçado. Uma das portas da muralha ainda é visível, com arco em estilo gótico.



A escolha do local deveu-se sobretudo a questões militares, de modo a garantir as condições mínimas de segurança e defesa do território. Do cimo do morro descortina-se um vasto horizonte, avistando-se mesmo a cidade da Guarda.

A jurisdição desta Vila foi doada pelo Concelho da Guarda aos Templários. D. Pedro Alvites, Mestre dos Templários reforça esta medida concedendo-lhe foral, em 1220, no tempo de D. Afonso II. Vila do Touro torna-se então um importante centro de hierarquia populacional, ganhando importantes funções político-militares, tendo sido sede dum importante concelho medieval que perdurou até às reformas liberais do século XIX (1836).

Deste período datam as inúmeras sepulturas escavadas na rocha encontradas na freguesia. Havia um importante núcleo em torno do adro da igreja Paroquial que hoje se encontra coberto. Nos Vilares são identificadas também algumas sepulturas escavadas na rocha, tal como junto à Fonte do Carvalho; próximo do lavadouro da “Fontinha” e na Junta das Águas. 
Com a assinatura do Tratado de Alcanizes com Castela e Leão, (1297) por D. Dinis, Vila do touro deixa de ter um cunho fronteiriço e perde a sua importância estratégica. Tal como ocorreu em Caria Talaya, a construção do seu castelo não foi concluída. A fortificação nunca mais volta a sofrer qualquer reconstrução ou reparação importante. D. Dinis, nem sequer lhe outorga a confirmação do foral.

D. Manuel intenta dar um novo movimento de restauração com a concessão de novo foral em 1510, de forma a motivar o desenvolvimento económico local. O pelourinho data desse período, bem como muitas das actuais casas de pedra. São abundantes as janelas manuelinas com arco conupial que se identificam pelo casario antigo da aldeia e que provam o dinamismo do século XVI.

Em Vila do Touro ainda se identificam outros testemunhos patrimoniais de interesse: o pelourinho medieval e a fonte gótica de Paio Gomes, o edifício dos Paços do Concelho, a cadeia e o antigo edifício das Repartições, a Igreja Matriz do século XVI e a Capela-Mor da Igreja Matriz (século XVII).


          PELOURINHO:

Enquadramento: Urbano, isolado, situa-se em local plano rodeado por um parque infantil gradeado e na proximidade da Igreja Matriz
e de dois chafarizes.
Descrição:
Soco constituído por três degraus circulares, onde assenta coluna de fuste circular com base quadrada e encimada por duplo anel. Capitel de secção circular, formado por peça cilíndrica com anel saliente nos extremos e tendo a sua superfície estriada. É encimado pela sobreposição de peça de secção circular e peça em forma de ábaco curvo. Remate em pinha cónica, em forma de gárgula tubular de superfície estriada e terminada por pequena peça cilíndrica.


Cronologia: 
Época Neolítica e do Bronze - identificação de achados avulsos na povoação; séc. 13 - repovoamento promovido por D. Afonso II e doação à Ordem dos Templários, que teriam construído o castelo *1; 1220 - concessão de carta de foral por Pedro Alvites, Mestre da Ordem dos Templários; 1319 - transferência para a Ordem de Cristo, sendo o vigário da paróquia freire professo; 1510 - renovação do foral por D. Manuel; provável edificação do pelourinho; criação da Misericórdia; 1640 - construção de reduto defensivo no Lg. da Igreja; séc. 17, 2.ª metade - hipotética destruição do castelo e saque da vila por gentes da Guarda ( tradição oral ); 1758, 4 Maio - nas Memórias Paroquiais, assinadas por Frei António Duarte, a povoação é referida como sendo do bispado da Guarda e comarca de Castelo Branco, pertencente qo rei e com comenda nas mãos do Porteiro Mor; tinha 260 fogos e pertenciam-lhe as povoações de Baraçal, Abitureira, Quinta das Vinhas, Quinta dos Moinhos, Quinta de Roque Amador, Quinta de São Bartolomeu e Rapoula do Côa; 1836 - extinção do estatuto concelhio e integração no concelho do Sabugal; 1980 - 1990 - obras de intervenção.

Tipologia
Arquitectura civil, renascentista. Pelourinho de pinha cónica, apresentando afinidades com o pelourinho de Alfaiates. 
Características Particulares 
Capitel cilíndrico de superfície estriada, encimado pela sobreposição de outras duas peças. Remate cónico em forma de gárgula tubular de superfície estriada.

Dados Técnicos 
Estrutura autoportante



CASTELO DE VILA DO TOURO:

Enquadramento: Cabeço situado a 831 metros de altitude, marcado por afloramentos graníticos ciclópicos, mostrando uma vertente escarpada, sobranceira à Ribeira do Boi. No sopé do lado N. destaca-se a Fonte de mergulho, dita de Paio Gomes, com a abertura em arco quebrado. No lado oposto observa-se o cabeço da Enxércia, onde se ergueu a Capela de São Gens e o Calvário, num vasto barrocal hoje descaracterizado por construções recentes e pela implantação dos depósitos de água. Na vertente S., de pendente mais suave, desenvolve-se a antiga Vila estruturada pela R. Direita, cujo percurso é complementado por duas vias paralelas. Junto à porta de acesso ao castelo, e na continuidade de uma calçada, situa-se a Capela de Nossa Senhora do Mercado, com portal em arco quebrado antecedido por alpendre de provável fábrica seiscentista. Ao lado regista-se uma construção profundamente dissonante. Do castelo avista-se a cidade da Guarda e o castro do Jarmelo, entre outros pontos de referência na paisagem mais longínqua.

Descrição: 
O castelo resume-se ao perímetro da cerca muralhada, apresentando um traçado elíptico muito irregular, porque adaptado a uma base topográfica extremamente acidentada. Por isso, os panos de muralha integram pontualmente os afloramentos rochosos naturais e descrevem um desenho ondulante. Apesar do perímetro muralhado se apresentar completo, o adarve encontra-se já muito destruído. O circuito é interrompido somente por uma porta aberta no lado S., a Porta de São Gens, vão em arco quebrado com dupla fiada de aduelas na face orientada para a Vila e com as impostas marcadas por friso saliente. Conserva ainda os gonzos em cantaria e a abóbada em berço quebrado com o extradorso a descoberto. No interior do recinto regista-se no lado N. a presença das fundações de um edifício de planta rectangular. A par do valor plástico garantido pela presença maciça dos rochedos, a superfície do recinto murado encontra-se revestida por vegetação herbácea e arbustiva espontânea, destacando-se algumas espécies arbóreas, como azinheiras e faias.

Cronologia: 
Época Neolítica e do Bronze - identificação de achados avulsos no local; topónimo derivado de "taurus", provavelmente relacionado com o culto da ganadaria anterior à Nacionalidade; 1218 - D. Afonso II doa à Ordem do Templo a Vila do Touro, com o padroado de todas as suas igrejas e os dízimos de todas as suas herdades; 1220 - concessão de carta de foral à Vila do Touro por Pedro Alvites, Mestre da Ordem do Templo, que refere ser obrigação dos moradores a construção do castelo; 1290 - as Inquirições referem que o castelo foi saqueado e destruído pelo concelho da Guarda; 1319 - transferência da tutela do castelo para a Ordem de Cristo; hipotética intervenção de D. Dinis, talvez relativa à porta em arco quebrado; 1510 - renovação da carta de foral, permanecendo a Vila na posse da Ordem de Cristo; 1527 - no Numeramento, a vila contava com 162 moradores; o castelo estaria já arruinado; 1641 - 1668 - na sequência das Guerras da Restauração os habitantes teriam construído um reduto no Largo da Igreja, também denominado Largo do Reduto (ALMEIDA, 1945); 1758, 4 Maio - nas Memórias Paroquiais, assinadas pelo Frei António Duarte, a povoação é referida como sendo do bispado da Guarda e comarca de Castelo Branco, pertencente qo rei e com comenda nas mãos do Porteiro Mor; tinha 260 fogos e pertenciam-lhe as povoações de Baraçal, Abitureira, Quinta das Vinhas, Quinta dos Moinhos, Quinta de Roque Amador, Quinta de São Bartolomeu e Rapoula do Côa; referem, ainda, a existência de paredes muito antigas pertencentes a um reduto "que dizem ser dos mouros'; 1836 - extinção do estatuto concelhio.

Tipologia 
Arquitectura militar: castelo templário apresentando um perímetro muralhado de traçado elíptico muito irregular, integrando afloramentos rochosos e interrompido por uma só porta em arco quebrado. 

Características Particulares 
Caso raro de Castelo sem ter sofrido qualquer intervenção. Perímetro muralhado incluindo uma única porta com dupla fiada de aduelas. Ausência de torres, talvez porque a construção do castelo não chegou a ser terminada.

Intervenção Realizada 


Junta de Freguesia: 1994 - limpeza do recinto intra-muros; 1995 - desentaipamento da Porta de São Gens, pavimentação do acesso com destruição parcial de rochedo, plantação de árvores; 1996 / 1998 - limpeza anual do recinto; 1998 - sondagem arqueológica junto à porta, orientada pelo arqueólogo Marcos Osório da Silva.

Observações 
- a tradição popular relaciona o topónimo Touro com uma lenda que refere a existência de um bezerro de ouro, registando-se a NE. da antiga vila o Ribeiro do Bezerrinho.

  JANELAS MANUELINAS:

Enquadramento: Janelas inseridas em construções implantadas no início da R. Direita, muito perto do Pelourinho e da Igreja Matriz. As quatro casas apresentam dois pisos, com acesso ao andar sobradado através de escada exterior, formando patamar simples ou balcão. As portas de entrada na zona reservada à habitação conservam as ombreiras e o lintel biselados. Duas das casas encontram-se muito descaracterizadas. Na antiga Vila contam-se outros exemplos de vãos com decoração manuelina, na R. Pedro Alvito e na R. do Pomar.

Descrição 
Na Rua Direita observa-se uma janela com ombreiras biseladas e lintel recto ornamentado com arco conopial. No mesmo lado da via regista-se uma outra janela, dotada de pequeno avental, apresentando lintel recto decorado com duplo arco pleno invertido, circundada por friso contínuo de forma côncava, albergando uma fiada de meias esferas. No lado oposto da R. Direita existem duas casas adossadas onde se conservam duas janelas em arco. A janela de maiores dimensões apresenta arco polilobado, derivado do arco conopial, contando cinco arquivoltas, constituindo a última uma cercadura em forma de cordão. Inclui a simulação de dois colunelos laterais e mostra um entrelaçamento na parte inferior. Na parte superior o remate é composto por pinha decorada com flor-de-lis estilizada. Na casa ao lado a janela apresenta arco contracurvado com três arquivoltas, marcadas também nas ombreiras e peitoril.

Cronologia 
Séc. XVI - provável construção dos edifícios onde se encontram inseridas as janelas, talvez no contexto da edificação do Pelourinho e da renovação da Igreja Matriz.

Tipologia 
Arquitectura civil residencial: pormenor notável. Janelas manuelinas. Janela de lintel recto decorado com arco conopial e com ombreiras biseladas. Janela de lintel recto decorado com duplo arco pleno invertido e circundada por meias esferas. Janela em arco polilobado com cinco arquivoltas, decorada com motivo em forma de cordão, entrelaçamento e flor-de-lis central. Janela em arco contracurvado com três arquivoltas.

Características Particulares
Janelas de lintel recto mostrando apenas o arco insculpido no bloco pétreo. Desenho híbrido dos arcos. Frisos circundantes de forma côncava ou em cordão. Simulação de colunelos laterais, dotados de capitel mas desprovidos de base.

        IGREJA MATRIZ:
Enquadramento: Ergue-se, isolada, num amplo largo formado à entrada do núcleo mais antigo da povoação, junto ao arranque da Rua Direita. Construída sobre plataforma elevada definida por muro e gradeamento à qual se acede através de escadaria *1. Ao lado observa-se um coreto, algumas árvores e o corpo autónomo da torre sineira, muito descaracterizada. Na proximidade desta última, e ainda integrado no recinto murado, eleva-se o Pelourinho, rodeado por um parque infantil. A partir do adro avista-se o cabeço do Castelo.

Descrição 
Planta longitudinal composta pela nave e capela-mor, contando com o adossamento de dois corpos no lado N., correspondentes à sacristia e dependência anexa que integra a capela baptismal, ambas de planta rectangular. Forma um conjunto de volumes articulados, coberto com telhado de duas águas. A fachada principal encontra-se orientada a O., apresentando um pano murário em cantaria delimitado por pilastras laterais e empena angular. Rasga-se aí um portal em arco pleno ( com aduelas estreitas ) encimado por janelão de lintel recto. No alçado lateral S. é legível a descontinuidade entre o corpo da nave e a capela-mor, sendo de destacar nesta última um contraforte sem esbarro, mostrando pedras sigladas. No corpo da nave abre-se uma porta em arco pleno e dois janelões rectos com capialço. 

Na capela-mor conta-se um único janelão de características idênticas. Enquanto isso, no alçado N. abre-se apenas uma porta em arco pleno. O alçado posterior é cego. O espaço interno, de nave única, inclui coro-alto em madeira e tecto em falsa abóbada de berço, também em madeira. No lado N. regista-se o arco pleno de acesso à capela baptismal, bem como o púlpito de planta quadrada, com as faces decoradas por almofadados e assente em coluna de filiação dórica com o fuste canelado. Entre as portas laterais e os janelões observam-se dois altares simétricos, enquadrados por arco pleno caiado e duas pilastras molduradas.

Existem ainda dois altares de ângulo e respectivos retábulos.

O arco triunfal é de volta inteira e conserva junto ao fecho uma Cruz de Cristo incisa. 

Na capela-mor destaca-se o tecto de caixotões pintados, com a figuração dos Apóstolos e Evangelistas, assim como o retábulo em talha dourada e pintada.

Tipologia 
Arquitectura religiosa cultual: igreja de raiz medieval com remodelação quinhentista e alterações posteriores. Planta longitudinal composta pela nave e capela-mor, cobertas com tecto de duas águas. Fachada principal orientada a O., com portal em arco pleno encimado por janelão de lintel recto. Portas laterais em arco pleno. Janelas de lintel recto com capialço. Púlpito renascentista. Arco triunfal de volta inteira. 

Tecto de caixotões pintados na capela-mor. Retábulo do altar-mor em talha do Estilo Nacional. Retábulos laterais em talha de características eclécticas.

Características Particulares 
Presença de Cruz de Cristo no arco triunfal. Espécie de contraforte com pedras sigladas no alçado S. da nave. Portais em arco pleno com aduelas muito estreitas, talvez resultado de uma remodelação algo recente. Altares laterais enquadrados por arco pleno e pilastras molduradas.

Dados Técnicos 
Paredes autoportantes

Materiais 
Granito, cantaria e alvenaria; reboco; madeira; telha de aba e canudo

Intervenção Realizada 
1961- obras de conservação com efeitos descaracterizadores, custeadas por Costa Pina conforme assinalado no local.

Observações 
*1 - existe referência à anterior localização de sepulturas escavadas na rocha no adro da Igreja, que se encontra actualmente cimentado.

*2 - a capela-mor era larga e espaçosa, com paredes de alvenaria caiadas no exterior e rebocadas e pintadas por dentro, com cobertura de madeira e pavimento em ladrilho, com altar de pedra sobre três degraus; no altar, a imagem de vulto da Senhora, num retábulo pintado com várias imagens, mandado fazer pelo comendador; tem arco triunfal pintado e, sobre ele, também pintado, um Calvário; é flanqueado por altares com imagens pintadas nas paredes; a nave é de alvenaria e com portal principal alpendrado; junto à igreja, uma casa onde habitam os clérigos; num canto da nave, a pia baptismal e, afastado,

um campanário de pedra, alto e com dois sinos; refere a paramentaria e livros, bem como a existência de uma cruz de latão velha e um cálice de prata (DIAS, pp. 157-159).

Fonte: www.vila-do-touronocomunidades.net 

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ALFAIATES - SABUGAL

Apontamento AuToCaRaVaNiStA:
Alfaiates, é uma Freguesia Portuguesa, pertencente ao Concelho do Sabugal, Distrito da Guarda.
Alfaiates foi uma boa surpresa, já que a informação que havia não espelhava nem de perto nem de longe a beleza desta terra de tradições, que tem na Capeia Arraiana o seu Ex-Libbris. O interior desta freguesia é uma surpresa a cada recanto, a praça do Pelourinho, da Igreja da Misericórdia, e da sede da Junta de Freguesia, (alguns mamarrachos à parte) parece saído originalmente da época da idade média.

O terreno ainda é em terra batida e o quadro visual que se nos apresenta é algo de maravilhoso. Só espero que a Junta de Freguesia de Alfaiates e a C.M. do Sabugal não permitam mais atentados a uma das mais belas praças medievais de Portugal. Se tivesse que haver um palco medieval para filmagens de um filme da época, esta seria a localidade mais genuína de Portugal. Se alguma autoridade deste grande Concelho por acaso ler esta reportagem, atentem neste pedido:


Por favor restaurem os ainda poucos estragos que existem nesta praça, e não permitam que nas casas que ainda precisam de restauro, se permita uso de cimento, cal ou tinta, ou outros materiais não condizentes com a construção original. O Turismo agradece. Chegou a noite, hora de festejarmos toda a amizade que nos uniu em torno desta fantástica viagem, que começou com a nossa última missão: "3 Ofertas, 3 Santuários, 3 Países" do Grupo AuToCaRaVaNiStA Português, em Fátima, Santiago, Lourdes, (ver aqui).


Buffet e vinhos à descrição (Qj serra)
Esta ação, seria selada com esta autentica celebração, que foi o jantar de convívio de sábado à noite na Residencial Pelicano. Com um bufete à descrição, que foi na opinião de todos,táxi-ac. Pernoitamos aqui em Alfaiates, aliás já estávamos aparcados, embora não houvesse muito espaço de estacionamento para as 5 autocaravanas presentes, foi uma noite tranquila num ambiente majestoso junto ao Castelo. Esta viagem, ficará seguramente gravada na memória dos presentes. Pena que estas viagens, apesar de low-coast, nos tempos que correm, só poderem ser feitas 1, no máximo 2 vezes por ano. Já sinto saudades.
excepcional, como estávamos bem bebidos, 12 boas garrafas de maduro tinto de 13,5º para 9 pessoas, (os restantes beberam sumos e água) fomos e viemos todos de



              HISTÓRIA:
Antiga povoação do concelho do Sabugal, Alfaiates pertenceu a Castela durante muito tempo, passando definitivamente para Portugal (como tantas outras desta região) através do Tratado de Alcanizes (1296). Não se sabe ao certo a origem do seu nome, tendo apenas a certeza de se tratar de um topónimo de origem árabe, devido à sua grafia. Os romanos ocuparam-na no séc. I d.C. existindo ainda alguns vestígios da sua passagem. Devido à sua posição geográfica, tornou-se um importante centro para os romanos, tanto a nível militar, como administrativo. Depois de passar definitivamente para a Coroa portuguesa, D. Dinis concedeu-lhe foral e mandou construir o castelo, que mais tarde, no séc. XVII, foi construído e ampliado.



Mandado construir por D. Dinis. É um pequeno castelo de planta rectangular. Sofreu obras de beneficiação na primeira metade do século XVII. Foram erguidas novas muralhas e o seu interior foi ampliado. Foi uma fortaleza indispensável no sistema defensivo Alfaiates – Almeida, na pós fundação da nacionalidade. Hoje, restam algumas ruínas daquilo que foi um importante monumento da Freguesia. Durante o reinado de D. Manuel I foi construído o pelourinho, que é considerado imóvel de interesse público desde 1933. Foi vila e sede de concelho entre 1297 e 1836. O facto de Alfaiates ter sido concelho, atesta bem a importância que esta freguesia teve durante muito tempo.

Fonte: www.patrimonio-turismo.com

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ALDEIA VELHA - SABUGAL

Apontamento AuToCaRaVaNiStA:
Aldeia Velha é uma Freguesia Portuguesa, pertencente ao Concelho do Sabugal, Distrito da Guarda.
Fica siatuada logo á frente da Aldeia Histórica de Alfaiates, a 1090 metros de altitude, em direção a Aldeia do Bispo, circundada por Lageosa e Forcalhos bem encostadas a Espanha. Esta Aldeia tipicamente rural, tem fortes tradições na Capeia Arraiana, alías como todas as aldeias vizinhas do Concelho do Sabugal. À entrada da Aldeia, existe um monumento que marca esta tradição da Capeia Raiana, uns metros antes da travessia da ponte romana, por onde passa o rio Cesarão. Um estudo indica que a Aldeia Velha pertenceu à época do neolítico. Alguns achados recentes, como sepulturas abertas no granito dão conta disso mesmo. Depois desta incursão, voltamos a Alfaiates para o Jantar e Pernoita. Veja tudo no nosso Portal com a etiqueta correspondente ao Sabugal, acedendo ao nosso Portefólio na barra lateral.

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SACAPARTE - MOSTEIRO - ALFAIATES - SABUGAL

Apontamento AuToCaRaVaNiStA:

O Mosteiro de Sacaparte, está localizado na Freguesia de Alfaiates, Concelho do Sabugal, Distrito da Guarda, Portugal.
O Mosteiro de Sacaparte fica a cerca de 2, 3 quilómetros do centro de Alfaiates. Embora totalmente em ruínas, apresenta ainda as fachadas em muito bom estado de conservação, e não seria de todo, muito dispendioso a sua total recuperação. No espaço tem a igreja, o cruzeiro, fontanários e alpendres para realização de feiras. Local isolado, embora aprazível para uma caminhada à descoberta do Dólmen que fica ali nas imediações, ou simplesmente para um pic-nic em familia. Tem churrasqueira com lavatório, água potável, mesas, e muito espaço ao ar livre para desfrutar, ou mesmo  coberto em caso de chuva.


           HISTÓRIA:
Localização: Alfaiates - Sacaparte 
Descrição: Conjunto constituido pela igreja, antiga albergaria adossada, ruinas das dependências conventuais, alpendres de feira, cruzeiro, chafariz, fonte de mergulho e palheiro rústico. 
IGREJA: de planta longitudinal, composta por dois rectângulos justapostos, com anexo de planta rectangular adossado a Sul. Cobertura diferenciada a duas águas. Fachada principal voltada a Oeste desnivelada, com embasamento proemimente, dividida em dois pisos, tendo, no primeiro, portal de lintel recto com pilastras molduradas, encimado por friso desenvolvendo dois motivos voltados simulando frontão que enquadra nicho e marco pleno com abóbada de concha. No segundo,janelão de lintel recto, com peitoril assente em duas mísulas. Remate em empena, com cornija. Alçado N. com embasamento proeminente na nave. Apresenta "janela-oratório" em ressalto, planta trapezoial, adossada à nave, com três janelas de lintel recto com molduras curvilíneas divididas por colunas de capitel compósito, tendo remate com cornija saliente decorada com denticulos e coroamento piramidal. Num segundo registo, duas janelas de lintel recto e moldura simples na nave, uma delas entaipada e janela idêntica na capela-mor. Remate em cornija. Contraforte no cunhal com esbarro em bisel. Alçado S. sem embasamento, tendo na zona da capela-mor, num primeiro registo, vãos de lintal recto com capialço e, no segundo, duas janelas de lintel recto e moldura simples. Remate em empena, com cornija. No cunhal, existem vestígios de marca de arranque de construção. Ao corpo da nave, adossam-se o anexo e sacristia, que , no primeiro piso são rasgados por porta de lintel recto e moldura simples, enquanto o segundo possui fresta e três janelas idênticas. Alçado E. sem embasamento, cego, com remate em cornija. A meia altura, surgem duas misulas. 

             INTERIOR:
De três naves, formando quatro tramos, divididas por quatro arcos formeios de volta perfeita, assentes em pilares de secção quadrada até um terço da sua altura, sendo depois de secção octogonal. Coro-alto com balaustrada de madeira assente sobre arco abatido e dois arcos plenos. É iluminada, no lado do Evangelho por janela e "janela-oratório". Aí surge o púlpito, assente em mísula voltada  No lado da Epistola, três portas entaipadas. Dois retábulos laterais de talha dourada e policromada. Pavimento em lajeado e cobertura em falsa abóbada de berço, de madeira. Arco triunfal de volta perfeita encimado por óculo oval, acede à capela-mor, iluminada por três janelas, duas no lado da Epístola. Porta em arco pleno, com duas arquivoltas, acede à sacristia. Pavimento lajeado e cobertura em falsa abóbada de berço, em madeira pintada com motivos vegetalistas estilizados. Retábulo-mor em talha dourada e policromada.


  RUÍNAS DO CONVENTO: 

Com planta rectangular, a que se adossam dois corpos, um correspondente à cozinha, de planta rectangular, adossado a E., e vestígios de outro corpo similar, a O.. Ausência de cobertura. Vãos de lintel recto com moldura simples. Alçado E. divide-se em três pisos, com embasamento biselado, o primeiro com duas portas, o segundo com cinco janelas e, no terceiro, janela de sacada com varanda apoiada em três mísulas volutadas, porta e cinco janelas de peitoril. Visivel o arranque do cunhal correspondente ao corpo que estaria adossado. remate em cornija. 

Corpo da cozinha com dois panos delimitados por pilastras, tendo, no primeiro piso, fresta. remate tripartido com cornija. Corpo da chaminé encimado por pequeno balcão apoiado em mísulas semi-circulares, rematado por miniatura de casa e cobertura a quatro águas em cantaria. Alçado O. sem embasamento, com três pisos separados por friso, sómente na zona de arranque de outro corpo, sendo o primeiro rasgado por porta, o segundo por duas portas, com abertura sobre lintel, e quatro janelas, duas delas entaipadas, tendo o terceiro piso parcialmente ruído, com vestígios de quatro portas. Alçado N. sem embasamento, com dois pisos, o primeiro com porta, elemento que se repete no segundo. Marca do arranque de corpo circular em todo o pé direito. No corpo da cozinha, surge uma janela, ao nivel do segundo piso. Alçado S. sem embasamento, com dois pisos, o primeiro com duas janelas e o segundo com janela de sacada com varanda apoiada em três mísulas voltadas e porta. O corpo da cozinha tem, no primeiro piso, janela, sendo separado do segundo por friso com gárgula semi-circular. A este corresponde o corpo da chaminé. remate em cornija.

No INTERIOR, não existem as estruturas correspondentes aos pisos. Surgem dois compartimentos, que antecedem arco abatido de acesso à cozinha. Esta integra lavabo com tanque em forma de concha, encimado por carrancas e jarrões e rematado por friso coroado por pinha e volutas. Um púlpito surge na zona do refeitório, com porta em arco abatido e base do balcão apoiada em mísula volutada. 



CRUZEIRO com soco constituido por quatro degraus circulares com focinho saliente, coluna de fuste circular com base anelada, capitel compósito decorado com folhas de acanto, encimadas por quatro cabeças de anjo e quatro quadrifólios. Cruz de hastes rectilíneas com figuração rudimentar de Cristo, apresentando crânio de Adão na base e sendo rematada pela cartela com a inscrição "INRI". 

ALBERGARIA de planta rectangular, com cobertura homogénea a três águas. Fachada principal voltada a N., apresentando embasamento proeminente. Divide-se em dois panos demarcados por pilastras, que evoluem em dois pisos. No primeiro, dois arcos plenos, um deles entaipado e, no superior, duas janelas de lintel recto, com moldura simples e peitoril moldurado, uma delas entaipada. Remate em cornija. Alçado O. com embasamento proeminente, tendo, no primeiro piso, porta de lintel recto, entaipada e, no segundo, três janelas de lintel recto e moldura simples, uma delas entaipada. Remate em cornija. Alçado S. sem embasamento, tendo, no primeiro piso, porta de lintel recto e moldura simples entaipada, sendo o segundo cego. Alçado E. sem embasamento, rasgado no primeiro piso por fresta, sendo o superior cego. 

No INTERIOR, o primeiro piso divide-se em dois compartimentos, com pavimento em terra batida e cobertura em abóbada de aresta, de tijolo, numa delas, e tecto plano em betão. O segundo piso tem igualmente dois compartimentos e cozinha, com pavimento cimentado e cobertura em vigamento de madeira, que sustenta o telhado. 


   ALPENDRES DE FEIRA:

Delimitam o recinto no lado Sul, existindo ainda um pequeno conjunto no lado Oeste, ladeado por construção em betão. De planta rectangular, apresentam, no alçado posterior, muro contínuo em alvenaria de granito e, no alçado principal, bancadas contínuas, onde assentam pilares de secção octogonal com capitel de igual secção, que sustentam cobertura a uma água, com telha de canudo.

Utilização Inicial 
Cultural e devocional: convento (possuia 3 feiras anuais, coincidindo com as festas da Anunciação, Natividade e Assunção; romaria anual com procissão. 

Propriedade privada: Igreja Católica. Época de Construção,Séc. 18. 

Cronologia: 
Época visigótica - hipotética edificação de capela local, aspecto relacionado com várias lendas; 
Séc. 14 - hipotética reconstrução de capela dedicada a Nossa Senhora de Sacaparte, por iniciativa de D. Dinis; a partir desta época a igreja pertenceu ao padroado real; 
1332 - taxação em 8 libras; 
1603 - D. Filipe I teria mandado edificar um hospital e casa de hospedaria; 
Séc. 18, início - a igreja era administrada pela Câmara de Alfaiates, que nomeava o Ermitão e Mordomo; 
1721 - possuía hospital e casa de romagem ou hospedaria. 
1726 - fundação do convento pelos frades da Ordem dos Agonizantes e (segundo Memória Paroquial) pelos Confrades de Nossa Senhora de Alcante da Fornina, sujeitos ao Ordinário; início das obras do convento.; 
1751 - agregação dos 25 religiosos à Ordem dos Clérigos Regulares de São Camilo de Lellis, vocacionada para serviços de apoio a doentes e peregrinos; 
1752 - abertura de seminário e estabelecimento de ensino médio; 
Séc. 19 - proibição episcopal de romaria, que integrava homens a cavalo, nús da cintura para cima, que percorriam o recinto com tochas nas mãos; 
1834 - com a extinção das ordens religiosas, o convento torna-se posse de um particular (familia Camejo), que o comprou por 800 mil réis, cercando-o com muro alto; do convento restava dois pisos, com cozinha e refeitório no primeiro, sendo dormitório no superior; 
Séc. 19 meados - D Bernardo Beltrão Freire, bispo de Pinhel, proibiu a procissão. 
1885 - aprovação dos estatutos da Irmandade de Nossa Senhora do Carmo; realização de algumas obras na igreja; 
1996, 7 Outubro - despacho do Ministério da cultura a classificar o convento como IIP. 

Tipologia 
Arquitectura religiosa, barroca, popular. 
- Igreja de planta longitudinal, com três naves, arcos formeiros de volta perfeita, assentes em pilares conjugando secção quadrada e octogonal. Coro-alto assente sobre arco abatido. Talha retabular ecléctica de inspiração rococó. 
- Ruínas do convento, com vãos de lintel recto e moldura simples, janelas de sacada apoiadas em mísulas voltadas. 
- Cruzeiro de caminho, com degraus circulares, com base quadrangular e fusta circular, com cruz com imagem de Cristo esculpida. 

Características Particulares 
"Janela-oratório" de planta trapezoidal, em ressalto, com coroamento piramidal, adossada à nave. Contraforte no cunhal com esbarro em bisel. Abóbada de aresta em tijolo na antiga albergaria. Mantêm-se as estruturas da antiga albergaria adossada, ruínas das dependências conventuais, alpendres de feira, cruzeiro, chafariz, fonte de mergulho e palheiro rústico. 

Dados Técnicos 
Estrutura mista; abóbada de berço, abóbada de aresta. 

Materiais 
Granito; madeira; cantaria, alvenaria; aparelho isódomo; revestimento inexistente e reboco; telha de aba e canudo. 
Intervenção Realizada: 
Comissão de festas de Nossa Senhora de Sacaparte: 
1980/1990 - beneficiação da igreja e antiga albergaria: reparação dos rebocos exteriores e picagem dos rebocos interiores, reparação da cobertura, execução de instalação sanitária e chaminé na antiga albergaria; 
1991 - iluminação do recinto. 
Observações: 
1 - A romaria agradecia a protecção da Virgem na luta contra os castelhanos, destacando-se, na procissão, o desfile dos homens em tronco nu, denominados localmente como encoirados, encaçapos, pelados ou encarrapatos. Existem várias lendas relativas ao nome do Convento, uma delas referindo a batalha em que D. Sancho de Castela desavindo com um fidalgo castelhano (Álvaro Nunes de Lara) travam uma batalha em Portugal, clamando a população local que "sacai-nos a boa parte", ou seja que os livrasse dos malefícios da guerra; outra lenda refere que o fidalgo, durante a batalha, invocara Nossa Senhora, clamando "sacai-nos a boa parte"; daí, o nome Sacaparte. 

Fonte: IPPAR - Instituto Português do Património Arquitectónico

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ALDEIA DA PONTE - SABUGAL


Apontamento AuToCaRaVaNiStA:
Aldeia da Ponte é uma Freguesia Portuguesa, pertencente ao Concelho do Sabugal, Distrito da Guarda.
Tal como o nome indica, a Ponte Romana é quem dá o nome à aldeia. Nesta zona existe um parque de lazer e também está servido por uma Área de Serviço para Autocaravanas, por sinal muito bem localizada junto à Capela. A aldeia é banhada pelo Rio Cesarão, afluente do Rio Côa, que nesta altura ainda corria manso. Local aprazível para um passeio ou mesmo para um pic-nic em família.
Lembramos que pode ver e imprimir as coordenadas desta A.S.A. bem como de todas as A.S.A.s públicas existentes em Portugal, acedendo à nossa Base de Dados aqui na barra lateral do nosso (seu) Portal AuToCaRaVaNiStA.



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SANTUÁRIO DE NOSSA SENHORA DA PÓVOA - PENAMACOR

Apontamento AuToCaRaVaNiStA:

O Santuário de Nossa Senhora da Póvoa fica situado no lugar do Vale da Senhora da Póvoa, outrora Vale de Lobo, em pleno vale da serra D'Opa, Concelho de Penamacor, Distrito de Castelo Branco, Portugal. Este Santuário de Nossa Senhora da Póvoa, fica situado um pouco antes da entrada no centro da aldeia do Vale da Senhora da Póvoa na direção Meimoa - Sabugal. Tem como entrada um grande arco que dá acesso ao enorme espaço do Santuário, onde não faltam mesas cobertas e ao ar livre, um grande parque de merendas, um altar para missa campal, e o bem tratado, e a cheirar a novo pelo restauro, Santuário de Nossa Senhora da Póvoa. As festas realizam-se em Agosto no 3º Domingo.



          HISTÓRIA:
No sopé da Serra d’Opa foi construída, em tempos que não podemos precisar, uma ermida, sob a invocação de Nossa Senhora da Póvoa. Como a fundação de todas as ermidas, a Senhora da Póvoa tem a sua lenda.
Diz esta que, andando uns pastorinhos a apascentar as suas ovelhinhas, Nossa Senhora apareceu aos pequenos no meio de uns silvados. A notícia do milagre foi sabida em Vale de Lobo, povoação próxima do local da aparição. O povo trouxe-a em procissão para a Igreja. Nossa senhora voltou para o silvado. Logo se edificou uma pequena capela, que mais tarde foi substituída pela actual.
A romaria, a mais concorrida das Beiras, tem lugar no domingo, segunda e terça feira do Espírito Santo. A ela concorrem dezenas de milhar de romeiros.

Noutros tempos, e ainda não muito afastados, o arraial, em dias de romaria, tinha uma característica verdadeiramente poética, vindo-lhe esta característica das centenas de carros de bois, alegremente ornamentados com colchas de variadas cores, que, dispostas em arco, lembravam artísticos toucados. Com a concorrência dos automóveis, que são às centenas, quase desapareceu este alegre e garrido quadro. Os que vão a pé podem à vontade dançar no pó desses caminhos.


O arraial, ou melhor, o seu local, tem passado ultimamente por diversas transformações. Construiu-se há pouco o recinto da capela, a avenida central, a estrada de circunvalação e novos telheiros ou alpendres para a venda de géneros no dia da romaria. O local tem água em abundância, muito procurada pelos que sofrem do estômago, intestinos e fígado. Em Penamacor faz-se já um largo consumo dela.
O Concelho de Penamacor – José Manuel Landeiro – 1938


Fonte: www.senhorapovoa.com.sapo.pt

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ALDEIA DE VALE DA SENHORA DA PÓVOA - PENAMACOR

Apontamento AuToCaRaVaNiStA:
A Aldeia do Vale da Senhora da Póvoa, fica situada no Concelho de Penamacor, Distrito de Castelo Branco, Portugal.
O Vale da Senhora da Póvoa é um pequeno povoado com características rurais, casarios em granito, e pessoas simpáticas. Uma especial referencia para a envolvencia da igreja matriz, com o casario de ambos os lados de construção igual, que lhe dá uma perspetiva paisagística muito interessante. Aliás foi esta imagem única, que deu origem a esta visita pelo Vale da Senhora da Póvoa.

Esta freguesia passou a ter o actual nome em 1957. O Vale da Senhora da Póvoa chamava-se anteriormente Vale de Lobo, antes de pertencer ao concelho de Penamacor, estava integrada no Termo da Covilhã. Foi D. Fernando quem a integrou no concelho de Penamacor, cujo mandato foi confirmado por D. João I, em 1454.

Esta aldeia está situada no concelho de Penamacor, distrito de Castelo Branco, Bispado da Guarda, na Beira Interior.


É servida pela Estrada Nacional nº 233, que liga Penamacor, Meimoa, Vale da Senhora da Póvoa, Terreiro das Bruxas, Santo Estêvão, e Sabugal.

"UM POVOADO PEQUENO MAS INTERESSANTE"

Fonte:http://senhorapovoa.com.sapo.pt 



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PENAMACOR - CASTELO BRANCO

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Penamacor é uma Vila Portuguesa pertencente ao Distrito de Castelo Branco, Região Centro de Portugal. Vila de origens muito antigas, onde se destacam as ruínas do Castelo e a Torre de Menagem, a única parte preservada do Castelo, já que foi palco de violentos ataques, pela proximidade de fronteira com Espanha. O Pelourinho e a Igreja Matriz também merece uma referencia apreciada. Penamacor foi o local de pernoita, para no dia a seguir começar a nossa incursão pelos Castelos de Alfaiates, Vilar Maior, e Vila do Touro, tudo no Concelho do Sabugal.




              HISTÓRIA:
As origens de Penamacor estão envoltas na bruma dos tempos, pouco ou quase nada se conhecendo a esse respeito. Só a partir do reinado de D. Sancho I é que a história de Penamacor se define com alguma clareza. Dizem alguns ter sido esta vila pátria do rei Wamba, o famoso rei dos Godos que governou a península desde 672 até 682. D. Sancho I, conquistou Penamacor aos Mouros e reconstruiu-a. Deu-lhe foral em 1189 e entregou-a aos Templários na figura do mestre D. Gualdim Pais, que a fortificou.

O nome desta vila, segundo uma das lendas, terá origem num célebre bandido, que aqui terá habitado, de nome Macôr. Segundo dizem, este salteador vivia numa caverna a que davam o nome de Penha. Com o passar dos tempos, o nome adulterou-se e passou a chamar-se Pena, ficando assim a terra a ser conhecida por Penha de Macôr ou Pena Macôr. Segundo outra versão uma luta feroz entre os seus habitantes e salteadores originou tanto derramamento de sangue e de tão má cor, que a vila ficou a ser conhecida por Penha de má cor.

Ainda outra refere, que nesta zona existiam duas povoações, ambas localizadas em montes, Pena de Garcia e Pena Maior. Com a adulteração da pronúncia Castelhana, Magor passou a ser Macor, dando origem a Pena Macor. Seja qual for a origem do nome, o certo é que representa uma das vilas mais bonitas e castiças do País. O desenvolvimento da vila, nos finais do século XII, deve-se à necessidade de protecção da fronteira portuguesa, pelo que foi construído um grande castelo, de que ainda hoje restam vestígios, considerado monumento nacional.


Fonte: Wikipédia

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MISSÃO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA - PORTUGAL

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O Portal AuToCaRaVaNiStA Grupo AuToCaRaVaNiStA Português, foi ao Santuário de Nª Srª de Fátima em missão, representado através de uma pequena delegação, em 05 de Outubro de 2012, ofertar em nome de todo o grupo, um quadro simbólico e representativo, a Nª Srª de Fátima. Este quadro é peça única e original, uma criação do Grupo AuToCaRaVaNiStA Português. Encerramos assim esta missão de 3 Ofertas, 3 Santuários, 3 Países.



Resumindo: De igual modo, ofertamos no passado dia 14 de Julho de 2012, a Santiago de Compostela, uma igual oferenda dedicada a S. Tiago. No cumprimento desta missão, fomos muito bem recebidos pelo Reverendíssimo Cónego da Sé Catedral de Santiago de Compostela em Espanha, que muito agradecemos  (Ver Aqui).


Em conformidade com esta missão, em 11 de Agosto de 2012, uma pequena representação do Grupo AuToCaRaVaNiStA de Portugal deslocou-se a Lourdes França para ofertar o mesmo quadro representativo, em nome de todo os elementos do grupo AuToCaRaVaNiStA Português. Esta missão revelou-se mais um êxito a somar a todos os outros. A todos os envolvidos um bem hajam (Ver Aqui).




O Portal AuTocaraVaNiStA - Grupo AuToCaRaVaNiStA Português fica assim muito bem representado nos 3 Santuários mais importantes da Europa, "Fátima P - Compostela ES - Lourdes FR"
3 Ofertas, 3 Santuários, 3 Países.








Fica em aberto uma última pretensão dedicada a todo o Grupo AuToCaRaVaNiStA, que no fundo são todos os autocaravanistas em geral, a de ofertar um último quadro original,  na cidade Santa de Jerusalém.


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