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TARANCÓN - CUENCA - ESPANHA

Apontamento AuToCaRaVaNiStA:
Em direcção a Madrid, paragem para desentorpecer as pernas. Curioso foi encontrar habitantes de Tarancón, Portugueses da zona de Mugadouro. Destaque para esta igreja que na altura celebrava a missa com pouco mais de 3 pessoas. A tradição já não é o que era. E mencionar a riqueza histórica na sua envoltura, que ficou por explorar por desconhecimento, e também por falta de tempo. Quiçã outra altura talvez.


              HISTÓRIA:
Tarancón é uma cidade da província de Cuenca, às vezes chamada de capital de La Mancha Alta, com mais de 10.000 pessoas, música alegre e hospitaleiro, como uma das paragens habituais para aqueles que viajam na estrada Madrid-Valência, estrada Nacional III. A cidade está a meio caminho entre Cuenca e Comunidade de Madrid, Cerca de 80 quilômetros de cada uma destas capitais, também tem comunicação ferroviária. Tarancón parece ter uma origem muita antiga, como se pode verificar nas imediações da Igreja da Assunção, uma área com vestígios do muro e um belo arco. Entre as figuras da cidade, de notar Melchor Cano, teólogo notável do século XVI. O principal valor artístico de Tarancón é a igreja paroquial da Assunção, do século décimo sexto. É um grande edifício com três naves e uma planta em cruz latina. O retábulo foi construído por volta de 1550 por Pedro de Villadiego, igreja da época do Renascimento. Na cidade há também de destacar a Igreja do antigo Convento dos Capuchos, a fonte antiga de Cano e algumas casas senhoriais dos séculos XVII e XIX. Tarancón tem uma festa tradicional e popular da Páscoa, Viver com paixão. Tarancón (parte nova) foi-se suplantando na população mais velha, e estendendo-se em torno dos quais há oficinas, postos de gasolina, restaurantes, hotéis e estabelecimentos comerciais e outros serviços.
É bom lugar para parar e apreciar a gastronomia da Região de Cuenca, especializado em bifes e assados.
Nas imediações de Tarancón, "cerca de 5 km", é o santuário de Nossa Senhora da Riansares, de grande devoção no local (padroeira do Tarancón) Vê-se perfeitamente na passagem para Tarancón em direção a Madrid Também nas proximidades, é o lugar de Uclés de origem Romana, "villa romana" e de notável importância nos tempos medievais, com vários resquícios da era árabe. Em Uclés, deve fazer-se uma menção especial ao magnífico mosteiro construído nos séculos XVI, XVII e XVIII, que fica perto da cidade romana de Segóbriga, perto de Selice. As ruínas são ainda admiradas pela sua enorme grandeza.

Fonte: www.guiarte.com  (Tradução: by Google)

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LOS NIETOS - CARTAGENA - ESPANHA

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Los Nietos, é uma localidade que fica entre Los Alcazares e La Manga. Zona de praias, e rodeada de pequenas vivendas de férias, e casas antigas do tipo pescador. Praia de areias cinzentas mas águas calmas e quentes, ou não estivessemos no mediterrâneo Zona balnear mais pobre relativamente a outras da região, mas mesmo assim previligiada, já que a distancia para a praia são menos de 5 metros. Uma visita, apenas de passagem em direcção a LA MANGA. Esta viagem fiz com a esposa e a nossa loira Daisy



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PRAIA DE CRISTAL - CARTAGENA - ESPANHA

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A Praia de Cristal em Cartagena, fica do lado oposto a La Manga. A vista é espectacular, mas, melhor que as palavras, é visitar e ver in loco.

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CEE - CORCUBIOM - GALIZA - ESPANHA

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CEE Corcubiom é uma pequena vila situada um pouco abaixo de Finisterra.Para parquear ou pernoitar, existe na envolvencia do Parque perto do Hospital e junto a uma pequena praia, um bom local. Quem não quizer o Parking de Finisterra ou mesmo a escuridão da zona de Autocaravanas bem no coração do Cabo da Morte, tem como alternativa o centro da Vila de Finisterra, junto ao Castelo e do Porto de abrigo.




              HISTÓRIA:
O concelho de Corcubiom está situado no extremo oeste da Galiza, na mais alta das Rias Baixas e fazendo parte da denominada Costa da Morte. O concelho de Corcubiom, é a mais alta das Rias Baixas. Assim, esta terra de transição conjuga em perfeita harmonia o sossego e a calma das Rias Baixas com a bravura e a natureza viva características da Costa da Morte. O Concelho de Corcubiom é um dos mais pequenos da Galiza, tem uma extensão de 7,6 km2 e uma população de 2000 habitantes. Está constituído por duas freguesias, Sam Marcos de Corcubiom (zona urbana) e Sam Pedro de Redonda (zona rural). Origens de Corcubiom As origens de Corcubiom são incertas, porém a procedência pré-romana do topónimo indica que este território foi povoado há muitos seculos atraz. Os restos de antas ou castros existentes no município são vestígios vivos deste passado.

Fonte: Web oficial do Concelho

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ALGECIRAS - ESPANHA


Apontamento AuToCaRaVaNiStA


Algeciras é uma Cidade do Reino de Espanha, ponto de passagem para Marrocos.
Algeciras é uma cidade e município espanhol da província de Cádiz, na comunidade autónoma da Andaluzia . É a maior cidade do Campo de Gibraltar e sede da comunidade de municípios da região , junto com a qual forma sua área metropolitana . 




Localiza-se na baía de Algeciras , um enclave geográfico estratégico por estar no Estreito de Gibraltar , um local de contato entre o Mar Mediterrâneo e o Oceano Atlântico.. Esta situação permitiu que a cidade tivesse o porto marítimo com o maior trânsito de mercadorias da Espanha.




Fonte: Wikipédia

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LEOMIL - MOIMENTA DA BEIRA

Apontamento AuToCaRaVaNiStA:

Leomil é uma Freguesia Portuguesa, fica situada no Concelho de Moimenta da Beira, Distrito de Viseu. É obrigatória a sua passagem através da estrada N226 sentido Penedono - Tarouca, na estrada que dá acesso a Lamego. Leomil, é terra de grande história, já foi sede de concelho, foi esta terra apadrinhada pelos famosos Condes de Marialva, e há vestígios de várias épocas da nossa história, passando pela pré-história, e pelo período medieval.




         HISTÓRIA:

Nos finais do séc. IX com a reconquista e o repovoamento que marcaram Afonso III das Astúrias, o antigo nome deste espaço foi substituído pelo presor godo Leomiro ou Ledemiro, que fundou aqui a sua Villa Leodimiri. Muitos povos terão passado e vivido neste território; a romanização é indiscutível e a sua pré-história é visível na vastidão dos monumentos megalíticos que pontilham esta localidade. Nos fins do séc. XIII já vigorava em Leomil o regime municipal, ficando um dos mais célebres e vastos coutos medievais portugueses.



No séc. XVI com o desaparecimento dos Condes de Marialva extingue-se o Couto de Leomil e, a reforma administrativa incumbe-se de abolir este abalizado concelho e integra-lo no de Moimenta da Beira em 1855. Locais a Visitar Igreja Paroquial Praça do Pelourinho (antiga casa da câmara e da cadeia e Pelourinho de Gaiola) Casa dos Coutinhos Casa dos Mergulhões Solar dos Viscondes de Balsemão Fonte da Picota Largo do Outeiro

Fonte: www.cm-moimentadabeira.pt


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FOZ DO SABOR - TORRE DE MONCORVO




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A Foz do Sabor, fica na freguesia com o mesmo nome, pertencente ao Concelho de Torre de Moncorvo, Distrito de Bragança, Portugal. A Foz do Sabor, é sempre um local agradável para visitar, e com boas instalações para quem quer repousar um pouco depois de uma viagem algo longa, é ótimo para se fazer uns churrascos, ou pic-nic. Digo isto, porque geralmente a volta a dar, é por altura das amendoeiras em flor, o que equivale a dizer que são algumas centenas de quilómetros englobados num passeio desta natureza. 



E porque coincidiu propositadamente com a hora do jantar, fomos à Tasca da Aurora, muito famosa por sinal, degustar uns peixinhos do rio, regados com um molho especial, que geralmente é acompanhado com miguinhas de peixe, boroa, azeitonas, e vinho tinto da Região, que por acaso até tem uma cave de vinhos em frente, que vende ao público, e ao que parece, já foi um lagar de azeite. O peixinho do Rio foi servido tostadinho, douradinho, e servem continuadamente até dizer chega, mas, como não sou grande apreciador de peixe, acho que já tenho a minha dose para os tempos mais próximos.


Breve Apontamento sobre o Rio Sabor:

O rio Sabor é um rio que nasce na sierra de Gamoneda (final meridional dos Montes de León) na provincia de Zamora (Espanha), entra logo em Portugal, atravessa a Serra de Montesinho no distrito de Bragança. Afluente da margem direita do rio Douro, passa perto da cidade de Bragança de onde recebe as águas do rio Fervença, indo desaguar perto da Torre de Moncorvo a jusante da Barragem do Pocinho, na aldeia da Foz do Sabor. O seu nome pronuncia-se de uma forma peculiar, abrindo mais o "a" e fechando o "o".

 Fonte: Wikipédia

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PENEDONO - VISEU

Apontamento AuToCaRaVaNiStA:
O Castelo de Penedono, também conhecido pelo Castelo do Magriço, fica na Beira Baixa, e pertence ao Distrito de Viseu.
Passagem pela 2ª vez por Penedono, da qual reparei numa diferença em relação à primeira, uma exposição de armas de arremesso em redor do Castelo na parte exterior do mesmo. 




Penedono é Sede de Concelho, onde os vestígios medievais são bastante
evidentes nas freguesias que o compoêm, bem assim como em toda a Região vizinha como referenciamos a titulo de exemplo, o concelho de Mêda etc. 




Fomos ainda convidados pela secção de Motards de Penedono, já que tínhamos um Motard entre nós que conhecia aquela Delegação, a beber um copo na secção da qual se exibe aqui algumas fotos. Um bem haja para eles.

      


        HISTÓRIA: 
As fontes documentais mais antigas mencionam esta área apenas à época da Reconquista cristã da península Ibérica aos mouros, a propósito do repovoamento da região após a vitória das forças de Ramiro II de Leão na batalha de Simancas (939). A defesa desta parte do território foi confiada a Rodrigo Tedoniz, marido de Leodegúndia (irmã de Mumadona Dias) com quem gerou D. Flâmula (ou Chamoa Rodrigues). Rodrigo viria a ser alcaide dos castelos do soberano e, nessa função, teria determinado a reedificação do Castelo de Penedono. Posteriormente, em 998 da Era Hispânica (960 da Era Cristã), Chamoa Rodrigues, achando-se gravemente enferma, fez-se conduzir ao Mosteiro de Guimarães, instituindo como testamenteira a sua tia Mumadona, com o encargo de dispor de seus bens para fins de beneficência.

Entre eles, incluía-se uma série de castelos e respectivas gentes (penellas et populaturas) na fronteira da Beira Alta, entre os quais este, de Penela. Durante o século XI, ao sabor dos avanços e recuos das fronteiras cristãs, Penedono e o seu castelo mudaram de mãos em diversas ocasiões. A sua reconquista definitiva deveu-se à ação do rei leonês Fernando Magno (1064). Um inventário dos bens do Mosteiro de Guimarães, lavrado em 1095, relaciona o Castelo de Penedono entre outros bens anteriormente legados por D. Chamoa. Com a emancipação política de Portugal, os seus domínios passaram a integrar os da jovem nação. D. Sancho I (1185-1211), ante a situação estratégica de Penedono, próxima à linha fronteiriça, incentivou o repovoamento dessas terras através de Foral (1195), ao mesmo tempo em que determinava a reconstrução das suas defesas.

O seu sucessor, D. Afonso II (1211-1223) confirmou-lhe o foral em 1217. A povoação e o seu castelo também tiveram a atenção de D. Dinis (1279-1325), que lhe determinou reforços na defesa. A atual configuração do castelo remonta aos fins do século XIV, quando D. Fernando (1367-1383) incluiu a povoação no termo de Trancoso. Diante da intenção da edilidade de arrasar o Castelo de Penedono, os homens-bons desta vila insurgiram-se, logrando a sua autonomia.


Esses domínios foram então doados a D. Vasco Fernandes Coutinho (Marialva), senhor do couto de Leomil, que fez reconstruir o castelo. No contexto da crise de 1383-1385, tendo falecido na Primavera de 1384 o alcaide de Penedono, Vasco Fernandes Coutinho, sucedeu-o na função o seu filho, Gonçalo Vasques Coutinho. Leal ao partido do Mestre de Avis, foi-lhe confiado, no início de 1385 o encargo de chefiar as forças do Porto que conquistaram o Castelo da Feira.

Posteriormente, distinguiu-se, por mérito, na batalha de Trancoso (Maio de 1385), o que lhe valeu a promoção ao posto de marechal. Acredita-se que, no Castelo de Penedono, tenham nascido os filhos deste alcaide e, dentre eles: o primogênito, Vasco Fernandes Coutinho, 1º conde de Marialva, que integrou a malfadada expedição a Tânger (1437); e Álvaro Gonçalves Coutinho, o cavaleiro alcunhado Magriço, herói da narrativa dos Doze Pares de Inglaterra, imortalizado por Camões no Canto VI de Os Lusíadas.


Os descendente do conde de Marialva mantiveram interesses no Castelo de Penedono, a saber: D. Gonçalo Coutinho, que herdou o título condal, e D. Fernando Coutinho, ambos integrantes da segunda expedição a Tânger (1464), onde o primeiro perdeu a vida; os seus netos, D. João Coutinho, 3º conde de Marialva, e D. Francisco Coutinho, 4º Conde de Marialva por sucessão de seu irmão, falecido sem descendência, ambos integrantes da expedição que conquistou Arzila (1471), que ao primeiro custou a vida. Sob o reinado de D. Manuel I (1495-1521), a vila recebeu o Foral Novo (1512), o que atesta a sua importância à época. Foram realizadas, nesta conjuntura, novas obras no castelo, para o que terá contribuído a influência do 4º conde de Marialva, vedor das obras reais na Beira, cuja filha única, D. Guiomar Coutinho, desposou o infante D. Fernando.

Falecendo o conde sem descendência, e sua filha, dois anos depois, também sem descendência, extinguiu-se a família Coutinho.
Do século XVII aos nossos diasOs domínios de Penedono e seu castelo são referidos, no século XVII, associados aos Lacerda, que então usavam honoríficamente o título de seus alcaides-mores. O castelo foi visitado por Alexandre Herculano em 1812, que o descreve, à época, como já em ruínas. No século XX, foi classificado como Monumento Nacional por Decreto publicado em 23 de Junho de 1910.

Em 1940, no âmbito das comemorações dos Centenários, promovidas pelo Estado Novo português, o castelo foi alvo de intervenções de consolidação e restauro de panos de muralhas e de torres, parcialmente reconstruídos, a cargo da Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais. Novos trabalhos tiveram lugar em 1943 e em 1953, permitindo que o conjunto chegasse até aos nossos dias relativamente bem conservado, mas ainda carecendo de obras em seu interior.

Fonte: Wikipédia

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RANHADOS - MÊDA - GUARDA

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Ranhados é uma pequena Freguesia Portuguesa, pertencente ao Município de Mêda, Distrito da Guarda. Já foi sede de Concelho até 1836. Ranhados é uma Aldeia um pouco desconhecida pela maioria dos Portugueses, e constatei que mesmos por muitos habitantes de Mêda, que desconheciam o património edificado de Ranhados.Saliento a sua relevancia histórica a nível Nacional. Destaco o Castelo, uma espécie de muralha de defesa da população, agora transformada em cemitério, o Pelourinho, a Igreja Matriz, o Solar dos Távoras, Solar dos Condes de Avilez, Antigo Tribunal e Cadeia, Cruzeiros, e Capelas. Algumas casas rústicas ainda são predominantes nos arruamentos e vielas. Junto ao Pelourinho, a Maria (filha de um nosso companheiro que vive em Espanha) brindou-nos e às poucas pessoas da aldeia, com a música do seu acordeão. Ranhados, apesar de ter uma pequeníssima população residente, são pessoas muitos simpáticas, insistiram em nos oferecerem vinho e rojões do redenho, e que nós também muito simpáticamente recusamos e agradecemos, por motivos de falta de tempo. Para a Srª Olimpia que demonstrou ser uma excelente pessoa, um grande abraço do Grupo AuToCaRaVaNiStA que participou nesta viagem (10 Autocaravanas, 23 Pessoas).


              HISTÓRIA:
Os vestígios de ocupação humana que têm sido encontrados nesta localidade remontam ao período paleolítico. Escavações arqueológicas encontraram diversos machados polidos no gume e alguns utensílios de cultura dolménica. Num período posterior existiu um castro da Idade do Ferro nas Covinhas do Morro do Castelo. O castro de S. Jurjo, em Ranhados, é dos mais extensos do concelho da Meda, situando-se a uma altitude superior a 800 metros. Foi mais tarde romanizado, como o provam alguns vestígios aí encontrados, entre eles uma moeda que foi classificada como sendo de Helena Augusta, esposa de Constâncio Cloro (no século III, A.C.). Outro castro ali existente é o do Castelo, a 838 metros, numa eminência rochosa, sobranceiro á actual povoação. Na Idade Média, Ranhados desempenhou um importante papel na defesa e no povoamento da região. O Rei D. Dinis concedeu-lhe foral em 1286. D. Manuel I confirmou-lho, com um foral novo, em 29 de Novembro de 1512. Foi comenda da Ordem de Cristo. Ranhados foi vila da Casa Real do Infantado. No Século XVIII, segundo descrição de D. Joaquim de Azevedo, fidalgo capelão da Casa Real e Abade de Cedovim, a freguesia estava situada em planície alta, alegre e fértil de pão. É notável o património artístico de Ranhados. É constituído essencialmente pela Igreja Matriz, pelourinho, fonte nova, castelo, solar dos Távoras, solar dos Condes de Avilez, antigo Tribunal e Cadeia, castro de S. Jurjo, capelas de Nossa Senhora do Campo, Santo António, Santo Amaro, Nossa Senhora de Guadalupe e S. Tomé, e de Nossa Senhora das Mercês, cruzeiros e casas tradicionais, de tudo se destacando a Igreja Matriz, obra do sub-renascimento no dizer de historiador Gonçalves da Costa. A Igreja Matriz tem por orago S. Martinho, bispo de Tours (França), é de três naves e tem seis altares. O púlpito, colocado na nave central, é de pedra lavrada, com escadório em hélice, igualmente de pedra, obra do século XV, decorado com magníficos lavores dos quais sobressaem, nas quatro faces, medalhões com cabeças de homem, relevadas em fundo triangular e uma inscrição com caracteres góticos. Adoçada à frontaria ergue-se uma capela com alpendre assente em quatro colunas, duas das quais embebidas na cantaria, capela essa que, primitivamente, fez parte do templo. O pároco era do Padroado Real, com o título de reitor, tinha coadjutor e curas nas duas filiais do termo, Poço do Canto e Areola. Já nessa altura tinha as suas ruas calçadas. Havia feiras em Ranhados nos dias 3 de Maio e 11 de Novembro. Nas terras baixas, as suas produções eram azeite, pastagens, hortas, nabos de extrema grandeza e bondade, e nas terras altas castanha e vinho, sendo propícias para o gado e para a caça. Tinha então, no aro da freguesia, 234 fogos com 567 almas, no final do século XVIII. A demografia desta freguesia regista grandes oscilações; com efeito, a sua população, compreendida a anexa de Alcarva, era de 1045 almas em 1920, evoluiu para 1605 no ano de 1940, mas em 1981 tinha apenas 587, tendo perdido nada menos do que 63% da sua população ao longo desses 40 anos. A Vila de Ranhados foi do Marquês de Vila Real. Tinha um relógio feito pelo povo. O seu antigo concelho tinha várias propriedades rústicas e possuía três fornos arrendados. Com excepção das casas solarengas referidas, bem como as dos Olivas, de Joaquim Saraiva, de D. Maria dos Prazeres Lopes e de Miguel Costa, todas as mais eram modestas e constituídas por rés-do-chão e apenas possuíam uma sala onde dormia a família, uma cozinha e uma sala de trabalho. Ranhados foi referência e em alguns casos foi o cenário das obras de dois escritores seus filhos: o Dr. Luís de Sequeira Oliva, que viveu nos finais do século XIX e publicou "Primeiros versos" (1862) e "Recordações Íntimas" (1912), e a Drª Maria da Luz Sobral, que foi reitora do Liceu Carolina Michaëlis, do Porto, ma primeira metade do século XX e escreveu "Contos e Lendas da nossa terra" (1924), "Barquinhos de Papel", "Florinhas de S. Francisco" (1927), "Os Tamanquinhos do Gregório" (1933), "Terras de Além" (1935), "As abelhas de oiro" (1942), "Amor da terra" (1946) e "Coração pequenino" (1947). Nos últimos anos, após um período de grande estagnação, Ranhados entrou numa fase de renovação. Reconstruiu a antiga escola e adaptou-a a Junta de Freguesia, construiu um Jardim Público, fez os arruamentos e construiu um Centro Desportivo. Bibliografia: Rodrigues, Adriano Vasco - "Terras da Meda - Natureza e Cultura" - 1983; Saraiva, Jorge António Lima - "O Concelho de Meda - 1838-1999" - 1999.
FONTE: www.cm-meda.pt

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LONGROIVA - MÊDA - GUARDA

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Longroiva é uma Freguesia Portuguesa do Concelho de Mêda, Distrito da Guarda. Longroiva teve muito interesse estratégico na região em que se insere, como se pode constatar pelo valioso espólio existente, e pelo seu património edificado. Destaca-se o Castelo, a Igreja Matriz, o recheio da capela anexa da Senhora do Torrão, o Pelourinho, a estação Romana Longróbiga, etc.
Um local de grande interesse cultural, recomendado pelo Portal AuToCaRaVaNiStA. 





                 HISTÓRIA:
Na Quinta da Veiga, no território da freguesia de Longroiva, foi descoberta em Abril de 1964, pelo Prof. Dr. Adriano Vasco Rodrigues, uma estátua-menir. O topónimo - Longroiva - como afirma o Dr. Jorge de Lima Saraiva, na sua obra "O Concelho da Meda", diz-nos que se trata de uma povoação de origem céltica. Nesta freguesia foram encontrados vestígios da presença humana desde os tempos do megalitismo até ao período do império romano. Aqui estiveram os árabes, que arrazaram tudo, excepto a torre de menagem do castelo, até que D. Fernando Magno, no século XI, a veio reconquistar. O Vale da Veiga de Longroiva, junto da ribeira dos Piscos, a uma altitude de 300 m, constitui - segundo o prof. Dr. Adriano Vasco Rodrigues (in "Terras da Meda" - pag. 63), uma excelente zona de pasto. Esta planura ocupa o extenso "graben" que ali se formou. Durante mais de dois milénios aquele espaço foi destinado essencialmente ao pastoreio, mantendo um extenso baldio junto da ribeira. A partir de meados do século XIX tornou-se uma zona rica de vinhedos e de olivais, após a arrematação ou a ocupação abusiva dos baldios por parte de alguns senhorinhos. Quase no extremo norte do vale mantém-se ainda um testemunho do aproveitamento agro-pecuário, que a Ordem de Cristo aqui fez, conservado no nome da "Quinta do Chão de Ordem". Os núcleos populacionais, anexos de Longroiva, nascidos de antigas vilas agrícolas romanas, ou de herdades medievais sob a protecção dos Templários, são as Quintãs, a Quinta da Relva, a Quinta da Cornalheira e a dos Gamoais. A Quinta dos Areais teve remota origem na exploração das minas de chumbo, que se encontram nas imediações e eram já conhecidas na antiguidade, devendo-se aos romanos o seu maior aproveitamento. Em 1145, 21 anos depois da data em que D. Teresa outorgou o 1º foral de Longroiva, esta pooação era doada aos Templários, por D.Fernão Mendes de Bragança, rico-homem, conde e cunhado de D. Afonso Henriques. Foi donatário o templário D. Hugo de Martónio. A situação de Longroiva tinha então, nas contingências da Reconquista - diz-nos o aludido historiador Doutor Adriano Vasco Rodrigues - uma excelente posição estratégica. Durante um período transitório, devido ao avanço da Reconquista do Norte para Sul, teve Longroiva uma grande importância militar e foi uma base principal para os cavaleiros da Ordem do Templo. As vicissitudes por que passou a Ordem dos Templários levaram a que, no reinado de D. Dinis, esta Ordem fosse extinta e os seus bens passassem, em Portugal, para a recem-criada Ordem de Cristo. Foi na capela da Senhora do Torrão, originariamente um pequeno templo românico, que os Templários deixaram os testemunhos mais expressivos da sua passagem, designadamente a consagração da pequena capela em honra de Santa Maria, S. Nicolau Confessor e outros santos, o que se descobriu em 1977. Outros vestígios se encontram ainda em Longroiva, como sejam uma tampa sepulcral com uma cruz de Cristo esculpida e uma espada, encontradas junto à capela, e uma outra cruz de Cristo no antigo Tribunal e Cadeia. Na fachada poente da torre de menagem do Castelo de Longroiva encontra-se também, actualmente, uma inscrição latina que, traduzida, diz o seguinte: "Na era de César de 1214 (ou seja no ano de 1176 da era de Cristo) Gualdim, chefe dos cavaleiros portugueses do templo, edificou esta torre com os seus soldados, reinando Afonso, rei de Portugal." O Castelo de Longroiva está situado no ponto mais alto do antigo castro de Longobriga. Hoje conserva um pedaço da cerca, que foi fechado no século XIX para servir de cemitério, e ainda restos da barbacã, que faz parte do reduto mais primitivo da fortaleza, anterior a 1176. Para além do castelo, que sofreu beneficiação recente ao nível da iluminação e embelezamento, Longroiva possui um notável património cultural construído: o solar dos marqueses de Roriz, adaptado a turismo de habitação, a capela da Senhora do Torrão, a Fonte da Concelha, a Fonte Nova, a Igreja Matriz, dedicada a Santa Maria, a estrada nomana (para Astorga e Caliábria), a forca, sepulturas antropomórficas e moinhos de água. A Igreja Matriz, de origem românica, sofreu alterações várias ao longo do tempo, especialmente no século XVII. Os altares são de talha dourada, ao gosto da época barroca e os tectos da capela mór contêm pinturas do mesmo século representando a Ceia; no corpo da Igreja, outras representam a Virgem e a Cruz da Comenda da Ordem de Cristo. O último restauro data de 1941, na sequência de um ciclone que provocou grandes prejuízos em toda a região. A Igreja possui valores artísticos de excepcional valor, entre eles uma salva de cobre de Nuremberga, do século XVI, oferecida por D. Manuel I, e uma imagem de Cristo também do mesmo século. Tem uma torre sineira construída na década de 1950 com as pedras de uma outra que ruiu. A Igreja forma, com a capela da Senhora do torrão e o castelo, um conjunto inolvidável. Por alguma razão se se dão louvores a esta ridente localidade quando se canta: Há três coisas em Longroiva que bem empregadas são: são os sinos e as águas e a Senhora do Torrão. Não se tem por definitivo que Longroiva tenha recebido dois forais, não obstante se afirmar que o primeiro, dado por D. Teresa, mãe de D. Afonso Henriques, teria sido concedido em 1124 e confirmado em 1220 por D. Afonso II, e outro pelo braganção D. Fernão Mendes, na altura da doação aos templários. Certo, porém, é o foral "novo" dado a Longroiva por D. Manuel I, em 1 de Junho de 1510, do qual foram feitos três exemplares, um dos quais se encontra actualmente arquivado na Câmara Municipal da Meda. Quando se visita ou quando deixamos a bela povoação de Longroiva, harmoniosamente adoçada ao conjunto referido, ficamos com a sensação de estarmos a contemplar um dos mais bonitos presépios que algum artista poderia conceber. O casario branco alonga-se na encosta poente do monte, ao longo de pequenas ruas medievais, de forma compacta e que vão confluir no Largo da Praça onde se localiza a antiga Câmara e o pelourinho. Inolvidável. Aliás, Longroiva é uma povoação onde se vive dignamente, constituindo uma das jóias mais preciosas que adorna o concelho da Meda e de que este se pode orgulhar.
Fonte: www.cm-meda.pt

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