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PENEDONO - VISEU

Apontamento AuToCaRaVaNiStA:
O Castelo de Penedono, também conhecido pelo Castelo do Magriço, fica na Beira Baixa, e pertence ao Distrito de Viseu.
Passagem pela 2ª vez por Penedono, da qual reparei numa diferença em relação à primeira, uma exposição de armas de arremesso em redor do Castelo na parte exterior do mesmo. 




Penedono é Sede de Concelho, onde os vestígios medievais são bastante
evidentes nas freguesias que o compoêm, bem assim como em toda a Região vizinha como referenciamos a titulo de exemplo, o concelho de Mêda etc. 




Fomos ainda convidados pela secção de Motards de Penedono, já que tínhamos um Motard entre nós que conhecia aquela Delegação, a beber um copo na secção da qual se exibe aqui algumas fotos. Um bem haja para eles.

      


        HISTÓRIA: 
As fontes documentais mais antigas mencionam esta área apenas à época da Reconquista cristã da península Ibérica aos mouros, a propósito do repovoamento da região após a vitória das forças de Ramiro II de Leão na batalha de Simancas (939). A defesa desta parte do território foi confiada a Rodrigo Tedoniz, marido de Leodegúndia (irmã de Mumadona Dias) com quem gerou D. Flâmula (ou Chamoa Rodrigues). Rodrigo viria a ser alcaide dos castelos do soberano e, nessa função, teria determinado a reedificação do Castelo de Penedono. Posteriormente, em 998 da Era Hispânica (960 da Era Cristã), Chamoa Rodrigues, achando-se gravemente enferma, fez-se conduzir ao Mosteiro de Guimarães, instituindo como testamenteira a sua tia Mumadona, com o encargo de dispor de seus bens para fins de beneficência.

Entre eles, incluía-se uma série de castelos e respectivas gentes (penellas et populaturas) na fronteira da Beira Alta, entre os quais este, de Penela. Durante o século XI, ao sabor dos avanços e recuos das fronteiras cristãs, Penedono e o seu castelo mudaram de mãos em diversas ocasiões. A sua reconquista definitiva deveu-se à ação do rei leonês Fernando Magno (1064). Um inventário dos bens do Mosteiro de Guimarães, lavrado em 1095, relaciona o Castelo de Penedono entre outros bens anteriormente legados por D. Chamoa. Com a emancipação política de Portugal, os seus domínios passaram a integrar os da jovem nação. D. Sancho I (1185-1211), ante a situação estratégica de Penedono, próxima à linha fronteiriça, incentivou o repovoamento dessas terras através de Foral (1195), ao mesmo tempo em que determinava a reconstrução das suas defesas.

O seu sucessor, D. Afonso II (1211-1223) confirmou-lhe o foral em 1217. A povoação e o seu castelo também tiveram a atenção de D. Dinis (1279-1325), que lhe determinou reforços na defesa. A atual configuração do castelo remonta aos fins do século XIV, quando D. Fernando (1367-1383) incluiu a povoação no termo de Trancoso. Diante da intenção da edilidade de arrasar o Castelo de Penedono, os homens-bons desta vila insurgiram-se, logrando a sua autonomia.


Esses domínios foram então doados a D. Vasco Fernandes Coutinho (Marialva), senhor do couto de Leomil, que fez reconstruir o castelo. No contexto da crise de 1383-1385, tendo falecido na Primavera de 1384 o alcaide de Penedono, Vasco Fernandes Coutinho, sucedeu-o na função o seu filho, Gonçalo Vasques Coutinho. Leal ao partido do Mestre de Avis, foi-lhe confiado, no início de 1385 o encargo de chefiar as forças do Porto que conquistaram o Castelo da Feira.

Posteriormente, distinguiu-se, por mérito, na batalha de Trancoso (Maio de 1385), o que lhe valeu a promoção ao posto de marechal. Acredita-se que, no Castelo de Penedono, tenham nascido os filhos deste alcaide e, dentre eles: o primogênito, Vasco Fernandes Coutinho, 1º conde de Marialva, que integrou a malfadada expedição a Tânger (1437); e Álvaro Gonçalves Coutinho, o cavaleiro alcunhado Magriço, herói da narrativa dos Doze Pares de Inglaterra, imortalizado por Camões no Canto VI de Os Lusíadas.


Os descendente do conde de Marialva mantiveram interesses no Castelo de Penedono, a saber: D. Gonçalo Coutinho, que herdou o título condal, e D. Fernando Coutinho, ambos integrantes da segunda expedição a Tânger (1464), onde o primeiro perdeu a vida; os seus netos, D. João Coutinho, 3º conde de Marialva, e D. Francisco Coutinho, 4º Conde de Marialva por sucessão de seu irmão, falecido sem descendência, ambos integrantes da expedição que conquistou Arzila (1471), que ao primeiro custou a vida. Sob o reinado de D. Manuel I (1495-1521), a vila recebeu o Foral Novo (1512), o que atesta a sua importância à época. Foram realizadas, nesta conjuntura, novas obras no castelo, para o que terá contribuído a influência do 4º conde de Marialva, vedor das obras reais na Beira, cuja filha única, D. Guiomar Coutinho, desposou o infante D. Fernando.

Falecendo o conde sem descendência, e sua filha, dois anos depois, também sem descendência, extinguiu-se a família Coutinho.
Do século XVII aos nossos diasOs domínios de Penedono e seu castelo são referidos, no século XVII, associados aos Lacerda, que então usavam honoríficamente o título de seus alcaides-mores. O castelo foi visitado por Alexandre Herculano em 1812, que o descreve, à época, como já em ruínas. No século XX, foi classificado como Monumento Nacional por Decreto publicado em 23 de Junho de 1910.

Em 1940, no âmbito das comemorações dos Centenários, promovidas pelo Estado Novo português, o castelo foi alvo de intervenções de consolidação e restauro de panos de muralhas e de torres, parcialmente reconstruídos, a cargo da Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais. Novos trabalhos tiveram lugar em 1943 e em 1953, permitindo que o conjunto chegasse até aos nossos dias relativamente bem conservado, mas ainda carecendo de obras em seu interior.

Fonte: Wikipédia

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RANHADOS - MÊDA - GUARDA

Apontamento AuToCaRaVaNiStA:
Ranhados é uma pequena Freguesia Portuguesa, pertencente ao Município de Mêda, Distrito da Guarda. Já foi sede de Concelho até 1836. Ranhados é uma Aldeia um pouco desconhecida pela maioria dos Portugueses, e constatei que mesmos por muitos habitantes de Mêda, que desconheciam o património edificado de Ranhados.Saliento a sua relevancia histórica a nível Nacional. Destaco o Castelo, uma espécie de muralha de defesa da população, agora transformada em cemitério, o Pelourinho, a Igreja Matriz, o Solar dos Távoras, Solar dos Condes de Avilez, Antigo Tribunal e Cadeia, Cruzeiros, e Capelas. Algumas casas rústicas ainda são predominantes nos arruamentos e vielas. Junto ao Pelourinho, a Maria (filha de um nosso companheiro que vive em Espanha) brindou-nos e às poucas pessoas da aldeia, com a música do seu acordeão. Ranhados, apesar de ter uma pequeníssima população residente, são pessoas muitos simpáticas, insistiram em nos oferecerem vinho e rojões do redenho, e que nós também muito simpáticamente recusamos e agradecemos, por motivos de falta de tempo. Para a Srª Olimpia que demonstrou ser uma excelente pessoa, um grande abraço do Grupo AuToCaRaVaNiStA que participou nesta viagem (10 Autocaravanas, 23 Pessoas).


              HISTÓRIA:
Os vestígios de ocupação humana que têm sido encontrados nesta localidade remontam ao período paleolítico. Escavações arqueológicas encontraram diversos machados polidos no gume e alguns utensílios de cultura dolménica. Num período posterior existiu um castro da Idade do Ferro nas Covinhas do Morro do Castelo. O castro de S. Jurjo, em Ranhados, é dos mais extensos do concelho da Meda, situando-se a uma altitude superior a 800 metros. Foi mais tarde romanizado, como o provam alguns vestígios aí encontrados, entre eles uma moeda que foi classificada como sendo de Helena Augusta, esposa de Constâncio Cloro (no século III, A.C.). Outro castro ali existente é o do Castelo, a 838 metros, numa eminência rochosa, sobranceiro á actual povoação. Na Idade Média, Ranhados desempenhou um importante papel na defesa e no povoamento da região. O Rei D. Dinis concedeu-lhe foral em 1286. D. Manuel I confirmou-lho, com um foral novo, em 29 de Novembro de 1512. Foi comenda da Ordem de Cristo. Ranhados foi vila da Casa Real do Infantado. No Século XVIII, segundo descrição de D. Joaquim de Azevedo, fidalgo capelão da Casa Real e Abade de Cedovim, a freguesia estava situada em planície alta, alegre e fértil de pão. É notável o património artístico de Ranhados. É constituído essencialmente pela Igreja Matriz, pelourinho, fonte nova, castelo, solar dos Távoras, solar dos Condes de Avilez, antigo Tribunal e Cadeia, castro de S. Jurjo, capelas de Nossa Senhora do Campo, Santo António, Santo Amaro, Nossa Senhora de Guadalupe e S. Tomé, e de Nossa Senhora das Mercês, cruzeiros e casas tradicionais, de tudo se destacando a Igreja Matriz, obra do sub-renascimento no dizer de historiador Gonçalves da Costa. A Igreja Matriz tem por orago S. Martinho, bispo de Tours (França), é de três naves e tem seis altares. O púlpito, colocado na nave central, é de pedra lavrada, com escadório em hélice, igualmente de pedra, obra do século XV, decorado com magníficos lavores dos quais sobressaem, nas quatro faces, medalhões com cabeças de homem, relevadas em fundo triangular e uma inscrição com caracteres góticos. Adoçada à frontaria ergue-se uma capela com alpendre assente em quatro colunas, duas das quais embebidas na cantaria, capela essa que, primitivamente, fez parte do templo. O pároco era do Padroado Real, com o título de reitor, tinha coadjutor e curas nas duas filiais do termo, Poço do Canto e Areola. Já nessa altura tinha as suas ruas calçadas. Havia feiras em Ranhados nos dias 3 de Maio e 11 de Novembro. Nas terras baixas, as suas produções eram azeite, pastagens, hortas, nabos de extrema grandeza e bondade, e nas terras altas castanha e vinho, sendo propícias para o gado e para a caça. Tinha então, no aro da freguesia, 234 fogos com 567 almas, no final do século XVIII. A demografia desta freguesia regista grandes oscilações; com efeito, a sua população, compreendida a anexa de Alcarva, era de 1045 almas em 1920, evoluiu para 1605 no ano de 1940, mas em 1981 tinha apenas 587, tendo perdido nada menos do que 63% da sua população ao longo desses 40 anos. A Vila de Ranhados foi do Marquês de Vila Real. Tinha um relógio feito pelo povo. O seu antigo concelho tinha várias propriedades rústicas e possuía três fornos arrendados. Com excepção das casas solarengas referidas, bem como as dos Olivas, de Joaquim Saraiva, de D. Maria dos Prazeres Lopes e de Miguel Costa, todas as mais eram modestas e constituídas por rés-do-chão e apenas possuíam uma sala onde dormia a família, uma cozinha e uma sala de trabalho. Ranhados foi referência e em alguns casos foi o cenário das obras de dois escritores seus filhos: o Dr. Luís de Sequeira Oliva, que viveu nos finais do século XIX e publicou "Primeiros versos" (1862) e "Recordações Íntimas" (1912), e a Drª Maria da Luz Sobral, que foi reitora do Liceu Carolina Michaëlis, do Porto, ma primeira metade do século XX e escreveu "Contos e Lendas da nossa terra" (1924), "Barquinhos de Papel", "Florinhas de S. Francisco" (1927), "Os Tamanquinhos do Gregório" (1933), "Terras de Além" (1935), "As abelhas de oiro" (1942), "Amor da terra" (1946) e "Coração pequenino" (1947). Nos últimos anos, após um período de grande estagnação, Ranhados entrou numa fase de renovação. Reconstruiu a antiga escola e adaptou-a a Junta de Freguesia, construiu um Jardim Público, fez os arruamentos e construiu um Centro Desportivo. Bibliografia: Rodrigues, Adriano Vasco - "Terras da Meda - Natureza e Cultura" - 1983; Saraiva, Jorge António Lima - "O Concelho de Meda - 1838-1999" - 1999.
FONTE: www.cm-meda.pt

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LONGROIVA - MÊDA - GUARDA

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Longroiva é uma Freguesia Portuguesa do Concelho de Mêda, Distrito da Guarda. Longroiva teve muito interesse estratégico na região em que se insere, como se pode constatar pelo valioso espólio existente, e pelo seu património edificado. Destaca-se o Castelo, a Igreja Matriz, o recheio da capela anexa da Senhora do Torrão, o Pelourinho, a estação Romana Longróbiga, etc.
Um local de grande interesse cultural, recomendado pelo Portal AuToCaRaVaNiStA. 





                 HISTÓRIA:
Na Quinta da Veiga, no território da freguesia de Longroiva, foi descoberta em Abril de 1964, pelo Prof. Dr. Adriano Vasco Rodrigues, uma estátua-menir. O topónimo - Longroiva - como afirma o Dr. Jorge de Lima Saraiva, na sua obra "O Concelho da Meda", diz-nos que se trata de uma povoação de origem céltica. Nesta freguesia foram encontrados vestígios da presença humana desde os tempos do megalitismo até ao período do império romano. Aqui estiveram os árabes, que arrazaram tudo, excepto a torre de menagem do castelo, até que D. Fernando Magno, no século XI, a veio reconquistar. O Vale da Veiga de Longroiva, junto da ribeira dos Piscos, a uma altitude de 300 m, constitui - segundo o prof. Dr. Adriano Vasco Rodrigues (in "Terras da Meda" - pag. 63), uma excelente zona de pasto. Esta planura ocupa o extenso "graben" que ali se formou. Durante mais de dois milénios aquele espaço foi destinado essencialmente ao pastoreio, mantendo um extenso baldio junto da ribeira. A partir de meados do século XIX tornou-se uma zona rica de vinhedos e de olivais, após a arrematação ou a ocupação abusiva dos baldios por parte de alguns senhorinhos. Quase no extremo norte do vale mantém-se ainda um testemunho do aproveitamento agro-pecuário, que a Ordem de Cristo aqui fez, conservado no nome da "Quinta do Chão de Ordem". Os núcleos populacionais, anexos de Longroiva, nascidos de antigas vilas agrícolas romanas, ou de herdades medievais sob a protecção dos Templários, são as Quintãs, a Quinta da Relva, a Quinta da Cornalheira e a dos Gamoais. A Quinta dos Areais teve remota origem na exploração das minas de chumbo, que se encontram nas imediações e eram já conhecidas na antiguidade, devendo-se aos romanos o seu maior aproveitamento. Em 1145, 21 anos depois da data em que D. Teresa outorgou o 1º foral de Longroiva, esta pooação era doada aos Templários, por D.Fernão Mendes de Bragança, rico-homem, conde e cunhado de D. Afonso Henriques. Foi donatário o templário D. Hugo de Martónio. A situação de Longroiva tinha então, nas contingências da Reconquista - diz-nos o aludido historiador Doutor Adriano Vasco Rodrigues - uma excelente posição estratégica. Durante um período transitório, devido ao avanço da Reconquista do Norte para Sul, teve Longroiva uma grande importância militar e foi uma base principal para os cavaleiros da Ordem do Templo. As vicissitudes por que passou a Ordem dos Templários levaram a que, no reinado de D. Dinis, esta Ordem fosse extinta e os seus bens passassem, em Portugal, para a recem-criada Ordem de Cristo. Foi na capela da Senhora do Torrão, originariamente um pequeno templo românico, que os Templários deixaram os testemunhos mais expressivos da sua passagem, designadamente a consagração da pequena capela em honra de Santa Maria, S. Nicolau Confessor e outros santos, o que se descobriu em 1977. Outros vestígios se encontram ainda em Longroiva, como sejam uma tampa sepulcral com uma cruz de Cristo esculpida e uma espada, encontradas junto à capela, e uma outra cruz de Cristo no antigo Tribunal e Cadeia. Na fachada poente da torre de menagem do Castelo de Longroiva encontra-se também, actualmente, uma inscrição latina que, traduzida, diz o seguinte: "Na era de César de 1214 (ou seja no ano de 1176 da era de Cristo) Gualdim, chefe dos cavaleiros portugueses do templo, edificou esta torre com os seus soldados, reinando Afonso, rei de Portugal." O Castelo de Longroiva está situado no ponto mais alto do antigo castro de Longobriga. Hoje conserva um pedaço da cerca, que foi fechado no século XIX para servir de cemitério, e ainda restos da barbacã, que faz parte do reduto mais primitivo da fortaleza, anterior a 1176. Para além do castelo, que sofreu beneficiação recente ao nível da iluminação e embelezamento, Longroiva possui um notável património cultural construído: o solar dos marqueses de Roriz, adaptado a turismo de habitação, a capela da Senhora do Torrão, a Fonte da Concelha, a Fonte Nova, a Igreja Matriz, dedicada a Santa Maria, a estrada nomana (para Astorga e Caliábria), a forca, sepulturas antropomórficas e moinhos de água. A Igreja Matriz, de origem românica, sofreu alterações várias ao longo do tempo, especialmente no século XVII. Os altares são de talha dourada, ao gosto da época barroca e os tectos da capela mór contêm pinturas do mesmo século representando a Ceia; no corpo da Igreja, outras representam a Virgem e a Cruz da Comenda da Ordem de Cristo. O último restauro data de 1941, na sequência de um ciclone que provocou grandes prejuízos em toda a região. A Igreja possui valores artísticos de excepcional valor, entre eles uma salva de cobre de Nuremberga, do século XVI, oferecida por D. Manuel I, e uma imagem de Cristo também do mesmo século. Tem uma torre sineira construída na década de 1950 com as pedras de uma outra que ruiu. A Igreja forma, com a capela da Senhora do torrão e o castelo, um conjunto inolvidável. Por alguma razão se se dão louvores a esta ridente localidade quando se canta: Há três coisas em Longroiva que bem empregadas são: são os sinos e as águas e a Senhora do Torrão. Não se tem por definitivo que Longroiva tenha recebido dois forais, não obstante se afirmar que o primeiro, dado por D. Teresa, mãe de D. Afonso Henriques, teria sido concedido em 1124 e confirmado em 1220 por D. Afonso II, e outro pelo braganção D. Fernão Mendes, na altura da doação aos templários. Certo, porém, é o foral "novo" dado a Longroiva por D. Manuel I, em 1 de Junho de 1510, do qual foram feitos três exemplares, um dos quais se encontra actualmente arquivado na Câmara Municipal da Meda. Quando se visita ou quando deixamos a bela povoação de Longroiva, harmoniosamente adoçada ao conjunto referido, ficamos com a sensação de estarmos a contemplar um dos mais bonitos presépios que algum artista poderia conceber. O casario branco alonga-se na encosta poente do monte, ao longo de pequenas ruas medievais, de forma compacta e que vão confluir no Largo da Praça onde se localiza a antiga Câmara e o pelourinho. Inolvidável. Aliás, Longroiva é uma povoação onde se vive dignamente, constituindo uma das jóias mais preciosas que adorna o concelho da Meda e de que este se pode orgulhar.
Fonte: www.cm-meda.pt

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VILA NOVA DE FOZ CÔA - GUARDA


Apontamento AuToCaRaVaNiStA:
A Vila de Foz Côa, é um Concelho Português pertencente ao Distrito da Guarda,
Local de Pernoita no parque destinado a Autocaravanas, muito perto do centro da Vila já engalanada para a Feira Franca que decorreu este ano a 25/26 de Fevereiro, com todo o programa das festas das Amendoeiras em Flôr a decorrer até Março de 2012. A Área de Serviço para Autocaravanas, fica na Pista de moto-crosse. Estrada em terra batida, e para sair, uma subida à motocrosse em autocaravana, que em dias de chuva não sei não!

Ãrea de Serviço para Autocaravanas:
COORDENADAS Até ao corte para o caminho da pista de moto-crosse:
N 41º 04' 030" - W 07º 09' 294"
Veja estas e outras A.S.A.s em Portugal, na nossa Base de dados neste Portal



              HISTÓRIA:

 As recentes descobertas do Vale do Côa levam-nos a procurar as origens destas gentes no «homem do paleolítico», que há cerca de 20.000 anos desceu o vale e os vales vizinhos (incluindo os do rio Douro), pescando e caçando para sobreviver, gravando com «silex» os painéis do rijo xisto de ambas as margens, por ali se mantendo ou vagueando os seus descendentes, homens do Mesolítico, Neolítico, Calcolítico, Bronze e Ferro, numa sucessão de gerações inter-milenares, que se sucederam c completaram. Assim, na Canada do Inferno, no Vale de Figueira, no Vale de José Esteves, no Vale Cabrões, gravuras do Paleolítico e de períodos posteriores marcam bem a presença humana na área que hoje é termo de Vila Nova de Foz Côa.


No Castelo Velho do Monte Meão poderemos vir a encontrar vestígios pré-históricos, se bem que a muralha visível nos leve tão somente à Idade Média ou, mesmo, ao período de ocupação romana. Só sondagens arqueológicas poderão dar resposta a esta constante interrogação das pessoas, desde a visita ao local, no século XIX, do Abade de Miragaia.
Não será descabida a hipótese de tentar localizar, no lugar do Castelo, vestígios de um povoado da Idade do Ferro. Imensos vestígios líticos encontram-se nas imediações! No Paço são abundantes os vestígios de ocupação do período romano, o que nos leva a supor estarmos (ali no Castelo) perante um «Castro Romanizado»! No lugar do Azinhate sondagens arqueológicas permitiram recolher alguns materiais dos finais da Idade do Ferro, do período Romano e ainda da Idade Média, o que leva a referenciar, naquela veiga planáltica, uma ocupação ultra-secular continuada. Aliás, a julgar por notícias recentes, a Ara votiva que se encontra na Matriz de Foz Côa, dedicada a Júpiter, teria sido oriunda deste sítio.

 Nos primórdios da Nacionalidade deve a terra ter sido arrolada pela Coroa, mantendo-se durante muito tempo como «terra reguengueira». Assim se explicará a sua não dependência do então município de Numão, bem como a disponibilização e vontade de D. Dinis em lhe conceder foros e mercês.

Recebeu o seu primeiro foral de D. Dinis, que lho outorgou em 21 de Maio de 1299. Nessa época, Foz Côa compreendia os seguintes limites: para além da Vila Nova, o lugar da Veiga de Santa Maria com seu termo; o Azinhate; Aldeia Nova, que por sua vez chegava ao termo de Vale de Boi, e daí o termo ia em direcção à Portela de Anovia, Muxagata, seguindo para o Côa até ao Douro. O foral dionisino reflecte já um processo de anexação, uma vez que a descrição do termo individualiza alguns lugares. Refira-se ainda que poucas décadas antes, no reinado de D. Afonso III, o lugar da Veiga foi objecto de uma Carta de Composição entre as Câmaras de Numão e da Vilariça.


O segundo foral foi-lhe também atribuído pelo mesmo monarca, que o fez, em Lisboa, a 24 de Julho de 1314. Entre as doações fernandinas, de 1 de Fevereiro de 1371, a favor de Fernando Afonso de Zamora figura também Foz Côa. O mesmo monarca, em 1373, torna a doar as terras de Foz Côa, mas agora a Rui Vasques Fernandes.

Segundo Pinho Leal, Foz Côa foi fundada por D. Dinis, tendo sido elevada à categoria de vila com D. João I. Esta opinião não nos parece ser a mais correcta, porque é precisamente com D. João I que Foz Côa sofrerá uma diminuição da sua autonomia administrativa. Foz Côa principiou a perder privilégios nos finais do século XIV, mais precisamente no reinado ele D. Fernando I e depois, ao iniciar-se a 2ª Dinastia. Em 15 de Julho de 1377, concede D. Fernando à Torre de Moncorvo a adua de Vila Nova de Foz Côa. Em 1385, o Mestre de Avis, estando no cerco de Torres Vedras, deu por termo e jurisdição à sua vila ele Moncorvo a «aldeia» de Vila Nova de Foz Côa. Este acto veio mais tarde a ser confirmado após a subida ao trono de D. João I. D. João I usou Vila Nova de Foz Côa, como terra reguengueira que era, para a sua política de captação de simpatias e apoios para a sua causa. Para além da anexação a Moncorvo, um dos pontos que estrategicamente mais interessava conservar e apoiar, D. João I pagou ainda outros apoios com rendimentos recolhidos em Foz Côa. Passada a crise nacional dos fins do século XIV, Vila Nova de Foz Côa assume o seu lugar de concelho, recebendo a confirmação dos seus privilégios por D. Duarte e por D. Afonso V. entre os senhores de Vila Nova de Foz Côa encontra-se Vasco Fernandes Coutinho, 1º Conde de Marialva.

Teve foral novo de D. Manuel I, em 16 de Julho de 1514, isto numa época em que teria uma população de cerca de 152 moradores, como indica o numeramento de 1527.

Sabemos que ao longo do século XVI, teve Vila Nova de Foz Côa uma demanda com o concelho vizinho de Moncorvo quanto aos direitos de passagem da barca do Douro. Este não foi, todavia, o único conflito em que se viu envolvida, dado que em 2 de Janeiro de 1551, publicou-se uma sentença contra a câmara por se opor à entrada em correição do corregedor da comarca, sem para tal ter privilégios. A administração civil era exercida por um ouvidor, 2 juizes ordinários, 2 vereadores, 2 tabeliães, 2 almotacés, escrivães, alcaide, meirinho da ouvidoria, capitão e sargentos-mores com duas companhias de ordenanças e uma de auxiliares sujeitas à praça de Almeida.

Em 1708 eram senhores da Vila os Condes de Portimão. Os marqueses de Abrantes possuíram também um morgado em Vila Nova de Foz Côa.
O século XIX foi particularmente violento em Foz Côa. Questões religiosas e políticas estiveram no despoletar dessas situações. Acrescente-se ainda que Vila Nova de Foz Côa viu nascer ao longo deste período um grupo de homens de qualidades invulgares, com projecção a nível nacional e que muitas das vezes combateram em partidos diferentes. Recorde-se o vintista José Joaquim Ferreira de Moura, o miguelista Joaquim José de Campos Abreu e Lemos, o setembrista Francisco António de Campos, 1º Barão de Vila Nova de Foz Côa e o cabralista António Joaquim Marçal, isto para citar apenas alguns, que passado mais de um século, ainda hoje é difícil falar sem tomar algum partido.

 O concelho de Vila Nova de Foz Côa, beneficiando do desaparecimento de outros concelhos na região, viria finalmente, em 1872, a ganhar os contornos que ainda hoje o caracterizam.
Passemos, agora, a citar excertos da obra "História da Diocese de Lamego", do Dr. Manuel Gonçalves da Costa:
No âmbito eclesiástico, as referências antigas provocaram certa confusão que vamos tentar desfazer através da análise aos documentos segundo as leis da crítica comparativa. Na taxação de 1321, Santa Maria da Veiga pagou 50 libras, enquanto Foz Côa não vem sequer mencionada. Gozou, além disso, da categoria de abadia da apresentação real, tendo chegado até nós os nomes de alguns párocos, como Padre Mendes, que, em Janeiro de 1305, se comprometeu a pagar à Sé de Lamego um tanto por motivo de visitação, como já referimos algures. A 28 de Março de 1488, a apresentação de Luís Martins à igreja da Senhora da Veiga incluiu a «sua anexa de Fozcoa», por ter falecido o reitor desta última, Álvaro Anes, «vosso cantor». Já anteriormente, mas dentro do mesmo século, se mencionam outros reitores, como Fernando Vasques, por cujo falecimento foi nomeado, para o seu lugar, Martim Rodrigues, a 8 de Dezembro do 1463. Por outro lado, dois anos depois de subir ao trono, D. Manuel colocou à frente da mesma igreja o seu capelão João de Melo, por permuta com o abade Lopo Afonso, ao qual largou Santa Comba de Chancim, que era do padroado de Afonso Vaz de Sampaio; a em 1537, aparece também designado por abade o pároco de Vila Nova, D. Álvaro da Costa, que auferia o rendimento anual do 60 mil réis.


Em conclusão: a igreja do Foz Côa não obteve o título do matriz antes da conclusão do templo actual, principiado, muito provavelmente por D. João II, mantendo-se durante a Idade Média coma simples reitoria anexa a Santa Maria da Veiga. A importância desta advínha-lhe da própria antiguidade e da sua situação no lugar de passagem da barca de Moncorvo, centro de procissões de vários concelhos na segunda-feira depois do domingo in Albis, continuadas muito para além da Idade Média quando ficou reduzida a simples capela privada de direitos paroquiais.



A par de Vila Nova, Ievantava-se Aldeia Nova, com a igreja de Santa Maria, do padroado real e que, segundo os citados autores, foi fundada após a anexação de Riba-Côa a Portugal, ou por ter aumentado a população, ou com a fim de acolher os que abandonaram Azínhate por demasíado perto da fronteira com Leão. Nesta capela festejavam os estudantes Santa Luzia. Em honra da Senhora da Veiga promoviam os lavradores grande solenidade na matriz, no dia 8 de Setembro. São Sebastião, não longe do antigo cemitério, era o padroeiro dos sapateiros, enquanto Santo António, ao lado do Campo da Feira, recebia as homenagens dos cordoeiros. No dia da sua festa e em outros, corriarn-se ali touros criados no Monte Meão, costume que se manteve até meados do século passado. A maioria dos artesãos de Vila Nova moravam à volta do largo da Senhora da Conceição. A festa da Senhora do Amparo, no sítio do Azínhate, estava a cargo dos almocreves, e a Santa Bárbara, mais para nascente, solenizavam-na os cavadores com procissões, corridas de touros e outras manifestações de gosto popular. A airosa capela de Santa Quitéria, particular, reconstruída no século XVIII e ornada de belos azulejos, altares de talha dourada, acabaria por cair em ruínas nos meados do século seguinte. São Miguel que deu nome ao largo mas tarde conhecido por Campo da feira, ou da Lagoa, foi também demolida na mesma época para possibilitar o alinhamento da rua principal. Entrava-se nela por uma galilé e achava-se circuitada de diversos cobertos para use dos feirantes. A festa celebravam-na os moradores extra-muros. Até aos finais do século XVlll, mantinham-se ainda em pé as ermidas da Senhora da Encarnação e da Expectação, além da igreja da Misericórdia recordada, segundo parece, no nome duma rua.


 Na terra fixou-se uma grande colónia de Judeus que fizeram prosperar a vila graças ao seu génio laborioso a de grande capacidade para a indústria. Os que se mantiveram após a infeliz expulsão decretada em 1496, continuaram confinados na judiaria do bairro do Castelo que conservou a designação de «Bairro dos Judeus», mesmo depois de extinta a divisão entre cristãos-novos e cristãos-velhos. D. Joaquim de Azevedo taxa injustamente de preguiçosos os fozcoenses pelo facto de se entregarem menos à agricultura do que ao comércio, ramo em que se mostram destros. Pare este autor, só o amanho da terra merece o título de trabalho. Reconhece porém que a fábrica de atanados e cordovões contribuiu para o enriquecimento de muitas famílias.



               Património;

Sobre as duas mais imponentes obras arquitectónicas de Vila Nova de Foz Côa, PELOURINHO a IGREJA MATRIZ, nada melhor do que continuar a citar o Dr. Gonçalves da Costa:

A actual matriz é, sem contestação, a obra mais notável da Beira no seu género arquitectónico, com relevo para a fachada mantida quase intacta até nossos dial. O acesso ao interior fazia-se através dum pequeno pátio do qual arrancava uma escada sustentada por dois pilares, de acesso ao campanário. Abriam-se também entradas nos panos laterais, sendo a do lado Sul conhecida por porta do sol. As três naves interiores demarcadas por altas colunas cilíndricas não fugiam ao estilo da região, bem como o púlpito do pedra assente num pedestal, em forma de cálice, mas despido de ornatos.
Resumimos a seguir a apreciação que do monumento apresentaram dois críticos de arte:

Templo gótico-manuelino dos maiores a mais belos monumentos de Portugal. O principal valor reside no desenho a lavor do alçado frontal, obra-prima a lembrar algum dos Arrudas que nessa época orientava trabalhos do outro lado do Douro. O pórtico, esmeradamente moldurado, ostenta ornatos encurvados, duas esferas armilares, uma com a cruz de Cristo, outra com a flor de lis, dois escudos régios peculiares da época do Venturoso, e a Virgem com o Menino.


Ladeiam-no contrafortes prismáticos a no alto recorta-se singela rosácea para iluminação do coro. O campanário, de três sineiras, parece reportar-se ao restauro do século XVIII. O corpo da igreja, um tanto atarracado, desenvolve-se em três naves separadas por seis colunas relacionadas entre si por arcos abatidos, com os laterais mais baixos por exigência da cobertura. Na capela-mor pode admirar-se um tríptico quinhentista sobre madeira.


Segundo o emérito investigador de arte, Prof. Dr. Vítor Serrão, as pinturas que se encontram na capela-mor da Igreja Matriz são da autoria do pintor português de quinhentos, António Leitão, cuja obra está também representada no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa.

Deve atribuir-se à mesma época o esbelto pelourinho levantado na praça, em face da Câmara, com fuste de secção quadrada cingido a meio por anel também quadrado, tudo profusamente decorado de ornamentações caprichosamente entrelaçadas. Do tabuleiro arrancam quatro pináculos rematadosem coruchéu com a esfera armilar e uma flor de lis.

Do Património Religioso temos ainda a salientar:

- Capela do NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO - de raiz medieval mas com elementos introduzidos no século XIX!

- Capela do SENHOR DOS AFLITOS - de 1898, com valor arquitectónico restrito.

- Outras Capelas descaracterizadas, tais como S. Sebastião, Senhora da Aldeia Nova, Senhora do Amparo (Azinhate).

- Capela de S. PEDRO, de raiz medieval (restaurada no presente século pelo Sr. Cónego Marrana). Tem nave única, pórtico românico em arco de volta perfeita ornamentada com esferas.

- Capela de SANTA QUITÉRIA - do século XVII, e da qual se diz ter sido a antiga Sinagoga. Tem o pórtico em arco do volta perfeita encimado par painel azulejar com figuração da Anunciação.

- Capela de SANTO ANTÓNIO - Datada do 1787, e estilo barroco, com nave única; pórtico e fenestração apresentando características marcadamente barrocas (ornatos curvilíneos, concheados, volutas), bem como o coroamento da frontaria; altares em talha barroca.

- Capela de Santa Bárbara - do século XIX, com pórtico em arco abaulado com molduras simples.

No Património Arquitectónico Edificado temos ainda a salientar a existência de casas solarengas, tais como a casa do Conde de Pinhel e a Casa da Viscondessa do Foz Côa, entre outras.

O edifício doe PAÇOS DO CONCELHO é de 1858 e substituiu um provável edifício seiscentista, que se tornou demasiado pequeno para as necessidades do concelho, agora (1855) a receber as freguesias dos extintos concelhos de Freixo de Numão, Marialva e Almendra. A porta principal é em arco abatido enquadrado por pilastras estriadas e encimada por janela de sacada. Apresenta armas de D. Pedro V e frontão sem retorno.

Do CASTELO, construído no reinado de D. Afonso V, restam-nos alguns «panos de muralha» e a denominada «Torre do Relógio» que, hipoteticamente, poderá ter pertencido à cintura amuralhada da Vila (modificada posteriormente!).

Da Arquitectura Judaica resta-nos muito pouco, talvez devido aos muitos restauros e alterações no tecido urbano, devendo ser preservadas as casas com «balcoada em xisto» ainda existentes na zona do Castelo!

Vila Nova de Foz Côa foi elevada à categoria de cidade por Lei publicada no "Diário da República", 1ª série, em 12 de Julho de 1997.

Bibliografia
António N. Sá Coixão e António R. Trabulo, Por Terras do concelho de Foz Côa - Susídios para a sua História - Estudo e Inventário do seu Património, Vila Nova de Foz Côa, Câmara Municipal de Vila Nova de Foz Côa, 2ª edição - 1999.

António N. Sá Coixão e António R. Trabulo, Evolução político-administrativa na área do actual concelho de Vila Nova de Foz Côa : séculos XII a XX, Vila Nova de Foz Côa, Câmara Municipal de Vila Nova de Foz Côa, 2ª edição - 1995.

António N. Sá Coixão e António R. Trabulo, A Primeira República no concelho de Vila Nova de Foz Côa, Vila Nova de Foz Côa, Câmara Municipal de Vila Nova de Foz Côa, 2ª edição - 1995.

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ALMENDRA - V.N. DE FOZ CÔA


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Almendra é uma Freguesia pertencente ao Concelho de Vila Nova de Foz Côa, Distrito da Guarda, Portugal. Existem vários pontos de interesse histórico dentro de um perímetro relativamente pequeno. Destaco a Igreja Matriz, o Solar do Visconde de Almendra, a Capela do Senhor dos Passos, o Calvário, o Pelourinho, etc.




               HISTÓRIA:
Almendra antiga por entre montes e vales encaixados entre o rio Douro e o Côa, os homens começaram a desenvolver aquilo a que hoje chamamos de civilização. Desde o Paleolítico, com as recém-descobertas figuras rupestres, passando pelo período visigótico de onde data a antiga cidade de Calábria, pelo período românico, da qual é datado os mais recentes trabalhos arqueológicos em busca de uma aldeia romana perdida no tempo (figura à esquerda), Almendra e as suas gentes têm uma longa história, que vale a pena relembrar e preservar para o futuro.

Constituída por cinco lugares (Caldeira, Olga, Pedra Cavada, Rapada e S. Cidrão), Almendra tomou o seu nome actual à palavra "amêndoa", que em castelhano tem a sua tradução em "almendra". Tudo devido à enorme concentração de amendoeiras na região. Tem como santa padroeira Nossa Senhora dos Anjos, Patrona da Ordem dos Frades Menores (Franciscanos), embora a santa mais venerada na vila seja a Nossa Senhora do Campo, a quem se realiza uma festa anual. Os vestígios de ocupação em Almendra remontam ao primeiro milénio antes de Cristo, altura em que se pensa que existiria um núcleo fortificado na
área onde se situa hoje a Igreja Matriz. No mesmo local também se admite que existiu uma pequena Igreja cristã, substituindo um templo pagão românico também aí existente. Vestígios de uma fortificação medieval também se encontram a norte dessa Igreja, no denominado "Chão do Morgado".

Por volta de 960, Almendra pertencia a Condessa Dona Flâmula tal como se comprova pelo seu testamento. A Vila só se tornou definitivamente portuguesa após o Tratado de Alcañices em 1297, no tempo de D. Dinis, no entanto o primeiro Foral que recebeu foi em 1209 de D. Sancho I. Devido a esta contradição, há quem diga que o Foral foi dado por Afonso VIII, rei de Leão e detentor destas terras nessa altura. Mesmo após o Tratado de Alcañices, Almendra ficou ainda ligado em termos espirituais a Leão, pois o bispo de Ciudad Rodrigo manteve até 1404 o domínio espiritual na região do Cima-Côa. Almendra seria doada a D. Gil Martins por volta de 1270, pai do futuro alferes-mor de D. Dinis, D. Martim Gil.

Nesta altura, Almendra seria elevada a vila, algo que não foi pacifico em Castelo Rodrigo. Após sucessivos avanços e recuos e disputas entre Castelo Rodrigo e D. Gil Martins, Almendra ficaria mesmo elevada a vila sendo confirmado por D. Pedro em 1358 e por D. Fernando em 1367.Este privilégio viria a ter o seu fim através deste mesmo ultimo governante que, em 1370, reintegra Almendra no concelho de Castelo Rodrigo. No entanto, Almendra viria a ter a sua mais importante época nos tempos que se seguiriam. Em 1383, Almendra recupera o seu titulo perdido e assim se mantém durante largos anos.

O seu Concelho viria a ser novamente confirmado por D. Afonso V em 1449, sendo designado como Concelho de Almendra e Castelo Melhor. Em 1510, D. Manuel concede novo foral à Vila, facto actualmente celebrado com um monumento na zona da Praça da Vila. É durante este século que são construídos os mais importantes monumentos em Almendra. Devido à sua crescente importância, D. João III passa durante o seu reinado treze cartas a nomear tabeliães. Almendra continuaria Concelho até 1855, aquando da reestruturação levada a cabo pelos governantes. A partir dessa data, seria integrada no Concelho de Vila Nova de Foz Côa até aos dias de hoje, sendo extinguido o seu concelho, na altura constituído pelas freguesias de Algodres, Castelo Melhor, Vilar de Amargo e a própria Almendra.

Fonte: Junta de Freguesia de Almendra

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ALFANDEGA DA FÉ - BRAGANÇA


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Relógio da Torre

Alfandega da Fé, é uma pequena Vila Duriense, sede de Concelho pertencente ao Distrito de Bragança, Portugal. Constatamos que à data, todo o centro da Vila está com obras de melhoramentos, pelo que numa próxima visita, o aspecto da Vila estará francamente melhor. Destaco a Torre do Relógio, Medieval, como sendo o principal Ex-libris da Vila, e a cabeça do Romano, como ponto de interesse.


         HISTÓRIA:
O nome de Alfândega da Fé remete-nos desde logo para factos relacionados com a História de Portugal: o nome “Alfândega” estará relacionado com invasões árabes que ocorreram por volta do século VIII e que deixaram, entre outras coisas, os vocábulos começados por al; e o “da Fé” evoca, por sua vez, todo o processo de reconquista cristã da Península Ibérica e que só terminou completamente no século XV. Alfandagh, designação atribuída pelos árabes a esta região, significa hospício, estalagem ou fronteira, ou seja um local calmo e hospitaleiro, povoado por gente pacífica e trabalhadora.

Isto mesmo é descrito na obra de João Manuel d’Almeida Moraes Pessanha:“ “Fandagh, hospício público, mercado talvez, como o Kan oriental, que é tomado nas duas acceptações; Alfandagh, o hospício, o paradouro, a albergaria, em árabe; logar onde se cobraram tambem certos direitos, principalmente dos mercados ricos (...). É, pois, esta villa de fundação árabe, talvez do século VIII; Os árabes precisavam de levar a sua vida nómada, por toda a parte para onde iam.


Encantados com a conquista d’Hespanha trataram logo de affeiçoar o paiz aos seus usos e costumes: um solo de que tanto gostavam, uma terra que, segundo elles dizem era semelhante à Syria na amenidade do clima e na pureza da atmosphera, ao yemen na fecundidade do solo, a India nas flores e nos aromas, ao Hedjaz nos productos, e ao Aden nos portos e nas costas.” Para além disso, existe hoje a convicção de que durante o período da ocupação árabe foi sede administrativa com alguma importância de uma região designada “Valiato de Aldandica”. No entanto, afigura-se como muito provável o povoamento do território em períodos anteriores. Facto que ganha sustentação se se atender aos vestígios arqueológicos que se encontram na área do concelho.

A conquista da região pelos neogodos das Astúrias (povo cristão), deverá ter acrescentado ao toponímico Alfândega a palavra “Fé”. Há quem defenda que a vila foi sede de uma antiga ordem, anterior à dos Templários e que dava pelo nome de “Ordem dos Cavaleiros das Esporas Douradas”. Terá sido devido à valentia destes Cavaleiros e das gentes de Alfândega, que estas terras foram libertadas do jugo “infiéis”. Assim reza a lenda dos Cavaleiros das Esporas Douradas, ou do Tributo das Donzelas.


                 LENDA:


Certo dia tais Cavaleiros tomaram o rumo de Balsamão para combaterem um terrível Muçulmano. Abdel Ali, senhor destas paragens, impunha como feudo a entrega de um determinado número de Donzelas. Este imposto ficou conhecido como o “Tributo das Donzelas”. Mas o casamento de dois jovens haveria de mudar o destino da população e do mouro malvado.



O anúncio da união entre Teolinda, filha de D. Rodrigo Ventura de Melo, Senhor de Castro (Vicente) e Casimiro, filho de D. Pedro Rodrigues de Malafaia (Alfândega), líder dos Cavaleiros das Esporas Douradas, faz inverter o rumo dos acontecimentos (usando aqui os nomes, naturalmente, imaginários utilizados pelo Prof. João baptista Vilares, no romance “Tributo das Donzelas”). A cobrança do tributo por parte do Mouro revolta a população. É então que os “Cavaleiros das Esporas Douradas” organizam uma investida contra o infiel. Conta o povo que tal batalha não foi fácil, os Cristãos chegaram mesmo a estar em desvantagem. Foi quando apareceu

Nossa Senhora, que com um bálsamo que trazia na mão foi reanimando os mortos e curando os feridos. A luta aumentou, então, de intensidade e os invasores acabaram por ser expulsos destas terras, pondo-se assim fim ao “Tributo das Donzelas”. No local construiu-se uma capela em homenagem a Nossa Senhora de Bálsamo na Mão, hoje Santuário de Balsamão, o lugar de tão grande Chacina deu origem a Chacim e Alfândega, graças à bravura e valentia dos seus Cavaleiros das Esporas Douradas e em nome da Fé cristã, passou a designar-se Alfândega da Fé. Actualmente, a Fé de Alfândega está espelhada no rosto de quantos fazem deste concelho um local único para viver e visitar.



A Alfândega de hoje é um concelho em desenvolvimento, mas onde o passado espreita em cada canto, esquina ou ruela. O 1º foral foi-lhe atribuído em 8 de Maio de 1294, por D. Dinis. Documento que, entre outros aspectos, define, os primeiros limites geográficos do concelho. A 17 de Setembro de 1295, o monarca concede-lhe carta de feira, do mesmo tipo da Covilhã, mas com a particularidade de obrigar que a referida feira se realizasse depois da de Mogadouro e antes da de Mirandela. A carta de feira foi novamente passada por D.João I, a 13 de Janeiro de 1410. Sabe-se que em 1320 D. Dinis mandou reconstruir o castelo, um edifício anterior ao primeiro foral e que provavelmente foi construído pelos mouros.

Este castelo acabaria por desaparecer. O recenseamento de 1530 faz referência ao castelo e indica-o como “derrubado e malbaratado”. O Tombo dos Bens do Concelho (1766) ainda faz alusão aos “antigos muros”. Actualmente a Torre do Relógio, ex-libris da vila, parece ser o que resta do antigo Castelo Medieval. Em 1385 D. João I obrigou os moradores de Alfândega da Fé a trabalhar na reconstrução dos muros de Torre de Moncorvo, talvez como ”castigo” pelo facto de a vila ter tomado partido por Castela durante a Crise de 1383/1385. Este rei foi também o primeiro a passar por Alfândega da Fé, aquando da sua deslocação a Torre de Moncorvo e Bragança. Decorria o ano de 1510, quando D. Manuel I concede novo foral a Alfândega da Fé, alterando-lhe os limites geográficos anteriormente estabelecidos, aumentando-lhe a área.

Os dados históricos existentes sobre a localidade e o concelho entre este período e o século XVIII são escassos, sabe-se porem que no século XVI a vila estava despovoada, não possuindo sequer uma centena de fogos, situação que pouco se alterou pelo menos até à primeira metade do século XVIII. Situação que viria a ser invertida a partir da segunda metade do século XVIII, em boa parte pelo incremento da criação do bicho da seda, que no século XIX atingiu as 1,72 toneladas. A 24 de Outubro de 1855, o concelho foi extinto e as suas freguesias incorporadas em Moncorvo, Vila Flor, Macedo de Cavaleiros e Mogadouro.

Em Janeiro de 1898 foi restaurada como circunscrição administrativa independente. O concelho mantém hoje os mesmos limites, que vão da serra de Bornes até ao rio Sabor e do planalto de Castro Vicente até ao Vale da Vilariça, num total de 314 km2 distribuídos por uma impressionante e surpreendente diversidade paisagística.

FONTE: www.cm-alfandegadafe.pt

 

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Nª Sª DA ASSUNÇÃO - VILAS BOAS - VILA FLÔR



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O Santuário de N.Sª da Assunção fica em Vilas Boas, no Concelho de Vila Flôr, Distrito de Bragança, Portugal.
A cerca de 700 metros de altitude, circundado por capelas e acessos em estrada e escadaria para acesso ao topo onde está situado o Santuário. Do alto vislumbra-se grandes horizontes panorâmicos que atingem Mirandela etc. Está servido por bom estacionamento, sanitários, água para abastecimento da autocaravana, bem como tomadas de corrente que não testei o seu funcionamento. Bom local para visita, de preferencia com bom tempo. Veja a nossa Base de Dados de A.S.A.s na Base Lateral deste Portal.



        HISTÓRIA:
Festas e Romarias: N.ª Sra. Assunção – 14 e 15 Agosto, Santa Eufémia – 3º Domingo Setembro, Santa Maria Madalena – 22 Julho, Assunção do Senhor – 6º Domingo depois da Páscoa.
PATRIMÓNIO:
Miradouro e Santuário de N.ª Sra. Assunção, Igreja de Sta. M.ª Madalena, Capela de N.ª Sra. do Rosário, Capela de S. Sebastião, Capela de Sto. António, Cruzeiro Sra. do Rosário, Pelourinho, Brasão da Câmara e Brasão da Baronesa de Alverca, Casa da Câmara, Fonte das Cerdeiras, Fonte Santa, Fonte da Lameira, Capela de Sta. Marinha em Meireles, Azenha Nova, na Ribeirinha, Capelas Velha e Nova de Sto. António, em Ribeirinha, Castro N.ª Sra. da Assunção, Castro Romanizado, Relógio de sol, Casarelhos habitat romano, em Meireles, Olival do Rei, habitat romano, na Ribeirinha Gastronomia: Rojões, aquando da matança do porco, Folar da Páscoa, Alheiras com Grelos Artesanato: Estatuetas esculpidas em Madeira, Rendas, Bordados Aldeias Anexas: Meireles e Ribeirinha

De povoamento muito remoto, Vilas Boas vê o seu nome associado aos povos romanos. Vilas eram unidades agrárias do tempo dos romanos e Boas significa que os solos desta freguesia eram bastante férteis. A antiguidade da fundação desta freguesia é confirmado também pela arqueologia. No monte de Nossa Senhora da Assunção existe um castro que viria a ser romanizado posteriormente. Nesse local ainda se podem ver vestígios de uma muralha. Vila e sede de concelho até 1836, viria a ser integrada nesta data no Concelho de Vila Flor. Conserva ainda o Pelourinho, símbolo de autonomia municipal. Do património artístico religioso temos a Igreja Paroquial dedicada a Santa Maria Madalena, de estilo barroco, construída no séc. XVIII, mas com friso da época manuelina na parte posterior da sacristia.

O Santuário de Nossa Senhora da Assunção é considerado o maior Santuário Mariano de Trás-os-montes, tem uma Igreja principal, várias capelas pequenas espalhadas e um escadório monumental. Fazem ainda parte do espólio cultural desta freguesia vários solares brasonados, fonte e um cruzeiro. Vilas Boas é uma terra rica quer em história, quer em cultura e cheia de curiosidades. Há um sítio ao qual chamam Pia das Feiticeiras onde há uma caverna com mais de 2 metros de altura e onde cabem uma dúzia de homens. Meireles – No sopé do Monte de Nossa Senhora da Assunção, situada a 350 metros e já virada para o lado oposto a Vilas Boas, encontra-se esta aldeia anexa onde também se afirmaram povos romanos, sendo disso prova o lugar da Moura, a meia encosta, e as Casinhas, para os lados da serra do Faro. Ribeirinha – A 200 metros fica esta outra anexa, mais pequena. Ali existe uma azenha com uma roda de ferro que ainda funciona para rega. O rio Tua, que ali passa, serve de regalo a quem o procura para banhos e mergulhos e ainda atrai modalidades variadas tais como a pesca desportiva e passeios de barco. O Olival do Rei é o lugar onde os vestígios arqueológicos encontrados provam ter existido presença de romanos.

Fonte: www.cm-vilaflor.pt

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CARRAZEDA DE ANSIÃES

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Carrazeda de Ansiães é uma Vila pertencente ao Distrito de Bragança, Sub- Região do Douro. As terras de Carrazeda têm quase todas elas grande carga Histórica Medieval, sobretudo no que diz respeito ao património edificado considerados como monumentos de interesse Nacional. O Castelo de Ansiães é o seu maior tesouro, com todo o seu recheio interior, e que seria no seu inicio a sua principal povoação, pelos vestigios visíveis que o compõem. Destaque ainda para as freguesias deste Concelho, como Belver, Amedo, etc.

HISTÓRIA:
Carrazeda de Ansiães é uma vila de características rurais, sede de um concelho com 19 freguesias e com a área aproximada de 282,28km2. Pertence ao distrito de Bragança, situando-se para sudoeste, tendo o rio Tua até à Foz a limitá-lo para poente, e o rio Douro a Sul. É sobre a vila que nós queremos aqui falar, enquanto freguesia do respectivo concelho. A história da freguesia de Carrazeda de Ansiães está ligada ao concelho medieval de Ansiães. Realmente, quando Ansiães era uma vila próspera, antiga, quanto importante, na defesa da linha fronteiriça que o Douro constituiu e muitas vezes de uma forma incerta e variando de limites, Carrazeda era apenas um lugar pouco povoado. Por isso é preciso referir que Ansiães tivera foral logo no século IX dado por D. Fernando o Magno.
Depois D. Afonso Henriques dá-lhe de novo um Foral em 1160 para que se repovoasse, já que as lutas com os árabes tinham feito diminuir a sua população. D. Sancho I em 1198 atribui-lhe regalias com novo foral. D. Manuel I dá-lhe outro foral em 1510. Vasco Pires de Sampaio vai receber a vila de D. João I, mantendo-se nessa família até ao século XVIII. Ali nasceram figuras ilustres a nível nacional, como Lopo Vaz de Sampaio, 8.º Governador da índia, D. Frei Gonçalo de Morais Mesquita, Bispo do Porto, ou D. Manuel de Sousa, arcebispo de Goa, entre outros.

Como a falta de água no Castelo de Ansiães era uma constante, os acessos difíceis, com a linha e processo de defesa estratégica a alterar-se e saindo fora dos limites do concelho, a Vila entra em decadência e abandono, acabando por ser transferida a sede de concelho para Carrazeda de Ansiães em 6 de Abril de 1734. Nascia assim a Vila e o concelho de Carrazeda de Ansiães, fazendo com que, em meados do século XIX, estivesse o lugar da antiga Vila de Ansiães despovoado. Restam por lá riquíssimos vestígios históricos e monumentais, alguns dos quais falamos na II Parte deste volume.

A Vila de Carrazeda de Ansiães tem vários pontos de interesse, como casas nobres, Moinho de Vento, o Pelourinho erguido no século XVIII, a Fonte das Sereias e outra Fonte com Tanque nessa mesma zona cheia de rusticidade, os antigos Paços do Concelho e os actuais, a Igreja Matriz de 1790 com Torre lateral esquerda quadrangular e de 4 sinos, toda a zona antiga, o Jardim ou Praça D. Lopo Vaz de Sampaio.

Fonte: www.cm-carrazedadeansiaes.pt



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