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SANTO ISIDORO - MARCO DE CANAVESES


Apontamento AuToCaRaVaNiStA:

A União de Freguesias de Santo Izidoro e Livração, passou a uma única freguesia Portuguesa, através da reorganização do Território em 2013, e pertencente ao Concelho de Marco de Canaveses, Distrito do Porto. Este foi o último monumento do Românico que visitamos durante este perpetro por Marco de Canaveses. Era já hora do Almoço, e há que arrepiar caminho para procurar um local de pasto low cost, já que o Sábado foi dedicado ao Gourmet, e à grande gastronomia tradicional Portuguesa, high cost, low price.



Restaurante típico A Cabana
Sarrabulho doce (típico)
A verdade é que foram todas experimentadas em território Marcoense, a saber em Longóbriga, no Restaurante Sabores da Avó Deolinda, (gourmet) ver a nossa etiqueta no portefólio dedicada a Longóbriga, e no Restaurante Cancela Velha (cozinha tradicional) no centro da cidade, (ver etiqueta correspondente).
Por casualidade durante a viagem, encontramos algo que nos despertou a atenção, era um tasco, mas com cozinha caseira, de nome, a Cabana, com um ambiente familiar, e que acabamos por participar inclusivamente no almoço desta família em questão, provando algumas das gastronomias da terra.


Anho assado no forno a lenha
Cozido à Portuguesa
As entradas a sair na hora, com sabor a frescura, já que estavam a sair quentinhos, e notava-se pelo seu bom sabor. E como sobremesa uma espécie de sarrabulho doce, uma novidade desconhecida pela grande maioria das pessoas, incluindo alguns Marcoenses. Na ementa optamos por cozido à portuguesa, tripas à moda do porto, e anho assado no forno a lenha, que foi o mote da visita a Marco de Canaveses, que celebravam os Fins de Semana Gastronómicos, com o Anho assado como cabeça de cartaz, regado com verde da região.
                                                                                                                                                                                                                                             
HISTÓRIA:                                                        

Tendo integrado o julgado de Santa Cruz, a paróquia de Santo Isidoro cresceu em redor de um culto tornado hagiotopónimo, revelador da anciania do mesmo e da sua importância no avanço da cristianização local (ou da resistência em tempo de ocupação).



Santo Isidoro de Sevilha foi um bispo hispânico do século VII e, se
como refere Pierre David, o facto de não ser um mártir o coloca como titular de igrejas posteriores ao século IX, não deixa de ser reveladora da presença, ao longo do Tâmega, desta invocação tão próxima dos caminhos da Reconquista.


O padre Carvalho da Costa situa o imóvel no Couto de Travanca,
no ano de 1706, abadia do ordinário cuja renda orçava pelos 250 mil réis. Vinte anos depois Francisco Craesbeeck confirma o padroado dizendo ser uma igreja "antigua e sagrada", mas sem sacrário. Mais completo nas informações é o abade João de Freitas Peixoto que, em 1758, nos concede uma descrição mais focada da sua paróquia, Santo Isidoro.

Esta pertencia ao arcebispado de Braga, onde respondia, no espiritual e eclesiástico, à província de Entre-Douro-e-Minho e ao termo do concelho de Santa Cruz do Tâmega, de que era donatário o Conde de Óbidos. No secular respondia perante Guimarães, cuja comarca integrava.
No ímpeto reorganizador do século XIX a freguesia passou a integrar a comarca de Amarante, o concelho de Marco de Canaveses e a Diocese do Porto, para cujo território transitou em 1882.

A Igreja de Santo Isidoro, edificada na margem direita do rio Tâmega, destaca-se pelo facto de ostentar a estrutura de sabor românico muito bem conservada, com uma só nave e capela-mor retangular.

No interior, aos paramentos lisos, em granito aparente e animados por estreitas frestas, soma-se um simples arco triunfal, ligeiramente quebrado, desprovido de qualquer elemento ornamental.


Desapossada do seu conjunto retabular, a Igreja de Santo Isidoro aparece hoje aos olhos do visitante como um espaço despido, resultado de uma profunda intervenção de restauro de que foi alvo em 1977 e da qual resultou a descoberta do conjunto de pintura mural, de elevada qualidade, que se encontra na parede fundeira da capela-mor e nas imediatamente adjacentes.
Estamos diante de um conjunto pictórico que, além de ter sido datado de 1536, foi assinado pelo pintor Moraes. Pouco ou quase nada se sabe sobre este artista, para além de ter gozado de certa influência aquando do ambiente renascentista que se vivia no geograficamente próximo meio portuense, ao tempo da ação mecenática do bispo de Viseu, D. Miguel da Silva (1480-1556).

Na parede fundeira, a pintura apresenta-se à maneira de um tríptico,
dividido por duas colunas amarelas. O painel central ostentava, naturalmente, a figura do orago da Igreja, Santo Isidoro, de que apenas se veem hoje, em torno da fresta românica, as extremidades da mitra e do báculo e a parte inferior do respetivo manto.
A cabeça do santo encontra-se num fragmento de pedra, exposto na capela-mor. O orago era então ladeado por elegantes figuras femininas apresentadas em trajes cortesãos: a Virgem com o Menino e Santa Catarina de Alexandria, esta última segurando a espada e a roda do seu martírio, tendo aos pés a cabeça decepada do imperador pagão responsável pela sua morte.

Falsas arquiteturas criam um sentido cenográfico. Nas paredes adjacentes, do lado do Evangelho, um São Miguel pesando as almas e a derrotar o dragão e, do lado da Epístola, São Tiago representado como peregrino.
No que toca ao acervo pictórico, devemos destacar ainda duas pinturas a óleo, uma sobre madeira e outra sobre tela. A primeira, do século XVII, representa a cena do Calvário e a outra, do século XIX, com um modelo bem conhecido da Virgem Imaculada.
Fonte: www.rotadoromanico.pt




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