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MOSTEIRO DE S. PEDRO DAS ÁGUIAS - TABUAÇO - VISEU


Apontamento AuToCaRaVaNiStA:
O Mosteiro de S. Pedro das Águias fica situado na Freguesia de Granjinha, Concelho de Tabuaço, Distrito de Viseu, Portugal.
Tal como a maioria dos Mosteiros, no seu tempo eram erguidos em locais afastados com vastas terras para cultivo, e essencialmente onde houvesse passagem de água, fonte de vida para a sobrevivência humana. Pareceu-me que este Mosteiro está já como propriedade privada, já que a marca Rozés de vinho do Porto está lá instalada, também porque estava tudo fechado, e pelo pouco que se conseguiu ver para dentro do Mosteiro, tinha barricas de vinho. 3 bandeiras hasteadas à porta, a Nacional, da Comunidade Europeia, e do Canadá. Acessos muito difíceis, impróprios em dias de chuva. Contudo e com pouco, ainda apanhamos avelãs que estavam aos kg espalhadas pelo chão. Já não foi tudo perdido, cerca de 10€ de Avelãs à borla.


             HISTÓRIA:
Arquitectura religiosa, românica. Convento masculino cisterciense, de pequena dimensão, eventualmente eremitério, de que resta a igreja de planta longitudinal, orientada, composta por nave única e capela-mor rectangular, com coberturas internas diferenciadas em travejamento de madeira, iluminada escassamente por estreitas frestas, protegidas com vidro tipo catedral, existentes em todas as fachadas. Fachada principal em empena, rasgada por portal em arco de volta perfeita, com várias arquivoltas decoradas. Fachadas rematadas por cornija sustentada por cachorros, a lateral esquerda rasgada por porta travessa em arco de volta perfeita. Interior com arco triunfal em arco ultrapassado, tendo um simples altar-mor na abside.

              Cronologia:
Construção da Igreja cerca do ano 991- Pelos cavaleiros D. Tedon e D. Rausendo e, por alguns eremitas fugidos aos mouros; 1117, 17 Julho - escritura passada por D. João e D. Pedro, conferindo aos monges as terras do couto, o que lhes deu o título de fundadores; 1145, 14 de Junho - abade D. Mendo, reforma a comunidade trocando o hábito negro de São Bento, pelo hábito branco de São Bernardo; 1170 - a igreja consta como pertencendo à Ordem de Cister; séc. 12, 2ª metade - os monges mudam-se para o convento de São Pedro das Águias, na freguesia de Távora; 1832 - com a extinção das ordens religiosas, o edifício foi abandonado, caindo em ruínas; 1953 / 1954 - restauro total do edifício pela DGEMN; 2006, 30 novembro - proposta da DRPorto de ampliação da Zona Especial de Proteção; 2007, 19 março - parecer do Conselho Consultivo do IPPAR; 2009, 28 outubro - parecer do Conselho Consultivo do IGESPAR a retificar o anterior.

    Características Particulares:
Devido à norma litúrgica, que obrigava a orientação da cabeceira dos templos para nascente, esta igreja apresenta a fachada principal a uma curta distância do maciço rochoso e, foi implantada no sentido do declive, o que justifica o desnível existente entre a capela-mor e o corpo da igreja. Os portais apresentam profusa decoração, marcados por arquivoltas assentes em colunelos capitelizados e tímpanos decorados, distinguindo-se pela decoração figurativa e simbólica, com elaborada combinação de motivos geométricos, fitomórficos, zoomórficos e antropomórficos, a que se junta um Agnus Dei e uma "Croix Nouée". Os leões que se encontram no portal axial surgem também na Igreja de São Pedro de Rates (v. PT011313110001), apresentam cabeça virada para fora e os olhos bem abertos, o que significava no período medieval a vigilância. A função destes animais nos portais era a guarda da entrada dos templos e do seu interior sagrado. Existência de inscrição no fecho do arco do portal N.


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