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A Viagem Medieval em terras de Santa Maria da Feira foi mais um exito a somar a todos os outros em anos anteriores, com uma envolvencia de todos os participantes ao mais alto nivel, um exemplo que fica da maior e melhor festa ou viagem medieval, como a queiram apelidar. Um evento que enche e de que maneira os cofres da C.M. Feira, que espero seja utilizado em prol das comunidades feirenses que tanto precisam. Desta feita a história deste ano, ou o tema deste ano, andou à volta de sua Alteza Real D. Afonso II "Um Rei sem Tempo".
HISTÓRIA:
Em 1211, D. Afonso II herda um reino devastado por uma grave crise interna, intensificada pela oposição à sua sucessão. Ao contrário dos seus antecessores, talvez pelos seus graves problemas de saúde, não se envolve diretamente em grandes campanhas militares nem mesmo na conquista de Alcácer do Sal, deixando para outros o domínio da guerra. El-rei escolhe outras alternativas para impor a sua autoridade, revelando-se um estadista fora do comum, com uma grande visão política e estratégica, tomando decisões fundamentais e inovadoras na boa governação e consolidação administrativa do reino.
A realização das primeiras Cortes em Portugal, no primeiro ano de reinado, marca de imediato o rumo da política nacional, promulgando várias medidas destinadas a garantir o direito de propriedade. A promoção das inquirições por todo o reino, a criação do notariado e a sistematização de registos de chancelaria são ações que fomentam a supremacia da justiça régia e a autonomia do poder do monarca.
Este reforço da centralização do poder vai originar uma campanha antissenhorial que será agravada pelos conflitos desencadeados com as irmãs, a pretexto da posse de lugares e bens legados por D. Sancho I, culminando numa violenta guerra civil que envolve algumas famílias tradicionais, chegando até ao reino de Afonso IX de Leão.
A partir de 1222, a doença de D. Afonso II agrava-se e neste contexto vai providenciar a sucessão do seu filho ainda menor, encomendando a sua proteção e a do reino ao Papa. Outras preocupações são as frequentes hostilidades com alguns bispos, nomeadamente de Estevão Soares da Silva, e as intromissões militares protagonizadas pelo irmão bastardo Martim Sanches, na fronteira a norte.
Durante o seu reinado, foi várias vezes excomungado, de tal modo que em 1223, na hora da sua morte, vigorava um interdito lançado pelo arcebispo de Braga, levando a que o seu desejo de sepultura em Alcobaça não pudesse ser logo cumprido: el-rei D. Afonso foi muy bom cristão, no começo, mas despois não foi assim bom, seguindo muyto sua vomtade.
Fonte: www.viagemmedieval.com/
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