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SANTA TECLA - MOGEGE - FAMALICÃO - BRAGA


Apontamento AuToCaRaVaNiStA:

Mogege é uma Freguesia Portuguesa da Vila de Famalicão, atualmente com 49 Freguesias, e pertencente ao Distrito de Braga.
Qualquer confusão com o nome Santa Tecla de Espanha é pura coincidencia. Nós também temos cá em Portugal uma Santa Tecla, que dá o seu nome à Capela situada no monte com o mesmo nome.
Não podia de deixar de fazer referencia, à inestetica antena, que já começa a ser uma pessima peça existente onde não deveria estar. existem outros pontos altos, onde não interfira, com os nossos monumentos, ou paisagens de interesse público.




         HISTÓRIA:
Povoado Fortificado
Castro de Santa Tecla
O castro ocupa os dois cabeços que formam o monte de Sta Tecla, num dos quais se situa a capela dedicada a esta santa. Os limites e estruturas características desta estação estão mal definidas topográficamente. Não são visíveis estruturas defensivas que articulem as duas elevações, o que poderá apontar para dois momentos de ocupação diferenciados. A estrutura mais visível é a muralha que circunda o cabeço do Monte Castro, restando, contudo, dúvidas se não corresponderá esta muralha à época medieval. A abertura de um caminho, junto à capela, pôs a descoberto cerâmicas castrejas e fragmentos de ânfora romana.


                ACESSOS:
Estrada Nacional nº 206 (Famalicão - Guimarães). Entre o km 31-32, na "rotunda de Joane", seguir pela V.I.M. até Mogege. Em Mogege seguir a Estrada Municipal nº 574-2 em direcção a Pedome. Cerca de 2 km depois encontramos uma estrada em paralelo que nos leva ao alto de S. Tecla.
Cronologia:
Idade do Ferro | Séc. II a.C. - séc. II d.C.
Disposições legais:
Plano Director Municipal | Carta do Património | 1992 | Qualquer trabalho de remoção do subsolo, mesmo o plantio de árvores por meio manuais ou mecânicos, deverá ser cuidadosamente acompanhado por técnicos de arqueologia. Para tal deverá ser contactado o Gabinete de Arqueologia para que sejam tomadas providências nesse sentido.

É muito bonita em termos paisagísticos, a Freguesia de Mogege, no Extremo leste do Concelho de Vila Nova de Famalicão, quase no limite com Guimarães. já nos finais do século XIX, dizia dela José Augusto Vieira: «A altura em que nos achamos, a deveras encantador e desafoga o espírito dos horisontes curtos, em que veio ate ahi encurralado».
Poético, o texto de José Augusto Vieira, tanto quanto a própria paisagem de Mogege. Que dizer, por exemplo, de todo o enquadramento que constitui o Largo da Igreja?
Deslisa o Ave la em Baixo sereno como um arroyo, e as planícies de Gondar e de Ronfe estendem¬se allegremente até às montanhas, que emmolduram ao fundo o largo quadro em uma cercadura violacea.»

Não se conhecem datas concretas relativamente ao povoamento inicial de Mogege, mas o castro existente nos limites de Freguesia, já em Oliveira de Santa Maria, o Castro de Santa Tecla - antigo povoado que ainda não foi explorado - atesta a sue precoce fundação.
A antiga freguesia de Santa Marinha de Mogege aparece, pela primeira vez, citada num documento do ano 1059 no Livro de D. Mumadona, sob a forma de "Mazegio", evoluindo nas inquirições de D. Afonso III, em 1258, para Sancte Marine de Mogege e depois para Santa Maria de Mozegi (1290), Sancta Marina de Mozegi (1320), Sancta Maria de Magazii (1371) e Santa Marinha de Mogege (1440), até à forma actual em 1528.

É possível que Mogege tenha derivado do nome árabe Muçay, o que corresponde ao hebraico Moisés e nos transporta para o período de ocupação árabe (séculos VIII e IX). O nome Mogege está também ligado ao nome germânico Amalgiso, referindo-se neste caso ao período da ocupação goda (séculos V e VIII) ou neogoda (séculos IX e X). Em tempos remotos existia, em Mogege, a estrada que ligava Guimarães a Vila do Conde, passagem obrigatória para Famalicão ou Barcelos. Abundavam em volta dessa estrada, de modo constante, bandos de salteadores que, em 1818, chegaram a roubar a igreja de Mogege.Esta situação foi piorando, principalmente com a guerra civil de 1832-34. ou seja, com os combatentes entre liberais e absolutistas. Por esta altura, Mogege, pertencia, ainda à, comarca de Barcelos, surgindo integrada na de Vila Nova de Famalicão em 1852.

De referir também que esta freguesia foi vigararia do cabido da Sé de Braga, no termo de Barcelos, e tinha como rendimento 40 mil reis para o vigário e 100 mil para a Sé.

Existiram, em Mogege, vários marcos da casa de Bragança - um em Lousela, próximo da ponte, outro no lugar do Marco e talvez dois no lugar do Condado - não se sabendo, porém, o seu número exacto. Estes marcos, com as cinco quinas e a maiúscula B da casa de Bragança esculpidas, delimitavam as posses dos duques de Bragança. Um deles pode ainda ser visto no lugar de Carril.
Fonte: http://freg-mogege.pt


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