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ALTER DO CHÃO - PORTALEGRE

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Segunda visita a Alter do Chão, Sede de Concelho, desta vez de dia como convém para uma reportagem fotográfica, já que na anterior visita foi unicamente para pernoita, e não se proporcionou a explorar devidamente esta bonita Vila Alentejana, pertencente ao Distrito de Portalegre. Esta localidade foi desta vez não só escolhida para pernoita e visita, mas também para o habitual repasto no Pateo Real, para degustar mais uns pezinhos de coentrada, que aprecio sempre que passo por ali. Este é um concelho do Norte Alentejano, por excelência dedicado à Arte Equestre, e que se auto-apelida de: "Alter do Chão, a Coudelaria Real".

Existe, para além de um monumento ao cavalo, uma das mais antigas cavalariça," Casas Altas" setecentista, do reinado de D. João V (1748). Foi então recuperado o cavalo Alter Real da raça Lusitana, um dos melhores cavalos de Alta Escola. A Coudelaria de Alter tem boas e grandes instalações, onde se pode observar o picadeiro, a pista de obstáculos, a falcoaria, exposições temáticas, Carruagens, o Museu do Cavalo, etc.


Para não me repetir, sobre esta localidade, saliento a importância do Pelourinho, (1512) da Fonte da Praça Pública, (1566) e do Castelo de Alter do Chão, do reinado de D. Pedro I (1359), entre muitas outras referencias históricas. Tive ainda o prazer de conhecer o Sr. Felizardo Pereira, um homem que ama de verdade a terra onde vive, e que serviu de cicerone para a minha visita, e também para me aconselhar alguns locais, como foi o caso de Alter Pedroso e Seda. Pode encontrar aqui também a sua reportagem fotográfica.

             Nota Histórica:
A origem de Alter do Chão poderá ser atribuída a um povoado romano, fundado a partir de um aglomerado da Idade do Ferro em Alter Pedroso. De Abelterium, cidade romana que vem referenciada no Itinerário de Antonino Pio, terá provavelmente nascido Alter do Chão. No reinado de D. Sancho II, o Bispo da Diocese da Guarda D. Vicente, propôs “restaurar e povoar Alter”, atribuindo-lhe o 1º Foral no ano de 1232. D. Afonso III com o objectivo de incentivar o povoamento, manda reconstruí-la e terá concedido novo Foral em 1249. D. Dinis atribui-lhe dois Forais em anos consecutivos, o último data de 25 de Março de 1293 e conferia-lhe todos os privilégios de Santarém. Em 1359, D. Pedro I mandou edificar o actual Castelo e confirma-lhe, através de nova carta de Foral os privilégios anteriores.

D. João I, Mestre da Ordem de Avis, cede em senhorio a D. Nuno Álvares Pereira, passando os bens para a Casa de Barcelos e posteriormente para a Casa de Bragança, fundada pelo casamento de D. Beatriz, filha do Condestável com D. Afonso, filho bastardo do progenitor da Ínclita Geração. O Foral de Leitura Nova, foi-lhe atribuído a 1 de Junho de 1512 no decurso da nova reforma mandada efectivar por D. Manuel. Do período quinhentista as construções que subsistem mostram a vitalidade e importância que a vila tomou.

São deste período o Chafariz Renascentista, Igreja de Nossa Senhora da Alegria e a Janela Geminada, na Rua General Blanco. Prova evidente do desenvolvimento que Alter alcançou no período Barroco, e do qual se pode orgulhar, são as várias construções civis e religiosas de entre elas algumas imponentes, das quais se destacam: Coudelaria de Alter, mandada construir por D. João V em 1748 por iniciativa do Príncipe D. José, para a produção do cavalo Lusitano, cujo destino era a Arte Equestre, muito em voga nas cortes daquela época; o Palácio do Álamo, Igreja do Senhor Jesus do Outeiro, Igreja do Convento de Santo António e os chafarizes da Barreira e dos Bonecos.
Fonte: cm.alterdochao.pt

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