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FESTAS DO POVO - CAMPO MAIOR - PORTALEGRE

Apontamento AuToCaRaVaNiStA:
Esta festa realiza-se de 4 em 4 anos, excecionalmente ficou por fazer a anterior a esta, pelo que já não se realizava esta festa desde 2004, ou seja, há 8 anos. Esta é a festa do povo, feita pelo povo, e para o povo, e são muitas centenas de milhares de visitantes que chegam a Campo Maior nos mais diversos meios de transporte. Os parques, muitos deles improvisados, ficam superlotados, e é à nota de 5€ por cada ligeiro, os autocarros pagam mais. Não faltam clientes. 
O comendador Nabeiro não dá por mal empregues o milhão de euros para o papel, já que o retorno para a Terra é garantido. Festa popular, em que o trabalho em papel é a base do material empregue, e a flor é a rainha. Estão de parabéns os Campo Maiorenses que levam o nome de Campo Maior, neste dia, a extravasar fronteiras. Como apontamento final, não poderei deixar de fazer a minha observação crítica em relação à sua rival do Redondo! Na minha opinião, em quantidade ganha Campo Maior, mas em qualidade, ganha seguramente o Redondo. Ficam ambas premiadas pelo AuToCaRaVaNiStA, cada uma no seu segmento.


 HISTÓRIA:
         
Consiste na decoração das ruas de Campo   Maior (sobretudo no Centro  Histórico) com flores de papel e outros objectos em cartão e papel, feitos pelos residentes de cada rua. São festas que não se realizam ciclicamente, mas quando o Povo entende. As últimas Festas do Povo realizaram-se em 2004 e 2011 marca o regresso deste grande evento de cultura popular. Descrever estas festas não é tarefa fácil. Envolve-as um mundo de esforços, de dedicação, de poesia, que se torna muito difícil descrever e transmitir. São meses e meses de luta, trabalho de entusiasmo sem limites dedicados á sua preparação. São horas sem conta, roubadas quantas vezes ao justo descanso, que toda a gente de Campo Maior dedica á preparação dessa maravilhosa e inesquecível surpresa, desse admirável e fascinante jardim florido que há-de surgir, como por encanto, ao raiar de uma aurora de Setembro. E na verdade coisa que temos a fazer é ir até Campo Maior nessa semana. Todos os milhares e milhares de flores, todas as rosas, todos os cravos, todas as tulipas, todas as glicínias, todas as papoilas garridas foram preparadas com amor, carinho e grande espírito de vontade. Raro espectáculo que se nos oferece, além das maravilhosas ruas “enramadas” são também as encantadoras e suaves melodias – as célebres “saias” – inspiradas em quadras soltas e acompanhadas de ritmo vivo e alegre com pandeiretas e castanholas, que se cantam e bailam (balham), em todas as ruas de Campo Maior.Para o forasteiro, para além de tudo o referido atrás, será também o copo de água fresca do cântaro alentejano, o banco do passeio ou do átrio das casas que se encontram de portas abertas, na ânsia de proporcionar os momentos de repouso, para ele é ainda flor graciosa que mãos femininas vão colocar na sua lapela, a simbolizar a consideração e amizade que o Povo lhes dedica. Assim tem sido sempre e assim serão sempre as Festas do Povo. Uma povoação inteira coberta de papel com dias e noites cheias de alegria, fascínio e encanto.


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