Apontamento AuToCaRaVaNiStA:
Miramar pertence à Freguesia de Arcozelo, Concelho de V.N. de Gaia, Distrito do Porto, Portugal.
A praia de Miramar ostenta bandeira azul, e é uma das praias de ouro de V.N. de Gaia. Faz ligação a Espinho a Sul e à Foz do Porto a Norte. Esta é sem dúvida, uma das linhas do litoral Norte, de casas senhoriais desde tempos antigos, e ainda agora é uma das zonas mais caras para construção. Salienta-se ainda a Capela do Senhor da Pedra, que em pequeno lembro-me que existia uma ferradura gravada numa das pedras onde está construído o Santuário, mas que agora infelizmente não conseguí vislumbrar. Local de culto do sagrado e do profano, um local emblemático de V. N. de Gaia.
A praia de Miramar ostenta bandeira azul, e é uma das praias de ouro de V.N. de Gaia. Faz ligação a Espinho a Sul e à Foz do Porto a Norte. Esta é sem dúvida, uma das linhas do litoral Norte, de casas senhoriais desde tempos antigos, e ainda agora é uma das zonas mais caras para construção. Salienta-se ainda a Capela do Senhor da Pedra, que em pequeno lembro-me que existia uma ferradura gravada numa das pedras onde está construído o Santuário, mas que agora infelizmente não conseguí vislumbrar. Local de culto do sagrado e do profano, um local emblemático de V. N. de Gaia.
HISTÓRIA:
Referem certos autores que o topónimo vem de vulpeliares, palavra com raíz em vulpecula, diminutivo de vulpis, raposa. Vulpecula, raposa pequena, matreira, espertalhona. Referências em documentos aparecem desde tempo muito remotos: Vulpeliares, Bolpeliares, Balpellares, Bulpelliares, no séc. XII; Sancta Maria de Golpelhares, nas Inquirições de D. Dinis e em 1518, no Foral de D. Manuel I. Mas a ocupação humana desta terra esta documentada por vestígios arqueológicos ainda mais antigos: a necrópole romana da Vela; e por aqui passava a via romana que ligava Lisboa a Braga. A freguesia de Gulpilhares caracterizou-se ao longo dos tempos por uma freguesia rural cuja ocupação das suas gentes era a agricultura. Com a chegada da Revolução Industrial a Portugal, foi sofrendo lentamente alterações, passando por ocupar-se grande parte da população na indústria transformadora localizada nas freguesias vizinhas, para além do sector terciário.
Características Gulpilhares envolve duas vertentes: a parte Atlântica, Francelos com suas ruas arborizadas e seus chalets dos finais do séc. XIX, princípios do século XX; Miramar com a capela do Senhor da Pedra e o Lugar da Marinha; uma zona que tem deixado o seu cunho rural para dar lugar a urbanizações de muita qualidade e abertas ao Turismo balnear. Mais para o interior da freguesia temos uma Gulpilhares mais característica e rústica: casas de lavrador, pequenas parcelas de terreno aráveis, caminhos apertados passando por lugares onde se respira a atmosfera de outros tempos: o Lugar da Aldeia, da Igreja, do Rio, da Portela... Capelas, cruzeiros, casas de Quinta com capelas, casas de lavoura oitocentistas fazem parte do rico património desta Freguesia. A Igreja Matriz é ampla e de linhas arquitectónicas belas e harmoniosas. Foi reconstruída em 1787, alterando-se profundamente a anterior.
É rica em escultura religiosa: imagens em madeira e barro cozido, dos séculos XVII e XVIII. Aqui festeja-se S. Brás no 1º Domingo de Fevereiro, muito concorrida de Fiéis, Votos e Promessas por causa das doenças da garganta. Sendo uma terra de tradições agrárias, não poderia faltar o folclore tradicional pelo Rancho Regional de Gulpilhares, que perpetua o que se cantava e dançava no século XIX: tirana, malhão, vira de cruz, vira de meia volta, rabela, bonita ó linda e a rusga. folclore que anima as romarias devocionais da senhora da saúde, da senhora do Pilar e do Senhor da Pedra. O Senhor da Pedra (a mais típica das romarias de Vila Nova de Gaia)é uma festa com uma certa antiguidade, que se realiza anualmente nos terrenos arenosos das praias de Miramar, na capelinha junto ao mar, em Domingo da Santíssima Trindade, que vai até Terça-Feira seguinte. Esta Capela, que assenta num rochedo, junto ao mar e tem planta hexagonal, foi construída no século XVII e tem três belos retábulos rocócó.
A origem do culto a Cristo como Senhor da Pedra poderá ter origem num antigo e pagão culto de carácter naturalista, muito frequente entre os povos pré-cristãos, cujas divindades eram veneradas em elementos da natureza e, posteriormente, adaptado à nova Fé. Ideia reforçada pela não menos intrigante ?pegada do Boi Bento?, indissociável do culto do Senhor da Pedra. São muitos aqueles que em Gulpilhares e nos arredores têm como padroeiros S. Sebastião e S. Brás, Nossa Senhora do Ó, Nossa Senhora dos Anjos, S. Tiago e Nossa Senhora das Candeias. As tradições balneares de Gulpilhares vêm de longe, e constituem uma das mais-valias da freguesia.Uma das razões da fama das praias de Gulpilhares advém do seu comprovado e recomendado (pelos próprios médicos) alto teor de iodo. Mas todo o espaço envolvente, cada vez mais explorado, acaba por atrair muitos visitantes, não só de dia e no Verão, mas também a noite e em alturas menos amenas. Terra de tradições, não deixa de perspectivar e oferecer o futuro pela cultura e desporto: Associações de Cultura e Recreio, equipamentos desportivos de muita qualidade, auditório e a vasta tradição balnear, num longo areal repleto de bandeiras azuis.
A origem do culto a Cristo como Senhor da Pedra poderá ter origem num antigo e pagão culto de carácter naturalista, muito frequente entre os povos pré-cristãos, cujas divindades eram veneradas em elementos da natureza e, posteriormente, adaptado à nova Fé. Ideia reforçada pela não menos intrigante ?pegada do Boi Bento?, indissociável do culto do Senhor da Pedra. São muitos aqueles que em Gulpilhares e nos arredores têm como padroeiros S. Sebastião e S. Brás, Nossa Senhora do Ó, Nossa Senhora dos Anjos, S. Tiago e Nossa Senhora das Candeias. As tradições balneares de Gulpilhares vêm de longe, e constituem uma das mais-valias da freguesia.Uma das razões da fama das praias de Gulpilhares advém do seu comprovado e recomendado (pelos próprios médicos) alto teor de iodo. Mas todo o espaço envolvente, cada vez mais explorado, acaba por atrair muitos visitantes, não só de dia e no Verão, mas também a noite e em alturas menos amenas. Terra de tradições, não deixa de perspectivar e oferecer o futuro pela cultura e desporto: Associações de Cultura e Recreio, equipamentos desportivos de muita qualidade, auditório e a vasta tradição balnear, num longo areal repleto de bandeiras azuis.
Fonte: www.cm-gaia.pt
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