ACEDA AOS N/ CONTEÚDOS

PEDROGÃO PEQUENO - SERTÃ - CASTELO BRANCO


Apontamento AuToCaRaVaNiStA:

Pedrogão Pequeno, é uma Freguesia Portuguesa, pertencente ao Concelho da Sertã, Distrito de Castelo Branco.
Denominada de Aldeia do Xisto, apresenta-se um pouco descaracterizada agora com as obras de restauro, e infelizmente, é o que temos observado nesta região, já que para segurar paredes, é fácil colocar cimento e borra-las com cal, ou mesmo tinta branca. O maior desastre que observamos nestas condições, foi a também denominada Aldeia do Xisto de Álvaro, que esta sim, foi uma arrazia. 


Infelizmente as Câmaras que em parte patrocinam as licenças para estas obras, são as principais responsáveis pela descaracterização destas Aldeias do Xisto. Outros exemplos, e desta feita pelos melhores motivos, são os restauros por ex. na Serra da Lousã, estas sim, na maioria das casas o xisto é rei e senhor. Em Portugal continua-se a fazer assassinatos ao nosso melhor património, cobrindo os materiais nobres utilizados noutros tempos, o que é uma pena.




            HISTÓRIA:
Diz-se que Pedrógão Pequeno foi fundado pelo Cônsul Romano Aulo Curcio 150 anos antes de Cristo, que os Mouros o tomaram em 4 de Agosto de 718 e que foi resgatado por D. Afonso III em 13 de Março de 1216, mas nenhum autor cita os documentos em que se baseou. Está como certo que é pura e mal engendrada invenção de autor pouco honesto o que respeita aos Sarracenos, porque no reinado do aludido monarca já toda esta região estava indubitavelmente na posse pacífica dos cristãos.

Em 1419 ainda era do termo da Sertã, mas não tardou em alcançar uma relativa autonomia, que nessa época se concedia a todas as pequenas vilas do país. O Prior do Crato, D. Vasco de Ataíde, tendo mais em vista beneficiar um protegido do monarca que executar um acto de administração de real interesse para a sua Ordem, deu em 1448 a Pedrógão Pequeno de emprazamento, com toda a jurisdição civil e criminal, rendas e foros, a Diogo da Silveira, escrivão particular e conselheiro d’El-rei D. Afonso V, que o elevou à categoria de vila, pouco depois do emprazamento, que equivalia a um foral, feito pelo Prior do Hospital a Diogo da Silveira, os habitantes da Sertã, vendo cerceados os seus direitos e restringida a antiga jurisdição do Concelho não o acataram, indo a Pedrógão destruir ilegalmente o pelourinho e a forca, símbolos da autonomia da vila, que há pouco tinham sido levantados pelos seus moradores.



Não tardou, porém, a chegar-se a um acordo que consistiu em a vila de Pedrógão escolher entre os seus habitantes um juiz ordinário que teria de prestar o competente juramento perante o juiz da Sertã, que lhe daria posse do cargo, devendo também na dita vila do Pedrógão ser apenas julgadas as causas civis até 200 livras (600 a 800$00l) ficando as de maior importância e todos os crimes da competência do Juiz da Sertã, mas em 1455 El-rei renovou, a requerimento dos Pedroguenses os privilégios de 1448.




Esta situação manteve-se até Novembro de 1830, ano em que foi extinto este pequeno concelho, sendo incorporadas as freguesias do Pedrógão e do Carvalhal (Nª Sra. do Amparo) no concelho de Oleiros, mas poucos meses depois (decreto de 27 de Setembro de 1837) passaram novamente para a Sertã.
O seu foral, dado por D. Manuel em 1513, não alterou a jurisdição da vila, limitando-se à fixação dos direitos reais.
Depois da concessão do foral a vila mandou construir novo pelourinho que era encimado pela esfera das armas de D. Manuel I.

Fonte: www.pedrogaopequeno.com

Portal AuToCaRaVaNiStA
Grupo AuToCaRaVaNiStA Português
Copyright AuToCaRaVaNiStA - by jbmendes