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GOLEGÃ - SANTARÉM


Apontamento AuToCaRaVaNiStA:

Mais uma Feira do Cavalo Lusitano, na Mítica Golegã, a meca dos cavalos e dos cavaleiros, por alí a crise passa apenas pelo nome, ou pelo menos é o que aparenta. A classe Monárquica Portuguesa, passeia-se com orgulho e distinção, à margem do Portugal recente, e decadente. Uma classe Aristocrata, ilustre, e distinta, a debitar muita riqueza superficial à maioria dos visitantes. Ou será que nós é que ganhamos pouco! Penso eu de que...



Feira Internacional do Cavalo Lusitano. Realiza-se em meados de Novembro, pela altura das festas do S. Martinho. Esta Feira é única no nosso País, e arrisco-me a dizer na Europa. É diferente de tudo o que se faz tradicionalmente nas festas populares em Portugal, e transporta-nos para o velho Oeste Americano. É recomendável a todos os que ainda não a visitaram. Um bom espectáculo ao vivo e a cores.




             HISTÓRIA:
Breve descrição histórica e corográfica dêste Concelho O Concelho
da Golegã, situado de montante para juzante na margem direita do Tejo, numa vasta planicie rodeada pelos mais dilatados e férteis campos que dele recebem o valioso beneficio de os alagar com os seus explêndidos e fecundantes nateiros é constituido por uma antiga Vila de que se ignora a data certa da sua fundação e, actualmente por duas lindas freguesias de 2ª ordem; a da Azinhaga, com cêrca de 1500 habitantes, e a da Senhora da Conceição sede do Concelho com cêrca de 4900 habitantes.

É tradição corroboradas pelo seu antigo brazão, que consistia num escudo com urna mulher segurando na mão um infusa, sobre chão escuro em campo verde, que foi sua fundadora uma mulher da Galiza que e em tempos remotos, se estabeleceu com urna estalagem em ponto indeterminado hoje da encantadora planicie que constitui actualmente este tipico Concelho Que a povoação existia já no Século XV, parece não restar, duvida bem como, depois de se haver estabelecido nela a dita galega ter passado a ser denominada Vila da Galega. Parece não restar dúvida, tambem, que, mais tarde foi esta designação que, por corrupção, veio s converter-se em Golegã.


A Vila da Golegã, forma hoje um concelho rural de 2ª ordem do Distrito de Santarém Provincia do Ribatejo da qual e uma das regiões que mais Ihe conserva o cunho tipico, tão português e regional, com os interessantes e garridos trajes s dos campinos das suas lezirias e do; lindos cantos entoados pelos córos mixtos dos seus ranchos agricolas, que tão profundamente enternecem os que teem o prazer inolvidável de escutá-los.



O Concelho dista 5,5 km. de Santarem 3,4 km. da estação de Torres Novas, 7 km. do Entroncamento e 9,5 km. de Mato do Miranda e as estações que lhe ficam mais proximas são as de Torres Novas, {Norte e Leste) a 4 km e Entroncamento a 6 km D Manuel deu-lhe foral e mandou construir a sua egreja paroquial, e parece dever-se, tambem, a este monarca s construção dos antigos templos da matriz e duma das duas misericordias que possue, a da sede da Vila, pois tem ainda uma outra na freguezia da Azinhaga, de muito menor movimento do que tem aquela havendo, contudo, quem afirme que; é mais remota a sua fundação ou edificação e, bem assim, a de outros edifícios antiquíssimos que igualmente possuem.

Pela alegria e beleza das suas admiraveis e verdejantes campinas e pela sua explêndida situação na margem do Rio Tejo; pela fertilidade do seu abençoado sólo que ele tantas vezes, nas suas cheias, vai beijar deixando-o ensopado no fecundante lambusa dos seus ramoráveis beijos, o Concelho da Golegã que incontestavelmente te constitui uma joia de maior valia do lindo aderêce que constitui a opulenta Provincia do Ribatejo produz, em abundância trigo , milho, centeio, legumes, arroz, queijo, manteiga, aguardente vinicola, vinho, azeite. Gado. lãs, palha, massa de tomate, etc. artigos estes que constituem o seu principal comércio.



Sendo um dos concelhos mais pequenos do País, visto ter cerca de 16 quilómetros de comprido por 7 de largo apesar da sua população ser aproximadamente de 6400 habitantes, números redondos, ele é contudo, dos mais ricos e férteis do Distrito de Santarem devido a receber, das cheias do Tejo, os seus afamados nateiros que tanto o valorizam , e ás extraordinárias faculdades de trabalho dos seus habitantes. Admiravelmente servido de electricidade, cuja rêde é abastecida pela empreendedora e prestimosa Hidro Electrica do Alto Alentejo, pena é que não tenha ainda água canalisada, com o que tanto desejariam vê-lo dotado os seus habitantes.

O Concelho que é constituido por terras de aluvião ubérrimas e cultivado por gente pobre, como o é a quaisi totalidade da sua população talvez por não residirem nele os proprietários das antiquissimas e excelentes propriedades em que está dividido todas elas plétóricas de arvore ou cobertas de cereais em que é abundantissima a região da Golegã como o é, de resto, quasi todo o Ribatejo sendo notaveis entre eles, as da Cardiga, a de Miranda, as dos Alamos, a de Inez, as do Paúl, as da Brôa, as de Melharada, as do Saltador, as denominadas as «Praias» que acompanham as margens do Tejo nalguns quilómetros e as designadas dos «.Lazaros» «Requeixado» «Peneira» o «Cordas» a montante da Estrada da Azinhaga Golegã

O Concelho da Golegã possue vários e importantes lagares de azeite (mais da vinte) importantes arrozais de olivais, grandes e competentes creadores do gado cavalar, muar e taurino que se espalha em ampla liberdade pelas suas belas lezirias optimos rebanhos de gado lanígero e excelentes varas do gado suino, (cerca de cincoenta negociantes do referido gado), lavradores, agricultores, fabricantes do massa de tomate de queijos e manteiga, a cêrca de trinta vinicultores, quatro negociantes de peixe fresco, sete salchicheiros e um talho cinco vacarias, seis padarias, quinze negociantes de fazendas, diversos produtores de arroz, três distilações de aguardente vinicola, quatro automoveis de aluguer três emprezas de carros para transporte de mercadoria; uma delegação de Federação Nacional dos Trigos, e outra da Junta Nacional do Vinho, um sindicato agricola, Casa do Povo, três marcenarias, quatro advogados, cinco médicos. duas misericórdias, um hospital, etc.. etc. o que comprova bem o seu valor.

Por deliberação da Câmara, e em homenagem á indole dos seus habitantes, trabalhadores como os que o são o feriado do Concelho é no dia 1º de Maio. Golegã que tem, com serviço permanente, estação de telefone e telégrafo postal de 1ª classe com serviço de valores declarados, encomendas postais, cobranças de títulos, letras e vales, etc. possue, apenas, uma corporação particular de bombeiros, na Quinta da Cardiga. Mas, a atestar as qualidades afectivas dos seus naturais e o seu espirito associativo.


Além da Casa do Povo da Golegã, que seria já elemento bastante para tais qualidades e espirito se afirmarem, possuem ainda, o Sindicato Agricola da Golegã, e os Montepios Popular e Goleganense os clubs desportivos Sporting Club Coleganense a Sociedade Columbófila Goleganense e o Club Desportivo Azinhaguense; as filarmónicas, Sociedade Filarmónia 1º de Janeiro, Sociedade Filarmónica Instrução Popular e Sociedade Filarmónica Azinhaguense e as sociedades de recreio, Club Goleganense Grémio Agricola Goleganense o Centro Instrução e Recreio. Realisam-se neste Concelho, anualmente, duas feiras muito concorridas que compreendem gado cavalar, bovino, e outro com diferentes barracas para venda de quinquilharias uma no primeiro domingo de Maio e outra em Novembro, habitualmente do 10 a 25.
Fonte: www.cm.golega.pt

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