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BARCA D'ALVA - LINHA FÉRREA FRONTEIRIÇA - GUARDA

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Barca d'Alva é uma localidade Duriense, banhada pelo rio Douro, e foi outrora bastante importante quando os caminhos de ferro eram o principal meio de transporte para mercadorias e pessoas na região Duriense a norte de Portugal, e a nossa vizinha Espanha, nomeadamente para Salamanca. Atualmente é desolador o estado a que chegou esta estação de caminhos de ferro, e mesmo a completa destruição da ponte que fazia a ligação a Espanha. Se querem aproveitar os recursos do País para o desenvolvimento turístico, porque não aproveitar este troço em conjunto com Espanha para fins turísticos!. Este é sem dúvida um traçado muito atrativo pelo interesse turístico, e ninguém faz nada para o preservar!.


               HISTÓRIA


Linha do Douro De La Fregeneda a Barca d' Alva foram milhares os trabalhadores que permitiram que a 8 de Dezembro de 1887 fosse inaugurada uma das mais belas e majestosas obras de engenharia civil: a linha de caminhos de ferro entre as localidades de Barca d' Alva (Portugal) e La Fuente de San Esteban (Espanha). Numa extensão de 77 Km, ao longo de um quase impossível traçado, digno dos mais espantosos cenários de filme de aventuras, foi necessário o engenho humano para construir 20 túneis e 13 pontes por entre graníticas e imponentes montanhas. Num trabalho de dimensão faraónica que durou 12 anos, perfuraram-se montanhas e uniram-se encostas, tudo para permitir vencer o isolamento secular das terras da província espanhola de Salamanca, permitindo desta forma que as mercadorias transportadas pudessem escoar os seus produtos, por mar, na cidade do Porto. Percurso de La Fregeneda a Barca d'Alva nha entre La Fregeneda e Barca d' Alva, com os seus 17 km de extensão é o troço mais percorrido por grupos de turistas e apreciadores de bons passeios a pé. Em cerca de 4 a 5 horas de percurso a linha desce da altitude de 483 metros (La Fregeneda) para os 115 metros (Barca d'Alva).

A melhor forma de aceder a La Fregeneda é pela estrada SA-517 que une Salamanca a Vega Terrón (a povoação da província de Salamanca mais perto de Portugal), passando por La Fregeneda. Bilhete gentilmente cedido por Antonio Carabias www.iespana.es/eliberia Túnel nº 4 e Ponte de "Poyo Rubio" A paisagem é de sonho... o "poema geológico" de Miguel Torga, é aqui ainda mais poderoso e majestoso, rendilhado a filigrana pelo ferro das pontes e das vias férreas agora oxidadas. Guiados pelos carris, hoje oxidados, que desenham nas encostas o caminho outrora trilhado pelos comboios, ao longo dos túneis, nas pontes e nas estações abandonadas encontram-se hoje centenas de visitantes vindos dos 4 cantos do mundo, em excursões organizadas e meticulosamente preparadas. Para quem se desloca no sentido de La Fregeneda para Barca d' Alva, a estação de La Fregeneda dista cerca de 1,5 km da povoação de La Fregeneda.

O túnel nº 1 com a extensão de 1.5 km e com um traçado em linha recta é o mais extenso de todos os túneis. A ponte "Morgado" com os seus 21 metros de extensão e 21 metros de altura localiza-se entre os túneis nº 2 e nº 3. Entre os túneis nº 4 e nº 5 encontra-se a magnífica ponte de "Poyo Rubio", com os seus 133 metros de comprimento e 22 metros de altura, aonde já faltam inclusivé muitos metros dos passadiços de madeira que ladeiam a ponte, o que torna algo perigosa a sua travessia. Ponte de "Poyo Valiente Após uma apertada curva no final do túnel nº 6 surge ao quilómetro 7,5 a ponte curva de "Poyo Valiente", com os seus 45 metros de extensão e 16 metros de altura. As vistas sobre o rio Águeda, que separa os dois países ibéricos, são fantásticas. Percorremos um total de 18 túneis até chegarmos à ponte Internacional do Douro com com seus 185 metros de comprimento, e que nos conduz à povoação portuguesa de Barca d' Alva. Garganta do Águeda Quem já alguma vez pisou aquela erva que, por entre os carris, teima em crescer, relata com emoção a tristeza do actual estado de abandono, provocado pelo encerramento da via férrea a 1 de Janeiro de 1985... talvez um dia os carris voltem a brilhar. 
Texto enviado por Fernando Silva.

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